segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ministério da Educação mantém prazos finais de avaliação docente.

No Jornal de Notícias de 11/02/2008: "Esta semana poderá haver novos desenvolvimentos na batalha que opõe sindicatos de professores ao Ministério da Educação, por causa da avaliação de desempenho dos docentes. Apesar de a tutela ter anunciado, sábado à noite, a eliminação dos prazos intermédios (mantendo os prazos finais para a conclusão) e de o secretário de Estado adjunto ter garantido que a aceitação de uma providência cautelar pelo Tribunal Administrativo de Lisboa não tem efeitos suspensivos, dirigentes sindicais insistem na ilegalidade do processo.

Hoje, poderá ser conhecida a decisão sobre outra providência cautelar apresentada em Coimbra, a primeira de uma série de acções colocadas pelos sindicatos da Federação Nacional de Professores (Fenprof) nos tribunais de Lisboa, Porto, Coimbra e Beja. Anteontem (edição do "Diário de Notícias"), foi conhecida a decisão sobre a providência interposta pelo Sindicato Independente e Democrático dos Professores.

"É mais uma tentativa dos sindicatos para evitar este processo de avaliação, mas isso não vai acontecer, ele vai manter-se", declarou, anteontem à noite, o secretário de Estado adjunto e da Educação. Jorge Pedreira acentuou que os sindicatos pediram aos tribunais a suspensão da eficácia do seu despacho e não a do processo de avaliação em si. Na origem das acções dos sindicatos está o despacho governamental que, face à inexistência do Conselho Científico para a Avaliação de Professores que legalmente deveria definir recomendações para as escolas, atribui à futura presidente deste organismo a competência para as elaborar.

Ainda anteontem, a ministra e os seus secretários de Estado chegaram a um acordo com o Conselho de Escolas, reconhecendo a dificuldade de alguns estabelecimentos em cumprir os prazos intermédios, mas não alterando as regras.

As estruturas de professores reagiram ontem de formas diferentes. A Federação Nacional de Ensino e Investigação (FENEI) considerou aquela decisão "um recuo táctico" (palavras do seu presidente, Carlos Chagas), mas a Fenprof (Mário Nogueira) sustentou que o Ministério "não tinha outra alternativa".

Carlos Chagas considera a decisão "um aspecto positivo", mas afirma que "o desejável seria a revisão de todos os procedimentos da avaliação dos professores", pois é um processo muito complexo, burocrático e subjectivo.

Para Mário Nogueira, "o Ministério da Educação não anunciou nada, foi simplesmente obrigado" a deixar cair o prazo intermédio devido à primeira providência cautelar e por não ter constituído o conselho científico previsto na lei."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Os próximos 15 dias serão férteis em novidades no que concerne à nossa avaliação! Não sei como é que o ME vai sustentar a sua "defesa", quando foram eles próprios que falharam (de forma explícita) no processo de avaliação. E quanto à expressão "travar o processo" é de uma infelicidade estrondosa, pois aquilo que se pretende é rever procedimentos e datas de execução... As escolas (e os professores) têm tanto "trabalho" nas escolas que para conseguirem levar a bom porto esta avaliação dos docentes, teriam practicamente de parar para a concretizarem!
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7 comentários:

  1. E afinal quando é que a ministra e os seus secretários de estado se demitem? Já chega de tanta asneira! Alguém acha que se pode melhorar a educação contra as pessoas que trabalham nas escolas? Tudo isto não está ainda pior, apesar das trapalhadas vindas do ME ( desde há 30 anos), porque a grande maioria dos docentes tem brio e orgulho profissional e tem feito o seu trabalho muitas vezes em condições indignas.

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  2. Incrível "lata" deste ME! Sempre com a posíção de arrogância e a falta de humildade que nos têm habituado. Têm sempre que dar a entender à opinião pública e aos sindicatos que "nunca recuam!! É demais...
    Será que não entendem (primeiro-ministro incluído) que sem uma liderança dialogante e flexível NUNCA irão levar as suas intenções reformistas a bom porto!

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  3. Os elementos do ME nunca se vão demitir e o nosso primeiro-ministro também não vai fazer isso por eles.

    Aliás, se o PM Sócrates ganhar novamente as eleições que se avizinham acredito que vai manter a equipa. E se não mantiver a equipa vai arranjar outra, exactamente com os mesmos ideias de "destruição".

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  4. Para rui nunes: O problema é que levam sempre as suas intenções reformistas ao "porto" deles. Funcionamos como escravos obrigados a remar ao bater do tambor... E o problema é que não conseguimos ter força para os impedir.

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  5. Olá. Este comentário não tem a ver propriamente com o post, mas foi o local que achei mais indicado para te deixar esta info: vi que tens um espaço para links de escolas. O visiense e eu criamos há uns tempos um blog chamado escolas online, só para esse efeito. Se não quiseres ter o trabalho ou te faltar tempo para actualizar a tua lista podes fazer um link directo a http://escolasonline.blogspot.com
    Juntaremos os endereços novos que tenhas para nos dar.
    bj

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  6. Olá, amiga... Os links de escolas que constam na minha listagem estão relacionados com as escolas por onde eu já passei. De qualquer maneira vou ver se coloco um link para o blog que referiste. Obrigado.

    Beijo

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  7. ATRASADOS

    As pessoas são atrasadas??? não vêem que a avaliação correcta dos professores não é possível???

    Isto tudo s
    ó tem um único objectivo: Acabar com as escolas e fechá-las depois PRIVATIZAR:

    Quem quiser ensino que pague, é como está a acontecer com os hospitais.Acho bem pq o povo é cada vez mais estupido e vota neles...

    TODAS AS PESSOAS DEVIAM SER AVALIADAS NO SEU EMPREGO PELOS COLEGAS MAIS VELHOS, E DEVERIAM LEVAR UMA NOTA QUE CORTASSE A SUA PROGRESSÃO NA CARREIRA, ACHAM ISTO bonito ''''?????
    e juizes a serem avalidos pelos casos q iam pra prisão

    e gnr a serem avalidos pelo nº de multas q fazem...

    Acham isto bonito, ó pinto de sousa e ministara Maria...

    NÃO, então pq esta parvoeira de avaliar os professores???

    put q vos paru a todos

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