segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pois... Pois...

No Jornal de Notícias a 10/10/2010: "A presidente do Conselho Nacional de Educação defende que o ensino "não pode ser" afectado pelas medidas anti-crise. Já o líder da Fenprof sublinha que a greve geral de 24 de Novembro é "um momento" da luta que pode levar a nova paralisação de dois ou três dias.

A possibilidade de uma nova paralisação por "dois ou três" dias foi levantada ontem, sábado, pelo secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof). Um exemplo referido quando sublinhava aos docentes que a greve geral, convocada para 24 de Novembro, é "apenas um momento da luta" que terá de ser travada além dessa data.

"Não podemos parar. Se ficarmos de braços cruzados, vai ser muito pior, não tenho dúvida", insistiu, ontem, na sessão evocativa do Dia Mundial do Professor, na Escola Secundária Luís de Camões, em Lisboa. "Temos de ter uma forte participação", frisou, recordando os protestos de 2008, que chegaram a atingir 120 mil manifestantes.

Mário Nogueira endureceu mesmo o discurso - enviou um aviso a Isabel Alçada, de que a Fenprof se sentirá "legitimada" para regressar ao combate contra o modelo de avaliação", se essa for a única parte do acordo, assinado em Janeiro, que sobreviver aos cortes orçamentais. E chegou a classificar de "demónios", "loucos" e "cobardes" os que tentam impor medidas anti-crise "violentíssimas", que "não resolverão nada".(...)"

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Comentário: Fico apreensivo quando vejo Mário Nogueira a falar da possibilidade de uma paralisação de 2 a 3 dias. Paralisação de 2 ou 3 dias com professores? Naaa... Nem nos melhores dias de contestação. Nem mesmo que consultassem os professores, realizassem imenos plenários ou mesmo se o Mário Nogueira prometesse rapar o bigode isso iria ocorrer. Recordar os 120 000 colegas que estiveram em Lisboa também não passará disso mesmo: uma recordação. Um dos principais motivos para essa mobilização esfumou-se com o acordo, e os que não se esfumaram estão neste momento desmobilizados.

Tenho de admitir que espero com alguma ansiedade e esperança pelos próximos desenvolvimentos sindicais. Sem os sindicatos, sem boas iniciativas e sem o mínimo de mobilização, teremos ainda mais do mesmo. Acho que neste momento as duas grandes dificuldades dos sindicatos serão:

1) Explicar de forma cabal o que aconteceu para que o acordo tivesse de ser assinado naquela noite de Janeiro. Não é explicar as vantagens e desvantagens do mesmo... é ir mesmo ao âmago da questão. Alguns de vocês saberão do que estou a "escrever";

2) Desmontar a apreensão de imensos professores (eu incluido) que na hipótese de nova mobilização, os sindicatos não voltam a rumar por um acordo da tipologia do de Janeiro ou se o voltarem a fazer, pelo menos que expliquem o que realmente aconteceu.

É que se ainda não se aperceberam, a esmagadora maioria dos professores sente-se traído. Não estou a dizer que foram traídos a 100% (relembro que o acordo terminou com a divisão da carreira), mas existe ali uma elevada percentagem que pode e deve ser reduzida para bem da mobilização. Isto é, se tiverem argumentos e capacidade de a reduzir, o que a cada dia, semana ou mês que passa se vai tornando cada vez mais complicado.
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4 comentários:

  1. Olha lá, explica-me lá uma coisa porque fiquei p'ráqui baralhadito das ideias...

    Bem sei que a época se aproxima a passos largos, mas tu ainda acreditas no Pai Natal com uma idade dessas?! eheheh

    Grande Abraço ;)

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  2. Hzolio
    Agora andasd a roubar-me as "piadas"? ;)

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  3. Ricardo
    Tens toda a razão na questão dso dois dias de greve.
    Basta olhar para os comentários colocados nos 3 post de hoje para saber o motivo.
    Pedes explicações sobre o entendimento. Também gostaria de as ver. Não sei é se muitos gostariam de conhece-las todas.
    Aquela teoria dos "outros" é muito "saudável" e muitos não estão interessados em a perder.

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  4. Amigo Advogado, foi apenas uma questão de "timming", nada mais. ;)

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