quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ainda os rumores...

No dia 10 de Outubro coloquei um post com alguns dos rumores que correm pela blogosfera relativos a eventuais medidas de corte orçamental na educação. Eram 4 os rumores... Apenas vou voltar a um deles:

"Tentativa de tornear obstáculo legais por forma a que todos os docentes leccionem 22 horas (fazendo com que o artigo 79º do ECD deixe de ter efeito)"

Alguns colegas mostraram satisfação perante esta eventual medida, com o argumento de que os colegas mais "velhos" não necessitariam dessa redução, pois já "fazem pouco".

Sendo assim, deixo-vos com duas questões, para que reflictam um pouco mais, antes de se precipitarem com comentários menos sérios. Assim:

a) Já se imaginaram com 50, 55 ou 60 anos de idade, com 15, 20 e 25 anos de tempo de serviço (respectivamente) e com o actual ritmo de desgaste profissional?

b) Já pensaram nas implicações, ao nível do números de horários a concurso (para contratação, por exemplo), do facto desta redução ser eliminada?

Embora não acredite mesmo, que o Governo proceda a esta alteração do Estatuto da Carreira Docente, desagrada-me ler o contentamento da eventual medida, por parte de alguns colegas. Só por isso, coloquei um post especificamente para este rumor.

52 comentários:

  1. No 1ºciclo não há redução de horário, tenhas 50,55 ou 60 anos... Alguem fala nisso? Alguem se importa?
    Acha justo não haver redução de horas no 1ºciclo e haver nos restantes?
    Quando o 1ºciclo é um dos níveis escolares mais desgantantes, tendo em conta a faixa etária dos alunos e à monodocência.
    Eu não sou contra a redução do número de horas, pelo contrário. No entanto, o direito deveria ser para todos e não haver privilegiados...
    Concordo com a redução, discordo da discriminação do 1º ciclo...

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  2. Para Lena S.: Mas eu não disse que era justo os docentes do 1.º ciclo não terem a redução. E concordo que o mais correcto seria todos os professores terem acesso a essa redução.

    Relativamente à situação específica dos docentes da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico em regime de monodocência, recordo que existe redução da componente lectiva, mas é necessário requerê-la, nas seguintes situações:

    - 5 horas de redução semanal aos 60 anos de idade;

    - Dispensa de toda a componente lectiva durante 1 ano escolar, aos 25 e 33 anos de serviço.

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  3. b) verifica-se e continuará a verificar-se cada vez mais.
    Se não for a) será outra qualquer!

    Para reflectir ...

    Sempre "atentamente",

    Ana

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  4. Ricardo, este palpite é mesmo daqueles sem o mínimo de sensibilidade para o assunto. Não faz sentido nenhum. O que não quer dizer que a reorganização curricular não vá condicionar horários a novas regras (sem que isso constitua atropelo ao ECD). Fazes muito bem em alertar os mais novos para o facto da juventude ter, para além de muitas e conhecidas vantagens, a desvantagem de o "juízo" ainda estar em fase embrionária de formação. O que, para algumas situações, constituirá provavelmente vantagem, revela-se aqui desastroso.

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  5. Lena, atualmente há redução para os docentes do 1.º ciclo. Há redução de 5 horas a partir dos 60 e de dois anos lectivos completos em dois momentos distintos da carreira. Com a reorganização curricular talvez isso mude, seria justo que os professores do 1.º ciclo fossem mais aliviados da enorme sobrecarga que constitui o exercício das suas funções.

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  6. não acredito na passagem de 14 h para 22h mas acredito na passagem, para quem tem mais de 50 anos, de 14h para 18h . Abaixo dos 50, vai tudo ficar com as 22 horas.
    isto vai ser o 605 forte dos contratados, mas não só... tb o vai ser de bastantes quadros.

    o que eu me pergunto é, com tudo isto, o que vão fazer aos quadros excedentários do ensino?
    jk

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  7. bem, esses ao menos têm um vínculo.
    jk

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  8. José António

    Relativamente ao post do Ricardo, concordo plenamente com o ponto de vista, pese embora o facto de eu ser "ainda jovem".

    Relativamente à sua intervenção, gostaria, honestamente, que partilhasse connosco quais as "muitas e conhecidas vantagens" que tem a "juventude" de agora... é que eu, como jovem que sou, não as conheço!! O que conheço é trabalho precário, desemprego, vida adiada e casa??? é a dos pais!! dinheiro ao fim do mês? Nem vê-lo! família? há-de ser depois dos 40 (e se correr bem!)...

    Tenho muito respeito pelos colegas "mais velhos", até porque, felizmente, tenho encontrado pessoas íntegras e bondosas!!

    Agora diga-me:

    Quantos dos colegas "mais velhos" (e estou a falar dos que são "mesmo mais velhos") passaram pelo que estamos nós a passar actualmente?

    Não me interprete mal, escrevo-lhe com todo o respeito!

    M.

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  9. Os educadores e professores do 1º ciclo nunca tiveram redução de horário na componente lectiva. Os colegas do 2º, 3º ciclos e secundário desde os 40 anos de idade e 10 anos de serviço tinham redução de 2 h, chegando a atingir 8h de redução lectiva aos 55 anos de idade e 21 de serviço ou 27 anos de serviço independentemente da idade. Com isto quero dizer que os educadores e professores do 1º ciclo trabalharam desde os 40 anos de borla ( redução letiva)e ainda por cima continuam a trabalhar 25h lectivas.
    Quanto à dispensa da componente letiva de um ano aos 25 e aos 33 de carreira, considera uma forma nada seria de colmatar a injustiça. Eu não estou interessada em parar um ano aos 55 anos de idade e voltar novamente ao exercício das minhas funções pedagógicas. E sabem porquê? Tenho respeito pelas crianças. Retomar a actividade não é nada fácil.

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  10. M,
    Concordo! Os colegas mais velhos (falo em mais velhos mesmo) nõ passaram por isto! Quantos anos foram contratados? 3/4??? E nós actualmente?
    Tenho 42 anos de idade e 17 anos de serviço. Sou contratadérrima! Reconheço que já não tenho a mesma força física que tinha aos 25/30 anos. Já merecia uma redução da CL. Mas se nem um horário completo consegui este ano quanto mais redução! É claro que com isto não quero de modo algum dizer que concorde com o fim do 79. Muito pelo contrário! Os anos vão pesando!

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  11. M.
    espero inperpretá-la bem.
    As vantagens da juventude que referi expressam-se em aspectos mais fundamentais da vida que dispenso aqui ilustrar. Reconheço que para os aspectos que refere tudo está dificultado para a juventude (a minha filha também representa a pégada da precaridade socratina), sendo o mais grave a dificuldade no acesso ao desempenho da profissão. Há 30 anos, depois de concluirmos o curso, havia facilidade na colocação e o vínculo conseguia-se uns anos depois. Ter que andar com as malas às costas e ter de fazer deslocações em meios de transporte precários também foi fruta desse tempo... ser professor não é fácil.

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  12. Acho uma perfeita estupidez alguém ficar contente com a possibilidade do corte nas reduções de horário.Não beneficia ninguém principalmente os contratados. (tenho bastante desgaste e tempo de serviço como contratada,não o queiram para os outros).Maria de Lurdes

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  13. Fátima, é verdade que durante muito tempo não tiveram essa redução (também não a tive durante 28 anos), porque poderíam usufruir de um regime especial de aposentação (5 anos mais cedo que os outros). Agora imagine que alguns professores estiveram 30 anos sem bebeficiar de redução e agora acabou-se o regime especial!... que justiça!

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  14. Já mandei um mail. Não foi colocado.
    Mas não se esqueçam do regime mais favorável que os colegas do 1º Ciclo, devido a não terem essa redução pela idade e tempo de serviço

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  15. Regime mais favorável na aposentação.

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  16. José António:
    É verdade. Eu tenho 30 anos de serviço e nunca tive redução de horário.A diferença é que agora continuo a trabalhar as mesmas 25h lectivas.

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  17. É com o silêncio que nos matamos aos poucos

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  18. Sou contratado, tenho 44 anos e não tenho, nem nunca vou ter redução, enquanto não fizer parte de um qualquer quadro.

    Se os contratados não têm essa redução, nem após 20 ou mais anos de serviço, qual o problema dos pseudo titulares, também não a terem.
    É certo que não desejo o mal dos outros, mas devia haver uma certa moralidade.

    Trabalho mais, ganho metade e ainda tenho de me dar por feliz por ter emprego.

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  19. Para José Rocha:concordo consigo no respeita ao vencimento que os contratados recebem;afinal o trabalho que nós temos é o mesmo ou o dobro e ganhamos metade;afinal para trabalho igual deveria ser salário igual!O fosso a nível de vencimentos entre efectivos e contratados é bastante maior do há alguns anos atrás.De qualquer modo se os profs do quadro deixarem de ter redução os contratados vão quase todos para o desemprego e alguns ,pela idade que têm, nem terão possibilidade de arranjar outro emprego. Lurdes

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  20. A questão é de todo muito complicada. Se uma coisa destas se verificar, dá-me ideia que vai haver novo levantamento e união de professores. Cada uns por suas razões. E todos carregados delas! Mas o que farão, faremos? Oxalá não nos fiquemos pelos desfiles alegóricos que acabam em acordos estranhos ... Refiro-me aos sindicatos, que estão a tentar fazer alguma coisa mas que se revela claramente insuficiente há muito tempo ...
    É demasiado negro, o panorama.

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  21. Ricardo e quem comentou acerca dos colegas do pré-escolar e 1º ciclo:
    1º - Acham mesmo que 5 horas de redução semanal depois dos 60 anos é igual à redução que o 2º e 3º ciclo têm depis dos 40? E é preciso pedir e é preciso que o Director autorize. Em termos práticos é complicado o Director ter alguém para substituir um educador ou prof de 1º ciclo 5 horas por semana, não acham?
    2º - dois anos sem componente lectiva é para rir, porque em termos práticos fazem mais horas em apoios educativos. :(

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  22. Há uma certeza incontornável: o fim das reduções dos cotas é garantia de muitos mais contratados no olho da rua. Mas a inveja e o despeito são uma espécie de abismo irresistível... Haja um pouco de inteligência na avaliação da hipotética alteração! Regozijar-se alguém da desgraça alheia, daí não advindo nenhum bem nem para si próprio nem para outrem é no mínimo estranho...

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  23. Olá Ricardo, parabéns pelo bom senso e forma correcta como perspectiva a sua profissão.Além disso e, não raro, consegue que os outros pensem melhor sobre as habituais cisões, típicas desta profissão.

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  24. Para Maria Antonieta: Colega, naquilo que me diz respeito, apenas coloquei a situação dos colegas do 1.º ciclo para alertar que realmente existe redução da componente lectiva, do ponto de vista legal e em situação concretas.

    Se é justo? Se é proporcional?

    Obviamente que não... É que nem tenho dúvidas. Mas eu também não disse que o era. Apenas corrigi um informação errada da primeira colega que comentou.

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  25. Com essa medida teríamos muito mais atestados e ninguém dar para OTE.

    Putos à solta!!!!!!!!

    Pedro

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  26. Para José António: Também me parece que não faz qualquer sentido. Seria uma forma rápida e fácil de reduzir despesa no Ministério da Educação, mas "tocaria" demasiados professores (quadros e contratados), e como tal, originaria uma tremenda contestação.

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  27. Para Moriae: Plenamente de acordo. Seria uma fonte de discórdia, contestação, e simultaneamente, adesão.

    Mas preferia que não se verificasse.

    Abraço.

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  28. Pois é Ricardo a contestação só existe quando atinge a maior parte,mas mesmo assim,já vimos uma grande contestação aquando da grande polémica da avaliação mas depois o "zé professorzito" até gostou e aderiu.

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  29. Pois é Ricardo a contestação só existe quando atinge a maior parte,mas mesmo assim,já vimos uma grande contestação aquando da grande polémica da avaliação mas depois o "zé professorzito" até gostou e aderiu.

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  30. Para Ricardo (9:57H)
    É a única coisa que consigo vislumbrar.. mas para onde? Para que tipo de funções? Para IPSS? Para IGE ( dizem que são poucos)..?
    As notícias, de hora a hora, são cada vez mais alarmistas.

    Como contratada, julgo que estou no último ano em que trabalharei no Ensino. E como desempregada, nem o meu CV nem a minha idade me permitirão arranjar trabalho.

    Continuo a dizer que muita gente, especialmente colegas nossos, mais velhos, mais novos e no meio, tanto uns como outros, têm andado a viver na estratosfera.

    jk

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  31. Fátima,
    Espreite aqui:http://www.min-edu.pt/index.php?s=white&pid=545

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  32. José António,
    As horas de redução da componente lectiva que eu referi eram as que eu teria usufruído se estivesse a leccionar no 2º, 3º ciclos e secundário. Tenho 54 anos de idade e 30 de serviço. Eu sei que agora a redução da componente lectiva obedece a regras diferentes.

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  33. José
    Bom, enquanto cidadão creio que o salário de um professor em topo de carreira e com redução de horário é desproporcional se o compararmos com professores com 10 ou mais anos de serviço, que continuam contratados (fora dos quadros), que fazem todo o tipo de tarefas nas mais variadas escolas, cada uma com um contexto social específico e, geralmente, com as piores turmas. Lembro que estes professores nem sequer têm a oportunidade de escolher as melhores turmas como os colegas que têm maior antiguidade.

    Considero que a idade e a experiência é uma mais valia que poderia ser mais bem aproveitada ao serviço da sociedade.

    Portanto, penso que uma medida mais racional passaria por dar as seguintes opções aos docentes que se encontram nos quadros, actualmente com redução:
    Opção1- o docente requer a redução mas tem uma penalização salarial até 20% do vencimento que aufere.

    Opção2- o docente não requer redução, tem prioridade na escolha das turmas com quem quer trabalhar e não tem qualquer penalização salarial.


    Creio que é uma medida exequível e que, aos olhos dos contribuintes, é justa. Assim, os docentes que efectivamente sintam o peso da idade têm a referida redução sem grande impacto no seu estilo de vida (são docentes com filhos criados e, geralmente, com uma situação financeira estável). Os docentes que se sentirem com capacidade física e mental (e há muitos com energia!!) poderão partilhar a sua experiência e dar um maior contributo para a sociedade, merecendo o total do salário de topo de carreira.

    Se observarmos bem a situação, não há muitos sectores na sociedade onde os mais experientes, que auferem salários de topo, têm uma redução no seu horário laboral e nas tarefas para os quais foram contratados.

    Vá lá, temos que ser razoáveis...

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  34. Anónimo da 1:28:tem toda a razão.Só regalias,tanto a nível de turmas como de horários,a redução e o vencimento.Em mais nenhuma profissão se vê este desíquilibrio.
    Isto não significa que deseje o mal dos outros.

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  35. Estas caixas de comentários têm, progressivamente, minado a minha solidariedade para com a classe.
    Ao ler o post do Ricardo, que é um diplomata (com salário de professor), esperava encontrar comentários menos virulentos e mais ponderados. Engano meu!

    Nenhum prof. do 1º ciclo se referiu à questão proposta - a falta de horários para os contratados com o fim das reduções! Apenas se contestam as reduções (dos outros).

    Diz a Fátima: " Os educadores e professores do 1º ciclo nunca tiveram redução de horário na componente lectiva. Os colegas do 2º, 3º ciclos e secundário desde os 40 anos de idade e 10 anos de serviço tinham redução de 2 h, chegando a atingir 8h de redução lectiva aos 55 anos de idade e 21 de serviço ou 27 anos de serviço independentemente da idade."

    Pois, mas enquanto isso acontecia, os do 1º ciclo reformaram-se com 52 anos de idade, estão hoje (com 57/58 anos) a receber bem mais do que colegas no activo com 37 anos de serviço, 60 de idade e penalizações caso antecipem a reforma.
    Quando isso deixou de acontecer passaram a ter reduções (como já foi dito - por outros comentadores!)

    Comparemos a actual situação:
    50 anos= red. 2h
    2(h)x 35(semanas)x 5 (anos)= 350h
    55 anos= red.4h
    4(h)x 35(semanas)x 5 (anos)= 700h

    1050h até aos 60 anos! Enquanto isso o professor do 1º ciclo pode pedir dois anos (770h x 2=1540h). A partir daí diferença será progressivamente reduzida até aos 65 anos.

    Por outro lado afirmam: nas reduções nós temos apoios educativos!
    E os professores com 79 não terão cargos de orientação educativa e de supervisão pedagógica, aulas de apoio e aulas de substituição nas horas de redução?

    Com tudo o que nos une, começo a pensar se não seria melhor ter-se mantido as carreiras distintas!

    cmpts

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  36. (continuação)

    E os contratados?
    Muitos dos contratados balançam entre o desejo do fim das reduções e a evidência da quebra de horários!

    Como não é defensável o fim das reduções, atiram noutra direção:

    -Eles não viveram este drama
    -Nunca ganharam tão pouco como nós
    -Têm todas as regalias
    -Escolhem as turmas
    -Deviam ganhar o mesmo que nós

    mau caminho...!

    -Eles foram provisórios 5, 10 ou 15 anos
    -Eles ganharam, durante muitos anos, como não profissionalizados pois esperaram muito tempo por uma vaga de estágio
    -Eles, tal como nós, têm muito menos regalias do que a restante f. pública... e são os únicos profissionais que gerem, controlam, educam e tentam ensinar (até aos 65 anos) 100 ou 150 miúdos por dia (quando muitos pais ou avós não "aturam" um ou dois)
    -Eles têm as turmas que as direções lhes atribuem
    -Eles ganham apenas aquilo que esperavam vir a ganhar, quando optaram por esta profissão e aceitaram salários de miséria durante o primeiro terço da sua carreira
    (...)

    Com tudo isto já não sei o que é melhor:
    - Manter as reduções e ter sempre estes argumentos à perna...
    - Abolir as reduções e ficar descansado a "aturar" os miúdos até aos 70 anos...

    Começo seriamente a balançar!

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  37. jk

    Até no deserto há possibilidade de vida!

    Pessoalmente luto contra a minha visão catastrofista (como a sua!).

    Acredito, como o Ricardo, que
    não haverá alterações ao nível do 79.
    Mas temo que, por outras vias, sejam significativamente reduzidos os horários para contratados.

    É arrepiante ler comentários como o seu:

    "Como contratada, julgo que estou no último ano em que trabalharei no Ensino..."

    Se isso acontecer, e a julgar pelos comentários que aqui escreveu, sei que o "Ensino" ficará mais pobre!
    Para si toda a minha solidariedade!
    Lutemos para que não aconteça!f.dias
    (pelos 3 últimos comentários)

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  38. A "solidariedade" tem levado o país a uma situação insustentável.

    Uma coisa é tentarmos defender direitos semelhantes aos demais sectores da sociedade. Outra, é defender regalias.

    Mas tendo em consideração que a profissão docente pode criar uma situação de desgaste, defendo a ideia de dar opções aos docentes que se encontram nos quadros, actualmente com redução:
    Opção1- o docente requer a redução mas tem uma penalização salarial até 20% do vencimento que aufere.

    Opção2- o docente não requer redução, tem prioridade na escolha das turmas com quem quer trabalhar e não tem qualquer penalização salarial.

    Actualmente o país encontra-se em crise financeira e todos os sectores têm sido fortemente atingidos. Se os professores procurarem defender direitos laborais melhores em comparação às outras profissões, correm o risco de degradar ainda mais a imagem que a sociedade tem sobre a classe docente.

    Também defendo que as "opções" acima referidas sobre as reduções também deveriam ser aplicadas aos médicos. Há médicos que têm dispensa de realização de urgências hospitalares devido à antiguidade e que, no entanto, fartam-se de trabalhar no privado para ganhar dinheiro. Ou seja, aos olhos da função pública não podem trabalhar tanto devido ao desgaste profissional mas, no privado, estão perfeitamente aptos.

    Tendo em consideração fragilizada do país e considerando que o estilo de vida do mundo ocidental corre sérios riscos, creio que temos que nos unir, trabalhar mais e aceitar que haja uma maior racionalização. Só assim poderemos ter a esperança em não perder coisas como educação, saúde e protecção social.

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  39. Uma coisa é tentarmos defender direitos semelhantes aos demais sectores da sociedade. Outra, é defender regalias. (10:18h)

    Regalias????
    O Sr. deve trabalhar numa destas empresas:

    http://economico.sapo.pt/noticias/doze-empresas-do-estado-pagam-em-media-3500_128162.html

    "No caso da NAV, os custos com pessoal relativos a esse ano (os valores de 2010 não foram divulgados) atingiram 135 milhões de euros. Valor que, repartido pelos 970 funcionários, representa uma média de 140 mil euros"


    "No caso do Metro de Lisboa, os dados de 2010 não estão especificados, embora no ano anterior os custos com pessoal tenha atingido 87,6 milhões de euros, ou seja 54 mil euros anuais para 1.636 funcionários. Na ANA este valor foi de 44 mil euros, em 2010, enquanto na CP fixou-se em 39 mil euros por colaborador"

    Ignorando outras regalias e atendendo apenas ao salário médio, conhece alguma escola ou mesmo algum professor que receba o equivalente ao salário MÉDIO de algumas dessas empresas?
    E agora compare com a média das qualificações!

    As reduções do 79 não são isenções de trabalho! São reduções de componente letiva destinadas ao desempenho de outras funções.

    Se o 79 deixar de existir essas reduções continuarão a existir para o desempenho de cargos de orientação educativa e de supervisão pedagógica, aulas de apoio e aulas de substituição nas horas de redução (veja-se aqui: http://www.min-edu.pt/index.php?s=white&pid=545

    Conhece alguma profissão em que essas funções sejam realizadas fora da hora de trabalho? Em algum sector essas função são desempenhadas gratuitamente? Oferece-se para as desempenhar e responde pelo seu desempenho?
    Ou propõe que tudo isso passe para a componente não letiva e se elimine a componente individual de trabalho? Considera que a componente individual de trabalho deve ser eliminada?
    Que regalias tem o Sr. que os professores que eu conheço não têm??

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  40. Ontem referi a situação das aposentações. hoje um colega volta a falar disso . Os colegas do 1º ciclo, de acordo com o DL 229/2005 tem um regime de aposentação mais favorável E este regime de excepção mantem-se até 2022. Para ós outros termina em 2015. Os colegas do 1º ciclo reformavam-se com 52 anos de idade, estão hoje (com 57/58 anos) a receber bem mais do que colegas no activo com 37 anos de serviço, 60 de idade e penalizações caso antecipem a reforma.
    Agora mudou, mas é gradual até 2022.

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  41. Caro anónimo 12:23,

    Quer saber? Sou professor contratado, não trabalho no sector privado, sou jovem, trabalho há 10 anos, levo com os piores alunos e com os piores horários.
    Já sei que quando for velho vou continuar contratado, sem reduções de horário, com salário precário, sem progressão na carreira. Ainda vou ter que aguentar com a má imagem que a sociedade tem dos professores porque os meus antecessores deixaram a marca de que os professores trabalham pouco e que têm mil e uma regalias.

    Estou em duas escolas, levo com reuniões a dobrar e estou nos projectos do PAM a dobrar. Portanto, faço muito trabalho em casa... a dobrar. Sei do que fala.

    Se eu tivesse a sorte de entrar nos quadros e se, com a idade, tivesse cansado, pedindo redução de componente lectiva, não teria problema em ver o meu vencimento reduzido sem grandes danos para a minha sobrevivência e para os pequenos excessos.

    Pense bem... se a componente lectiva diminui, então, diminui o tempo necessário para preparar as aulas. Logo, quer se queira, quer não, o trabalho é menor. É um facto inegável que há menos testes a fazer e a corrigir, menos aulas a preparar e menos trabalho. Além disso o trabalho é facilitado porque, em geral, trabalham com as melhores turmas. Por isso, não me choca o facto de dar a escolher aos docentes se pretendem redução com penalização salarial ou manutenção do vencimento sem redução.


    Sabe, se eu fosse egoísta eu estaria, aqui, a defender a redução dos horários conforme a actualidade, defendendo os meus interesses porque teria uma maior oferta de horários para concorrer.
    Mas, antes disso, eu estou seriamente preocupado com o rumo do país e com os gastos excessivos que o Estado tem com os funcionários públicos e tenho receio que, por esta razão, o Estado tenda a privatizar o ensino. E aí, enquanto os velhos gozam a sua reforma, os docentes que ficam perdem tudo o que conquistaram, todos os direitos.

    Se, em pequenas coisas, pudermos dar o nosso contributo para o Estado Social, estaremos a garantir a sustentabilidade do mesmo.

    O país está tão mal que já é altura de sermos mais responsáveis e menos egoístas.
    José

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  42. Pois é, José, estamos em desacordo!

    E nunca estaremos de acordo, enquanto afirmar coisas deste género:
    "Ainda vou ter que aguentar com a má imagem que a sociedade tem dos professores porque os meus antecessores deixaram a marca de que os professores trabalham pouco e que têm mil e uma regalias".

    O sr. é que afirma ter muitas regalias! O sr. é que deixa essa marca! Não viu nos meus comentários queixas destas :

    "Se os professores procurarem defender direitos laborais melhores em comparação às outras profissões, correm o risco de degradar ainda mais a imagem que a sociedade tem sobre a classe docente."
    Que direitos laborais melhores?
    Não leu bem o comentário das 12:23h. Siga os links que lá estão.
    Considera normal um professor no topo da carreira, mesmo que seja Director e receba o suplemento máximo, não receba sequer o salário médio (referente a 2009) de um funcionário de ema dessas empresas públicas (muitos apenas com o ensino básico)?

    Há hoje muitos docentes a receber realmente menos do que recebiam em 2002 ou 2003. Conhece algum outro setor da F.P. em que isso aconteça? Alguma empresa pública com progressões congeladas?

    E não se trata de solidariedade ou de egoísmo, mas de justiça e de bom senso.
    Conhece alguma profissão em que os trabalhadores lidem com entradas e saídas ao minuto ou outros "profissionais que gerem, controlam, educam e tentam ensinar (até aos 65 anos) 100 ou 150 miúdos por dia (quando muitos pais ou avós não "aturam" um ou dois"?

    Está mesmo convencido que a qualidade do serviço prestado se mantém ou melhora com a eliminação das reduções? Já avaliou as consequências para alguns professores, mas sobretudo para as escolas e os alunos?

    Já pensou que o que defende, para lá de ser ilegal, atira de imediato com milhares de contratados para o desemprego e conduz a um acréscimo de problemas nas escolas? Será aconselhável que os seus filhos no fim do ensino básico, daqui a 12 ou 15 anos, apenas tenham professores com mais de 60 ou 65 anos de idade?

    Repito o que disse no final de um outro comentário:

    Com tudo isto já não sei o que é melhor:
    - (se) Manter as reduções e ter sempre estes argumentos à perna...
    - (se) Abolir as reduções e ficar descansado a "aturar" os miúdos até aos 70 anos...

    Começo seriamente a balançar!

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  43. Não tenho a minima dúvida de que ao abolir o artigo 79, mais emprego haverá para os contratados.
    É que muitos colegas, ao verem-se confrontados com trabalho a tempo inteiro e com turmas que sempre conseguiram evitar.

    É logo reforma antecipada.

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  44. Docentes unidos jamais seremos vencidos! Era assim que todos deveríamos pensar e agir… MAS como estamos cada vez mais distantes deste lema… Salve-se quem puder!

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  45. Isto é apenas a continuação da politica de mlr e do engenheiro -filosofo do bois de boulogne,
    As actividades lectivas,aulas de prostituição,a -poios, clubes...

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  46. Continuem assim... acomodados no quadro seguro.

    Para começar já levamos com o corte de 2 salários ao ano.

    Daqui a nada o Ministério da Educação corta no nº de disciplinas... e os contratados dessas disciplinas que se lixem...

    Qualquer dia as Escolas passa a gestão privada e os docentes perdem o vinculo à função pública e são facilmente despedidos.

    Quando não há dinheiro, não há nada a fazer e ponto final!

    E quando digo que os docentes de topo de carreira têm regalias creio que tenho toda razão em dizê-lo. Comparem com os profissionais dos mais diversos sectores da sociedade. Com essa idade as pessoas do privado estão no desemprego e os que ficam a trabalhar não se queixam e trabalham como gente jovem. Nem sequer sonham com reduções! E quando há despedimentos são os primeiros a dançar para fora da empresa!

    Eu penso que os professores com redução deveriam, de uma vez por todas, que não há dinheiro e estão a perder uma oportunidade para ajudar a salvar o país.

    E não estou a falar com o fim das reduções. Apenas digo que se poderia ter um equilíbrio que permitisse uma contribuição para a sustentabilidade do estado social na educação. Ou os docentes aceitam redução de horário com redução salarial ou trabalham sem reduções, com vencimento total.

    Não é nada demais. Por exemplo, quem tem 16 horas lectivas em vez das 22, não tem que trabalhar em casa para preparar aulas para 6 horas. Ou seja, à partida tem menos 27% em trabalho. Com 22 horas numa escola, acabamos por levar para casa 13 horas de trabalho. Calculando 27% das 13 horas teremos que um docente com redução para 16 horas trabalha a menos um total próximo das 3,5 horas por semana. Portanto, considero que este docente tem uma regalia de 3,5 horas por semana e que deveria ter um corte salarial proporcional, ou seja, cerca de 10%.
    Encontram isto em outros sectores da sociedade? (excluam os médicos que, em minha opinião, também deveriam levar um corte salarial proporcional à redução de horário).

    Se quiserem continuem a enfiar uma palas olhando só para o vosso umbigo. Mas acreditem, a situação está tão má que, qualquer dia levam com cortes ainda mais drásticos do que aqueles que facilmente poderiam contribuir.

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  47. Já dei os meus 20%!!!!!!!!!!!!!

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  48. Pelo andar da carroça isto não fica por aqui... vais dar mais...

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  49. Estou preparado! E por uma boa causa até prescindo da redução! :)

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