quarta-feira, 4 de julho de 2012

Realmente interessante...

Uma abordagem interessante ao tal "compromisso de honra" a que os diretores estão obrigados para indicação da componente letiva e que retirei do fórum do Educare (aqui):

"Acrescento 
Se uma escola respeitar a legislação, vai fazer, NESTE MOMENTO, distribuição de serviço pela organização curricular que está em vigor! E depois quem vai acusar um diretor do que quer que seja, caso com uma organização QUE NÃO EXISTE implique uma série de DACL que nunca existiriam com esta organização QUE ESTÁ EM VIGOR?! 
por Ana Silva - Ferreira, 2012.07.03 20:48:58"

Um excelente ponto de vista... A não ser que os diretores cometam uma infidelidade normativa e "presumam" aquilo que ainda não foi legislado (porque na realidade ainda nada foi publicado em Diário da República no que concerne à nova organização curricular) teriam mesmo de seguir a reforma curricular em vigor e não "arriscar" em algo que consta num documento que sofreu (até hoje) pelo menos 3 alterações não anunciadas e que não tem qualquer vínculo legal. É uma ideia que poderia ser explorada, não fosse o facto de sabermos de antemão que não o irá ser.

18 comentários:

  1. O Nuno Crato é não só um sapateiro a trabalhar com o currículo, como comete a ilegalidade de querer (e consegue) organizar todo um ano lectivo com base em legislação inexistente, porque a que existe não suporta estas matrizes mutantes, a carga horária, o novo conceito de tempo lectivo, etc, etc. Mas o povo amocha e ainda bate palminhas perante o rigor matemático.

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  2. o mesmo acontece com a indicação de que os cursos profissionais devem ter 26 alunos, no entanto a legislação dos mesmos cursos indica como máximo 22, acima desse nº tem que se pedir autorização à DRE.
    Diretores e CAPS com coragem devem seguir a legislação, ou seja enviar as turmas com 22.
    Claro que é preciso coluna para esta tomada de posição...

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  3. já aqui escrevi: "a classe é, infelizmente, medíocre". e este facto tem raízes históricas (recentes). quando se ouvem colegas do quadro dizerem que "pelo menos temos trabalho" não é preciso mais nada para compreender a capacidade deste ministro e de outros em elaborar assim, em cima do joelho, todos estes normativos. os professores não são operários fabris. estão inseridos numa digníssima profissão.
    deixo uma nota comparativa: o ministério da saúde recuou a respeito do concurso da progressão dos médicos. a ordem dos enfermeiros (e os enfermeiros em geral) faz-se ouvir acerca da indignidade contratual das vergonhosas subempreitadas a que estão sujeitos. alguma vez se ouviram professores do quadro levantarem-se contra a profunda injustiça que é a situação dos professores contratados? Acaso não sabem que a situação vivida por estes professores envergonham toda a classe? eu, que ouvi uma colega afirmar que "pelo menos temos emprego", senti-me ultrajado. só lhe faltava a renda e a companhia da minha avó.

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  4. ainda a respeito do meu último comentário:
    qual a razão qu enão nos faz tomar uma posição de verdadeira força social como, por exemplo, uma greve aos exames ou às avaliações?
    eu arrisco uma resposta: por que os professores não estão para regressar à escola.
    fazer nova reunião?!... já viram?!... quem é que nunca ouviu estes ilustríssimos argumentos? chama-se a isto ética (ou falta d'ela), caráter (profissional), moral. mas também se chama cidadania.
    e podem crer que o ministério conhece muito bem a classe.

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  5. Vai ser publicado hoje em Diário da República. DL nº 139/2012.

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  6. O que ninguém queria aconteceu! Está publicado em Diário da República o diploma que vai levar milhares de docentes para o desemprego e que vai tornar mais pobre a Escola Pública.

    O Decreto-Lei 139/2012, de 5 de julho é um momento mau da História da Educação. Haverá um antes e um depois do 139.

    Mas será tarde.

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  7. Para José Ricardo:

    Sem tecer comentários ao restante que escreveu, onde não está a dignidade dos operários fabris?
    Claro que a classe dos professores, vista como um todo, é medíocre, porém,
    com juízos de valor como o seu, ainda mais o confirma.

    S.A.

    A.

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  8. para a colega A.: é evidente que o operário fabril tem a sua dignidade, como todas as profissões e todos os seres humanos. tenho pena que o seu pensamento voasse para outros parâmetros.

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  9. Para Carla Lopes:

    Faça favor de reler o comentário do colega José Ricardo ("os professores não são operários fabris. estão inseridos numa digníssima profissão.") e de me indicar qual o aeroporto em que o meu pensamento aterrou? Se tiver o dom da premonição, desde já, os meus parabéns! E se por acaso souber se o colega por algum motivo, um dia, se tornou um empregado fabril, diga-me, s.f.f., se perdeu a dignidade.

    S.A.

    A.

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  10. Calma porque estamos num país que já perdeu a dignidade...

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  11. Alguém sabe em que ponto estão as providências cautelares colocadas pela FENPROF relativamente ao despacho normativo n.º 13-A/2012, de 5 de junho ?

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  12. se fossem politicos em vez de profs ,a remuneração seria muito diferente...como médico,juiz ou piloto tambem se safavam;o resto tudo muito igual.
    eles comem tudo...e estamos como estamos...

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  13. Portugal não tem futuro, em breve irá implodir.

    A seguir á Grécia.

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  14. Mov.profs.contratados:
    Portugal não tem futuro.

    A divida nao tem controlo e aumenta descontroladamente.A sofocação da economia é cada vez maior.

    A educação do povo é cada vez menor.

    O fim já se advinha.

    Quanto ás novas leis no ministerio da educação, estão todos de acordo.

    http://www.youtube.com/watch?v=IKklMY9vKPE

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  15. Cara colega A.S.,

    a comparação não foi, de modo algum, para retirar dignidade aos operários fabris (e a colega decerto compreendeu). a questão é outra. por exemplo, nunca ouviríamos um juíz ou um médico dizer "pelo menos temos emprego..." Entende?!... mas acho muito bem que se indigne. é aí que reside a força de qualquer classe profisisonal. mas não se indigne comigo, S.A.

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  16. A música não é só barulho, oiçam a letra também.

    PROFESSORES CONTRATADOS:

    http://www.youtube.com/watch?v=7TxB-Rrwd-Q&feature=relmfu

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  17. Para josé Ricardo,
    pelos vistos não tem ido as manifestações deste ano lectivo. Se não fosse os professores dos quadros e os que estão reformados, eu (contratada desempregada) e os 2 ou 3 contradados presentes, estaríamos bem só!
    O problema dos contratados é que gostam de reclamar virtualmente, querem que os outros lutem por eles.
    Contratados, saem dos blog dia 12 de julho, que é vossa obrigação!

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  18. eu não vou a manifestações porque não estou para estar junto de colegas com bandeirinhas e frases sacadas das claques futebolísticas (e a dizer adeus para a televisão, com o telemóvel no ouvido). mas a colega tem razão. os contratados, de uma maneira geral, adaptam-se a este regime tarefeiro. a questão é, de facto, a mobilização. e nós, infelizmente, não a conseguimos. repito o que afirmei acima: por que razão nunca se fez uma greve aos exames ou às avaliações? queriam mais demonstração de força do que esta?

    ps. penso que já se fez no tempo da lurdes rodrigues e ela aplicou a requisição civil (mas isso já é uma vitória). mas estas coisas são para repetir.

    ps2. por que não greve de dois ou três dias? essa coisa de fazer greve à quinta porque pode parecer mal fazê-la à sexta...

    ps3. por que razão não se faz uma greve pela vinculação dos professores contratados?

    há, de facto, muita margem de manobra em termos de luta. mais luta e menos folclore.

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