terça-feira, 12 de novembro de 2013

3 euros por resposta classificada

Ministério está a recrutar "classificadores" para prova de avaliação dos professores 

Comentário: Ontem começaram a ser divulgadas as primeiras mensagens de correio eletrónico entretanto rececionadas por alguns colegas de Português (em concreto, os professores "classificadores" dos exames nacionais dos alunos). A título de exemplo, fica uma cópia furtada do blogue do Paulo Guinote:

"Caro(a) Classificador(a) de Português, 

No momento em que se anuncia a realização da prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC), específica para a docência, cumpre a este Instituto assegurar a gestão do respetivo processo de classificação. Neste sentido, pretendemos contar com aqueles que ao longo dos últimos anos têm sido o garante do rigor e da fiabilidade da classificação das nossas provas: os nossos Classificadores, em articulação com os Supervisores. Assim, não podemos deixar de lhe propor que nos acompanhe em mais este projeto, pelo que solicitamos que nos informe da sua disponibilidade para exercer as funções como Classificador(a) da PACC, no modelo de supervisão estabelecido para outros projetos.

Informamos que o papel do(a) Classificador(a) implica a classificação, em média, de 100 respostas a um item de resposta extensa, o que corresponde a 100 provas. Cada resposta terá entre 250 e 350 palavras, aproximadamente.

Como Classificador(a), desenvolverá esta tarefa em regime de acumulação, previsivelmente durante a interrupção letiva de dezembro/janeiro, auferindo o valor de 3 € por resposta classificada.

Caso deseje participar neste projeto, deverá preencher a ficha em anexo a este e-mail, para procedermos à atualização dos seus dados. Depois de devidamente preenchida, a ficha deve ser gravada no mesmo formato (Excel) e enviada, para este endereço eletrónico, até ao dia 18 de novembro, juntamente com uma cópia do recibo de vencimento. Para proceder a esse envio, deverá usar o mesmo endereço eletrónico que indica na sua ficha como email pessoal para contacto, que se presume ser consultado com regularidade.

Solicitamos, ainda, caso não pretenda participar neste projeto, que nos informe, em resposta a esta mensagem eletrónica, no prazo máximo de 3 dias (até 14 de novembro).

Até ao final de novembro, informá-lo-emos sobre a sua participação, conhecido que seja o número de candidatos inscritos na PACC.

Antecipadamente gratos pela sua colaboração, enviamos os melhores cumprimentos,

Paula Meneses"


Agora é só esperar por voluntários... que estou certo, existirão.

21 comentários:

  1. É uma cópia do que se passou na 2ª Guerra Mundial nos campos de extermínio Nazi. Os guardas judeus maltratavam e até matavam outros Judeus, por ordem dos nazis... depois estes guardas, quando "já não rendiam", eram também eles próprios exterminados pelos nazis, os quais pegavam noutros Judeus para novos guardas... "Incrível" a semelhança de métodos do cRato com os dos nazis... Será apenas coincidência?...

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  2. Cruzes !! Abrenúncio!! Ao que isto chegou!! Será que alguma alma penada(que é isto que nos andam a querer fazer sentir), se deixará conduzir até uma qualquer saleta para tentar sarrabiscar em resposta a essa espúria coisa??!! Nós somos a classe que mais provas duras e horríveis tem prestado, não se esqueçam disso!! Cruzes!! Que coisa porca!! REAJAM!

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  3. Tenho seguido com muita atenção o que tem vindo a acontecer à volta das questões da prova. Para além de toda a humilhação subjacente a um regime ditatorial sem comparação possível, onde os "patrões" usam e abusam do poder, onde os "criados" se atropelam uns aos outros e todos se perdem no sentido que todos somos pessoas, fica-me um grande receio. Que esta falta de sentido se transforme em violência. Já alguém pensou o que poderá acontecer no dia 18 de dezembro quando às portas dos lugares de provas aparecerem os de T-Shirts do Não e se cruzarem com os das T-Shirts do Sim? E já alguém pensou que os do aparentemente Sim na entrada serão os do Zero (Não) à saída (nas figuradas listas com cotação nula)? E já alguém pensou? Meus senhores, acho que alguém devia começar a pensar em segurança.
    Quando escuto palavras de ordem que se transformam em dogmas, quando vejo que nas redes sociais correm rios de insultos, insinuações e ameaças, vejo que a humilhação está muito para além (ou aquém) da prova e isso deixa-me muito receosa e triste. Não podemos entrar num processo de autofagia e estamos a correr esse risco.
    Os sindicatos tem a obrigação moral e social de (por uma vez) fazer tudo o que devem fazer após aquela escandalosa ronda de negociações sobre a prova quando optaram por apostar "em todos, ou ninguém" sem defenderem as condições... os contratados sempre os serviram, gostava que não nos vissem como "figurantes de 1ª fila"; as escolas, os seus diretores, os avaliadores, os alunos, os encarregados de educação, os colegas diretores de turma, colegas de conselhos de turma, colegas de articulação, colegas de projetos, os parceiros externos, as universidades, os politécnicos, os certificadores de competências, enfim...os nossos colegas/amigos de trabalho que sempre puderam contar connosco e que partilharam connosco um lugar chamado escola, ano após ano...deverão ter algo a dizer. Mas eu não os ouço. Silêncio, p.f., que eu quero ouvir. E que se calem os demagogos, filósofos, políticos e letrados. E que se calem os jornalistas pois que...nunca ninguém saberá o que eu sinto. Por muitas reflexões e reportagens que façam. BASTA JÁ!

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  4. Quando estes ''do quadro'' voltarem a precisar aqui da contratada para greves e até no dia a dia (porque sim,muitos sabem menos do que eu) a porta estará fechada!!Querem corrigir e avaliar-me?Então ficam já a saber que não sou estúpida de viver de mãos dadas com os meus carrascos!

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  5. Quando estes ''do quadro'' voltarem a precisar aqui da contratada para greves e até no dia a dia (porque sim,muitos sabem menos do que eu) a porta estará fechada!!Querem corrigir e avaliar-me?Então ficam já a saber que não sou estúpida de viver de mãos dadas com os meus carrascos!

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  6. Quando estes ''do quadro'' voltarem a precisar aqui da contratada para greves e até no dia a dia (porque sim,muitos sabem menos do que eu) a porta estará fechada!!Querem corrigir e avaliar-me?Então ficam já a saber que não sou estúpida de viver de mãos dadas com os meus carrascos!

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  7. A partir de hoje, se houver algum professor do quadro a alinhar nesta palhaçada, NUNCA MAIS contem comigo para qualquer tipo de luta!!!
    Ana

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  8. E assim ficaremos a saber o preço de muito professor: 300 €!

    Muita gente deve estar cheia de inveja dos classificadores de Português...

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  9. Borrava a minha cara de vergonha se aceitasse corrigir um exame destes!!!!

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  10. A quem tiver a ousadia de embarcar nesta sabujice, nesta traição eu respondo:
    "Roma não paga a traidores!!!"

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  11. A propósito, já viram os vossos recibos do "Subsídio de Férias"?
    Então contem com cerca de 75% a menos. Não acreditam? Vejamos a minha situação:
    Vencimento Base:2045,08€ (índice 235; descontos: 1509,97€;
    TORAL ILÍQUIDO: 535,11€
    E esta hem!!!
    Valerá a pena acreditar mais neste bando de saqueadores?...

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  12. Como professora efetiva de Português, recuso-me a vigiar ou classificar qualquer tipo de prova que o MEC faça aos colegas contratados. Se são as universidades/politécnicos que os (nos) formam, então que sejam elas a vigiar e corrigir as ditas provas.

    Alerto:
    - 300€ é um valor médio e anterior a impostos;
    - se a moda pega, cada vez que quisermos mudar de escalão, teremos de fazer uma prova semelhante (e pagar!).

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  13. Espero fazer greve no dia de prova!

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  14. E que tal os colegas aceitarem o cargo de "carrascos" e em vez de corrigirem a prova,exercerem a reivindicação dando a nota máxima a todos?????Se todos tivermos a nota máxima já temos aprovação e não necessitamos de fazer a especifica. Hummmmm? Colegas do quadro, vamos unir-nos?

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  15. Recomendo a leitura de da seguinte entrevista à "iluminada" Margarida Rebelo Pinto que deve fumar uns cacetes de chá preto quando se pronuncia em relação a todos os cidadãos portugueses, inclusive os seus leitores. Se algum livro desta pessoa entrar em algum programa de Português também eu vou sentir repulsa!!!! http://www.youtube.com/watch?v=rCLrowDuDAw

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  16. Deixo aqui um louvor a todos os colegas que não aceitam entrar nesta atrocidade. Não cedam por favor!

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  17. Já ouvi "colegas" dos quadros a dizer que acham bem a prova para haver uma seleção, só que não se lembram que a seguir será para eles e aí sim, nós contratados vamos rir-nos e muito!! A avaliação também era só para os contratados e depois foi para todos, por isso "coleguinhas" dos quadros ponham-se finos!!!!

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  18. «Os lugares mais tenebrosos do Inferno estão reservados àqueles
    que mantêm a neutralidade em tempos de crise moral.» (Dante Alighieri)

    Se não travarmos esta crise, ela entrará na carreira de todos os docentes… Começa com a experiência nos contratados… São em menor número… Não fazem tanto barulho… Como o governo não prevê muitas rescisões amigáveis, entrará a matar assim que estas provas estejam em andamento…

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  19. Vergonhoso.
    - Quem são os professores que são capazes de fazer dinheiro à custa da
    de quem é explorado há anos ou está no desemprego????
    - Quem são os professores que, por estarem no quadro, estão dispostos a acabar com a vida profissional de pessoas que são tão docentes como eles (alguns até com mais tempo de serviço)????
    - Quem são os professores que são capazes de avaliar uma prova que eles próprios nunca fizeram????

    Estes professores são os que estão a A FAVOR DA PROVA PARA OS OUTROS, para os contratados, mas acredito que (e não vai demorar muito tempo) o mec imponha também uma prova aos efetivos. Quando isso acontecer, já não terão legitimidade de a recusarem.

    Pensem todos nisto, srs corretores.

    sandra

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  20. Vendilhões do templo! Se Jesus voltasse à Terra, seriam expulsos.

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