segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Aproveitando o debate iniciado pelo Arlindo


O Arlindo iniciou o debate sobre um novo modelo de concurso. Vou aproveitar para dar o meu contributo.

No que diz respeito aos concursos, parece-me que não se deve complicar algo que já é complexo por natureza.

A primeira coisa a fazer para não complicar é não existirem concursos diferentes a decorrer em simultâneo. Ou seja, não existirem contratações locais (contratações por escola) ao mesmo tempo que os concursos nacionais. Defendo que as contratações por escolas, para professores, devem ser apenas situações excepcionais. Por exemplo, para  contratar professores para disciplinas que não se enquadram num dos grupos de recrutamento (algumas disciplinas dos CEF e/ou CP), quando já não existem candidatos nas listas de não colocados, ou quando um horário é recusado um determinado n.º de vezes (2 ou 3 parece-me ser um nº razoável, mas não me choca um n.º maior ou mesmo que este ponto seja retirado). 

Os concursos devem ser anuais e com o real apuramento de vagas. Parece-me que é a melhor forma de garantir aquilo que todos querem, um mínimo de estabilidade. Não concordo com existência de concursos plurianuais pois criam falsas estabilidades além de muitas injustiças.

O critério principal de ordenação deve ser a graduação. Não concordo com existência de prioridades nos contratados. Não concordo que os QZP (enquanto existirem, mas defendo que devem continuar a existir), sejam considerados DACL. Nas necessidades provisórias deveriam concorrer na mesma prioridade que os DAR, depois dos DACL e dos DCE.

Quanto às necessidades provisórias, em Agosto só deveriam sair horários completos. Não me choca a existência da Bolsa de Recrutamento, se realmente for aplicada como está legislada (não me parece que isso alguma vez tenha acontecido, mesmo quando foram diárias). Em alternativa as colocações deverão ser cíclicas (semanais, como está acontecer), mas em qualquer dos casos deverão existir listas de colocados e de não colocados.

22 comentários:

  1. 1-Concursos 4 em 4 anos, mas pessoal do quadro colocado a mais de 25 Km concurso anual.
    2-Devido ao grande nº de docentes em determinados grupos (possibilitar mudança de grupo, não sei como).
    3- Concursos respeitando sem a graduação.
    4- contratados concursos anuais.
    5- devido à falta de dinheiro do Estado, os professores dos quadros nunca poderiam ultrapassar os 90 % do total de docentes. 10% de contratados a trabalhar de 1 de outubro a 30 de junho(é polémico)..

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  2. Por mim adotava-se o modelo dos Açores. Mais palavras para quê? Para mim será esse o modelo mais transparente e justo!

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  3. "Defendo que as contratações por escolas, para professores, devem ser apenas situações excepcionais"
    Também eu. Mas não te esqueças que temos um ministro que diz: "não faz sentido Lisboa colocar um professor em Bragança".
    A minha perspectiva impediria que os horários "anuais" passassem para a contratação local e os "temporários" seguissem a lista de graduação nacional com uma margem pequena de autonomia para a definição de critérios locais.

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  4. Arlindovsky, nao concordo. Se nós contratados queremos é trabalhar, se nos disponibilizamos a nível nacional, faz todo o sentido Lisboa colocar professores onde quer que seja. Faltam é vagas porque candidatos há muitos sejam as vagas onde forem!
    Eu estou nas ilhas e muito sinceramente se aí no continente adotassem o mesmo modelo, para muitos de nós seria "fantabulástico" sabíamos que à 1ª colocação temporária conseguiriamos o resto do ano. É mais seguro sabermos que temos trabalho pelo menos 9 meses do que 2. Não sei se me consegues perceber?
    Ah e claro para ser perfeito, quem estivesse colocado a 31 de maio deveria-se prolongar obrigatoriamente até 31 de agosto.

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  5. No fundamental, estou de acordo. Só acho que o número de recusas a um horário deveria ser anulado. Por uma questão de seriedade, nem sequer deveriam poder recusar. Acaba-se o argumento não oficial para os critérios manhosos... E por arrasto deveriam regulamentar no sentido de os erradicar.

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  6. Concordo com o Advogado do Diabo.
    Um aspecto referido por si,advogado, o facto de os horários em Agosto serem apenas anuais,evitaria muitas injustiças nas colocações.
    Também acho que as renovações deveriam acabar,pelo mesmo motivo.
    M&M

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  7. Assino colegas. Lista e siga. Como referiu-se acima, se nos disponibilizamos, é porque estamos prontos para trabalhar a 400km de casa! Agora se isto passar a contratação local...olhem, eu estou f* - desculpem o calão. Mas cunhas nao tenho...e nós sabemos como funcionam as ofertas, agora imaginem a nivel local! (daquele genero de concursos que abrem, mas o cargo já está ocupado...)

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  8. A questão das prioridades tem todo o sentido de existir. Qualquer pessoa com grande factor c fica vários anos a acumular tempo de serviço para passar à frente de quem trabalhou (na maioria dos casos muito mais anos devido aos horários incompletos e com piores condições) no público.
    Eu concordo com a questão das "renovações" pois só assim se poderão desenvolver projectos numa escola com coerência.
    Reconheço que há em todos os casos prós e contras mas em qualquer país culturalmente evoluído é assim que funciona. Porém, reconheço que não estamos num país desses.

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  9. @Rui
    lamento mas o modelo da RAA é tudo menos recomendável. A 1ª prioridade é dada sempre aos professores das ilhas. Já estive 3 anos on e off nos Açores e não existe estabilidade. Consegui colocações de 3 a 9 meses. Acima de tudo senti-me diferenciada dos colegas que tiraram a sua licenciatura nas ilhas. Apesar de não terem maior graduação, na maioria das vezes, apenas pelo facto de serem nativos têm prioridade. Afinal de contas não somos todos professores? afinal não somos todos PORTUGUESES? Onde está a equidade? Resumindo modelo da RAA tudo menos justo ou transparente.

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  10. Blaucloud, é normal que a 1ª prioridade seja dada a colegas com relação à ilha. Também não usofruo dessa benesse, mas mesmo com esse contra temos que concordar que é um modelo bastante justo e transparente.
    Tomáramos nós que no Continente se aplicasse o mesmo modelo!
    Este ano a nível de colocações nos Açores também não está famoso, tal como em qualquer zona, mas pelo menos não assistimos a injustiças diárias como aí nas ofertas de escola.
    Muito sinceramente acho que era um modelo a seguir na maioria dos pontos.
    E aí no Continente existe estabilidade para quem? Só para "cunhados" que até os quadros sofrem!
    Saudações

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  11. Eu assinei a seguinte petição:
    http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N14808
    Se realmente querem mudança, façam o mesmo. Abraço

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  12. Para o joão que disse "Eu concordo com a questão das "renovações" pois só assim se poderão desenvolver projectos numa escola com coerência."
    Ter renovação por causa de projetos?????Pois, sabes muito. Essa dos projetos tem muito que se lhe diga...
    Olha, no ano passado não faltou quem se dedicasse a projetos (projetos sérios)e até ter tirado excelente na ADD e está ainda no desemprego devido a não ter tido horário para obter a renovação. Meu amigo, se não houver horários vais para a rua. Não há projeto, nem ADD, nem continuidade que te garanta o lugarzinho.
    As autonomias, as TEIP, o poder concedido aos diretores são formas de correr com os contratados mais graduados e colocar os familiares recém formados no tal projetozinho "imprescindível" ao desenvolvimento da escola.
    ABAIXO AS RENOVAÇÕES. COLOCAÇÕES SÓ DE ACORDO COM A GRADUAÇÃO.

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  13. Concordo totalmente com este post!!!!Era tão bom!!!!!!!!

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  14. Concordo plenamente com o colega das 9:42.
    A graduação é o mais justo.
    As ofertas são só para os compadres, quem não tem compadres fica em casa. Isto é uma vergonha.
    Colocações pela graduação.
    Maria Antunes

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  15. Colocações pela graduação!

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  16. Boa noite
    Não fico escandalizada com um só concurso a nível nacional cujo critério de seriação fosse a graduação e manifestação de preferências e posterior bolsa de recrutamento para as necessidades temporárias com regime semanal até final do ano lectivo (acabavam-se as ofertas de escola)...
    Fico é escandalizada com o DEPOIS quando alteram as regras depois do processo concluído!!!
    Assim qualquer que seja o modelo utilizado não funcionará...
    Boa semana para todos
    Isabel

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  17. Colegas... concordo com o seguimento da lista de ordenação. Relembro que a graduação por si só não garante justiça (absoluta), visto haver muita gente com imenso tempo de serviço nos privados que se lembra de concorrer ao público e, de um momento para o outro, nos "tira" o lugar. Apesar de dificilmente se conseguir um concurso completamente justo e transparente, se fosse apenas 1único(bolsa) penso que ja resolveria muita coisa...

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  18. Ana, se apenas se seguisse a lista de ordenação, os colegas dos privados já não seriam colocados no público uma vez quem em educação de infância a lista não chega à 2ª prioridade há bastantes anos, talvez desde 2004/2005.

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  19. colega das 10:24... eu sou do 100 e normalmente falo com conhecimento de causa: há muitos colegas colocados por Oferta de Escola e que se encontram em 2ª prioridade pelo menos desde 2009 que isso acontece...não especifiquei no comentário anterior mas faço-o agora. E, colega anónimo,trabalhei no ano passado no público e não fico própriamente contente por estar desempregada e a ver esses colegas q sempre trabalharam no privado me passarem à frente simplesmente pq preferem o público. Lamento nao agradar a todos, mas é a minha opinião.

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  20. Eu não me escondo atrás de anonimato.
    Certamente que quando escrevo algo gosto de o justificar e a minha opinião é justificada pelo que escrevi, mas volto a explicar.

    1) "A questão das prioridades tem todo o sentido de existir. Qualquer pessoa com grande factor c fica vários anos a acumular tempo de serviço para passar à frente de quem trabalhou (na maioria dos casos muito mais anos devido aos horários incompletos e com piores condições) no público." Julgo que é perceptível que sou contra o factor cunha e compadrio. Quem tentar ler outra coisa... Já agora, qual é a justificação que dão para acabar com as prioridades? Gostava de saber... É que depois irão "chorar" porque afinal os do privado que tiveram colocação pelos "conhecimentos" ficaram com um lugar no público e os que não têm tais "conhecimentos" ficaram em casa.

    2) "Eu concordo com a questão das "renovações" pois só assim se poderão desenvolver projectos numa escola com coerência." Sem dúvida que é a realidade. E quando falo em projecto não estou a falar em palhaçadas ou brincadeiras de papel ou faz-de-conta. Falo em algo realmente útil para alunos, escola e aprendizagem.

    3) "Reconheço que há em todos os casos prós e contras mas em qualquer país culturalmente evoluído é assim que funciona. Porém, reconheço que não estamos num país desses." Alguns comentários que vou lendo aqui e pela internet demonstram que de facto é mesmo uma triste realidade...depois temos o que merecemos.

    4)Nunca escrevi que sou contra a graduação. Aliás, quando as regras do jogo referem um concurso para 4 anos com hipótese de "renovação" eu posso pensar a minha vida com a perspectiva de me deslocar para longe e ter hipótese de lá ficar durante esse tempo. Também cometo erros em Concursos, na maioria dos casos pelo facto das regras mudarem constantemente e sem hipótese de voltar a alterar preferências, mas admito que muitos que concorrem fazem-no com muita leviandade.

    5)Excelentes nesta ADD não me dizem absolutamente nada e já agora em 3 escolas diferentes em que leccionei e entrei (sempre via graduação) tive sempre Excelente na ADD. Porém, reconheço também que esta ADD não é mais do que uma forma de virar professores contra professores e que nada traz de bom para a Educação.

    E já me alonguei bastante...

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  21. Antes de se realizar o concurso dito "normal" eu faria uma reestruturação nos professores de Quadro (Zona ou de Agrupamento), ou seja, verifica-se atualmente que o 1º ciclo está a transbordar de professores, devido ao encerramento contínuo de escolas deste nível de ensino. Ora, se formos analisar as habilitações de muitos destes professores do Quadro no 1º ciclo, verificamos que há um número considerável com habilitação para as mais diversas áreas do 2º ciclo, onde o Ministério tem que recorrer sempre a contratação. Visto isto, para rentabilizar recursos, eu faria um pré-concurso para redistribuir os professores do Quadro, por exemplo do 1º ciclo para o 2º ciclo (isto obviamente sem obrigar ninguém a submeter-se a concurso)e a partir daí haveria menos DACL, haveria melhor rentabilização dos Quadros, contudo haveria o senão de termos menos contratados, mas infelizmente essa realidade será sempre ums certeza.
    Podem dizer que os professores de Quadro podem mudar de ciclo sempre nos concursos, o que é verdade, mas podem fazê-lo na 4ª prioridade, ou seja, é quase para "o psicológico". Acresce ainda informar que o Ministério considera que o 1º ciclo é um ciclo estanque, não pudendo as Direções dos Agrupamentos gerir esses professores do 1º para o 2º ciclo, como o faz nos 2º e 3º ciclos, por exemplo, mesmo tendo eles habilitaçãio para tal.
    Gostava de saber se concordam com a minha proposta.
    Abraço.

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