Comentário: O artigo é relativo ao Agrupamento de Escolas de Mogadouro (que fica a sensivelmente 40 minutos do local onde trabalho) que aparentemente terá os resultados mais fracos da região norte, "no que respeita à taxa de retenção e desistência do Ensino Secundário". Mas não obstante da "maldita" estatística que tantos castiga frequentemente de forma injusta, ficam algumas explicações:
Nota: negritos e sublinhados de minha autoria.
"Há causas para os maus resultados. A escolaridade obrigatória até aos 18 anos "desestabilizou", argumenta Irene Louçano. "Obriga os alunos a permanecer na escola sem o quererem e não os conseguimos motivar". Destacam-se, por outro lado, os problemas sociais e as famílias desestruturadas. "Quando os jovens chegam ao 3.º Ciclo, há pais que desistem de querer saber a situação escolar", acrescenta. Muitos têm carências económicas e 48% deslocam-se das aldeias.
A falta de opções curriculares leva os estudantes, quando chegam ao Secundário, a partir para outros concelhos. Carlos Santos, no entanto, entende que essa não é a única razão para que os alunos procurem outras escolas. "A escola não oferece um nível suficiente para atingir os objetivos pretendidos, no caso dos que querem prosseguir estudos e ir para a universidade", lamenta. Dá o exemplo do seu filho, que frequenta o 9.º ano. "Ele não gosta da escola, porque esta não o soube cativar. Uma boa parte dos colegas dele vai embora no final do ano letivo", afirma. Apesar dos esforços do JN, não foi possível contactar a outra associação de pais do agrupamento."
Os argumentos são sobejamente conhecidos e poderão ser generalizados a uma boa parte das nossas escolas... É essencial ainda referir que a escola até pode não cativar q.b., mas os pais também não podem lavar as mãos das suas responsabilidades. O discurso que aponta os dedos do insucesso ou da desmotivação dos alunos num só sentido, peca porque os restantes apontam para quem o profere.
Nota: negritos e sublinhados de minha autoria.
"Há causas para os maus resultados. A escolaridade obrigatória até aos 18 anos "desestabilizou", argumenta Irene Louçano. "Obriga os alunos a permanecer na escola sem o quererem e não os conseguimos motivar". Destacam-se, por outro lado, os problemas sociais e as famílias desestruturadas. "Quando os jovens chegam ao 3.º Ciclo, há pais que desistem de querer saber a situação escolar", acrescenta. Muitos têm carências económicas e 48% deslocam-se das aldeias.
A falta de opções curriculares leva os estudantes, quando chegam ao Secundário, a partir para outros concelhos. Carlos Santos, no entanto, entende que essa não é a única razão para que os alunos procurem outras escolas. "A escola não oferece um nível suficiente para atingir os objetivos pretendidos, no caso dos que querem prosseguir estudos e ir para a universidade", lamenta. Dá o exemplo do seu filho, que frequenta o 9.º ano. "Ele não gosta da escola, porque esta não o soube cativar. Uma boa parte dos colegas dele vai embora no final do ano letivo", afirma. Apesar dos esforços do JN, não foi possível contactar a outra associação de pais do agrupamento."
Os argumentos são sobejamente conhecidos e poderão ser generalizados a uma boa parte das nossas escolas... É essencial ainda referir que a escola até pode não cativar q.b., mas os pais também não podem lavar as mãos das suas responsabilidades. O discurso que aponta os dedos do insucesso ou da desmotivação dos alunos num só sentido, peca porque os restantes apontam para quem o profere.
Não o soube cativar?! A escola existe para prestar um serviço essencial ao cidadão: fornecer-lhe competências para a sua vivência em sociedade. Deste modo, o principal interessado em frequentar a escola será o aluno. A escola deve tentar proporcionar condições que tornem a aquisição das competências uma ação produtiva, num ambiente tranquilo, sereno, respeitador e que forneça bem-estar. O aluno não pode ser um agente passivo, tipo consumidor, que espera que lhe forneçam o prato que lhe agrade.
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