No Jornal de Notícias a 28/05/2009: "Em 2006, João N., agora com 19 anos, dirigiu palavras injuriosas ao professor de Matemática por ter sido chamado a atenção quando brincava com o telemóvel na sala de aula.
O Tribunal de Vila Verde condenou um ex-aluno da Escola Secundária local pelo crime de injúria agravada a um professor ao pagamento de 300 euros de multa e de 500 euros de indemnização, disse hoje fonte judicial.
A fonte adiantou à Lusa que, na sentença, agora transitada em julgado, o tribunal deu como provado que em Junho de 2006, João N., agora com 19 anos, dirigiu palavras injuriosas ao professor de Matemática - nomeadamente dois adjectivos, considerados popularmente como "palavrões" - por ter sido chamado a atenção quando brincava com o telemóvel na sala de aula.
(...)
"O arguido ignorou as várias advertências que lhe foram apresentadas até que, ao ser mais uma vez, chamado à atenção pelo seu comportamento indevido, se levantou, arrumou o material escolar na mochila e abriu a porta da sala insultando o professor antes de sair da aula", refere o juiz que julgou o caso.
A condenação do ex-aluno foi baseada, entre outros factores, no depoimento de três ex-colegas de turma.
O tribunal concluiu que, ao proferir expressões insultuosas, "o arguido lesou a honra e consideração" devidas ao professor, tendo agido com dolo directo, ou seja, com vontade de o ofender.
Contactado pela Lusa, o queixoso - que solicitou anonimato - disse que apenas recorreu aos tribunais porque o aluno não lhe quis pedir desculpas pelo seu comportamento incorrecto, apesar de lhe ter dado oportunidade para o fazer.
Acresce que, acentuou, depois de ter decidido castigar o aluno com dois dias de suspensão, o Conselho Executivo da Escola anulou a pena, argumentando que o professor tinha deixado passar 12 dias antes de apresentar queixa, o que viola os regulamentos.
"Deixei passar alguns dias porque dei tempo ao aluno para reflectir e pedir desculpa, e, depois, porque tive um funeral de família", afirmou, frisando que pensou também que o Conselho Executivo iria agir autonomamente por, entretanto, ter tomado conhecimento do facto."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
O Tribunal de Vila Verde condenou um ex-aluno da Escola Secundária local pelo crime de injúria agravada a um professor ao pagamento de 300 euros de multa e de 500 euros de indemnização, disse hoje fonte judicial.
A fonte adiantou à Lusa que, na sentença, agora transitada em julgado, o tribunal deu como provado que em Junho de 2006, João N., agora com 19 anos, dirigiu palavras injuriosas ao professor de Matemática - nomeadamente dois adjectivos, considerados popularmente como "palavrões" - por ter sido chamado a atenção quando brincava com o telemóvel na sala de aula.
(...)
"O arguido ignorou as várias advertências que lhe foram apresentadas até que, ao ser mais uma vez, chamado à atenção pelo seu comportamento indevido, se levantou, arrumou o material escolar na mochila e abriu a porta da sala insultando o professor antes de sair da aula", refere o juiz que julgou o caso.
A condenação do ex-aluno foi baseada, entre outros factores, no depoimento de três ex-colegas de turma.
O tribunal concluiu que, ao proferir expressões insultuosas, "o arguido lesou a honra e consideração" devidas ao professor, tendo agido com dolo directo, ou seja, com vontade de o ofender.
Contactado pela Lusa, o queixoso - que solicitou anonimato - disse que apenas recorreu aos tribunais porque o aluno não lhe quis pedir desculpas pelo seu comportamento incorrecto, apesar de lhe ter dado oportunidade para o fazer.
Acresce que, acentuou, depois de ter decidido castigar o aluno com dois dias de suspensão, o Conselho Executivo da Escola anulou a pena, argumentando que o professor tinha deixado passar 12 dias antes de apresentar queixa, o que viola os regulamentos.
"Deixei passar alguns dias porque dei tempo ao aluno para reflectir e pedir desculpa, e, depois, porque tive um funeral de família", afirmou, frisando que pensou também que o Conselho Executivo iria agir autonomamente por, entretanto, ter tomado conhecimento do facto."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
Comentário: Custou-me a acreditar nesta notícia. É pena que esteja a ser dado fraco destaque a esta verdadeira lição de vida e de profissionalismo. Muitos de nós, relevamos as atitudes dos alunos, para não nos chatearmos, ou então, somos impedidos de manter a disciplina por PCE´s fracos e/ou incompetentes. O caso resulta de insultos a um colega, como resultado de uma advertência, consequência do maldito uso do telemóvel, dentro da sala de aula, por um aluno. O CE, que na altura «castigou» o aluno com dois dias de suspensão, acabou por anular essa decisão, devido a prazos. Infelizmente, acontece em muitas escolas... Reparem que o colega ainda deu tempo ao aluno para reflectir na sua atitude e pedir desculpa. Embora fique feliz por esta decisão do tribunal, se tivessemos uma boa política educativa e um estatuto do aluno eficaz, nada disto seria necessário.
Esta notícia deveria ser afixada em todas as salas dos professores!!!!
ResponderEliminarUma justiça que leva 3! anos a resolver um caso destes não é justa.
ResponderEliminarC.Pires
Peço desculpa, pelo comentário seguinte que nada tem a ver com o título do artigo do JN. Gostava de sugerir ao Ricardo M., a erradicação da sala de chat deste blogue. Escrevem-se lá muitas questões pertinentes, mas também asneiradas e questões completamente ridículas, que poderiam ocupar perfeitamente o espaço dos comentários aos posts. Podiam ser na mesma esclarecidos, sem tanto destaque. Pense nisso, Ricardo M.
ResponderEliminarFico muito feliz com esta atitude do Tribunal, não só pela justiça que se fez, mas também porque vou avançar agora com queixa crime para Tribunal, por ter sido agredida por um pai no Jardim de Infância de Bicesse. Por vezes penso se, com a lentidão da justiça e a força que os pais têm se terei algum sucesso, mas esta noticia deu-me força para ir em frente. Quero que este pai seja punido não pela agressao à educadora, mas também por não ter respeitado o grupo de crianças que assistiram a tudo (incluindo a própria filha).
ResponderEliminarPeço desculpa pelos erros, mas tudo isto é muito recente e ainda estou muito perturbada.
ResponderEliminarPara C. Pires: Em primeiro lugar, deixe-me agradecer o seu precioso contributo neste blogue. Não tem passado despercebido. Em segundo lugar, é o eterno ditado: "Mais vale tarde, que nunca".
ResponderEliminarCumprimentos.
Para Maria Peres: No que depender de mim, terá todo o apoio. É importante que estas situações (injúrias, agressões, etc.) não passem impunes. Acredite que vale a pena, por mais que a justiça seja tardia e morosa.
ResponderEliminarNão desista, colega. Força... É essa a forma correcta de agir.
Para o anónimo das 11.42PM: Acredite que já me passou (por inúmeras vezes) pela cabeça, eliminar a "Caixa de Conversa" deste blogue. Eventualmente colocá-la, apenas nas fases concursais...
ResponderEliminarNo entanto, julgo (para já) que as vantagens de tal "caixa» serão superiores às desvantagens. A sua recomendação fica anotada e será alvo de séria ponderação.
Cumprimentos.
Não tem o que agradecer, Ricardo. Eu é que agradeço o precioso contributo que pessoas como o Ricardo e o Advogado do Diabo prestam à classe e à sua dignificação. Quanto ao comentário, concordo consigo, claro, e só lamento que muitos colegas acabem por desistir face à burocracia, à falta de apoio de muitas direcções nestes casos e à morosidade do sistema de justiça, optando por sofrer calados (e ainda por cima, muitas vezes, sob o estigma de serem eles mesmos responsáveis, por esta ou por aquela razão). C. Pires.
ResponderEliminarPara Maria Peres. Fico contente por a colega ter a coragem de avançar e desejo-lhe a maior justiça possível. C. Pires
ResponderEliminarpassem esta notícia a todos os contactos....... inclusivé tvi e sic.
ResponderEliminarA alegria que sentimos por uma sentença que demorou 3 anos a proferir. Que estado este.
ResponderEliminaros pais deste menino devem de estar super felizes, e como premio deram-lhe um telemovel ainda melhor (com video para puder filmar as aulas). é triste a esta sociedade...
ResponderEliminarna minha escola uma mãe de um "menino" dos famosos CEFS disse que se o governo ou a junta lhe dessem um subsid ela ficava a tomar conta e educar o filho (mas agora tem que se receber subsid para educar os filhos...). é triste o que a nossa geração se tornou e a que a dos nossos filhos se irá tornar. enquanto nós passamos pelos cafes para ir ou vir de trab é ver esses famosos pais/mães no cafe com o cigarro na mão.