segunda-feira, 4 de julho de 2011

Casos raros...


Comentário: Já tinha lido há um tempo atrás a notícia de que algures numa qualquer escola secundária de Lisboa, os alunos tiveram mais 30 minutos (atenção que não estou a falar da tolerância, mas sim de um acréscimo à tolerância) para concretizar o exame nacional de Matemática A do 12.º ano. Pensei que estava a ler mal, e como tal, não dei grande importância. Hoje, voltei a ter acesso à mesma notícia, desta vez já com consequências... Assim, os alunos vão ter os seus exames anulados e terão de repetir a prova.

Feita a descrição, vamos a uma análise crítica ligeira: O que é que estavam a fazer os dois professores vigilantes para não ouvirem os toques? Será que não ouviram os alunos das outras salas a sair? E os elementos do secretariado de exames da escola não estranharam o atraso dos colegas? Na realidade, e por maior curiosidade que possa ter em saber o que raios se terá passado, estamos perante um caso isolado, altamente irregular que se trata disso mesmo, uma excepção. No entanto, não consigo deixar de ficar extremamente perplexo com esta situação enquanto professor e membro de um secretariado de exames.

7 comentários:

  1. Ricardo
    Alguns alunos NEEP têm direito a uma tolerância extra. Basta que esteja 1 aluno nessa sala e o secretariado não vai dar por essa atraso. Estão a contar com essa possibilidade. Por acaso, no dia em que saiu essa noticia, vigiei um exame em que tinha uma aluna NEEP com uma tolerãncia extra de 30 minutos. E também por acaso, existiram problemas de comunicação. Eu e a colega que estavamos a vigiar só somos informados dessa situação já com o exame a decorrer.
    Mais, numa escola grande, com muito salas, toda aquela verificação que é feita quando os vigilantes entregam os exames no secretariado pode durar muito mais de meia hora. Principalmente quando é um exame com versões.
    E sobre os toques, não sei como o que se passa naquela escola, mas há escolas em que os exames nacionais não são os unicos a decorrer. Há escolas que também realizam E.E.F do básico e/ou secundário, em simultâneo, total ou parcialmente, com os exames nacionais. Como estes exames têm duração diferente da dos exames nacionais, podem existir mais toques do que os esperados.

    Ricardo, devemos ter cuidado em julgar determinadas situações, quando não conhecemos as situações concretas. Principalmente nestes casos nos exames. Quem está, ou esteve, num secretariado sabe que há tanta coisa a fazer.


    Concluindo, a situação foi grave, mas, neste momento, temos pouca informação para atribuir responsabildades. Para isso deve ser feito um inquerito, pela entidade competente (a IGE).

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  2. Concordo com o Advogado do Diabo.
    Não há dúvida que se tratou de uma situação irregular com alguma gravidade mas, sem termos os elementos todos acerca da ocorrência, devemos ter alguma prudência nas consirações que fazemos. Sobretudo se os professores vigilantes em causa forem pessoas responsáveis que, por qualquer razão, tiveram este "deslize". E se nos acontecesse um lapso destes?
    Dir-me-ão: não pode haver erros destes! Pois não, mas apenas teoricamente. Somos, antes de tudo, humanos.
    Não conheço os colegas em causa mas, sem mais dados, espero que tudo se resolva sem grandes prejuízos para as suas vidas pessoais e profissionais!

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  3. Para Advogado do Diabo: Eu conheço estas situações particulares (lembra-te que tenho trabalhado em secretariados de exame) e também não sou dos que julga colegas de trabalho de ânimo leve. Se reparares dos 10 alunos que estavam na sala, 10 alunos viram a prova anulada e terão de repetir. Será que na eventualidade de existir um aluno (ou mais) NEEP, esse também teria de repetir? Não faria grande sentido...

    No entanto, entendo e concordo com o que escreveste. Faz todo o sentido, mas se reparaste referi tratar-se de uma excepção.

    Erros todos nós cometemos, mas este é sem dúvida um daqueles que não deve ser repetido, independentemente de quem for o culpado.

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  4. Concordo com as tuas perplexidades relativamente aos professores vigilantes. Quanto ao secretariado, creio que há uma série de factores (alguns apontados pelo Advogado) que podem perfeitamente explicar que não se tenham dado imediatamente conta da irregularidade.
    Bom final de ano para todos por aqui.

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