No "Sol" de 07/05/2008: "A ministra da Educação recusa a ideia de estar em luta com os docentes e define o seu mandato como «três anos de trabalho intenso em defesa da escola pública». Em entrevista a Constança Cunha e Sá, Maria de Lurdes Rodrigues explicou que a sua política educativa é «orientada para os alunos e para as famílias».
(...)
Lembrando as medidas tomadas por este Governo em relação aos funcionários públicos, como o aumento da idade da reforma ou o congelamento das carreiras, a ministra sublinhou o facto de os professores não terem sido prejudicados: «O estatuto socio-económico dos professores ficou intocável».
Maria de Lurdes Rodrigues explicou que a sua política educativa «é orientada para os alunos e para as famílias» e que o seu objectivo é alcançar um modelo de escola inclusiva. «Os chumbos são um instrumento retrógrado», voltou a afirmar a ministra da Educação, que recordou a meta de «escolarizar todos».
Confessando o objectivo de reduzir ao máximo o número de retenções, Maria de Lurdes Rodrigues diz que «não é necessário proibir os chumbos», mas adianta que a alternativa a não passar de ano passa por «trabalhar mais» e por uma «diversificação das estratégias de ensino».
«Os alunos repetem o ano para aprender. Mas não aprendem», observou, rejeitando a ideia de que é mais exigente com os professores do que com os alunos.
«Temos um nível de exigência semelhante para os alunos», garantiu Maria de Lurdes Rodrigues."
Ver Artigo Completo (Sol)
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Lembrando as medidas tomadas por este Governo em relação aos funcionários públicos, como o aumento da idade da reforma ou o congelamento das carreiras, a ministra sublinhou o facto de os professores não terem sido prejudicados: «O estatuto socio-económico dos professores ficou intocável».
Maria de Lurdes Rodrigues explicou que a sua política educativa «é orientada para os alunos e para as famílias» e que o seu objectivo é alcançar um modelo de escola inclusiva. «Os chumbos são um instrumento retrógrado», voltou a afirmar a ministra da Educação, que recordou a meta de «escolarizar todos».
Confessando o objectivo de reduzir ao máximo o número de retenções, Maria de Lurdes Rodrigues diz que «não é necessário proibir os chumbos», mas adianta que a alternativa a não passar de ano passa por «trabalhar mais» e por uma «diversificação das estratégias de ensino».
«Os alunos repetem o ano para aprender. Mas não aprendem», observou, rejeitando a ideia de que é mais exigente com os professores do que com os alunos.
«Temos um nível de exigência semelhante para os alunos», garantiu Maria de Lurdes Rodrigues."
Ver Artigo Completo (Sol)
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Comentário: Bem sei qual a razão pela qual a Ministra da Educação afirma não estar em guerra com os professores. É que o termo não é guerra... é terrorismo! E digo terrorismo, porque o método utilizado por Maria de Lurdes Rodrigues consiste no uso de violência psicológica, contra a ordem estabelecida através de um ataque à população que (no final) a legitimou.
Na realidade a política educativa não é direccionada para os alunos e para as suas famílias. A direcção tomada é a do sucesso estatístico... A todo o preço e sem olhar a consequências! Apenas posso entender estas declarações, se fizer o seguinte raciocínio (eventualmente incorrecto):
- os alunos transitam de ano com enormes facilidades;
- os alunos podem agredir física e psicológicamente os docentes, sem grandes consequências;
- os encarregados de educação sentem-se legitimados para confrontar os professores em todas as suas vertentes (física, incluída);
- as aulas de substituição (por exemplo), existem para que os encarregados de educação fiquem descansados no que concerne a eventuais saídas dos seus educandos da escola.
Ainda poderia escrever mais alguns motivos, no entanto, vocês já perceberam a ideia. Recuso-me a comentar a afirmação da Ministra relativa ao estatuto sócio-económico dos professores. É demasiado "estranha" e irreal (apetecia-me mesmo utilizar outros termos mais impróprios). Até parece que os docentes estão num Portugal diferente do actual. Talvez, um Portugal finlandês... Quanto aos "chumbos", podem ler a minha opinião, aqui e aqui.
Na realidade a política educativa não é direccionada para os alunos e para as suas famílias. A direcção tomada é a do sucesso estatístico... A todo o preço e sem olhar a consequências! Apenas posso entender estas declarações, se fizer o seguinte raciocínio (eventualmente incorrecto):
- os alunos transitam de ano com enormes facilidades;
- os alunos podem agredir física e psicológicamente os docentes, sem grandes consequências;
- os encarregados de educação sentem-se legitimados para confrontar os professores em todas as suas vertentes (física, incluída);
- as aulas de substituição (por exemplo), existem para que os encarregados de educação fiquem descansados no que concerne a eventuais saídas dos seus educandos da escola.
Ainda poderia escrever mais alguns motivos, no entanto, vocês já perceberam a ideia. Recuso-me a comentar a afirmação da Ministra relativa ao estatuto sócio-económico dos professores. É demasiado "estranha" e irreal (apetecia-me mesmo utilizar outros termos mais impróprios). Até parece que os docentes estão num Portugal diferente do actual. Talvez, um Portugal finlandês... Quanto aos "chumbos", podem ler a minha opinião, aqui e aqui.
Pois eu que sou mãe de uma aluna que frequenta uma escola pública, logo ambas integramos o grupo dos alunos e famílias,sei que todas as medidas tomadas tiveram o intuito de destruir a escola pública e de denegrir toda uma classe, muito heterogénea, diga-se em abono da verdade, mas que ao longo destes anos, sustentou um sistema que não promove a excelência nem o mérito, havendo ainda e apesar de tudo, muitos exemplos de grande qualidade. E é tudo isso que está a ser completamente destruído. Para além de que querem reduzir o déficite sempre à custa dos mesmos, mantendo as mordomias de um classe política de fraquíssima qualidade, que absorve todos os recursos. As diferenças sociais têm aumentado, havendo uma pequena percentagem de gente que está muito bem e uma grande maioria que caminha para a pobreza. Este governo está a acabar com a classe média, quando todsos sabemos que uma classe média forte é sinal de pujança da sociedade. Enfim, estamos quase ao nível de um país da América Latina. Tenho imensa vergonha por ter votado no PS. Só que lá em casa são 3 votos que o PS perde.
ResponderEliminar"Eventualmente incorrecto", faz-me lembrar aquelas frases que começam por "Alegadamente".
ResponderEliminarÉ importante usar estes termos quando não há certezas ou provas, mas também quando a verdade é frágil perante mentiras mais fortes.
Nem me apetece comentar a entrevista, por causa das úlceras.
Soube bem ler o comentário anterior.
Não somos todos muito bons e não acredito que haja professores que não têm nada a aprender ou a melhorar, mas o que se tem feito é destruir.