No Correio da Manhã a 22/10/2007: "O Ministério da Educação anunciou este mês a abertura de mais 40 vagas para reforçar a Inspecção-Geral da Educação (IGE) e viabilizar o novo modelo de avaliação de professores, definido pelo Estatuto da Carreira Docente. O certo é que os novos inspectores só chegam ao terreno em Março de 2009, ou seja, daqui a ano e meio, quando outros 16 inspectores entram na aposentação.
A denúncia, feita pelo Sindicato dos Inspectores da Educação e Ensino, deixa às claras a falta de meios humanos da IGE para pôr em prática a avaliação dos titulares que exerçam funções de coordenador de departamento ou de conselho de docentes e que, estipula o estatuto, têm de ser avaliados por um inspector com formação na sua área de ensino.
“No essencial, nada muda [com o novo concurso]”, diz José Calçada, presidente do sindicato. “Antes de mais, coloca-se o problema da duração do processo: São apenas 40 vagas onde é expectável que haja entre 2000 a 2500 concorrentes”, o que pode atrasar o processo de selecção. “Decorrerão cerca de seis meses de concurso e os 40 inspectores vão ter um ano de formação em serviço, pelo que só vão estar no terreno em Março de 2009”, diz .
Nessa altura, explica o inspector, “vão aposentar-se 16 inspectores”. “Em termos líquidos, ficam apenas mais 24 inspectores.” Feitas as contas, haverá 46,3 docentes – dos 8149 titulares – para cada um dos 176 inspectores que trabalharão no terreno em 2009. “Isto se os inspectores não fizerem mais nada, porque o rácio real está próximo do dobro”, admite .
Segundo o responsável, “o processo de estágio dos novos inspectores é habitualmente de um ano de formação, em que os novos inspectores vão às escolas para actividades de inspecção acompanhados de um inspector mais experiente”, a que se soma a “formação em áreas específicas”, como o código de processo administrativo."
Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)
A denúncia, feita pelo Sindicato dos Inspectores da Educação e Ensino, deixa às claras a falta de meios humanos da IGE para pôr em prática a avaliação dos titulares que exerçam funções de coordenador de departamento ou de conselho de docentes e que, estipula o estatuto, têm de ser avaliados por um inspector com formação na sua área de ensino.
“No essencial, nada muda [com o novo concurso]”, diz José Calçada, presidente do sindicato. “Antes de mais, coloca-se o problema da duração do processo: São apenas 40 vagas onde é expectável que haja entre 2000 a 2500 concorrentes”, o que pode atrasar o processo de selecção. “Decorrerão cerca de seis meses de concurso e os 40 inspectores vão ter um ano de formação em serviço, pelo que só vão estar no terreno em Março de 2009”, diz .
Nessa altura, explica o inspector, “vão aposentar-se 16 inspectores”. “Em termos líquidos, ficam apenas mais 24 inspectores.” Feitas as contas, haverá 46,3 docentes – dos 8149 titulares – para cada um dos 176 inspectores que trabalharão no terreno em 2009. “Isto se os inspectores não fizerem mais nada, porque o rácio real está próximo do dobro”, admite .
Segundo o responsável, “o processo de estágio dos novos inspectores é habitualmente de um ano de formação, em que os novos inspectores vão às escolas para actividades de inspecção acompanhados de um inspector mais experiente”, a que se soma a “formação em áreas específicas”, como o código de processo administrativo."
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Lá vai a ministra da educação arranjar uma estratégia para que a nossa avaliação não seja posta em causa. É o que dá pensar em "cifrões" e não no real sucesso das medidas... Isto se formos completamente ingénuos e pensarmos que a avaliação dos docentes tem outro objectivo que não o puramente economicista. Tudo a bem da economia nacional e dos resultados! É para aprenderem a fazer melhor o trabalho de casa... Se este ministério (e o governo, em geral) fossem avaliados pelos professores teriam uma "nota" claramente negativa (teriamos de inventar uma nova "escala" de avaliação, só com valores negativos). Enfim...
Fui uma das iludidas com o concurso à inspecção; agora retiro dessa experiência a maior vergonha em que já participei; a democracia está em risco com esta falta de transparência; avançaram para a publicação dos resultados finais sem publicar o resultados das provas ou resultados de todos os requisitos; eu como tinha muitos graus académicos eliminaram-me na prova escrita sem dar a conhecer resultados ou critérios de correcção dessa prova; centenas,fomos reprovados nessa prova escrita: querem-nos passar um atestado de alguma coisa mas eles é que foram "finos" não obstante antidemocráticos; vou utilizar os mecanismos legais para repudiar e recomendo o mesmo aos outros candidatos. Assim não.
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