quarta-feira, 3 de outubro de 2012

"Under pressure"...

(Correio da Manhã, 01-10-2012)

Comentário: Curiosamente, e ao longo destes últimos anos, não tenho registado este acréscimo de exigência por parte dos professores. Pelo contrário... E fica um exercício, a título de exemplo, para quem lê este blogue. Revejam as fichas de avaliação que forneceram aos alunos desde 2004/2005 e analisem o nível de dificuldade das mesmas. Pode ser que cheguem à mesma conclusão que eu, ou seja, a partir da fase "Maria de Lurdes Rodrigues" parece-me que a exigência decresceu... e bastante. E se decresceu não foi por auto-recriação dos professores, ou pelo menos não terá sido esse o principal motivo.

Adiante.

Quanto às exigências dos pais, acredito que assim seja. Pelo menos no que concerne aos pais e encarregados de educação dos alunos do dito "ensino regular"... Quantos aos alunos do "ensino amador" (opps... queria escrever "ensino profissinal"), parece-me que o contrário também será verdade.

Como sempre, a exigência (a par da competição) parece-me algo francamente positivo, desde que em doses moderadas e tendo em vista expectativas enquadradas na realidade social e individual.

Nota: Bem sei que o título do post parece algo estranho, mas quando li a notícia lembrei-me de imediato da música dos Queen. ;)

10 comentários:

  1. Muitas crianças portuguesas entre os seis e os dez anos trabalham como alunas tanto ou mais do que os adultos, com oito horas diárias na escola a que muitas vezes acrescem trabalhos de casa "repetitivos e inúteis", defendem especialistas.
    "A vida das crianças a partir dos seis anos não pode funcionar só a partir da escola. A escola é muito importante, mas a educação informal e os momentos de lazer e o brincar são fundamentais", argumenta Maria José Araújo, investigadora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto.

    Este trabalho, diga-se que excelente da Dr.ª M.ª José Araújo, refere-se aos alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico, com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos de idade. É a chamada "Escola a Tempo Inteiro", ou seja de sol a sol, ou de noite a noite conforme a estação do ano.
    Poderão consultar mais informação em www.educare.pt

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  2. Crianças do 1.º ciclo "trabalham" tanto ou mais do que os adultos.

    http://www.educare.pt/educare/Atualidade.Noticia.aspx?contentid=C30C0A8CA9C70E77E0400A0AB80001BA&opsel=1&channelid=0

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  3. Esse estudo é muito pertinente. O nosso ensino continua atrasadíssimo no tempo, estamos ainda na era da Revolução Industrial.

    As escolas comportam-se como fábricas e as crianças têm cada vez menos possibilidade de o ser.

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  4. O stress tem a ver com a própria crise e como seria óbvio não passa ao lado das crianças pois elas também absorvem de certa maneira os problemas. Como se isto não bastasse a culpa também é do ministérios da educação.

    Aliás isto foi muito criticado pelos professores, mas ninguem passou cartão. Quando as crianças começarem a cair para ao lado ou serem uns adultos NERDS, talvez acordem para o problema.

    Lembram-se?


    Ocupação dos tempos livres, quando éramos alunos um prof faltava e íamos jogar á bola,namorar, estudar ou fazer qq coisa mais relaxante.
    Agora os miudos sao pressionados a trabalhar para aquecer, sao escravizados, não saem das salas.E alguns ainda conseguem fugir para as casas de banho, para fumar drogas.

    A carga horária aumentou muito, isso tambem foi criticado, mas ninguem ouviu os professores. Os alunos passam agora horas a fios com o mesmo professor, uma aberração.Nem eu aguento, tenho que os mandar ir passear um pouco, violando a lei.A Lei que é feita por os novos analfabetos.

    E outras coisas que já nem vale a pena falar, SOMOS GOVERNADOS POR BANDOS DE INCOMPETENTES E CORRUPTOS QUE DESTROEM O PAIS POUCO A POUCO E PIOR, VIGARISTAS E LADRÕES.

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  5. O sr. ministro crato nao lê blogs, não lhe advinha o que lhe vai acontecer.

    Gozar com professores e brincar com a população é perigoso.

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  6. Pensando um bocadinho na questão da pressão sentida pelos alunos por parte dos professores, parece-me que o problema não estará no nível de exigência nas fichas, trabalhos, testes, etc.
    Acredito que esteja mais no nosso nível de ansiedade em obter resultados.
    Partindo de 2004/2005, tal como proposto, reparei que me fui sentindo cada vez mais preocupada se os alunos atingiam patamares cada vez mais elevados de sucesso ou não, se a avaliação estaria segundo "as regras" ou não (o que provocou cada vez mais conflitos interiores porque as regras muitas vezes provocavam injustiças e era preciso ver como se poderia minimizar isso), e se os pais, a direcção, etc. iriam reclamar ou não.
    É natural que os alunos pressintam esta ansiedade e se sintam pressionados.
    Tenho muita pena dos alunos hoje. Estão sempre enfiados numa sala de aula, passam todo o dia na escola, depois ainda vêm os ATL's e afins. O espaço para brincar, conviver e divertir praticamente desapareceu.
    Tal como noutros tempos, voltam a ser vítimas da produtividade.
    É uma tristeza.

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  7. "me fui sentindo cada vez mais preocupada se os alunos atingiam patamares cada vez mais elevados de sucesso"

    Sucesso??Desculpe lá colega mas anda a dormir, os alunos hoje em dia sabem muito menos que antigamente e nem têm cabeça para pensar por eles proprios, e isso é gravissimo.

    Basta recebê-los nas universidades e ver o que eles sabem e o que são . São uns autómatos e não se desenrascam sózinhos. Se voçê lhes pedir para escrever um texto ou fazer um trabalho eles pedem uma minuta, são autómatos e se voçê lhes falar de um micron, pensam que isso é super-herói.Desenvolvem-se muito rápido mas fica muita coisa para trás, infelizmente é o mais importante, não é de admirar que eles aparecem cada vez mais estupidificados.Este será mesmo o termo mais correto.

    O que não é de admirar, afinal a educação em Portugal tem mesmo esse objetivo, criação de autómatos e doutores fantoches para a subjugação dos povos


    ACORDE.



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  8. "O nosso ensino continua atrasadíssimo no tempo, estamos ainda na era da Revolução Industrial. "

    Não estamos não , isso era até bom.

    Antes a educação tinha o objetivos de educar o povo, de repente ele começou a ficar educado demais, como não se pode regredir daria muito nas vistas, começaram um proceso de estupidificação do povo.

    ACORDE.

    Lembra-se em África, quando davam armas ao nativos e eles ficavam todos contentes com os tugas? Afinal o objetivo era eles matarem-se todos.

    È uma coisa parecida, mas bem pior.

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  9. Á PROCURA DE DIANA.

    OS ALUNOS SÃO ESPETACULARES.

    Basta ver o caso: À PROCURA DE DIANA.
    A tal loira que um rapaz andava à procura, uma loira ficticia chamada Diana.

    O RAPAZ É ANORMAL COITADO.
    A GOZAR COM OS SENTIMENTOS DAS PESSOAS.

    Ai estão: Os alunos que correm atrás de patamares de sucesso.

    Uns perfeitos anormais, transformados em animais.

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  10. Venho lembrar que "você" não se escreve com "ç"...

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