No Público de 01/03/2008: "Ao contrário do que a ministra da Educação declarou ontem à saída do debate parlamentar quinzenal com o primeiro-ministro, o conselho pedagógico do Agrupamento de Escolas Correia Mateus, em Leiria, ainda não se pronunciou sobre uma polémica proposta de ficha, que contempla a "verbalização" de críticas às mudanças ocorridas no sistema de ensino como um dos parâmetros de avaliação dos professores.
A questão foi levantada no Parlamento pelo deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã, para denunciar a forma como os critérios de classificação dos docentes podiam ser distorcidos pelo excesso de zelo de um presidente do conselho executivo da escola. No final do debate, Maria de Lurdes Rodrigues fez questão de esclarecer a posição do Ministério da Educação (ME). "Procurei informar-me sobre o que se passou. Aquela era uma pergunta de forma alguma aceitável e o conselho pedagógico já deliberou negativamente", disse, citada pela Lusa. "Felizmente [a pergunta] não foi aprovada porque não era bem formulada, não era correcta, não era passível de avaliar o sentido ético dos professores", reforçou.
(...)
Visão diferente tem a presidente do Agrupamento de Escolas Correia Mateus que, em declarações ao jornal Região de Leiria, justificou a proposta. "Esse parâmetro vale zero", referiu Esperança Barcelos. Os outros que o acompanham - como o que afere a verbalização da satisfação ou insatisfação face às mudanças de "forma serena e fundamentada através de críticas construtivas" - é que serão valorizados de forma crescente, até à nota máxima. Ao mesmo jornal Esperança Barcelos esclareceu que quem é crítico da actual política pode ter nota máxima neste item. "Um colega crítico pode ter valorização máxima, desde que não crie instabilidade nos colegas e que nos órgãos próprios manifeste a sua opinião."
(...)
O ME faz questão de sublinhar que "não há qualquer avaliação de desempenho em função do grau de adesão ou rejeição às políticas educativas." Compete ao conselho pedagógico aprovar os instrumentos de registo que as escolas estão a elaborar e que são fundamentais para a recolha da informação que vai estar na base da avaliação dos docentes."
Ver Artigo Completo (Público)
A questão foi levantada no Parlamento pelo deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã, para denunciar a forma como os critérios de classificação dos docentes podiam ser distorcidos pelo excesso de zelo de um presidente do conselho executivo da escola. No final do debate, Maria de Lurdes Rodrigues fez questão de esclarecer a posição do Ministério da Educação (ME). "Procurei informar-me sobre o que se passou. Aquela era uma pergunta de forma alguma aceitável e o conselho pedagógico já deliberou negativamente", disse, citada pela Lusa. "Felizmente [a pergunta] não foi aprovada porque não era bem formulada, não era correcta, não era passível de avaliar o sentido ético dos professores", reforçou.
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Visão diferente tem a presidente do Agrupamento de Escolas Correia Mateus que, em declarações ao jornal Região de Leiria, justificou a proposta. "Esse parâmetro vale zero", referiu Esperança Barcelos. Os outros que o acompanham - como o que afere a verbalização da satisfação ou insatisfação face às mudanças de "forma serena e fundamentada através de críticas construtivas" - é que serão valorizados de forma crescente, até à nota máxima. Ao mesmo jornal Esperança Barcelos esclareceu que quem é crítico da actual política pode ter nota máxima neste item. "Um colega crítico pode ter valorização máxima, desde que não crie instabilidade nos colegas e que nos órgãos próprios manifeste a sua opinião."
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O ME faz questão de sublinhar que "não há qualquer avaliação de desempenho em função do grau de adesão ou rejeição às políticas educativas." Compete ao conselho pedagógico aprovar os instrumentos de registo que as escolas estão a elaborar e que são fundamentais para a recolha da informação que vai estar na base da avaliação dos docentes."
Ver Artigo Completo (Público)
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Existem escolas que insistem em tornar os "sonhos" da Ministra da Educação, nos nossos piores "pesadelos", de forma ainda mais "tormentosa" do que aquilo que seria razoável pensar.
Quando temos membros de um CE e de um CP, deste calibre, teremos de pensar bem, para onde vamos concorrer, pois não estamos a ser todos avaliados da mesma forma e pelos mesmos parâmetros. Na realidade, o que estamos a verificar em pleno é a "autonomia das escolas". Imaginem como não será o futuro...
Quando temos membros de um CE e de um CP, deste calibre, teremos de pensar bem, para onde vamos concorrer, pois não estamos a ser todos avaliados da mesma forma e pelos mesmos parâmetros. Na realidade, o que estamos a verificar em pleno é a "autonomia das escolas". Imaginem como não será o futuro...
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