quarta-feira, 8 de abril de 2020

Ainda o 4 de maio...


Comentário: A notícia já tem uma semana, no entanto, não é por isso que deixou de ser atual e que não deveria ser considerada numa eventual decisão política de reabertura das escolas (seja a 4 de maio ou numa outra data qualquer próxima do pico da pandemia em Portugal). Se a preocupação com os professores (classe bem envelhecida, com uma idade média de 49 anos e onde 20% tem mais de 60 anos de idade) é reduzida ou mesmo nula, quero acreditar que com os nossos jovens o mesmo já não se aplica.

Será que algum político está disposto a assumir mortes de jovens pela decisão de abrir escolas demasiado cedo, só para que o calendário dos exames nacionais possa ser cumprido?

Fica uma transcrição do artigo, que me parece relevante e que vai ao encontro de outros que entretanto já tive a oportunidade de ler:

"Relativamente à gravidade da doença nas crianças, Maria João Brito indica que «Nós pensávamos que esta doença não era grave em crianças e não é isso que está a acontecer. Nós temos crianças em estado grave, noutros países também já há relatos de crianças com gravidade e, embora as taxas de mortalidade sejam muito mais baixas, existem relatos de mortalidade infantil com este vírus», refere acrescentando ainda que a gravidade da doença «não tem bem a ver com a idade: miúdos saudáveis podem ter ser contagiados e ficar em estado grave»."

E sim... Eu sei que o "desespero" económico poderá levar a uma "reabertura" forçada, antecipada, e até por esse mesmo motivo, com o apoio de alguns encarregados de educação, no entanto, uma coisa é ver anunciada a morte de dezenas de adultos/idosos, outra bem diferente será anunciar a morte de crianças e adolescentes. É que o risco é inferior, mas é uma possibilidade!

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