E enquanto na surge a segunda proposta do MEC relativa à vinculação extraordinária de professores contratados, podemos ficar com algumas noções do que nela consta, lendo nas entrelinhas publicitárias da FENPROF (aqui). Ora vejamos,
"Da reunião realizada no MEC, hoje, 5 de novembro, a principal conclusão que pode retirar-se é que este decidiu abandonar a ideia de criar um regime de vinculação extraordinária de docentes – compromisso que assumira na Assembleia da República em 19 de julho –, substituindo essa necessidade pela realização de um concurso externo antecipado e com regras alteradas, que, por essa razão, designa de “extraordinário”.
De acordo com o novo documento apresentado na reunião, o MEC clarifica alguns aspetos e propõe outros que são novos, ficando a saber-se, em linhas gerais, o seguinte:
- Este concurso externo será anterior ao que se prevê para 2013, não havendo ainda data definida para a sua realização;
- A ele poderão concorrer todos os docentes que tenham trabalhado, ainda que apenas 1 dia, nos últimos 3 anos, em escolas públicas, sendo excluídos os que, nesse período, apenas exerceram funções em estabelecimentos públicos sob outras tutelas. Relativamente aos docentes que exerceram funções nas Regiões Autónomas, por exemplo, poderá mesmo haver um problema de inconstitucionalidade;
- A entrada nos quadros / carreira dependerá da obtenção de vaga, sendo a dotação fixada por portaria do MEC com a chancela do ministério de Vítor Gaspar;
- Os candidatos continuam a ser obrigados a concorrer a todas as vagas, o que significa um âmbito nacional. Um eventual reequacionar deste âmbito nacional, pode passar por alargar o âmbito a que estão obrigados hoje a concorrer os docentes dos quadros de zona pedagógica;
- Os docentes que obtiverem vaga passarão à categoria de professores de carreira, contudo, ficarão numa “subcategoria” para quem o tempo de serviço não releva para efeitos de integração e progressão. A ser assim, serão os primeiros que se sujeitarão a esta situação, que, claramente, viola o disposto no Estatuto da Carreira Docente;
- Caso algum dos docentes que obtenha vaga venha a desistir ou a não aceitar a colocação, essa vaga não será recuperada;
- Se algum destes docentes, entrando na dotação global de vagas, não obtiver colocação em escola ou agrupamento no concurso interno, ficará sujeito a mobilidade (DACL) no âmbito nacional;
- O MEC continua sem resposta para a situação de todos os docentes que, sendo necessários às escolas, não têm grupo de recrutamento (Teatro, técnicas especiais ou situações específicas – música e dança – das escolas de ensino artístico especializado). Para o MEC, esses docentes irão continuar, até ao final da sua vida profissional, na situação de contratados a prazo".
Será que li bem. Parece que devo estar a perder faculdades mentais. Porque o que me pareceu ler é inenarrável. Qual a vantagem para um professor que entre no dito quadro? Como é que alguém pode aceitar ficar numa categoria à parte? Concorrer a DACL ao País todo?
ResponderEliminarParem esta negociação já e vamos todos ao concurso nacional normal. Se esta negociação continua ainda vamos ter uma categoria à parte que nos obrigará a dar aulas, limpar as salas e servir o cafezito da manhã aos colegas de quadro. Um ano em Valongo e outro em Peniche.
Este vai ser o concurso normal... é completamente impensável!...
ResponderEliminar
ResponderEliminarContinuo a temer, cada vez com mais razões, que mais este caldinho MEC / FNE esteja a ser preparado, não de acordo com a lei, mas de acordo com compromissos “insondáveis”.
Isto vai dar bronca!... Ai vai, vai!
Já está. Lá vai a malta que na suou pelas escolas públicas ser ultrapassada por quem esteve anos a fio no privado.
ResponderEliminarDA não leu que é só para quem esteve no ensino público? Precisa de óculos?
ResponderEliminarOs do privado estão excluídos...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNa minha modesta opinião esta questão público privado é de pouca importância de atendermos ao que está a ser oferecido aos professores. Um eterno vinculo à precariedade transvestido de estabilidade.
ResponderEliminarConcordo com a colega Olga. Qual a vantagem para estes colegas? isto é inacreditável!se a precariedade vai continuar, então mais vale que seja o mais perto de casa possível.Já investi 16 anos nesta profissão e estou desempregada, e agora é isto que tem para nos ""oferecer"? Pró Diabo que os carregue!
ResponderEliminarA precariedade vai continuar com ou sem concurso de vinculação extraordinário. Esta "negociação" serve outros interesses... Bastava estudarem as necessidades permanentes das escolas para verem que o número de colegas contratados que poderiam vincular seria bem elevado.
ResponderEliminarO problema é que as vagas que possam surgir neste concurso extra não irão abarcar nem 1/10 daquilo que seriam as reais necessidades. Continuo a defender que seria bem melhor se apurassem as vagas REAIS e as colocassem todas a concurso... nacional!
Se os docentes que vão entrar nos quadros não forem para o 1º escalão da carreira, para onde querem ir?? Existem professores dos quadros com a carreira estagnada há 7 anos. Eu trabalho faz 16 anos e estõu no 2º, se entrasse agora na carreira ia para onde , para o 5º??!
ResponderEliminar