No Jornal de Notícias de 14/11/2006: "Grupo de docentes vai estar dois dias em frente do Ministério da Educação.
Os professores do Ensino Básico e Secundário iniciam quarta-feira, a partir das 11h00, uma vigília de dois dias junto ao Ministério da Educação, para pressionar as negociações do Estatuto da Carreira Docente (ECD).
"Esta vigília não pretende ser um protesto de massas, mas sim um sinal ao Governo de que os professores não vão abdicar de lutar nem tão pouco desistir", afirmou Mário Nogueira, porta-voz da plataforma que reúne 14 sindicatos do sector.
O protesto, que se prolonga até às 12h00 de sexta-feira, deverá contar com a presença permanente de cerca de 50 professores, que receberão a visita de deputados de todos os partidos políticos, incluindo o PS, e outras personalidades.
Animação cultural e musical por parte de grupos como os "Toca a Rufar" ou os "Bombos da Póvoa do Varzim" vai também marcar o protesto frente ao Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa.
As estruturas sindicais vão ainda promover sexta-feira um Plenário Nacional de Professores e Educadores no alto do Parque Eduardo VII, no qual são esperadas cerca de 3.000 pessoas para avaliar o processo de negociação suplementar, que arranca quinta- feira.
Será realizado um cordão humano de professores e educadores até ao Ministério, onde será entregue um abaixo-assinado com cerca de 60 mil assinaturas, encerrando a jornada de contestação.
A negociação relativa à revisão do ECD, que teve início em Maio, terminou no final de Outubro sem ter sido alcançado qualquer acordo entre a tutela e os sindicatos.
Findo o período regular, as organizações sindicais accionaram a negociação suplementar, que, segundo a legislação, deve ser presidida pela ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, podendo prolongar-se por 15 dias.
A divisão da carreira em duas categorias (professor e professor titular) e a introdução de quotas para aceder à segunda e mais elevada são os aspectos mais contestados pelos docentes, assim como a avaliação de desempenho dependente de critérios como os resultados escolares e as taxas de abandono dos alunos."
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