quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Concentração de professores contratados e desempregados frente ao MEC


Comentário: Posso estar enganado, mas parece-me que esta iniciativa teve reduzida adesão... E digo reduzida, porque me parece que existirão bem mais que "algumas dezenas" de professores contratados em situação de desemprego, para os lados de Lisboa. Pelo menos esses que estão mais próximos. Obviamente que se estiver a nível nacional os números serão ainda mais expressivos.

Não obstante dos números da adesão, é de louvar mais esta iniciativa. A precariedade dos professores vai ser cada vez maior, e os primeiros da linha são os colegas contratados.

Infelizmente, muitos colegas contratados só andam atentos às novidades enquanto não são colocados. Depois de o serem, abandonam este e outros blogues de professores, passando novamente a um estado de distracção e de letargia. Entretanto surgem mudanças na legislação, iniciativas são convocadas, novos cortes anunciados e as injustiças publicitadas, mas para muitos destes colegas o panorama passa-lhes um pouco ao lado, apenas porque tiveram a sorte de conseguirem uma colocação. 
Retornam passado um ano, quando a tormenta dos concursos recomeça e querem obter informações acerca dos mesmos. E se o escrevo, é porque muitos o afirmam... Sem estarmos informados e actualizados é complicado lutar contra o que quer que seja. E se não aderirmos a iniciativas que defendem a nossa situação em particular, ainda pior.

23 comentários:

  1. Concordo plenamente!
    Infelizmente a maioria dos colegas contratados só se preocupa enquanto não é colocado, não lutando pelos seus direitos e os dos seus colegas após estarem colocados...

    Já para não falar nos colegas dos quadros que apesar de estarem em melhor posição para contestarem a precariedade a são sujeitos os colegas contratados não o fazem!

    Infelizmente não existe união nem solidariedade entre colegas docentes...

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  2. Solidariedade entre a classe docente?!Claro que não!Aqui é a lei da selva e do salva-se quem puder!

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  3. Dois anónimos... Que maravilha. Assim nem dá para estabelecer um diálogo.

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  4. Completamente de acordo. As pessoas só abrem os olhos quando lhes toca.... caso contrário estão-se literalmente a borrifar.

    É mesmo a lei da selva.

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  5. Boa noite Ricardo e anónimos... De facto, é espantoso como temos a tendência para esquecer depressa pelo que passámos... Toda esta confusão de concursos, critérios de selecção, e até de " trocas " de galhardetes que lemos neste e noutros blogues, fazem com que a nossa profissão tenha perdido o encanto! Falo por mim, claro, e em tom de desabafo... Desde que a política da tutela começou a separar para reinar, com a história da avaliação de desempenho e respectivas cotas, era inevitável que isto acontecesse: somos muitos para poucos lugares... E tudo conta para se ter trabalho... Até ter a consciência tranquila depois de se ter " ultrapassado" não sei qtos colegas indevidamente... O que temos visto e lido faz-me questionar se ainda teremos alguns valores... Daqueles que em tempos nos ensinaram na escola e em casa! Será que uma escola pública qdo estabelece critérios como os que vemos, está a ter em conta algum valor? Ahhhhh, está, claro, a amizade!
    Penso que, neste momento, estamos todos com uma grande dose de descrédito por tudo o que se está a passar... E é por isso que as pessoas se estão a afastar das suas lutas... Falo por mim, que cada vez que abro uma oferta de escola e leio os critérios, já fico enjoada, principalmente por ter sido 2vezes ultrapassada , tanto na BR 2, como no concurso das Aec... Resta-me dar estes factos a conhecer ao público em geral, através da investigação que estou a realizar para a tese... Espero que seja tb uma forma de luta...
    Ab
    Dina

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  6. concordo com a referência à falta de uma verdadeira aglomeração de vontades por parte dos professores, designadamente os contratados. o que se passa tem mais a ver com a ausência de uma verdadeira cultura cívica. deem aos professores uma bandeirinhas e umas palavras de ordem e, já agora, uma camisolinhas com piadas ao ministro e vão ver que enchem o terreiro do paço. e depois, é claro, vão para as escolas e anuem.
    quanto aos contratados são mais vistos como uma espécie de "os colegas contratados" do que outra coisa. é que dá sempre jeito ter uns respeitados colegas contratados.

    um abraço

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  7. Concordo com o Ricardo. E revejo-me nas palavras da Dina. Infelizmente uma classe muito desunida com cada um a puxar a brasa à sua sardinha. Sou contratada e fui uma das felizardas a conseguir ontem uma oferta de escola. Sou frequentadora diária de alguns blogues (proflusos a educação do meu umbigo e blog de Arlindo).
    Aproveito para agradecer ao Ricardo toda a ajuda que desta forma nos tem prestado.

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  8. Colegas, eu estive lá.
    E - minha nossa senhora! - onde estavam os colegas que se queixam e não lutam?
    Passividade, sim. Mas não tantoooo!
    Se acham que a luta não vale a pena... não se queixem. Alinhem no roubo de ouro que é o que está a dar! Mas não sejam hipócritas!
    Ju

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  9. Viram professores efectivos namanifestação'Foi convocada alguma vez alguma greve por causa dos professores contratados.sempre vi os colrgas contratados a serem solidários com os "da casa"mas nunca vi o contrário.Os efectivos estão a leste do que se passa com os contratados pois dizem,como já ouvi muitas vezes:"não sei,estou fora disso".Os efectivos ,por enquanto, ainda são em maior nº do que os contratados.Mas estes já são muitos!E vão ser cada vez mais!o nº de efectivos tem tendência a reduzir não tarda muito.Os professores que votaram neste governo e diziam ,por motivos que devem à ingenuidade,para não dizer outra coisa:"a troyca não vai mexer connosco temos direitos adquiridos!" se calhar nem um jornal lêem.Os contratados estão mais atentos do que julgam e procuram informação.Não são um grupo estável e acomodado.Todos os anos dão disciplinas diferentes,têm toda a espécie de alunos e saltão de escola em nas quais conhecem as mais variadas espécimes de docentes.TÊM MAIS EXPERIÊNCIA E VIVÊNCIA A N ÌVEL DE ENSINO DO AQUELES QUE ESTÃO EM ESTADO FÓSSIL HÁ MUITOS ANOS NA MESMA ESCOLA.Lurdes

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  10. Desculpem os erros.Lurdes

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  11. Há contratados com muito tempo de serviço e outros mais novos com pouco.

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  12. Pois é mas a verdade é que se vê poucos colegas nas manifestações. E esta divisão entre contratados e efectivos está cada vez mais acentuada como se não fossemos todos professores!!!! Atrevo até a dizer que os efectivos também não estarão muito seguros nos seus lugares, deixem continuar os senhores directores a poderem escolher os professores e veremos o que tb poderá acontecer a muitos efectivos. Deveria ser uma luta dos professores e não de divisão de classes ... o que aí vem não agoura nada de bom nem para efectivos nem para contratados. Quando todos acordarem para o real problema possivelmente será tarde de mais. saudações

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  13. Estão à espera de quê para se mexerem? Durante o período letivo invocam o muito trabalho (administrativo, é certo), mas nas interrupções letivas ou no período de férias, todas as desculpas servem para não comparecerem às solicitações que lhes são feitas.
    A insistência de alguns Professores (sempre os mesmos!)junto do MEC, da Assembleia da República, da Comissão de Educação e em outras atividades em prol da vinculação, a seu tempo haverá de dar frutos. Poderia ser mais mediático e rápido se a adesão fosse maciça.

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  14. Eu estive lá!É pena ver uma clsse tão dividida "não se pode colher sem deitar a semente à Terra" e se a semente for pouca a colheita é escassa ou tende a MORRER!!! Todos reclamam no blog mas aqueles que estão mais próximos de LX podiam fazer o favor e juntarem-se aos colegas. Compreendo que as condições climáticas estão favoraveis para mergulhos, mas daqui a uns tempos (breves) nem para a conssoada tem dinheiro, é altura de defender-mos os direitos adquiridos com união, firmeza e clareza. Querer é poder! são os nossos direitos que estão em risco é a estabilidade dos nossos filhos. Daqui a algum tempo já não há tempo para reclamar-mos. Mas como é obvio um professor sujeita-se a tudo, não é? Por Favor Unam-se pela mesma causa, não é despretigio lutar pelo contrário é uma honra lutar pelos nossos direitos, pela justiça. É um exemplo que da-mos aos nossos alunos lutarem por aquilo que eles desejam, lutem, LUTEM, LUTEM ... são as palavras que todos nós dizemos aos alunos para não esmorecerem quando as coisas correm mal "LUTEM, PROVEM" e agora que exemplo é que lhe damos!!! Pensem nisso....

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  15. Eu estive lá, fiquei extremamente desiludida... aqui nos blog lemos mil e uma voz de revolta, dizendo: -Vamos lutar... Depois na hora H, optam por ir para a praia, ir passear ou ficar em casa...
    Enfim... Estou desiludida com o sistema educativo, com os colegas, com tudo...!

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  16. Disseram-me que só vai haver 6 bolsas este ano. Depois passa tudo para ofertas de escola até ao fim do ano lectivo. Alguem sabe informações sobre isso??

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  17. Lurdes (11:22 PM),
    com o seu comentário penso que está a prestar um péssimo serviço à educação, à escola pública e aos contratados!

    A Lurdes não entendeu o sentido do post do Ricardo: deverão ser os contratados, em primeiro lugar, a lutar pelos seus direitos.

    Afirma que os contratados " já são muitos!E vão ser cada vez mais", mas culpa "os da casa" por não estarem na manifestação a lutar pelos desempregados e pelos contratados que não estavam lá.

    Lurdes, releia o seu comentário e avalie o contributo que acabou de dar para a luta dos desempregados, dos contratados e dos professores!

    Lurdes, eu sou um "fóssil" há mais de vinte anos (e mais dez de provisório/contratado), mas mesmo empedernido acredito contribuir mais para a luta dos professores (contratados) do que a Lurdes ou muitos dos que aqui escrevem. Pelo menos não destilo veneno contra colegas que não conheço nem faço generalizações abusivas.
    f.dias
    (continua)

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  18. Cátia,
    não leve a mal pelo reparo, mas preste mais atenção a esses defendermos, reclamarmos, damos e outros semelhantes.
    f.dias

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  19. (continuação)
    Lurdes,
    O último comentário que fiz sobre a condição dos contratados data de 23 de setembro passado e foi num blogue que, à data, estava a denegrir fortemente os contratados. O dito comentário foi varrido. Mas eu deixo-o aqui:

    " 23 de Setembro de 2011 16:02
    Prof. XXX

    Hoje não resisto a comentar aqui pela primeira vez.
    Desde há muito leio o seu blogue. Ultimamente é evidente a "deriva" que muitos comentadores denunciam.
    Um catavento ainda tem um ponto fixo. O XXX já nem isso.

    Todos temos direito a mudar de opinião. Mas qualquer um perde todo o crédito se não mantiver um mínimo de coerência.
    Critica aqueles que "recusa(m) debater com argumentos e respeito pelo adversário". O respeito pelo adversário falta em primeiro lugar ao Prof. XXX : falta quando não lhe reconhece qualquer direito a trabalhar com condições dignas e em situações JUSTAS. "Recorram aos tribunais!" diz, sem querer reconhecer os custos e a inutilidade desse recurso.

    Mas, Prof. XXX, a sua falta de respeito vai ainda mais longe: apelida sistematicamente o problema das ultrapassagens de "PSICODRAMA". Dito de outra forma, dá logo o veredito do tribunal!
    Só por ser professor, por vezes fico envergonhado com o que aqui leio. E isto não é de modo algum uma acusação - eu tenho sentido mesmo vergonha com algumas coisas que o Sr. escreve! (Chego a pensar que pode estar doente!?... e a Anabela Magalhães pergunta quase o mesmo três comentários atrás)
    Mas quem deveria ter vergonha é o professor XXX, quanto mais não seja pela sua falta de coerência...
    Vejamos este exemplo:
    O Prof. XXX tem defendido, incondicionalmente, colocação de professores a nível de escolas. Agora, para o problema dos contratados, sugere: "vincular os contratados que têm, por exemplo, mais de 10 anos de serviço e andaram a concorrer para o país inteiro. Não se pode vincular pessoas que só aceitam trabalho ao pé de casa."

    Professor, não vê que esta solução só seria possível e justa com um concurso a nível nacional, com uma seriação de candidatos com os critérios existentes e não com o que o XXX defende?
    Não faça dos seus leitores tolos, prof. XXX. Nas suas derivas ideológicas só falta mesmo chamar calões aos professores contratados que "só aceitam trabalho AO PÉ DE CASA" e que, de há um ano para cá, não aceitaram os seus conselhos de procurar emprego lá fora (Timor, EUA, Brasil, Angola, etc.).
    A falta de respeito, prof. XXX, não está apenas na forma pela qual nos expressamos mas também deve ser procurada nos conteúdos e nos princípios das ideias que defendemos, bem como com o que pactuamos! Há princípios que são, por si só, um atentado à dignidade do Outro, mas aqueles que os defendem geralmente costumam calar. Procure refletir sobre isso nas suas aulas de ética!"

    Como disse, este comentário já lá não consta, mas esteve lá e foi lido!

    Pois é, Lurdes.
    Mas cada vez que leio um comentário como o seu pergunto-me se valerá a pena continuar nesta luta. E apetece-me desistir!
    O problema, Lurdes, é que ao desistir de SI-contratada, sinto que estou também a desistir de MIM-fóssil! (sei bem que isto é um problema meu e não seu! a Lurdes só pensa em si!).

    Será que conseguiremos construir algo positivo? É que numa batalha eu tendo a concentra-me mais no inimigo que tenho à frente do que nas agressões que posso sofrer pelas costas. Será que ainda podemos confiar nos companheiros de armas?
    f.dias

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  20. Tens toda a razão!!
    A grande maioria dos professores sejam do quadro ou contratados espelham bem a nossa sociedade. A nossa sociedade que é feita de chico espertismo, só se por acaso nos tocar no umbigo ou no bolso é que mexemos uma palha. Muitas vezes, não só por apatia ou comodismo, mas mesmo por falta de educação civica. E sim a maioria dos profs (como o resto da população) não sabe o que é ser cidadão, sabe ir ao centro comercial e pouco mais, e sabem que mais isso convêm aos governantes.

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  21. sou contratada,mas preciso de trabalhar ,para comer e dar comer aos meus filhos.
    a vida não é facil para todos.

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  22. Se os professores fossem unidos talvez tivessem alguma força, no entanto a maioria não quer saber. Os efectivos porque isto lhes passa ao lado e os contratados esquecem-se a partir do momento em que são colocados. Outros têm medo de represálias enfim.... Por isso estamos na situação que estamos.

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