No Portal do Governo a 29/09/2010: "Principais Medidas para o Orçamento do Estado para 2011 e para reforço da execução orçamental de 2010:
(...)
Para a redução da despesa, em 2011, o Governo decidiu:
Reduzir os salários dos órgãos de soberania e da Administração Pública, incluindo institutos públicos, entidades reguladoras e empresas públicas. Esta redução é progressiva e abrangerá apenas as remunerações totais acima de 1500 euros por mês. Incidirá sobre o total de salários e todas as remunerações acessórias dos trabalhadores, independentemente da natureza do seu vínculo. Com a aplicação de um sistema progressivo de taxas de redução a partir daquele limiar, obter-se-á uma redução global de 5% nas remunerações;
■ Congelar as pensões;
■ Congelar as promoções e progressões na função pública;
■ Congelar as admissões e reduzir o número de contratados;
■ Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação;
■ Reduzir as despesas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente com medicamentos e meios complementares de diagnóstico;
■ Reduzir os encargos da ADSE;
■ Reduzir em 20% as despesas com o Rendimento Social de Inserção;
■ Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1. º e 2.º escalões e eliminar os 4.º e 5.º escalões desta prestação;
■ Reduzir as transferências do Estado para o Ensino e sub-setores da Administração: Autarquias e Regiões Autónomas, Serviços e Fundos Autónomos;
■ Reduzir as despesas no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC);
■ Reduzir as despesas com indemnizações compensatórias e subsídios às empresas;
■ Reduzir em 20% as despesas com a frota automóvel do Estado;
■ Extinguir/fundir organismos da Administração Pública directa e indirecta;
■ Reorganizar e racionalizar o Setor Empresarial do Estado reduzindo o número de entidades e o número de cargos dirigentes.
No que respeita ao reforço da receita em 2011:
■Redução da despesa fiscal
■Revisão das deduções à colecta do IRS (já previsto no PEC);
■Revisão dos benefícios fiscais para pessoas coletivas;
■Convergência da tributação dos rendimentos da categoria H com regime de tributação da categoria A (já previsto no PEC);
■ Aumento da receita fiscal
■Aumento da taxa normal do IVA em 2pp.;
■Revisão das tabelas anexas ao Código do IVA;
■Imposição de uma contribuição ao sistema financeiro em linha com a iniciativa em curso no seio da União Europeia;
■ Aumento da receita contributiva
■Aumento em 1 pp da contribuição dos trabalhadores para a CGA, alinhando com a taxa de contribuição para a Segurança Social.
■Código contributivo (já previsto no PEC).
■ Aumento de outra receita não fiscal
■Revisão geral do sistema de taxas, multas e penalidades no sentido da actualização dos seus valores e do reforço da sua fundamentação jurídico-económica.
■Outras receitas não fiscais previsíveis resultantes de concessões várias: jogos, explorações hídricas e telecomunicações.
(...)
Por um lado, a despesa extraordinária relativa à aquisição dos submarinos (contrato celebrado em 2004) e a execução abaixo do previsto da receita não fiscal serão compensadas pela receita extraordinária decorrente da transferência de planos de pensões da Portugal Telecom para o Estado.
Por outro lado, de forma a salvaguardar os riscos da execução orçamental até ao final do ano, antecipam-se, já para 2010, as seguintes medidas entre as acima elencadas para 2011:
■Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1.º e 2.º escalões e eliminação dos 4.º e 5.º escalões desta prestação;
■Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação;
■Reduzir as despesas com medicamentos e meios complementares de diagnóstico no âmbito do SNS e redução dos encargos com a ADSE;
■Congelar as admissões e reduzir o número de contratados;
■Reduzir as despesas de investimento;
■Aumentar as taxas em vários serviços públicos designadamente nos setores da justiça e da administração interna;
■Aumentar em 1 p.p. a contribuição dos trabalhadores para a CGA."
Ver Artigo Completo (Portal do Governo)
(...)
Para a redução da despesa, em 2011, o Governo decidiu:
Reduzir os salários dos órgãos de soberania e da Administração Pública, incluindo institutos públicos, entidades reguladoras e empresas públicas. Esta redução é progressiva e abrangerá apenas as remunerações totais acima de 1500 euros por mês. Incidirá sobre o total de salários e todas as remunerações acessórias dos trabalhadores, independentemente da natureza do seu vínculo. Com a aplicação de um sistema progressivo de taxas de redução a partir daquele limiar, obter-se-á uma redução global de 5% nas remunerações;
■ Congelar as pensões;
■ Congelar as promoções e progressões na função pública;
■ Congelar as admissões e reduzir o número de contratados;
■ Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação;
■ Reduzir as despesas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente com medicamentos e meios complementares de diagnóstico;
■ Reduzir os encargos da ADSE;
■ Reduzir em 20% as despesas com o Rendimento Social de Inserção;
■ Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1. º e 2.º escalões e eliminar os 4.º e 5.º escalões desta prestação;
■ Reduzir as transferências do Estado para o Ensino e sub-setores da Administração: Autarquias e Regiões Autónomas, Serviços e Fundos Autónomos;
■ Reduzir as despesas no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC);
■ Reduzir as despesas com indemnizações compensatórias e subsídios às empresas;
■ Reduzir em 20% as despesas com a frota automóvel do Estado;
■ Extinguir/fundir organismos da Administração Pública directa e indirecta;
■ Reorganizar e racionalizar o Setor Empresarial do Estado reduzindo o número de entidades e o número de cargos dirigentes.
No que respeita ao reforço da receita em 2011:
■Redução da despesa fiscal
■Revisão das deduções à colecta do IRS (já previsto no PEC);
■Revisão dos benefícios fiscais para pessoas coletivas;
■Convergência da tributação dos rendimentos da categoria H com regime de tributação da categoria A (já previsto no PEC);
■ Aumento da receita fiscal
■Aumento da taxa normal do IVA em 2pp.;
■Revisão das tabelas anexas ao Código do IVA;
■Imposição de uma contribuição ao sistema financeiro em linha com a iniciativa em curso no seio da União Europeia;
■ Aumento da receita contributiva
■Aumento em 1 pp da contribuição dos trabalhadores para a CGA, alinhando com a taxa de contribuição para a Segurança Social.
■Código contributivo (já previsto no PEC).
■ Aumento de outra receita não fiscal
■Revisão geral do sistema de taxas, multas e penalidades no sentido da actualização dos seus valores e do reforço da sua fundamentação jurídico-económica.
■Outras receitas não fiscais previsíveis resultantes de concessões várias: jogos, explorações hídricas e telecomunicações.
(...)
Por um lado, a despesa extraordinária relativa à aquisição dos submarinos (contrato celebrado em 2004) e a execução abaixo do previsto da receita não fiscal serão compensadas pela receita extraordinária decorrente da transferência de planos de pensões da Portugal Telecom para o Estado.
Por outro lado, de forma a salvaguardar os riscos da execução orçamental até ao final do ano, antecipam-se, já para 2010, as seguintes medidas entre as acima elencadas para 2011:
■Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1.º e 2.º escalões e eliminação dos 4.º e 5.º escalões desta prestação;
■Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação;
■Reduzir as despesas com medicamentos e meios complementares de diagnóstico no âmbito do SNS e redução dos encargos com a ADSE;
■Congelar as admissões e reduzir o número de contratados;
■Reduzir as despesas de investimento;
■Aumentar as taxas em vários serviços públicos designadamente nos setores da justiça e da administração interna;
■Aumentar em 1 p.p. a contribuição dos trabalhadores para a CGA."
Ver Artigo Completo (Portal do Governo)
Comentário: Partindo do princípio que este "nó" será aprovado: Esqueçam de uma vez por todas os concursos de admissão nos quadros para contratados já para o ano... Bem... Eu até diria mais, para os próximos anos. Todos os professores dos quadros serão afectados nas suas remunerações (o valor ilíquido do 1.º escalão da carreira docente ultrapassa os tais 1500 euros). Ficaremos mais uma vez "congelados" (novo período "pinguim - versão 2.0). Enfim... Tudo coisas fantásticas. Fantásticas mas para quem queira ter enxaquecas, insónias, má disposição, etc.
É desta que eu começo a cortar na despesa cá de casa... Se de um dia para o outro deixarem de ver actualizações neste blogue, já sabem, cortei com a primeira despesa a abater cá em casa. É mesma a primeira, seguida de alguns gastos (que eu considero supérfluos) com o automóvel. Internet tenho na escola e assim sempre me vejo livre de alguns emails de trabalho.
É desta que eu começo a cortar na despesa cá de casa... Se de um dia para o outro deixarem de ver actualizações neste blogue, já sabem, cortei com a primeira despesa a abater cá em casa. É mesma a primeira, seguida de alguns gastos (que eu considero supérfluos) com o automóvel. Internet tenho na escola e assim sempre me vejo livre de alguns emails de trabalho.
Ricardo;
ResponderEliminarNo meio disto tudo podemos ter uma alegria. Com o congelamento das progressões já não se justifica a trapalhada das avaliações- ADD.Acho eu..
Solução: Quem sentir que tem um problema em descontar, por ganhar mais de 1500 euros, pode sempre voltar a ser contratado!
ResponderEliminarPeço desculpa, mas assim como não concordo com a medida, também não posso concordar com "reacções de umbigo"!
Mas como sempre, vamos agora ao lado positivo da coisa, ou seja, os descontos para o IRS e para a ADSE serão menores!
Quanto ao período "pinguim" devo informar, que então, o professor contratado anda permanentemente mascarado de "pinguim"!
Estejamos nós como estivermos, há-de haver sempre quem esteja melhor, mas também quem esteja pior...
Um abraço.
P.S. O aumento do desconto em 1% para a CGA, a ser só para a CGA, não apanha os professores que descontem para a Segurança Social (ou seja aqueles mesmos que não têm direito a atestado médico, mas sim a baixa médica!).
O MERCADO CAPITALISTA EXIGE, OS SÚBDITOS CUMPREM! CORTE NOS SALÁRIOS, AUMENTO DO IVA E...PASME-SE....CORTE NOS ABONOS DE FAMÍLIA!!! NA VERDADE, UM GRANDE INCENTIVO PARA QUEM CONTRIBUI PARA REJUVENESCER A POPULAÇÃO PORTUGUESA!
ResponderEliminarPENA É QUE OS CORTES NÃO TENHAM SIDO DE 50% PARA AQUELES QUE VOTAM SEMPRE NOS MESMOS CÃES LARANJAS OU ROSAS! ESses SIM, DEVEM TER PROBLEMAS DE CONSCIÊNCIA...TAMBÉM SÃO CULPADOS!
PAÍS DE IGNORANTES!
Olhar para o nosso umbigo?
ResponderEliminarEntão acham normal que os professores do 1 escalão passem a ganhar menos que os colegas contratados?
Fiz as contas e com esta descida o ordenado bruto do índice 167 é mais baixo do que o do índice 151!! Onde está a justiça disto?
S.
Congelar admissões e reduzir contratados no Ensino? As duas coisas ao mesmo tempo? Hummmm... Cheira-me a... não vou dar ideias :X
ResponderEliminarRicardo,
Completamente de acordo relativamente a concursos, nem agora nem em 2013. Quanto às poupanças, espero que consigas não cortar neste "cantinho".
FD,
Genericamente de acordo com o conteúdo da mensagem que acho que queres fazer passar.
Curiosamente, por outro lado, acredito que no final desta década a percentagem de contratados no Ensino será brutal. Não porque as pessoas maioritariamente abandonem os quadros, mas porque serão muito poucas as vagas abertas para quadros nos próximos anos.
Anónimo,
Isso que diz é uma impossibilidade constitucional, pelo menos para já.
Até pode ser uma impossibilidade constitucional,mas sendo o vencimento do 167 de 1518 euros,será bafejado dos 3,5% e desce para 1450,o vencimento do 151 é de 1464 e não é abrangido pela redução por ser inferior a 1500 euros.Então como é que o governo vai descalçar esta bota?
ResponderEliminarS.
Anónimo,
ResponderEliminarTem a certeza de que está ver bem o salário bruto do 151? A mim parece-me que não. Verifique porque eu tenho ideia de que o seu erro é de mais de 90 euros para cima. Acho que é desses tiros a torto e direito de que falava o colega FD.
Anónimo de "serviço":
ResponderEliminarO vencimento correspondente ao índice 151 é de 1.373,13 €!!!
Não sendo argumento, no entanto, convém saber do que se fala e já agora, talvez, não esquecer por onde já passamos!
Um abraço.
P.S. Aceita-se permuta de vencimento com qualquer colega do quadro! Façam o favor de dispor! Não sendo masoquista não me importo de ficar com o ónus do desconto de qualquer colega do quadro integrado na “nova” carreira!
Perdemos TODOS e MUITO e esta certeza deveria bastar. Quem quiser passar a ser contratado tem sempre essa opção, pode fazê-lo a qualquer momento. Já os contratados que queiram ingressar em quadros precisam de bem mais do que unicamente de livre-arbítrio. Se quer saber, Anónimo, os contratados (que o Governo quer reduzir) são quem provavelmente perde bem mais do que euros. Perdem esperança. Abrem a caixa de Pandora e nem ela lá está, sabe, só o resto.
ResponderEliminarPara FD:
ResponderEliminar"Não sendo masoquista não me importo de ficar com o ónus do desconto de qualquer colega do quadro integrado na “nova” carreira".
Eu sou dos que foi integrado na nova carreira e estou a ser remunerado pelo 151!
Não há troca possível.
Bela carreira esta!
Peço desculpa pelo engano,mas limitei-me a fazer as contas a partir do meu vencimento e daquele que uma colega contratada me disse ser o dela.Sendo assim ela não me deu o valor certo e retiro o que disse.
ResponderEliminarSei o que é ser contratada e os sacrifícios que tive de fazer para entrar nos quadros.
O que interessa é que mais uma vez é a função pública que paga a crise,não esquecendo que além de nos tirar parte do ordenado,ainda nos tiram o abono de família.Mas no que toca aos lucros da banca e das grandes empresas...o discurso é muito vago...
S.
António Ferreira,
ResponderEliminarFoi exactamente por ter conhecimento de casos como o seu, que fiz a ressalva da "nova" carreira. Se não recebe pelo índice 167 ainda estará, eventualmente, posicionado de acordo com a “antiga” carreira “mais antiga” ainda! Mas, então, pode congratular-se por não ser mais um dos prejudicados com o desconto! Sortudo!
Há sempre um lado positivo, em tudo na vida!
Um abraço.
P.S. A aceitação de permuta fica de pé até mudar de índice! Eu espero! Como contratado tenho tempo, muito tempo! Se tenho! Ui! Ui!