Não sou muito dado a divagações e explanações algo inconsequentes e (eventualmente) irrelevantes, no entanto, aquilo que vou escrever de seguida, reflecte um pouco do que me vai na consciência, relativamente ao sucesso escolar (tão apregoado por elementos do PS e do Governo - ME à cabeça, é claro).
São diversas as notícias e estudos que apontam Portugal como um dos países europeus com uma das mais elevadas taxas de insucesso escolar. O Governo tenta solucionar (e até certo ponto, concretiza eficazmente) este problema, investindo em "saídas" perniciosas ("Novas Oportunidades", CEF´s, PIEFS, etc.) e aparentando sucesso.
Mas a avalanche, arrasadora do insucesso é imparável... Acrescenta-se à avaliação dos docentes, consequências directas dos resultados dos alunos (comparações com modelos de outros países são questões de pormenor, para este post). Obviamente que será difícil não se atingir o sucesso, com estas medidas. Ele está praticamente garantido. Para já não falar nas últimas declarações da Ministra da Educação, relativas ao insucesso escolar (aqui), enquadradas na plenitude da estratégia governamental.
Perante estas estratégias, quais as consequências?
As consequências a curto prazo não serão facilmente detectáveis (embora previsíveis), no entanto, a longo prazo teremos muitos jovens adultos habilitados, mas não formados. Actualmente, os jovens à procura do 1.º emprego, possuem uma consciência dos seus direitos (e deveres), pelo que conseguem discernir realidades e oportunidades de emprego (as poucas que existem). No futuro, temo que isso não ocorra...
Os encarregados de educação (e a população portuguesa, em geral) andam satisfeitos e maravilhados com a facilidade com que os seus educandos terminam o seu percurso educativo. Aliás, qualquer um pode obter com facilidade um "diploma". No entanto, esquecem-se que na realidade, Portugal está a formar adultos que mesmo tendo um curso profissional, o 9.º ano ou o 12.º ano (e futuramente uma eventual licenciatura), não obterão com facilidade emprego. E escrevo isto, pois na maioria das escola por onde passei, alguns alunos de CEF, são rapidamente "expulsos" do estágio (ou realizam tarefas divergentes do objectivo do curso), pois não possuem um mínimo de conhecimentos.
Como sempre, temos aqueles que defendem que os cursos profissionais são a melhor opção para os alunos a quem o percurso regular nada diz. Concordo... O problema está na excessiva facilidade com que estes cursos são "desenhados". Mas isso seria tema para outra "divagação".
Para já nem falar, nas facilidades actuais de entrada (a adultos) no ensino universitário... Só de pensar em algumas disciplinas, começo a indagar como será possível a estes adultos concluírem o curso. E na actual realidade, não me surpreenderia se o conseguissem terminar com uma média elevada.
Na vontade governamental de concretizar estatísticas favoráveis, vamos ter alunos a terminar o 3.º Ciclo (e dentro de algum tempo, o ensino secundário), sem o mínimo de conhecimentos e formação que lhes permita quebrar o círculo vicioso de empregos precários das suas famílias. Ou seja (e como escrevia de forma sarcástica, um deputado do PS - aqui), estamos a gerar trabalhadores indiferenciados, camuflados com diplomas.
Será necessária melhor confirmação que as últimas declarações do nosso Presidente da República (a 25 de Abril de 2008), alusivas à falta de conhecimentos geopolíticos dos nossos jovens? Parece-me que não...
São diversas as notícias e estudos que apontam Portugal como um dos países europeus com uma das mais elevadas taxas de insucesso escolar. O Governo tenta solucionar (e até certo ponto, concretiza eficazmente) este problema, investindo em "saídas" perniciosas ("Novas Oportunidades", CEF´s, PIEFS, etc.) e aparentando sucesso.
Mas a avalanche, arrasadora do insucesso é imparável... Acrescenta-se à avaliação dos docentes, consequências directas dos resultados dos alunos (comparações com modelos de outros países são questões de pormenor, para este post). Obviamente que será difícil não se atingir o sucesso, com estas medidas. Ele está praticamente garantido. Para já não falar nas últimas declarações da Ministra da Educação, relativas ao insucesso escolar (aqui), enquadradas na plenitude da estratégia governamental.
Perante estas estratégias, quais as consequências?
As consequências a curto prazo não serão facilmente detectáveis (embora previsíveis), no entanto, a longo prazo teremos muitos jovens adultos habilitados, mas não formados. Actualmente, os jovens à procura do 1.º emprego, possuem uma consciência dos seus direitos (e deveres), pelo que conseguem discernir realidades e oportunidades de emprego (as poucas que existem). No futuro, temo que isso não ocorra...
Os encarregados de educação (e a população portuguesa, em geral) andam satisfeitos e maravilhados com a facilidade com que os seus educandos terminam o seu percurso educativo. Aliás, qualquer um pode obter com facilidade um "diploma". No entanto, esquecem-se que na realidade, Portugal está a formar adultos que mesmo tendo um curso profissional, o 9.º ano ou o 12.º ano (e futuramente uma eventual licenciatura), não obterão com facilidade emprego. E escrevo isto, pois na maioria das escola por onde passei, alguns alunos de CEF, são rapidamente "expulsos" do estágio (ou realizam tarefas divergentes do objectivo do curso), pois não possuem um mínimo de conhecimentos.
Como sempre, temos aqueles que defendem que os cursos profissionais são a melhor opção para os alunos a quem o percurso regular nada diz. Concordo... O problema está na excessiva facilidade com que estes cursos são "desenhados". Mas isso seria tema para outra "divagação".
Para já nem falar, nas facilidades actuais de entrada (a adultos) no ensino universitário... Só de pensar em algumas disciplinas, começo a indagar como será possível a estes adultos concluírem o curso. E na actual realidade, não me surpreenderia se o conseguissem terminar com uma média elevada.
Na vontade governamental de concretizar estatísticas favoráveis, vamos ter alunos a terminar o 3.º Ciclo (e dentro de algum tempo, o ensino secundário), sem o mínimo de conhecimentos e formação que lhes permita quebrar o círculo vicioso de empregos precários das suas famílias. Ou seja (e como escrevia de forma sarcástica, um deputado do PS - aqui), estamos a gerar trabalhadores indiferenciados, camuflados com diplomas.
Será necessária melhor confirmação que as últimas declarações do nosso Presidente da República (a 25 de Abril de 2008), alusivas à falta de conhecimentos geopolíticos dos nossos jovens? Parece-me que não...
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