quinta-feira, 27 de junho de 2013

Disparidades...

Alguns colegas insistem na visão redutora de que este "acordo" entre sindicatos e MEC apenas beneficia (?) os colegas dos quadros... Alguns vão ainda mais longe, afirmando que mesmo dentro dos quadros, os que pertencem a um QZP também foram deixados de fora.

Pois bem... Eu não vejo este "acordo" dessa forma. 

Independentemente do fracionamento da classe (que existe... é indesmentível), este "acordo" para o bem e para o mal, influencia todos os professores. E se existe algo que me preocupa com este "acordo" é o facto de alguns colegas não conseguirem constatar o alcance a montante e a jusante de todas as medidas governamentais, olhando apenas para uma parte do problema. E é esta visão tão redutora que acaba por revelar alguma falta de informação, de conhecimento de legislação e mesmo de corporativismo (tão necessário nestes dias) por parte de quem a detém.

E para compreenderem a minha dificuldade em ler este tipo de situações, ficam duas questões: Como é possível achar que o regresso da direção de turma à componente letiva apenas beneficia os professores dos quadros? Como é possível considerar que a não atribuição de serviço letivo a quem espera pela aposentação apenas beneficia professores dos quadros?

18 comentários:

  1. concordo inteiramente com a tua visão, ricardo! ganhou muito ao ficar preto no branco o que vai ser feito e não apenas subentendido. e acho, na minha modesta opinião, que o futuro negro que se avizinha para setembro terá ficado mais cinzento. abraço.

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  2. Para ti Ricardo: Como é possível que os sindicatos não acabassem com a palhaçada das ofertas de escola? Como é possível que os sindicatos deixassem passar o concurso obrigatório a dois QZP pelos contratados? Como é possível que as turmas piores são sempre atribuídas aos contratados? Como é possível que os contratados não recebam caducidade? Como é possível que os contratados sejam dispensados no final de junho? Como é possível que nenhum professor do quadro tenha feito nada quando, este ano, desapareceram 10000 colegas? Como é possível que tu, Ricardo, não percebas que nenhum dos problemas dos contratados foi defendido? Como é possível...

    Ah, chamo-me Pedro Pereira, Professor contratado.

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  3. Boas Pedro!

    Tb sou contratado.. e parece-me k, como disse a/o FF o futuro ficou um "cadito" mais risonho para os contratados... julgo ser fácil chegar a esta conclusão! Apesar de, é claro, se preocuparem muito pouco com a genti!! Mas isso já nós sabemos há muito tempo. Somos as "empregadas a dias" do sistema.

    Hugs
    Pedro_Norte(chat)

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  4. Ricardo, porque há pessoas que infelizmente apenas estão habituadas a olharem para o seu umbigo! É óbvio que estas cedências afetam a classe toda. Há quem saia um pouco mais beneficiado, mas quando tudo está tão mau o que é que isso interessa?! E, que fique claro que no momento me encontro desempregada. Mesmo assim, considero um acordo razoável para todos, face à situação que vive o nosso país...

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  5. Para Pedro Pereira: Vamos aos esclarecimentos possíveis.

    1 - "Como é possível que os sindicatos não acabassem com a palhaçada das ofertas de escola? Como é possível que os sindicatos deixassem passar o concurso obrigatório a dois QZP pelos contratados?"

    R: Não sou sindicalista, colega. Infelizmente não sei o que lhe vai na cabeça e até onde podem "deixar" ou "não deixar".

    2 - "Como é possível que as turmas piores são sempre atribuídas aos contratados?"

    R: Fui contratado durante vários anos. Tive de tudo... Já sou quadro há alguns anos. Continuo a ter de tudo. Depende da escola. E por aquilo que pude constatar, outros colegas sentem o mesmo que eu.

    3 - "Como é possível que os contratados não recebam caducidade?

    R: O colega tem lido o meu blogue? Leu o que escrevi nesta última semana relativamente a esse assunto? Não me parece...

    4 - Como é possível que os contratados sejam dispensados no final de junho?

    R: É uma boa questão, principalmente quando continuam a ser necessários.

    5 - "Como é possível que nenhum professor do quadro tenha feito nada quando, este ano, desapareceram 10000 colegas?

    R: Não compreendo o alcance da questão.

    5 - Como é possível que tu, Ricardo, não percebas que nenhum dos problemas dos contratados foi defendido?

    R: Onde é que escrevi isso?

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  6. Concordo com o Ricardo e penso que todos os professores foram beneficiados, mas, convenhamos, uns mais do que os outros... Apesar de não ter sido uma das mais beneficiadas (sou qzp), não me arrependo da luta e acho que quem ganhou mais foram os alunos e o sistema educativo público português.

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  7. Para Pat: Eu também sou QZP... E sei perfeitamente onde me situo na "hierarquia". No entanto, tenho de reconhecer que se aparecerem medidas que sejam boas para os QE, serei beneficiado, pois irão "sobrar" mais horas para horários.

    Recuso-me a contribuir para divisionismos na classe.

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  8. As minhas saudações, Ricardo. Respondeu muito bem às questões que lhe foram colocadas. Uma boa noite a todos.

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  9. a divisão dos contratados/efectivos vem de pormenores como este:quando o problema é dos contratados os sindicatos falam pouco e nada fazem; quando é dos efectivos falam bastante e fazem :)

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  10. Se não percebes que o pouco que os contratados conseguiram foi porque os efetivos, como tu, tinham o lugar em risco, não te posso abrir a cabeça. Além disso, essa coisa que "também já fui contratado" e "também já fui para longe" não me entra na cabeça. A tua geração esteve 3, 4, no máximo 5 anos na situação que seu estou há 12??? Há doze anos que estou no 151. Quantos anos estiveste no 151? Vá, sê sincero! Ah, e leio todos os dias o teu blog e outros similares. Pedro Pereira

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  11. Mais, quantos anos foste contratado? Não me venhas dizer que, como são necessidades tal e tal, não nos metem no quadro... Repito: o pouco que conseguimos foi porque os efetivos, COMO TU, tinham o lugar em risco porque, O ANO PASSADO; ninguém se preocupou. Sou inteligente o suficiente para perceber que também fui beneficiado, claro que fui mas, o pouco que conseguimos, nós contratado, foi porque os efetivos, COMO TU, sentiram o lugar em risco. Lamento que tenho, todos os anos, muita pouca sorte nas escolas onde vou parar. Vejam bem, o ano passado tinha um CEF (pior turma da escola), um profissional (2ª pior turma da escola) e um nono (17 alunos, 17 repetentes para levar a exame). Pedro Pereira

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  12. Este ano nem comento. Pedro Pereira

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  13. Pedro Pereira...
    Antes de mais eu sou contratado (há mais um ano que tu)... E concordo com a maioria daquilo que tu dizes... Acho que os contratados ficarem sempre com as piores turmas das escolas nem sempre é verdade (só na maioria dos casos), hoje em dia o mal já está dividido pelas aldeias! Muitas vezes não tem tanto a ver com o vínculo que temos (ou não temos) mas com o tempo que estamos numa escola... Eu este ano tenho as piores turmas da escola e ao mesmo tempo tenho as melhores (a análise dos resultados é algo trágico).

    Dito isto, os sindicatos TINHAM de fazer força para acabarem com a idiotice de nos obrigarem a concorrer aos 2 QZP's e a vergonha das ofertas de escola (que serão maximizadas com as novas escolas autónomas)! Eram dois pontos que não implicavam custos para o MEC pelo que imagino que facilmente poderiam ceder! Pelo menos no n.º de QZP's...

    A agressividade do seu texto justifica-se mas o destinatário deveriam ser os diferentes sindicatos e se todos nós enviássemos uns emails a dizer exatamente isso para TODOS os sindicatos (não interessa se somos ou não sindicalizados ou se é o nosso sindicato ou não) talvez a coisa mudasse um pouco!

    Mas a culpa também é dos contratados... Sempre que há manifestações/concentrações estão poucas dezenas de contratados presentes... e se as deslocações de longe são complicadas, não há desculpa para aqueles que moram em Lisboa ou arredores onde se realizam a maioria das concentrações.

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  14. Boim dia, sou QZP, não foi contemplada com um lugar de QE, nos ultimos concursos, apesar de ter concorrido a nivel nacional.
    Esta introdução serve para evitar comentários tipo es QZP porque não concorres-te...).
    Para conseguir a minha vinculação tive que ir para a Madeira (talvez aí tenha tido alguma sorte, porque hoje já é mais dificil, mas há 11 anos trás ainda consegui).
    Agora o que eu não percebo e, gostaria que alguém me esclarecesse, é porque é que os QA e QE não podem ficar colocados a + de 60 km e os QZP (e já tenho 23 anos de serviço) podem. Será que temos um ordenado maior para fazer face às despezas? Será porque já estamos na mobilidade?
    Mas hoje finalmente vi escrito aqui, por alguns colegas (e para eles o meu aplauso) aquilo que há muito sinto e sei, só se conseguem vitórias quando os QA e QE se sentem atingidos.
    Também lamento a situação dos colegas contratados. Também fui contratada e descriminada, como se sentem. Só deixo mais uma frase, esta descriminação só acontece aqui, na Madeira somos todos colegas.
    Gostava mesmo que me esclarecessem a questão dos 60km + -.

    Não me quero esconder atrás do anonimato, mas tenho q publicar o como anónima, porque não consigo introduzir o nome.
    Boa sorte para todeos nós!!!

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  15. E já agora, o que dizer da prioridade dos horarios 0 para o IEFP, quando foi aberto um concurso, supostamente para 3 anos, a que poucos docentes do quadro concorreram? O sindicato lembrou-se de quem está neste momento no IEFP, e que eram professores desempregados? Em 2014 vamos para a rua para os horários 0, que agora não quiseram, poderem ocupar os lugares? Grande sindicato!!!

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