quinta-feira, 28 de maio de 2009

Quatro ou cinco escolas? Tantas?

No Público a 28/05/2009: "A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse hoje que "quatro ou cinco escolas" não vão cumprir o prazo de eleição dos respectivos directores, que termina a 31 de Maio.
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Recusando classificar estes casos como "resistência", Maria de Lurdes Rodrigues referiu que "foram casos em que não emergiram lideranças, que não apareceram candidaturas, em que as candidaturas não foram reconhecidas localmente pelas comunidades locais como candidaturas de qualidade e foram rejeitadas".
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A ministra da Educação garantiu que o processo de eleição dos directores dos 1191 agrupamentos ou escolas não agrupadas está a decorrer "dentro dos prazos". "Está tudo a correr muito bem em todas as escolas, ao contrário do que acontecia no passado, em que sempre existia uma centena de escolas em que não emergiam lideranças", declarou.
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Maria de Lurdes Rodrigues apontou, ainda, a existência de "uma grande continuidade nos processos", observando que, "na maior parte dos casos, os presidentes dos conselhos executivos passam agora a directores, garantindo a continuidade do desenvolvimento dos projectos educativos".

A responsável considerou a este propósito que "o que muda verdadeiramente não são tanto as pessoas, mas as condições que estes novos directores passam a ter para conduzir os destinos das escolas".

Confrontada com a manifestação nacional de professores marcada para sábado, a ministra respondeu: "Amanhã é outro dia. Amanhã não tenho nenhuma tomada de posse"."

Ver Artigo Completo (Público)

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Comentário: Não, senhora ministra... Mudam as pessoas, pois com estas novas condições, as probabilidades de autoritarismo saem reforçadas. Até aqui, um Presidente do Conselho Executivo (e respectiva «equipa»), dependia dos votos de muitos, no entanto, a eleição de um Director, depende do voto de poucos e «sofrerá» como nunca, a verdadeira pressão partidária (e o «melhor» de tudo, a coberto da legalidade). Também terão um acréscimo de trabalho, mas quanto a isso, têm a remuneração «extra» para os manter em «sentido». Aconselho a leitura do Decreto-Lei n.º 75/2008 (nomeadamente a subsecção II), para se inteirarem da extensão do «poder» que estes novos Directores terão na «mão».

Para além disso, por aquilo que sei, não serão apenas 4 ou 5 escolas. E não será por falta de liderança que o processo de eleição dos directores não está a decorrer, nas mesmas. Será mais... humm... Será mais, um problema de legalidade (ou de falta dela).
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