quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A seguir com preocupação...

Fenprof quer salvar professores da requalificação 

Comentário: Por motivos óbvios (e a não ser que estejam num qualquer agrupamento isolado do mundo e com um Diretor "alienado" da realidade) não acredito que a esmagadora maioria dos 159 docentes que em fevereiro deverão passar pelo processo de requalificação (perdendo com isso 40% do salário) esteja de "braços cruzados". As atividades e apoios diversos concretizados por estes colegas deverão ser suficientes para demonstrar que não obstante de não terem componente letiva, continuam a ser úteis e necessários.

No entanto, não sou cego nem surdo, e como tal, tenho de admitir que tal realidade (aquela onde as bibliotecas se assemelham a cafés, e onde alguns passam muito tempo com jornais e revistas...) possa ocorrer, mesmo que a coberto de influências locais (partidárias ou outras). Mas acredito que tais situações sejam residuais e que não serão esses os colegas os mais preocupados com a requalificação, pois a "máquina" lá lhes resolverá o problema.

Se os sindicatos não conseguirem solucionar a questão da requalificação, seguir-se-ão (em breve) mais quatro centenas de professores...

1 comentário:

  1. Colega,
    Como é do conhecimento de todos nós, os professores "horário zero" não estão sem horário. O horário chamado "zero" é completo com componente letiva reconhecida pelo MEC, para combater "horários zero". Eu trabalho muito, mesmo não tendo turmas atribuídas (devido aos cortes na Educação feitos pelo MEC). Tenho um horário completo com apoios a meninos com NEEP em disciplinas do 2.º e 3.º Ciclos, coadjuvações no 1.ºCiclo e AEC dentro do meu grupo e da minha formação académica/profissional, para promover o sucesso escolar desses alunos. Para além disso, tenho ainda BE (onde trabalho dentro e fora do meu horário BE, sempre que é preciso). O meu horário é completo e de componente letiva para todos os efeitos menos para aquele normativo (i)legal da Requalificação Docente/Mobilidade Especial através do qual o MEC pretende obter, a falsos pretextos, mão de obra barata a custo... bem, não é "zero" mas para lá caminha. Isto é um atentado aos direitos dos trabalhadores e à dignidade humana e deveria ter sido considerado inconstitucional aquando da sua apresentação e posterior reformulação.
    O que espanta num ministro é que diga na televisão que apenas segue as medidas propostas e aprovadas por ministros anteriores, com um grande sorriso, como se não tivesse poder de decisão para retificar o que está errado. Se está errado, corrija!

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