Irei reunir neste post algumas partes de artigos da imprensa escrita com declarações de Nuno Crato... Poderão ser relevantes para mais tarde comparar. Assim...
1 - "Nuno Crato é uma excepção entre os testemunhos recolhidos pelo JN. Mais prioritárias do que a revisão curricular, para o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, são medidas como a aplicação da prova de ingresso na carreira docente e uma "avaliação séria ao sistema de ensino, por uma entidade externa e independente, que também realize os exames". As duas medidas, assegura, "melhorariam os resultados escolares". (JN | 2010-06-07)
1 - "Nuno Crato é uma excepção entre os testemunhos recolhidos pelo JN. Mais prioritárias do que a revisão curricular, para o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, são medidas como a aplicação da prova de ingresso na carreira docente e uma "avaliação séria ao sistema de ensino, por uma entidade externa e independente, que também realize os exames". As duas medidas, assegura, "melhorariam os resultados escolares". (JN | 2010-06-07)
2 - "Uma das questões essenciais em que discordo da política ministerial tem sido nas orientações educativas e pedagógicas. Em vez de rever um passado de facilitismo, o Ministério tem promovido a revisão de programas continuando a velha política de simplificação de conteúdos. Outro dos aspetos de que discordo é a falta de avaliação. Alguns exames acabaram (nos cursos tecnológicos) e mantém-se esta situação absurda de os alunos não serem avaliados externamente durante todo o percurso escolar obrigatório. Só no 9.º ano têm dois exames, apenas dois, a Matemática e Português, e valendo apenas 30% da nota final.
Os poucos exames que temos são de uma facilidade extrema e os critérios têm variado de ano para ano, de forma que os resultados não são comparáveis. Os progressos que se anunciam não são progressos, ou não se sabe se são, pois não há critérios para os medir.
(...) não se pode avaliar os professores sem avaliar o resultado do seu trabalho, ou seja, sem fazer exames externos aos alunos. O sistema de avaliação proposto constitui uma pressão para que os professores inflacionem as notas e passem alunos que deveriam ser retidos. Sem um processo de avaliação externa que registe os resultados e regule a atividade educativa, tudo isto pode ser muito grave." (Educare | 2008-04-15)
E já agora, um vídeo com uma intervenção de Nuno Crato sobre o tema "Educação: pela exigência, o mérito e o direito de escolha" inserida no Ciclo de Conferências (de iniciativa PSD) "Fórum Portugal de Verdade" (16 de Abril de 2009). São aproximadamente 15 minutos... Vale a pena ouvir.
Deus me livre ter de ouvir este homem durante 15 minutos! Que vómito!
ResponderEliminarForça Nuno Crato!
ResponderEliminarE agora Sr. Ministro? A bola está do seu lado...
ResponderEliminarNão consigo abrir o vídeo...
ResponderEliminarSou como S. Tomé ver para crer.! Mas para já parece que poderá haver muitas alterações para o bem da educação.!!
ResponderEliminarvamos ver.!
Obgd, Ricardo.
ResponderEliminarMto interessante o vídeo.
Mesmo muito.
Só é preciso pôr em prática tudo aquilo que diz, é de um homem destes , com estas ideias, que o sistema precisa, mais exigência, menos facilitismo, mais exames às várias disciplinas, quero ver se os colegas de outras áreas disciplinares planificam tantas actividades extras curriculares(festas,passeios,...) com evidente prejuízo de aulas, às vezes de Matemática e L.P., e inflacionam das notas, colocando os colegas destas disciplinas com os cabelos em pé (aqueles que ainda os têm) porque têm avaliação externa, fraquinha mas têm. Força Nuno, não sendo, eu de direita estou torcendo para o teu sucesso enquanto ministro.
ResponderEliminarOlá boa tarde,não sei o que vai dar no futuro, mas julgo que vai haver muita fricção entre o ME e a Fenprof.
ResponderEliminarJá percebi que o ensino público não vai ser uma prioridade, nem tornar efectivos os professores, que se encontram numa situação precária, contratados e que são necessários nas escolas.
ResponderEliminarQuanto ao resto, vamos a ver se é só teoria...
Bem escolhido! Que faça um bom trabalho!
ResponderEliminarConcordo com FX. Chega de floreados nas escolas. O sucesso educativo faz-se com trabalho e não com projectos e/ ou actividades de faz-de-conta que só servem para show off. Mais responsabilização para todos os agentes educativos: pais, alunos e professores em geral.
ResponderEliminarTudo parece fazer sentido. Mais duas medidas:
ResponderEliminar- Exclusividade;
- Práticas pedagógicas verdadeiramente supervisionadas.
Assim acreditaria numa verdadeira mudança.
Do ponto de vista das aprendizagens, do exercício docente e da transparência e confiança na classe para executar as suas funções é muito acertado o seu discurso. Se rebaterem o seu discurso e o aplicarem ao concurso nacional e á carreira dos professores, não verão nada de promissor nestes campos. Temo pelo futuro. Será que só eu estou a interpretar assim?
ResponderEliminarNão estará o Ricardo a ficar um pouco político?
ResponderEliminarJoão Marcelo
Força ! É de alguém assim que precisamos há muito tempo!
ResponderEliminarAgora só falta mudar os sindicalistas que só nos têm feito perder tempo.
Falou bem, com excepção da prova de ingresso na carreira, pois está a prentender seguir a via: primeiro realiza-se uma prova, para depois as instituições mudarem as suas metodologias. Quanto a mim, deve ser ao contrário.
ResponderEliminarAté poderia haver uma prova de ingresso no curso, a funcionar como pré-requisito, nunca na profissão. Anda uma pessoa a gastar dinheiro, os neurónios e o seu tempo a fazer uma licenciatura (que já inclui diversos exames), para depois e só depois é que lhe aplicarem uma prova, para dizerem se essa pessoa está apta ou não para exercer?!!! Não tem qualquer sentido.
Susana Martinho
Voltei cá, porque ocorreu-me que também não concordo muito com o facto das notas dos alunos contarem para a avaliação do professor. Creio que é algo que pode levar à continuidade dos "facilitismos", pois nenhum de nós se quer sujeitar a ter más notas e, por isso, haverá uma tendência (compreensível) para "ajudar" as melhorias dos resultados dos alunos. Por aí também não é caminho. Falta mesmo é devolver a autoridade aos professores e a oportunidade de reprovar os alunos, que assim o merecerem, logo no 1º ano de escolaridade, para que não fiquem sem as bases logo no início do seu percurso escolar.
ResponderEliminarSusana Martinho
Estou de acordo contigo Susana, prova de ingresso no curso faz sentido e não na profissão, quanto à avaliação dos alunos, aqui falámos de avaliação externa só assim faz sentido, acabava a inflação das notas.
ResponderEliminarSim, FX, por aí está bem também! Desde que tenham em conta as condições de trabalho dos professores.
ResponderEliminarPor exemplo, no caso das provas de aferição passarem a exames, é necessário atender ao tempo em que os alunos estiveram com o professor sujeito a essa avaliação. As provas de aferição avaliam um ciclo respeitante a 4 anos e o resultado final das mesmas não se vai referir só a uns meses (no caso de um contratado colocado em substituição temporária). Mas pronto, lá teremos de aguardar, a ver o que por aí vem...
Susana Martinho
Lá anda outra vez a teoria de que a avaliação dos professores deverá ter subjacente um parâmetro que é a avaliação dos alunos. Mas como é que pensam fazer isso na prática? Vamos para o terreno, para o ensino básico e ver as variáveis com que os professores se deparam na sua actividade: de um ano para o outro as características das turmas mudam de ano para ano por diversas razões; elevado número de alunos por turma vs diferenciação pedagógica associe-se ainda os alunos abrangidos pelo decreto-lei nº 3/2008 integrados nas turmas. Quando os alunos não querem trabalhar, a escola e, em particular, o conselho de turma desenvolve estratégias para a superação de dificuldades. Mas se os alunos não querem trabalhar e respondem "eu quero lá saber!", depois contacta-se o encarregado de educação no sentido de adoptarmos estratégias conjuntas e este não aparece ou responde "eu já não sei o que lhe hei-de fazer!"
ResponderEliminarFalta de autoridade do professor, acusam alguns. Será? Pensem bem!
Alunos que "estudam" em frente ao computador mas não desligado, ele estará na página do Facebook, com um jogo ou qualquer outra coisa; realizam trabalhos "Copy/ Paste". Nas aulas, alguns estão muito cansados e ficamos a saber que se deitaram às 3h (pelo menos)e/ou durante a noite receberam não sei quantas mensagens no telemóvel.
Mas quem não sabe tudo isto e muito mais?
Vim aqui apenas para referir uma ideia que Nuno Crato defende: a introdução de uma prova de acesso à carreira. Não concordo com esta ideia...A ser assim acabe-se primeiro com os ramos educacionais que têm dado acesso à profissionalização dos professores. Isto não vale mais que uma prova de acesso à carreira??Claro que os estágios já não são o que eram: os estagiários já não têm turmas próprias, vão às escolas quando os orientadores lhes marcam uma aula para dar (nas suas turmas !!)e... deixaram de ser remunerados como acontecia há há 20 anos atrás...
ResponderEliminarA haver prova de acesso só se for para o curso que se pretende ir...
Preparar um aluno para a vida é muito mais difícil que prepará-lo para um exame.
ResponderEliminarCriem efectivos critérios de exigência que nunca deviam ter deixado de existir.
É um erro:
- Permitir a um aluno transitar com três níveis inferiores a três pois incentiva a falta de trabalho e responsabilidade;
- Desresponsabilizar de alunos e encarregados de educação por retenções evitáveis com trabalho, quando há manifesta capacidade intelectual.
É necessário:
- Alteração de critérios de Classificação /avaliação em que dois períodos, efectivamente, respondem por três e a escala não distingue verdadeiramente o desempenho.
- Associar saber e competências;
- Não desvalorizar disciplinas com grande potencial formativo. Não há ciência sem humanidade.
- Valorizar as línguas clássicas para bem formar professores de Língua Portuguesa …
Acrescento:
Fornecer aos professores Acções de Formação gratuitas e verdadeiramente credíveis e pertinentes; programas com verdadeira articulação vertical e horizontal; tempo para trabalho em equipa em vez de fantochadas, trabalho de secretaria e similar; avaliação fundada em preocupação formativa em primeiro lugar e de responsabilização posterior, em vez do funil remuneratório desmotivante; atribuir ao professor o lugar que por direito lhe compete na sociedade em vez do vexame a que foi sujeito por governantes que só sabem governar dividindo ao invés de congregarem; atrair para o Ensino os melhores.
É preciso definir os valores para a sociedade em que queremos viver. Recuperar do passado apenas o que vale a pena.