terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Todos criticamos a Ministra da Educação.

É um facto, poucos professores admitem mostrar agrado pela actuação da nossa Ministra. Eu conheço alguns, que não o admitem publicamente, mas que em "off" lá o vão admitindo (mas isso seria tema para outro post). No entanto, esta personagem só consegue fazer aquilo que faz, num clima de impunidade total, porque somos extremamente desunidos (aliás, não conheço nenhuma outra classe onde isto suceda - provavelmente será um handicap meu). E não me venham com a prepotência do Sócrates e companhia... Se em vez de reclamarmos tanto nas salas dos professores, nos organizássemos para "combater" este ME... isso sim, seria bom! Mas quando algo se organiza temos sempre aqueles que dizem que sim (e eventualmente, até foram os mentores da "estratégia") e depois boicotam. Existem outros que boicotam, logo à partida, mas pelo menos são detentores de frontalidade. Comodismo? Medo? Não sei qual o motivo, e nem me interessa, mas o que é certo que não permitem que o quer que seja, tenha real impacto.

Somos mais "papistas que o papa" (nunca compreendi muito bem a origem desta expressão), pois temos verdadeiros fanáticos fundamentalistas (ao melhor - ou pior estilo da Al-Qaeda), que levam esta avaliação como a missão da sua vida. Ou seja, fazem da avaliação, o seu único objectivo de vida profissional. Obviamente que a avaliação é importante, mas ao centrarmo-nos demasiado nela, perdemos objectividade. Conheço colegas assim, e sinceramente, acho-os completamente "malucos" (desculpem-me a sinceridade).

E qual a razão deste post? Simples, tenho conhecimento que em algumas escolas se vive uma autêntico ambiente de guerrilha... Isto tudo e ainda nem começou o processo de avaliação do desempenho docente, propriamente dito. E concluo que o problema real desta avaliação está em nós próprios e não na Ministra da Educação.

O cerne do processo de avaliação do desempenho está nos titulares que nos vão avaliar. Se forem pessoas objectivas e isentas, não será necessário passarmos por aquilo que não somos, não concordam? Se formos competentes e bons profissionais, não existe nenhum problema na avaliação, certo? Mas no final, quem nos avalia também são professores...

Temos um GRANDE problema... Temos, temos...

3 comentários:

  1. Concordo contigo prof. contratado, a nossa revolta contra o ME e mais propriamente contra a avaliação dos professores faz parecer que temos receio de sermos avaliados e isso só acontece se não formos bons profissionais ! O que me revolta não é o facto de sermos avaliados, não concordo é como vai ser feita essa avaliação e a forma precipitada como está a ser inserida nas escolas, o cria um péssimo ambiente!

    Angela

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  2. Parece k a srª ministra anda a tentar fazer "depressa e bem"... o problema é k na realidade quer fazer "a correr" e assim vai tudo mal.
    Que os profs. sejam avaliados... tudo bem, mas de uma forma justa e não sujeitos à boa ou má disposição de alguns titulares, k de sensatos têm pouco e objectivos ainda menos... desculpem-me os k assim não são.
    NOKAS

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  3. Como eu dizia há uns tempos, este é um daqueles tais posts tão óbvios que até dispensava comentários...
    Mas não concordo quando dizes que o problema da avaliação está em nós próprios e não na ME.
    Para mim está todo no ME, porque eu pessoalmente não tenho problemas em ser avaliada. Tenho problemas com o como e por quem...
    A título de exemplo, o ME ao criar nergas e companhias fez com que tal se transformasse numa desculpa para certos alunos não estudarem... pois sabem que se não fizerem o 9º duma maneira o podem fazer de outra maneira e muito mais depressa... mas seremos avaliados pela taxa de insucesso e abandono escolar... Hummmm
    O ME baseia todo o processo de avaliação numa base inexistente... Pelos vistos as Novas Oportunidades ensinam que afinal as casas até se começam a construir a partir dos telhados... A essa missiva só escapa o telhado governamental...
    Tenho mais exemplos como terão todos vocês, mas sinceramente não tenho tempo para enumerar todos... é que não posso faltar e uma noite não chegaria... nem de longe...

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