À exceção de alguns colegas com ligações partidárias ou sindicais, dificilmente alguém poderá estar realmente feliz com o acordo ontem celebrado, relativo aos concursos de docentes. E não me falem de conquistas de última hora e de vitórias parciais.
Mais uma vez, perdemos em toda a linha! E perdemos porque perante um proposta inicial exageradamente má, era expectável que o MEC "recuasse" para uma versão apenas "má". Os sindicatos sabem como funciona o "teatro" das negociações e aceitaram ser peões. Acho verdadeiramente inacreditável receber emails reencaminhados de colegas sindicalizados onde os respetivos sindicatos anunciam vitórias. Que estupidez! Que parvoíce! Ganhamos alguma coisa? Comparem com o diploma legal em vigor e não com a primeira proposta... Façam essa comparação. Onde está a vitória global?
Mais uma vez, perdemos em toda a linha! E perdemos porque perante um proposta inicial exageradamente má, era expectável que o MEC "recuasse" para uma versão apenas "má". Os sindicatos sabem como funciona o "teatro" das negociações e aceitaram ser peões. Acho verdadeiramente inacreditável receber emails reencaminhados de colegas sindicalizados onde os respetivos sindicatos anunciam vitórias. Que estupidez! Que parvoíce! Ganhamos alguma coisa? Comparem com o diploma legal em vigor e não com a primeira proposta... Façam essa comparação. Onde está a vitória global?
Mas pior do que saber que isto aconteceu, é poder prever o que vai ocorrer daqui a umas semanas ou meses (e já nem falo de quando abrir o concurso interno daqui a sensivelmente um ano), quando a maioria dos colegas (distraídos... isto não é para eles. É para os outros!) se aperceber que as regras mudaram (basicamente vai coincidir com a abertura do concurso). Vai ser um receber insano de emails de surpresa e indignação, seguido de propostas de mobilização... Infelizmente esta é a triste realidade. Uma realidade que todos os que vêm a este blogue com regularidade semanal, sabem ser verdade. Mas nessa altura será tarde... Demasiado tarde. O tempo já terá passado.
Agora há que aceitar, calar e comer. E não me perguntem o que podem fazer para mudar este tipo de situação, pois uma das soluções reside em aumentar a representatividade de quem realmente nos defende e diminuir nos representativos do eterno sim ou do sistemático não, e verifico com alguma consternação que alguns colegas não o fazem porque "dá muito trabalho".
'des'sindicalizem-se e vão ver se eles começam ou não a defender os nossos interesses.... cambada de palhaços!
ResponderEliminarTotalmente de acordo contigo, Ricardo.
ResponderEliminarPlanamente de acordo Ricardo.
ResponderEliminarerrata: Plenamente
ResponderEliminarConsertação social é igual a sindicatos amigos da tutela; só por isso o Estado mantêm a existência dos sindicalistas (salário igual a quem trabalha+carreira assegurada+boa vidinha descansada); os sindicatos deixaram de representar os interesses dos trabalhadores e passaram a representar os interesses do Estado que os protege. É negócio que interessa a ambos. E não começou agora, o primeiro sinal dessa perversão foi o tal longínquo e vergonhoso entendimento pisando a vontade de 140 mil que foram para a rua.
ResponderEliminarDaí para cá é apenas o "faz de conta que...".
O que significa exatamente:
ResponderEliminar4 – O disposto na alínea c) do n.º2 é aplicado aos docentes de carreira providos em quadro de zona pedagógica, sendo que para o segundo quadro de zona pedagógica é obrigatória a manifestação de, no mínimo, a preferência por um código de agrupamento de escolas ou escola não agrupada.
Como é possível os sindicatos estarem a cantar vitória por uma acordo onde eu só consigo ver derrotas atrás de derrotas. Há muito que tenho assistido por parte dos sindicatos uma preocupação em defender os seus próprios tachos e a estrem a marimbar pelos seus associados e colegas de profissão. Sinto uma revolta tão grande que se eu vir um representante dos sindicatos na minha escola de certeza que irá ficar com as orelhas a arder. Cada vez mais sinto que os sindicatos estão desfazados da realidade do ensino. Deviam era voltar para o ensino mas para escolas que estivessem a 70 Km de distância da sua residência. Cambada de papões da sociedade que não fazem nada pelos professores. Haja justiça.
ResponderEliminarAmanhã, a minha carta para deixar de ser sindicalizada, vai seguir pelo correio. Enchi!!
ResponderEliminarRectifico, "concertação social"
ResponderEliminarA confusão é grande e fundamentada.
ResponderEliminarOnde estão as manifs? Será que se cansaram?
Olá Ricardo
ResponderEliminarSou visitante quase diário do teu excelente BLOG, embora seja raro comentar... não podia estar mais de acordo com o que dizes neste post - ontem e hoje na minha escola constatei que a esmagadora maioria dos professores desconhecia o diploma, alguns nem sabiam que estavam a ser "negociadas" alterações, 2 contratados estavam desolados e o representante sindical da FNE estava eufórico e divertidíssimo a falar mal da FENPROF...
Amigo, sinceramente não vale a pena! Admiro a tua perseverança neste blog em tentar informar uma classe que, salvo algumas excepções, não merece... só quando lhes cair em cima é que vão perceber o que sucedeu e nessa altura "Aqui d'el Rei que não pode ser!".
Este diploma traz alguma justiça aos DACL ao impor regras claras na atribuição de "horários zero" e repõe a liberdade aos prof de carreira a irem a DAR anualmente (escandalosamente estávamos proibidos de concorrer!)... se só olhasse para o meu umbigo estaria contente, mas antes de ser do quadro fui contratado; não esqueço esse tempo e acho inacreditável alguem cantar vitória perante o que se aproxima...
Olá,
ResponderEliminarestou totalmente de acordo com a tua análise. Para além da capitulação em toda a linha dos sindicatos, o que mais me indigna é a falta de interesse dos nossos colegas. Hoje houve reunião sindical na minha escola e apenas eu, que fui efectivada à força numa escola longínqua mas por milagre até estou destacada, e outro colega qzp estivemos presentes. Isto numa escola secundária com um número razoável de professores...
As pessoas estão anestesiadas até ao momento em que for tarde demais...não dá para acreditar nem para aceitar!
Não sei se rio ou choro...
ResponderEliminarDe facto os sindicatos não defendem os direitos de todos os professores.
Será que ninguém se lembra daqueles que tendo terminado os seus cursos já há 5, 6 ou 7 anos têm vindo duramente a batalhar por cumprir o seu sonho (ser professor), e que para isso se têm sujeitado a trabalhar por meia dúzia de horas nas AEC`S para assim se manterem na 1º prioridade e um dia conseguirem finalmente uma colocação? Muitos desses colegas ainda não conseguiram completar um ano de tempo de serviço e agora constatam que este esforço de nada lhes serviu, uma vez que passando para a segunda prioridade nunca serão obviamente colocados.
Mas que pessoas são estas que gozam descaradamente com as nossas vidas?
Ricardo, não podia estar mais de acordo.
ResponderEliminarMas será que o Ministro não percebe que a colocação de um professor num estabelecimento de ensino privado não foi sujeita a um concurso público? Não obedeceu às regras do concurso público? Que cada estabelecimento de ensino provado tem as suas próprias regras (ou falta delas...factor C e demais)?? E esses colegas que não foram sujeitos a isso (e não correram o risco de serem colocados a 700 km de casa, por vezes por meia dúzia de meses), vão passar a estar em pé de igualdade? Ninguém vê que isto SÓ é bom para os patrões dos estabelecimentos de ensino privados? Que têm a obrigação de passarem os professores para os quadros dessas escolas em vez de, com um acordo, os aliciarem a concorrer ao ensino público pois agora terão colocação? (que é o que vai acontecer agora)...Enfim...
Estamos a retroceder nos nossos direitos! Mas que vitórias???
Passamos de uma proposta terrivelmente má, para uma proposta terrivelmente má...
André S.
Andamos a servir a educação pública para isto...
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