quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Uma questão de coerência

Os observadores e investigadores do sistema educativo português do ensino básico e secundário estão preocupados com a divulgação dos critérios "manhosos" das Ofertas de Escola e da polémica com a Bolsa de Recrutamento, defendendo que a classificação final de curso não é um critério de graduação justo pois varia com a "qualidade" da instituição de Ensino Superior.

Pois bem... Será que esta defesa se baseia numa inverdade? Obviamente que não... Sabemos perfeitamente (ninguém o pode negar) que muitas das classificações são inflacionadas com o objectivo de atrair futuros estudantes. Todos nós conhecemos casos. E a culpa deste situação é dos professores do ensino básico e secundário? Não... A culpa é de quem está nas instituições do ensino superior e "abre a porta" para que tais situações ocorram. E nem sequer vou tentar enquadrar a tal classificação da "qualidade" das instituições, pois não sei se será um critério válido no que à formação de professores diz respeito. Eu não obtive a minha formação numa das tais instituições superiores de "topo" e nem por isso me sinto menos (ou mais).

Adiante.

Querem coerência? Então recomendo aos observadores e investigadores do superior ensino que trabalhem no sentido de melhorar a avaliação feitas nas suas instituições e eventualmente a nível mais abrangente, se estivermos a falar de observadores com maior intervenção nacional e com contactos políticos relevantes. Se já o estiverem a fazer, os meus parabéns pela coerência no discurso. 

Agora vem a alternativa a este critério apresentada pelos teóricos do sistema de colocação de professores... A alternativa reside nos critérios de selecção "manhosos", que para além de ignorarem a tal graduação (algo que parece agradar aos observadores e investigadores) também fazem "tábua rasa" dos anos de serviço entretanto acumulados e de toda a experiência que os mesmos acarretam. Sim... Para estes teóricos é bom que se lembrem que os anos de serviço permitem um acréscimo na graduação. Se classificação final de curso e anos de serviço são bons critérios de selecção? Provavelmente até nem serão, mas serão definitivamente melhores que alguns que já pude ler nas "Ofertas de Escola".

Resta terminar com uma questão para os meus colegas de profissão... Uma questão para todos os professores do ensino básico e secundário... Qual a alternativa (à falta de melhores) de selecção que preferem? Um concurso nacional onde a graduação (classificação final + tempo de serviço) é o factor de selecção ou as "Ofertas de Escola" onde existem fortes probabilidades de encontrarem critérios de selecção ajustados à medida do freguês? Dos dois "males" qual será o preferível?

Não existem critérios perfeitos, mas existem critérios menos injustos...

Nota: Ainda existe o tal factor de ponderação relacionado com as avaliações de topo, mas não o coloquei para efeitos de explicação. Mas mesmo com este acréscimo, atrevo-me a dizer que prefiro os concursos nacionais.

38 comentários:

  1. Obrigada, Ricardo pela lucidez das suas palavras. Não há critérios perfeitos, mas os do concurso nacional são os mais justos que conheço.
    Devemos fazer uma pergunta aos Srs Directores das escolas que têm descreditado a profissão docente com critérios"manhosos": COMO ACEDERAM AO LUGAR QUE OCUPAM? não terá sido pelos critérios nacionais? Se não têm validade, então ABANDONEM O CARGO.

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  2. Na minha opinião, o mais justo seria não existirem ofertas de escola e, assim todos os horários seriam reencaminhados para o concurso nacional! Desta forma, não estaríamos sujeitos a critérios "manhosos" e inflacionados! Esperando que a situação não se complique e todo este processo de recrutamento seja o mais claro possível e JUSTO, despeço-me com um bem haja ao Ricardo por nos manter sempre actualizados! Muito obrigada pelo precioso tempo que despende a actualizar este blogue!

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  3. Concordo plenamente com o anónimo. Não percebo a lógica das ofertas de escola irem a concurso...a irem que fosse pela ordem do concurso nacional podendo a avaliação entrar como bonificação!

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  4. Eu já sou da opinião de que deveria haver apenas o concurso de agosto, para gerar uma lista de graduação e colocar os candidatos em horários anuais (e quando abrirem vagas dos quadros...)
    A partir de 1 de setembro, ofertas de escola, com temporários, incompletos e novas necessidades, etc. em que o único critério (que poupa tempo e não dá nenhum trabalho) seria a lista graduada!!! A diferença residia apenas no facto de os candidatos escolherem para onde queriam concorrer.
    E porque não descrever com mais pormenores a oferta (nº turmas, níveis) em vez daquele sem número de critérios manhosos?
    Assim as escolas não perderiam tanto tempo a inserir horários, a selecionar candidatos e, de certa forma, estariam a contratar diretamente os professores. Mas com base na lista!
    Já agora, modernizavam a plataforma da contratação porque "aquilo" cansa... e está mais que obsoleta. Isto de puxa página para um lado, para baixo e sei lá mais o quê.

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  5. "Se classificação final de curso e anos de serviço são bons critérios de selecção?"
    Um, pelo menos, é o mesmo que faz com que se mude de escalão!
    Isso é que eu queria ver, não fazer depender a folha salarial da velhice!
    Opinar sobre os outros é tão fácil...
    Enfim!
    Um abraço.

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  6. Quero aqui deixar o meu OBRIGADA ao Ricardo, pelo tempo dispendido a ... informar-nos! Quanto a mim, deveria haver apenas um concurso e as ofertas passariam para esse concurso e iamos sendo colocados quando chegasse a nossa vez. Evitavamos desonestidade e "padrinhos". Mas, neste momento estou MUITO preocupada é em saber como irá ser o futuro de todos aqueles que estão a ficar de fora porque só concorreram a anuais. Valha-me Deus ...

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  7. Considero que o problema maior não é escolher entre oferttas de escola ou concurso nacional. As ofertas podem continuar a existir, desde que seja definido como critério geral seja o número de ordem na lista de graduação (para profissionalizados)e o tempo de serviço (para possuidores de habilitação própria).
    as coisas poderiam ser tão simples! porque complicam?
    Quanto aos observadores e investigadores do ensino português, até posso concordar que a classificação possa não ser o melhor critério mas, mal por mal, é bem mais justo que: "ter lecionado a turma x"; "dar continuidade ao projecto educativo iniciado no ano anterior" ou "ter experiência de x dias no agrupamento".
    Por favor, poupem-me! Só não vê quem não quer. Precisamos de um director que dê a cara para comprovar que quiseram lançar horários para a BR2 como anuais e não conseguiram ou que o lançaram efectivamente como anual mas foi, por obra e graça do espírito santo, transformado em temporário no seu percurso.
    Carol

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  8. Sou favorável a uma opção que não mencionaste: selecção com base num exame, realizado no final do curso.

    Acabava a discussão à volta das universidades/politécnicos mais e menos exigentes.

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  9. Felizmente, temos o Ricardo para abordar todos estes assuntos com lucidez e assertividade.

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  10. Alexandra.... exame o final do curso???? Bom, então esta-se a passar um atestado de incompetência às escolas que formam os profissionais. Ou seja 4 anos de curso e depois exame, que por alguma razão corre mal e adeus????
    Já agora sou da opinião do Ricardo, concurso nacional!
    Manu

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  11. Na verdade a falta de qualidade de algumas instituições de ensino superior confrange. Surpreendente é o facto de ninguém do básico e secundário discutir essa matéria na blogosfera. Em sentido contrário é surpreendente que tenhamos tanta gente do superior a "meter o bedelho" nas questões de avaliação de docentes do básico e do secundário. Talvez a estratégia seja a de levar o povo a olhar para o lado. O certo é que a avaliação das instituições de ensino superior e dos próprios professores não existe. Trata-se de um faz de conta risível e por isso a mediocridade abunda no meio.

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  12. Digam o que disserem,
    Continuo a pensar que o concurso não deve ser local.
    Argumento 1: Sob o ponto de vista de interesse dos pais, dos alunos e em prol de uma selecção de professores de qualidade:
    No concurso nacional são seleccionados, em primeiro lugar, os professores que, geralmente, têm mais anos de experiência. Seja de uma universidade privada ou pública, ao contemplarmos a classificação do curso na graduação estamos a garantir que os que não se esforçaram na sua formação científica serão “empurrados” para o final da lista. Não haverá dúvidas que, mesmo numa universiadde privada, uma boa classificação é uma indicação que o docente adquiriu bons conhecimentos científicos para leccionar. Quanto ao facto dos anos de experiência contarem para a graduação profissional, estamos a garantir que os professores mais experientes estejam entre os primeiros para serem seleccionados. O concurso a nível nacional vem garantir os a grande maioria dos melhores professores são seleccionados e estaremos, assim, a garantir um ensino de qualidade. No entanto, na minha opinião, eu considero que ainda deveriam ser valorizados os professores que fizeram formações complementades na Universidade (pós-graduações, mestrados, doutoramentos) onde os créditos poderiam ser convertidos em graduação. E até se poderia, eventualmente, contabilizar os créditos de uma formação que envolvesse o uso de tecnologia no ensino.
    Quanto ao concurso ao nível de escola, podem acontecer duas coisas: a) se a escola definir critérios de selecção que realmente interessam para um ensino de qualidade, se ordenar bem os docentes de acordo com os critérios e se verificar que o docente seleccionado não mentiu (exige 3 pressupostos) estamos a garantir que o melhor professor é seleccionado para esses alunos; b) mas se um dos 3 pressupostos referidos anteriormente falhar, pode ser escolhido um professor qualquer (que pode ter sido baldas na universidade e/ou que tenha pouca experiência de ensino).

    Agumento 2: Sob o ponto de vista dos bons professores:
    Creio que não há grandes dúvidas que os professores contratados preferem concorrer de uma só vez ao nível nacional em vez dezenas ou centenas de candidaturas às escolas que querem contratar professores. Os professores contratados não querem ser precarizados, mais do que já são!
    Acrescento que um concurso nacional é mais humano (sim! os professores contratados são seres humanos!). Isto é, permite uma melhor da gestão da vida pessoal (inclui familia, casa, etc), pelo menos, dos professores mais experientes que podem comparar a sua posição na lista graduada de ano para ano. Isto permite reduzir a precarização dos professores contratados mais experientes.

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  13. Argumento 3: Sob o ponto de vista de gasto de recursos:
    Parece-me óbvio que se as escolas tiverem que fazer concursinhos para todos os professores que precisam, corremos o risco de acrescentar mais trabalho e dores de cabeça às mesmas. Neste momento as Escolas TEIP e com Autonomia já devem ter bastante trabalhito para ordenar candidatos, mas lembrem-se que elas teriam mais trabalho se o concurso nacional acabasse (actualmente, quando estas escolas lançam horários, muitos professores já se encontram colocados e por isso têm menos candidatos). Um concurso ao nível de escola implica: o trabalho da definição de critérios (retiramos o tempo de preparação de aulas a um ou dois professores para que eles se entretenham a definir critérios); o trabalho da selecção (com o fim do concurso nacional teriamos listas enormes!); o tempo da entrevista e o da verificação dos dados dos candidatos seleccionados. Gasta-se mais tempo, papel e energia. É claro que a plataforma informática da DGRHE teria que continuar a existir para que os professores tenham conhecimento das vagas. Além disso, se os concursos forem ao nível de escola, poderemos estar a aumentar o número de recursos e de litigios entre docentes candidatos e escolas porque nem sempre tudo corre bem.
    Com o concurso nacional usamos, apenas, a plataforma informática. Neste caso os recursos de cada escola focam-se no essencial e a selecção dos recursos humanos encontra-se centralizada permitindo uma optimização dos recursos.

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  14. Concurso Nacional! Mais nada.

    Deixem-se lá de Observações e Teorias que na prática bem sabemos e comprovado como acabam as alternativas!

    Enfim..

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  15. O Ministério da Educação e Ciência antecipou para esta quinta-feira o início do processo de reclamações dos professores que se sintam injustiçados no concurso de colocações de docentes, anunciou hoje o secretário de Estado João Casanova de Almeida. O início de processo estava marcado para a próxima segunda-feira. editado pelo Público

    http://www.publico.pt/Educação/ministerio-da-educacao-antecipa-reclamacoes-sobre-concursos-1513049?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoRSS+%28Publico.pt%29

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  16. O concurso nacional tem os dias contados, até penso que não haverá mais nenhum. O nosso ministro está fasto de afirmar que não devemos ser nomeados para todo o país da DGRHE.
    Então que possamos concorrer às escolas que quisermos mas com o seguinte critério:
    - Classificação final de curso e anos de serviço.
    Para mim, este seria o único justo critério para seleccionar candidatos. O problema é que eu penso que não vai ser assim!
    Vamos aguardar até 2013

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  17. Para quem ler a noticia do publico editada agora ao inico da noite,mais uma vez o MEC/DGRHE põe os pés pelas mãos e quer queira quer não acaba por confirmar que mente. Se realmente regularizarem as coisas, muito bem, mas "gato escaldado de água fria tem medo" convém ficar alerta não vá a próxima solução desencadear novas irregularidades inexplicáveis como tem sido habitual.

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  18. Para Ricardo Montes:

    Assim que ler a nóticia gostava que me respondesse se possível a uma questão.
    O MEC antecipou a possibilidade de reclamarmos já a partir de amanhã, mas como podem os professores que só concorreram a anuais reclamar se eles em nenhum momento afirmaram taxativamente que além de podermos reclmar vão retificar esse horários "incorrectamente temporários " para anuais? Se eles não retificarem como afirmam os directores os horários para anuais, como vamos nós reclamar?
    Reclamar por temporários já sabemos nós perfeitamente que ao reclamarmos não dá em nada pois não selecionamos essa manifestação de preferência.
    Eu pelo menos pretendo apurar bem essa questão se realmente eles vão retificar também os horários, já enviei mail para a FNE.
    Agradeço a atenção.

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  19. A FENPROF está em condições de afirmar que o MEC mentiu quando ontem (20/09...

    FENPROF PROMOVE PROTESTO NA 5 DE OUTUBRO, SEXTA FEIRA 23 ÀS 15 HORAS!

    A presença de todo é muito importante!

    http://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=226&doc=5834

    Carlos Moreira

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  20. Ricardo, antes de mais: obrigada por este blog que nos permite ter alguma voz e desabafar o que de mais pesado nos vai em cima! A históra das OE com os ditos critérios "manhosos" não é de hoje, tal como algumas colocações temporárias que afinal se tornam anuais(pois,este ano parece que a coisa descambou)...agora se há anos q estamos no mesmo, pergunto-me se não teremos alguma culpa no cartório?! Afinal, temos visto injustiças atrás de injustiças nesta OE e toda a gente acha q é um concurso normal e legal. Sinceramente, começo a passar-me com tanto atropelo! Uma escola onde já trabalhei, com o único critério de continuidade pedagógica, coloca uma colega com menos tempo que eu e em segunda prioridade... e eu tenho de calar e consentir pq estão dentro da lei! Por favor!!!-reclamar?! reclamei...-resposta?! LOL...enfim!Penso que não ha seleções ideiais e completamente justas, no entanto, se existe uma lista de ordenação parece-me o mais acertado segui-la...não dando lugar a critérios tipo "JSKAbreu";"ter leccionado no ano 2009 no agrup.";"ter parecer favorável do director"...e por aí adiante... Espero realmente, que este seja um ano exemplar: que não deixemos morrer o assunto até ao próximo ano lectivo em que o cenário se volte a repetir e quiçá seja ainda pior...

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  21. Ana100: a questão aqui não é a dos horários temporários se transformarem em anuais; não é uma substituição q se vai arrastando até ao final do ano lectivo por variadas razões. Leia esta notícia e compreenderá o que aconteceu este ano e que NUNCA tinha acontecido: http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/ministerio-da-educacao-antecipa-reclamacoes-sobre-concursos-1513049?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoRSS+%28Publico.pt%29

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  22. Lara...compreendo esta nova situação! Apenas quis dizer que o sistema não funciona bem nas OE e na a tribuição dos tais horários. Pensei que estivesse perceptivel...

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  23. rt@: eu nunca interpus recurso logo não sei qual o procedimento mas penso que, neste caso específico, primeiro temos de nos certificar se nesta BR2 alguém nos ultrapassou, ou seja, se alguém atrás de nós na lista ficou colocado num horário ao qual concorremos. E aqui n está em causa se concorremos a temporários ou anuais, o que temos de saber é se o "nosso" horário (o que foi preenchido por alguém atrás de nós) é efectivamente temporário ou anual. E isso só telefonando para a escola respectiva e perguntar. Se a escola disser que a necessidade era anual mas que só conseguiram lançar o horário na plataforma como temporário, então esse horário foi "mal" preenchido. Pelo que entendi de toda esta confusão, acho que n estou a dizer nenhuma barbaridade...

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  24. «Qual a alternativa (à falta de melhores) de selecção que preferem? Um concurso nacional onde a graduação (classificação final + tempo de serviço) é o factor de selecção ou as "Ofertas de Escola" onde existem fortes probabilidades de encontrarem critérios de selecção ajustados à medida do freguês? Dos dois "males" qual será o preferível»

    Existe uma terceira possibilidade, de longe a mais justa... Substituir a média do curso pelo resultado num exame de competência cientifica onde todos partem em igualdade de circunstâncias... Não discordo das dúvidas sobre concurso locais, agora, é bom que as pessoas tenham presente que o sistema actual de lista graduada também é uma vergonha e que muitas pessoas foram para instituições onde, na prática, compraram as médias… Por exemplo, no Porto era frequente os alunos do último ano de Universidades Públicas de certos cursos transferirem-se para instituições privadas onde o estágio tinha um peso superior a 50% na média de conclusão do curso( na pública, nessa altura, o peso do estágio era inferior a 30%): quem tinha menos posses económicas ficava para trás … E sobre esquemas deste tipo posso dizer muito mais (por exemplos, cursos onde vários alunos que em 3 de estudos de Matemática na UC não fizeram mais do que uma cadeira acabam com médias de 17)…
    O mais engraçado é que muitas pessoas que se envolveram em jogadas destas se mostram agora genuinamente muito indignadas e ofendidas com injustiças nas colocações, inacreditável…

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  25. http://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=226&doc=5834

    «Com o objetivo de protestar contra esta situação e exigir a correção do problema criado, a FENPROF apela aos professores e educadores lesados pela situação, a que compareçam na próxima sexta-feira, dia 23, pelas 15 horas, junto ao MEC, nas suas instalações sitas na avenida 5 de Outubro.»

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  26. Ana100: ok, então fui eu q entendi mal, peço desculpa.
    Em relação às OE estou completamente de acordo consigo. Já fui ultrapassada por 3 pessoas estas últimas semanas. Deve ser coisa pouca para alguns mas eu ando há pouco tempo nestas andanças (concurso nacional). Acabei o curso em 2003 mas só consegui colocação em 2009.
    Já agora, Ricardo (ou alguém que saiba) se me pudesse tirar uma dúvida em relação a este assunto das OE, agradecia. Posso amanhã reclamar destas 3 ultrapassagens? Ou as reclamações são apenas relacionadas com a BR2?

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  27. Já agora

    «Portugal tem uma longa experiência bem sucedida de concursos nacionais. Para quê mudar o que funciona bem?

    Portugal tem uma cultura e uma tradição marcadas por nepotismo, corrupção e parcialidade. Para quê colocar nas mãos das escolas o recrutamento dos professores? Tendo em conta a nossa tradição e cultura, seria impossível evitar que os concursos locais de recrutamento de professores fossem contaminados pela corrupção e nepotismo.

    O exemplo do que tem acontecido com os concursos locais de professores, ao nível dos Teips, não é nada revelador dos benefícios de uma solução desse tipo.»

    Ramiro Marques,31 de Março

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  28. Os critérios de selecção nas ofertas de Escola deveriam ser universais.Afinal as escolas com autonomia vivem à custa do Estado.Se querem ser autónomas que sejam às suas custas;senão daqui a mais temos "Jardinzinhos" a mandar nas escolas que não são suas.E aos poucos como está mais do que demonstrado vão tendo mais poder que o prório governo.Sofia

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  29. Lá estarei na sexta-feira, às 15h!

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  30. Para Lara:
    Isso não é problema tenho 9 colocados temporários que não são temporarios e pessoas com mais de 2000 lugares na ordenação atrás de mim em escolas da minha área de residencia...sei pela escola e colegas com quem já trabalhei que são vagas anuais e não temporárias...por isso se esses horários forem corrigidos pessoas como eu e até à minha frente têm direito a esses lugares.
    Mas impõe-se outra questão e os colegas colocados sem culpa do sistema? Dão-lhes um chuto? corrigir este erro vai sair caro ao MEC ...mas tem que ser feito para não aumentar ainda o prejuizo

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  31. rt@: Eles n têm culpa, é certo, mas eu, tu e outros na nossa situação tb n temos culpa. Então por isso, deixa-se tudo tal como está?

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  32. «Alexandra.... exame o final do curso???? Bom, então esta-se a passar um atestado de incompetência às escolas que formam os profissionais»

    Considera então que os exames do ensino básico e Secundário são atestados de incompetência às Escolas? Acha que a entrada na universidade deveria ser ditada fundamentalmente pela média? E, já agora, algumas dessas escolas que formas profissionais não merecem esse atestado?

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  33. Não não se deixa...só queria dizer que mais vale tarde do que nunca...acho bem que como um colega já aqui escreveu, notifiquem esses colegas...Sei que eles devem ter pensado já nos safamos! Mas as injustiças t~em que ser rectificadas...o que eu quis mesmo dizer foi que vai haver muita indemnização para pagar, se o MEC queria poupar não foi uma escolha inteligente...
    Acho bem que sigam os procedimentos de correcção e olhando pelos outros colegas que os indemnizem por os ter metido nesta alhada...se fosse um deles também queimava mais ainda o MEC...
    Fiz - me enterder Lara?

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  34. Sim, rt@. Só sei que tudo isto foi provocado pelas ideias parvas do MEC. Eles agr que se amanhem, rectificando e indemnizando.

    "se o MEC queria poupar não foi uma escolha inteligente..."
    Desde qd é q eles são inteligentes? Chicos espertos sim, inteligentes não!

    P.S. peço desculpa se por vezes os meus desabafos n caem bem, mas ando completamente desgastada com tudo isto.

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  35. Para Lara:

    Andamos todos...impossivel era não andarmos...isto é de loucos a gente deitasse a pensar nisto acorda e tudo esta na mesma ou pior...degastados é pouco...é a nossa vida, família, finanças tudo de pernas pro ar...

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  36. Já agora, aproveito para exemplificar algumas situações que conheço das más práticas das colocações ao nível de escola:

    caso1: um amigo meu do grupo 500 (Matemática 3º ciclo e Secundário) tem um familiar que já tinha trabalhado numa escola, no centro do país. Essa escola tinha um horário para Matemática e Ciências do 2º ciclo. Ele concorreu e com o factor C foi seleccionado. Conclusão: não só leccionou matemática como também leccionou ciências da natureza, uma disciplina para a qual nunca teve formação. Como ninguém se deu conta do arranjo, ele lá ficou com horário completo para todo ano.

    caso2: outro amigo meu cuja mãe é docente reformada concorreu para um horário da antiga escola da mãe. Ele tinha uma baixa graduação (ele é boa pessoa mas ia a muitas festas na faculdade...) o horário foi a concurso em oferta de escola em Agosto com o específico propósito dele ficar com horário. E lá o conseguiu.

    caso3: No ano passado concorri a um horário em oferta de escola de uma teip da cidade do Porto. Os critérios baseavam-se na graduação profissional. Quando vou ver quem ficou colocado verifico que foi uma pessoa que estava muito menos graduada que eu ficou colocada. Quando fui à direcção da escola o Director mostrou-me a lista ordenada dos candidatos e verifiquei que a colega seleccionada tinha mentido sobre a sua graduação em mais de 3 valores!!. Conclusão: reclamei na escola mas não serviu de nada e reclamei na Inspecção Geral da Educação - Ministério da Educação e eles me responderam que a escola tinha autonomia para fazer o que queria e que, portanto, não havia nenhuma irregularidade. A colega que mentiu (com uma graduação tão baixa não tinha nada a perder) ficou na escola, todo o ano, mesmo depois do director saber a verdade.

    caso4: Uma escola de matosinhos lembrou-se de lançar um horário com vários critérios. Entre esses critérios estava a "frequência de formação sobre os cursos EFA". Eu estaria mais bem qualificado para o horário em termos de graduação e em termos de maior experiência com os cursos EFA. Foi colocada uma colega de faculdade que, apesar de ter uma nota de curso mais baixa que a minha e de ter menos anos e tempo de experiência com EFA, foi seleccionada por ter ido a uma palestra de meia tigela (daquelas de 1 hora...) sobre cursos EFA. A questão é: será que essa dita palestra fez dela a mais bem qualificada para o cargo? É claro que depois de ter feito ver as coisas ao director ele lá reconheceu que não definiu tão bem o critério e que seleccionou erradamente a colega por esta ter dito que fez formação em EFA. Mas era tarde demais e a escola não voltou atrás com a escolha...

    Estes são os casos que vivi por perto e e por isso que tenho a certeza que o concurso nacional é o menos injusto.
    Para quê complicar?

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  37. Outra coisa: Se em outros países a contratação de professores pela escola pode ser uma boa prática, porque que é que não o é em Portugal?

    É simples: Em Portugal o excedente de professores candidatos é muito maior comparativamente aos outros países. Isso implica que a selecção de docentes através das escolas seja um processo penoso e buroCRÁTicO. Além disso com tantos candidatos e com a falta de opções para os desempregados é de esperar que o desespero seja tal que muitos tentem todos os métodos (cunhas e mentiras) possíveis para ter emprego. Lembrem-se que estamos em Portugal... um país com poucas tradições de transparência...

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  38. Os casos insólitos sucedem-se: tenho uma colega de Português/Inglês que se encontra a dar... Francês no 2º ciclo. Fantástico, não?

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