segunda-feira, 7 de novembro de 2011

As excepções da avaliação


Comentário: Para quem se quiser enervar um pouco a ler um artigo (que fez a capa de hoje do jornal i) claramente tendencioso, é só clicar no link acima. À primeira "vista de olhos" até parece que este modelo de avaliação foi consensual... Não podiam estar mais enganados!

Não é necessária muita investigação jornalística para encontrar escolas onde os professores reclamaram da sua nota, onde o ambiente pós-classificação é de cortar à faca e mesmo onde relações pessoais foram quebradas. Das duas, uma: ou tiveram uma sorte danada e só encontraram escolas onde a aplicação do modelo de avaliação foi "calma" ou então tivemos uma pré-selecção. 

5 comentários:

  1. Leccionei no ano lectivo que terminou o 11º ano, todos os meus alunos foram aficadamente preparados para o exame nacional, todos os alunos chegaram ao exame nacional e passaram (turma de 22alunos )todos (nota máxima 18V minima 13). Sei que o esforço o empenho dos meus alunos foi fundametal, eu apenas conduzi. Mas tb contribuí para o exito da turma, da escola, do grupo. Resumindo, como Profa.a contrato com 18h entrou a 1 de Setembro, não pode continuar a leccionar na mm escola porque tinha 18h lectivas. Mostrei, empenho, resultados explicitos, avaliação e agora vejo-me no DESEMPREGO!!! Qual é a recompensa para um Prof (sei que nao fiz mais que a minha obrigação para a qual fui contratada) que cumpriu até ao ínfimo os seus objectivos O SUCESSO DOS SEUS ALUNOS! NADA...

    ResponderEliminar
  2. Claro que há pré-selecção. Tive 8.6 nas aulas assistidas mas lá se conseguiu fazer uns arredondamentos nos outros critérios para acabar com 7.9. Isto porque só havia vaga para seis "Muito Bons". Quem é que pode viver numa escola num ambiente saudável se o triunfo de uns é conquistado com a guilhotina de outros?!!! Como ter gosto por esta profissão se andamos a tapar buracos e depois o prémio é o desemprego? Tive em 4 escolas no primeiro ano em que dei aulas, um mês aqui outro acolá, porque ninguém se queria meter na miséria de horários incompletos em Loures, no Montijo ou no Monte de Abraão. No ano seguinte estive no Algarve com 18 horas a 500 kms de casa e no ano a seguir em Alenquer. Terminado o ano a recompensa é o maior agravamento nas condições de vida dum professor que há memória, o maior corte de horários dos últimos tempos. Cá para mim o ensino só recuperará quando os governantes forem abandonados pelos professores e perceberem que somos pilares essenciais duma sociedade estável.

    ResponderEliminar
  3. João! o ensino só fica melhor quando os filhos dos Srs. Ministros fizerem parte das Esc. Monte de Abraão, Montijo, Loures, Sacavém, Cova da Moura, Restelo e outras bem conhecidas, mas a novidade é esses meninos estudarem nas públicas. Podes acreditar que as mudanças são espetaculares... acredita!!!

    ResponderEliminar
  4. @João

    eu não embarquei na ADD.
    sabia que a cenoura era de plástico e que além disso estava carregadinha de veneno.

    Mas eu sou uma rapariga muito inteligente e, nalgumas coisas, clarividente.

    E, claro, não ando nisto há meia dúzia de dias.

    Jake

    ResponderEliminar