quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Não é só fazer o pino...


Comentário: Nos dias que correm, com tanta tecnologia, com tanta distracção, com tanta imposição, com tanta indisciplina e com tanta pressão para o sucesso (mesmo que "insuflado"), transformaram a "arte" de dar aulas num verdadeiro circo. Quererem que um professor consiga ensinar uma turma com 26, 28 ou 30 alunos, com ritmos diferentes de aprendizagem e acrescendo a isso, "recuperar" alunos que transitaram de ano com meia dúzia (ou mais) de "negativas", parece realmente algo do tipo cirque du soleil.

E se a analogia do circo até poderá parecer exagero no (denominado) ensino regular, já não o será nos cursos profissionais... Quem leciona estes cursos sabe bem aquilo que tem de fazer para conseguir o tal sucesso. 

1 comentário:

  1. Não consigo perceber o negativismo que existe em torno do ensino profissional.
    O meu filho está no ensino recorrente no 9º ano e desde o 8º ano que vejo a sua desmotivação pela escola, o meu filho entra em casa com uma postura de tristeza e cansaço, que não deveria existir nos jovens.
    Lembro-me perfeitamente na primeira semana de aulas, isto no 8º ano, de ele entrar em casa e as primeiras palavras foram: - estou farto da escola.
    Para uma mãe ouvir isto da boca de um filho, logo na primeira semana de aulas é aflitivo e preocupante.
    Como é que eu posso motivar o meu filho para a escola, se os próprios professores não têm motivação, não podem, não querem ou não sabem utilizar métodos de ensino mais motivadores, com maior envolvência por parte dos alunos, com aulas mais práticas, e não apenas expositivas.
    Parece-me que o ensino profissional embora com a sua "má fama" consegue ir mais ao encontro do que os jovens querem, aulas diferentes sem estarem um dia inteiro sentados numa cadeira na sala de aula em que têm de entrar mudos e sair calados, pois a única pessoa que pode falar (expor a matéria) é o professor e os jovens limitam-se a ser passivos no processo de ensino aprendizagem.
    O ensino, pelo menos na escola que o meu filho frequenta (a mesma que eu frequentei), está exatamente igual, sem nada de inovador em comparação à minha geração.
    Eu adulta que sou ,tenho consciência que não conseguiria estar concentrada durante 90 minutos sentada numa sala a ouvir alguém a debitar informação, será que os professores o conseguiam fazer??? como é que se pode exigir isso aos jovens?

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