segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

"Professores do ensino particular voltam a poder concorrer em condições iguais às dos docentes do público"


Comentário: Tal como referi abaixo (aqui), é notável a quantidade de surpresas que vão surgindo ao longo dos dias de negociação... 

Desta feita, temos o regresso de equivalências privadas, que no fundamental até seriam justas se os critérios de seleção para o emprego privado fossem iguais aos do público. E sim, eu sei que as condições gerais no privado em termos de remuneração e de horas de trabalho não serão as melhores, mas sempre serão melhores do que ficar no desemprego ou então a 200 ou 300 km num qualquer horário temporário. 

De acordo com o que se lê e ouve esta alteração teve o alto patrocínio de alguns sindicatos, como a FNE... Volto a escrever que se se sentirem traídos por tal patrocínio, e por mero acaso tiverem filiação nestes sindicatos, têm a melhor solução do mundo nas vossas mãos, que não passa pela cómoda demonstração de indignação nas redes sociais.

11 comentários:

  1. Concordo em absoluto!
    Seria interessante conhecer as razões que levaram a tal patrocínio!
    Mais uma atitude de desprezo pelos milhares que se sujeitam a quase tudo, por esse país fora (não ter, até, aquilo a que se chama "uma vida").
    Fica-se com a impressão de que estas negociações entraram num estado de caos. É pena! Contava com mais (responsabilidade, racionalidade, humanismo) por parte de todos os intervenientes!

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    1. Estes docentes faziam serviço público inclusive correção dos exames nacionais.
      As escolas com contrato de associação faziam parte integrante da rede pública.

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  2. A impressão de caos não é só uma impressão. É uma dolorosa realidade. Começaram por centrar as propostas nas pessoas. Os precários com 20 e depois com 12 anos de tempo de serviço. Este tempo muitas vezes comporta uma relação laboral que chega a ultrapassar as duas decadas. Os 5 contratos em 6 anos no mesmo grupo de recrutamento valorizava a relação de continuidade com o empregador Estado/ME e a experiência no grupo em que se ia vincular. Todo o processo negocial escavacou com estas premissas. Agora o ME determina vagas com base num critério que pode facilmente ser contestado e os QE/QA e QZP reivindicam essas vagas para eles terem possibilidade de mudar de zona e de grupo. Pior agora os docentes que vem do privado, dos contratos de associação que nunca se submeteram ás regras dos concursos públicos concorrenm em pé de igualdade com os precários do ME. É mais do que o caos, é a imoralidade e a pouca vergonha com o alto patrocinio sindical.

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  3. Acho muito bem. O governo de forma unilateral e ilegal rasgou os contratos de associação. O mínimo que tem de fazer é levar consigo os quadros dessas escolas. De resto é uma medida ideológica, sem qualquer sentido. Optou-se por encerrar escolas que realizavam serviço público, muitas de qualidade. Estas escolas foram moeda de troca para a geringonça. Segue-se a saúde

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    1. E esses "quadros" foram seleccionados como? Haja pachorra para tanta cara de pau!

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    2. Pois! Nessa altura não houve cá listas graduadas. Foi o "tio"...

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    3. Existem prioridades diferentes para os que foram colocados pela lista graduada em horários de 6 horas que passaram a 20? Para colocados por OE, nas TEIP, no IEFP, na Casa Pia, nos Açores, na Madeira? Não.
      Então a prioridade diferente para os professores que estiveram no privado justifica-se porquê? Ah, o método de seleção foi diferente... Diferente do quê?

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  4. Concurso público é concurso público,logo todos os que reunam qualificação para concorrerem e tenham dado aulas devem ter igualdade de direitos!
    Estado é estado! Não pode diferenciar cidadãos...todos eles,como contribuintes financiam a escola pública!

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  5. Tem qualificação, pode exercer. Existe uma graduação a respeitar e pronto.
    Porque é que haviam de ser diferentes????

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  6. Quando há mais de 20 anos entreguei o meu currículo num Colégio com Contrato de Associação (CA) no agora grupo 510, o diretor, passados uns dias, telefonou-me a dizer que me aceitava se eu pudesse dar Matemática. Na altura havia falta de professores e muitos não se queriam sujeitar às privações dos Colégios que, além do ordenado mais baixo e da ausência de reduções e outros mimos, ainda ficavam, em muitos casos, fora de mão. São estes que agora se indignam.
    Como se fossem os professores dos CA que tivessem culpa dos dislates dos sucessivos governos em matéria de colocação de professores. Muitos, não todos e acredito que sejam até uma minoria, sempre fizeram opções "de mais vale perto e com possibilidade de subsidio de desemprego do que longe a trabalhar". Mas nesta altura em que se aproximam os concursos lá vêm felizes a falar do que não sabem e destilar ódios de estimação para justificar o futuro "entaipado" em que se meteram. O mais engraçado, é que mesmo que se cumprisse a sua vontade, e os CA fossem todos para o lixo e os os professores dos CA ficassem todos bem no fundo da lista, grande parte continuava como está!
    profslusos? Não me parece.

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  7. É verdade. Trabalho num colégio sem contrato de associação que, quando precisa de um professor, vê-se e deseja-se para o encontrar. Não só tem recebido poucas candidaturas espontâneas, como, quando coloca anúncios, poucas respostas recebe. Muitos professores vêm de pontos muito distantes do país. Por isso, cerca de 30% dos professores que lá trabalham têm primeira residência a mais de 100 km. Se os professores que moram lá perto concorressem, poderiam trabalhar, eventualmente, perto de casa. Mas preferem viajar e ser colocados numa escola pública a 300 km.

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