Comentário: Um post frontal do autor do blogue "Secos & Molhados" que por ter merecido discussão cá em casa, acabou por tornar inevitável a sua divulgação.
Os professores contratados estão fartos deste ministério, e dos anteriores. Estão fartos desta trapalhada que é o dia a dia, ano a ano na Educação. Estão fartos destes concursos de oferta de escola que são uma palhaçada, estão fartos porque não são compreendidos por aqueles que estão muito comodamente nos seus lugares de quadro, estão fartos da insegurança que têm todos os anos de não saber onde ficarão colocados, estão fartos de olhar para o lado e ver alguns que nada fazem que ganham mais, estão fartos de ver pessoal que pouco se importa com os alunos e com os seus resultados, estão fartos de sindicalistas imcompetentes...é a desilusão total.
Os professores contratados estão a fazer matrículas, turmas, inventários, relatórios disto e daquilo, correcção de exames, vigilâncias, etc. Agora pergunto: onde andam os professores do quadro? Algus não lhes ponho os olhos desde que acabaram as aulas. Estarão de férias? Nahhhhh
Eu estou aqui... Sinto-me minimamente informada e não sabia destas iniciativas, portanto não saberia como participar nelas. E gostava de poder colocar a questão, mesmo sabendo será que podia participar? É que há uma semana atrás liguei para o sindicato e disseram-me que não respondem a perguntas de não sócios, ora eu como uma não sócia também teria que ser uma não participante? Se alguém me souber responder...
Eu quando quero usufruir de determinados serviços tenho que pagar: sócio do ginásio- se for sócio posso ir ao ginásio quando quiser , se não for sócio não, ou melhor , não posso ir ao ginásio só quando necessito de fazer uns exercícios físicos!
O professor contratado encontra-se precisamente no mesmo local onde se encontram os demais professores (QA, QZP, QEna, ex-Titulares e os “asteriscados”, ou não!). O professor contratado, enquanto tal, faz ou já fez o mesmo trabalho dos restantes! O professor contratado só o é porque neste "submundo da educação", paga-se ao "cabelo branco", nem que esse não tivesse formação inicial para a docência (quando não se tem cão caça-se com gato)! E é assim uma carreira, em que todos fazem o mesmo e que a capacidade de ser um bom professor é “genética”, tal como outras maleitas, aparece com a idade, sendo desta forma (€) valorizada a sua qualidade! Cá para mim o método de progressão na carreira docente foi plagiado à L´Oréal! Um abraço.
Ricardo, porque ainda não colocaste um post sobre a normativa que indicou às escolas que os contratados que se encontravam a substituir colegas acabavam os seus contratos agora, e não a 31 de Agosto, ficando 2 meses sem receber?
As escolas estão a aplicar esta norma de diferentes formas. Nalgumas casos, à letra. Noutros casos, alegando que os docentes ainda estão a desempenhar trabalho na escola, logo não poderão cessar o contrato.
Além de corte de 2 meses de ordenado, a contagem de tempo de serviço e o posicionamento para concurso também vão ser afectados :-(((
Alguns Contratados têm toda a razão do mundo, enquanto que outros nunca estiveram com vontade de concorrerem para longe do local de residência e agora talvez seja tarde demais (estes concursos até 2011 tenderão a ser os últimos...) Or outro lado, a Tutela está a impor às Direcções que os Contratados em regime de substituição (até 31 de Agosto)venham mais cedo para a rua, através da chamada antecipada do docente doente (nem que seja apenas por um dia), o contratado cessa funções imediatamente e a Tutela concede, a partir de after day, ao professor doente substituir a doença por férias!!! Na Escola onde estou, existem cerca de 60 Professores Contratados que exercem funções em igualdade de condições aos dos restantes e só um foi à dita reunião (alguns residem na área do Porto) apesar de a maior parte não ter serviço na Escola nesse dia. Não sendo Delegado Sindical, coloquei, a pedido dos dirigentes sindicais de Braga, na sala de professores 2 cartazes sobre as reuniões do SPN com os contratados (a realizar no Porto) e outros 2 sobre uma outra reunião do SPN com os restantes (no IPJ de Braga estiveram presentes cerca de 38 professores e cerca de 12 eram Contratados, mas nenhum da minha escola).
Se calhar os professores contratados estão no mesmo comprimento de onda que... http://fjsantos.wordpress.com/2010/07/08/pensei-que-fosse-hoje-afinal-so-em-setembro/
E onde estão os contratados? Que resposta óbvia....a contar os trocos para sobrevivermos dois ou três meses ao desemprego! Sou contratado, não sindicalizado e por acaso tenho contrato até 31 de Agosto (muita sorte-1ªvez)! E sinceramente não estou muito preocupado em ir a manifestações. Quando há 2 anos, nas mega manifestações me fui inscrever para participar na 1ª, tive como resposta que era muito injusto estar a ocupar um lugar no autocarro de quem pagava cotas...na altura estava desempregado e era injusto....agora não quero e não quererei saber... Caros colegas acham que os sindicatos querem saber de nós? Balelas!.... Querem é cotas que devido ao grande número de reformas e poucas inscrições nos sindicatos vêm a sua vida a andar para trás! Colega: Faz como eu, não te sindicalizes!... Rui
Ó professores da minha terra (titulares, não titulares, quadros e molduras) já se inquiriram sobre onde estão os colegas contratados?
Sim…aqueles que passam um ano lectivo inteiro a trabalhar ao vosso lado (com sorte), aqueles que aparecem para substituir os vossos colegas na escola…sim, esses.
Já se perguntaram: onde estão?
Contratado: depois dos famosos *** na lista de graduação (ou, como gosto de chamar, “********asteriscamente encornados************”), agora… são os despedimentos em Junho.
E em Setembro, Outubro, Novembro, quiçá em Janeiro do próximo ano, a colocação… depois vê-se. Se não, deixa lá que o director escolhe a dedo. Uns para o desemprego e outros, aqueles que não têm direito ao mesmo, para casa. E bem calados, porque a temerosa avaliação do director traz o silêncio às escolas, nas DRE´s um silêncio ensurdecedor.
O colapso chegou. Ganhou o Zé com as suas Mega-vinganças e perderam os pais e alunos deste país, os professores e aqueles que estão para ser professores (se existem).
Viva a mediocridade.
Viva a Educação que ensina dentro das escolas a calar, comer e obedecer à bela maneira salazarista.
Um abraço aos profs contratados Eu não sou contrada e tenho ido todos os dias para escola preencher papeladas. fazer relatórios disto e daquilo. actas etc etc.Só a partir do dia 19 é que fico livre. Com vê colega anónimo, os não contratados também dão no duro, também já foram contratados, calcorrearam muito e andaram com a casa às costa muitas vezes.Não vale a pena atirar pedras às cegas. Desejo-lhe a maior sorte do mundo.
Para Stora Carla Nunes: Se me enviares a "tal" normativa, poderei colocar um post. Para além deste comentário, já me chegaram 2 emails nesse sentido, no entanto, necessitava da referência normativa para poder procurar o documento e colocá-lo aqui.
Se se fizer um pequeno exercício usando a velha regra de "três-simples" provavelmente chegarão à conclusão que na maioria das escolas não há nenhuma persiguição aos contratados para definição das equipas de trabalhos necessárias nesta altura do ano. Na minha escola, que tem um número de contratados praticamente inexistente, as equipas (secretariado e agrupamento de exames, matrículas, turmas,...) são maioritariamente constituídas por professores do quadro.
Para além disso, uma boa parte dos actuais professores do quadro tem muitos anos e quilómetros de estrada nas pernas, dez anos no que me diz respeito, em que passei pelos distritos do Porto, Santarém, Beja, Viana do Castelo, Lisboa, RA da Madeira,...
Quanto ao facto de os professores contratados não serem compreendidos pelos prfessores do quadro "que estão comodamente nos seus lugares" (cómodo no meu caso significa a mil quilómetros de "casa"), lembro que, já por várias vezes, foi solicitado aos colegas contratados que elencassem aqui, objectivamente, as suas preocupações e as soluções que pretendem, bem como aquilo em que a nossa colaboração possa ser profíqua. Raramente acontece porque parece ser mais fácil agredir os pares. Trata-se de erro de mira terrível: OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela situação precária em que se encontram os colegas contratados; OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela desmobilização dos professores contratados. Parafraseando o autor do blogue: culpem o ME, culpem-se a si mesmos, procurem soluções, solicitem o apoio, definam estratégias de luta,..., mas não errem o alvo. Para quem não sabe, este blogue nasceu há uns exactamente da necessidade que o seu autor sentiu de, enquanto professor contratado, ser activo. A maioria de nós, professores do quadro que por aqui anda, "conhece-se" desde a altura em que não o éramos, daqui, do educare,... Portanto...
Se se fizer um pequeno exercício usando a velha regra de "três-simples" provavelmente chegarão à conclusão que na maioria das escolas não há nenhuma persiguição aos contratados para definição das equipas de trabalhos necessárias nesta altura do ano. Na minha escola, que tem um número de contratados praticamente inexistente, as equipas (secretariado e agrupamento de exames, matrículas, turmas,...) são maioritariamente constituídas por professores do quadro.
Para além disso, uma boa parte dos actuais professores do quadro tem muitos anos e quilómetros de estrada nas pernas, dez anos no que me diz respeito, em que passei pelos distritos do Porto, Santarém, Beja, Viana do Castelo, Lisboa, RA da Madeira,...
Quanto ao facto de os professores contratados não serem compreendidos pelos prfessores do quadro "que estão comodamente nos seus lugares" (cómodo no meu caso significa a mil quilómetros de "casa"), lembro que, já por várias vezes, foi solicitado aos colegas contratados que elencassem aqui, objectivamente, as suas preocupações e as soluções que pretendem, bem como aquilo em que a nossa colaboração possa ser profíqua. Raramente acontece porque parece ser mais fácil agredir os pares. Trata-se de erro de mira terrível: OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela situação precária em que se encontram os colegas contratados; OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela desmobilização dos professores contratados. Parafraseando o autor do blogue: culpem o ME, culpem-se a si mesmos, procurem soluções, solicitem o apoio, definam estratégias de luta,..., mas não errem o alvo. Para quem não sabe, este blogue nasceu há uns exactamente da necessidade que o seu autor sentiu de, enquanto professor contratado, ser activo. A maioria de nós, professores do quadro que por aqui anda, "conhece-se" desde a altura em que não o éramos, daqui, do educare,... Portanto...
Se se fizer um pequeno exercício usando a velha regra de "três-simples" provavelmente chegarão à conclusão que na maioria das escolas não há nenhuma persiguição aos contratados para definição das equipas de trabalhos necessárias nesta altura do ano. Na minha escola, que tem um número de contratados praticamente inexistente, as equipas (secretariado e agrupamento de exames, matrículas, turmas,...) são maioritariamente constituídas por professores do quadro.
Para além disso, uma boa parte dos actuais professores do quadro tem muitos anos e quilómetros de estrada nas pernas, dez anos no que me diz respeito, em que passei pelos distritos do Porto, Santarém, Beja, Viana do Castelo, Lisboa, RA da Madeira,...
Quanto ao facto de os professores contratados não serem compreendidos pelos prfessores do quadro "que estão comodamente nos seus lugares" (cómodo no meu caso significa a mil quilómetros de "casa"), lembro que, já por várias vezes, foi solicitado aos colegas contratados que elencassem aqui, objectivamente, as suas preocupações e as soluções que pretendem, bem como aquilo em que a nossa colaboração possa ser profíqua. Raramente acontece porque parece ser mais fácil agredir os pares. Trata-se de erro de mira terrível: OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela situação precária em que se encontram os colegas contratados; OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela desmobilização dos professores contratados. Parafraseando o autor do blogue: culpem o ME, culpem-se a si mesmos, procurem soluções, solicitem o apoio, definam estratégias de luta,..., mas não errem o alvo. Para quem não sabe, este blogue nasceu há uns exactamente da necessidade que o seu autor sentiu de, enquanto professor contratado, ser activo. A maioria de nós, professores do quadro que por aqui anda, "conhece-se" desde a altura em que não o éramos, daqui, do educare,... Portanto...
Ao ler estes comentários, chego à conclusão que essa pergunta está muto bem feita. Porque apenas vi 3 comentários sobre a questão e um que pode ou não ser, dependendo do sentido em que foi feito. Os outros comentários fogem à questão, mas a maneira como escolheram para fugir à questão ainda torna a questão mais relevante. Assim, também eu faço a mesma pergunta, mas com um acrescento. Onde estão os professores, em especial os professores contratados.
Os comentários, não respondendo directamente à questão, dão respostas bastante claras sobre as características da classe docente enquanto não classe. Não sei sequer se se pode falar em professores ou professores contratados como se fossem uma massa uniforme, corporativa. Não somos corporativos. Ñunca o fomos e os fracassos dos últimos anos, os ataques do ME de dividir para reinar, a crise, têm sucessivamente cntribuído para fomentar o individualismo e o salve-se quem puder. Onde estão os professores? Estão cansados, desmobilizados, ocupados, estão a tentar chegar ao excelente ou a agredir quem tenta, estão passivamente à distância à espera que as soluções apareçam sem grande investimento pessoal ou a gritar sozinhos para os que esperam mirando de longe, estão à procura de um alvo que possam culpar pelo seu próprio insucesso e desmobilização, seja esse alvo os outros professores, os sindicatos, a crise de valores, o ME, mas raramente si próprios pela sua inércia ou pela falta de capacidade de se fazerem ouvir.
Se calhar a questão terá de ser reformulada: e agora professores?
C.Pires: Não olhe apenas para o seu umbigo e dos seus colegas do quadro. Dantes os professores sofriam é certo e passavam sacrificios por alguns anos porque sabiam que mais cedo ou mais tarde iriam entrar no quadro, ou seja, com sacrificios sabiam que viria a luz ao fundo do túnel (entrada no quadro). Neste momento os contratados fazem sacrificios, andam longe, e por vezes pagam para trabalhar, mas a grande diferença é que fazem isso tudo sem ver luz ao fundo do túnel. Aí reside a diferença. Dantes o sacrificio era compensado com um lugar no quadro, agora os sacrificio são eternos, ou seja, anos após ano sacrificam-se os colegas contratados mas nunca terão lugar no quadro.
C.Pires: Não olhe apenas para o seu umbigo e dos seus colegas do quadro. Dantes os professores sofriam é certo e passavam sacrificios por alguns anos porque sabiam que mais cedo ou mais tarde iriam entrar no quadro, ou seja, com sacrificios sabiam que viria a luz ao fundo do túnel (entrada no quadro). Neste momento os contratados fazem sacrificios, andam longe, e por vezes pagam para trabalhar, mas a grande diferença é que fazem isso tudo sem ver luz ao fundo do túnel. Aí reside a diferença. Dantes o sacrificio era compensado com um lugar no quadro, agora os sacrificio são eternos, ou seja, anos após ano sacrificam-se os colegas contratados mas nunca terão lugar no quadro.
Não sabe do que fala. Não sabe mesmo, mas eu não estou com paciência para lhe dizer como eram as coisas no grupo de filosofia antes do aumento de horas da última reforma curricular e no tempo dos mini-concursos (perdi 2 anos de serviço em 10, estando disposta a ir para qualquer escola do país); também não estou com paciência para lhe explicar como estaria caso não tivesse não tivesse decidido vir trabalhar para a RAM e o tamanho do sacrifício que representa estar a mil quilómetros dos nossos ao fim de 14 anos de ensino. A situação actual dos contratados não é pêra doce, mas não faça juízos de valor sobre realidades que não conheceu e que não conhece. E ao menos identifique-se que gosto pouco de responder a internautas cobardes.
Sabe, Anónimo, houve um tempo em que a maioria dos professores contratados tinha de passar por uma forma injusta de concurso que se chamava mini-concurso; houve um tempo em que os professores contratados quando ficavam desempregados não tinham subsídio de desemprego nem qualquer ajuda social; houve um tempo em que os professores contratados entravam ao serviço, na melhor das hipóteses, em Outubro e nenhum de nós recebia Setembro... Pois, mas isso foi no outro milénio... Eu sei bem o que é ser professor contratado. Faça alguma coisa por si mesmo e encontre o alvo certo que não sou eu nem os professores do quadro.
C.Pires: Podes nao ser o alvo certo mas será o alvo de muitos professores do quadro que continuam a achar que os professores contratados são de segunda categoria... Quanto a sua situação , lamento mas sei perfeitamento o que é estar longe (RAM). Cobardia?!? Não vejo onde. Serei eu o unico a usar o anonimato?
C.Pires: Podes nao ser o alvo certo mas será o alvo de muitos professores do quadro que continuam a achar que os professores contratados são de segunda categoria... Quanto a sua situação , lamento mas sei perfeitamento o que é estar longe (RAM). Cobardia?!? Não vejo onde. Serei eu o unico a usar o anonimato?
Faça alguma coisa por si mesmo e pelos seus pares. É tempo de quem se vitimiza ser, no mínimo, autocrítico.
Quanto à cobardia do anonimato, o argumento dos outros também fazem (que lembra aquele outro que a idade já não desculpa: sou eu o único que estou a falar?) não iliba ninguém; ainda que todos matem continua a ser homicida aquele que mata, sabe?
Colegas como o Anónimo respondem claramente à questão colocada no post e mostram ad exaustão por que razão não havemos de chegar a lado nenhum enquanto classe e por que razão há tanta gente fora do ensino que nos acha uma corja de imbecis.
Ponto final para conversas com gente cobarde que atira granadas de cara escondida.
Para descontrair… Já pertenci ao quadro de uma escola privada e ao fim de uns anos saí, a meio do 1º período, para o desemprego, por minha iniciativa! Por experiência própria posso afirmar que o professor do quadro é exactamente igual ao professor contratado! Lamento é o facto de ser muitas vezes confundido com um professor do quadro! Vá se lá saber o porquê! Estereótipos sociais!? Só pode! Não gosto! Não gosto, nem de ser confundido nem dos estereótipos sociais! Se um professor contratado ingressar na carreira, será que tem uma metamorfose “profissiono-social” na noite de 31 de Agosto? Deixem-me ser o que sou! Já agora, não percam tempo à procura do contexto ideal para a felicidade, ou para o profissionalismo, porque para o primeiro, alguém há-de dar fé que já morreram e para o segundo, vocês “mesmo” vão dar fé que já estão reformados! Portanto, sejam felizes e profissionais, e se não for pedir muito, juntem ambos e sejam uns profissionais felizes! Um abraço.
Parece-me que se anda a perder algum tempo com agressões que estão a ser disparadas para o lado errado, em vez de estarem a ir para cima estão a ir para o lado. Sou contratada, e dou aulas no ensino oficial desde há 5 anos. Pela minha experiência, contratados, QZP's, QE's.... sempre trabalharam de igual forma, independentemente da categoria. Nunca notei que houvesse discriminação sequer na distribuição de serviço. Não encontro justificação nos colegas dos quadros para a situação actual dos contratados. O único grupo responsável é o Ministério da Educação. Quem está nos quadros também já foi contratado, e com bem piores condições, pelo que colegas me contam. Portanto vamos lá ser mais unidos e simpáticos, e atingir os alvos certos.
Ah, e o que ando a fazer? Basicamente vou à escola passear a roupa, pq estive como prof de apoio e nesta altura não tenho muito que fazer. Se vou todos os dias? Não, nem eu, nem ninguém...
Mais valias (actuais) de um professor contratado (com horário completo): - Maior facilidade em trocar de estabelecimento de ensino; - Pode acumular funções no ensino público; - Escalão de IRS (generalidade de descontos inferior);
Menos valias de um professor contratado: - Vencimento; - Perspectiva de uma reforma mais baixa; - Em cargos da Direcção não pode passar de Assessor.
"Pau de dois bicos": - Estabilidade no lugar (a longo prazo); - O “anonimato”.
Agora, nem todas as balanças tendem para o mesmo lado, daí haver uma grande heterogeneidade quer de professores contratados, quer de professores do quadro, isto sem falar de profissionalismo e do critério distância! Um abraço.
P.S. Há com certeza outras valias, das quais, de momento, não me lembro e diferentes pontos de vista entre o que é mais e menos valia.
Oh FD, admiro a tua perspectiva optimista, a sério que a admiro e respeito bastante. Já agora, o escalão de IRS é (infelizmente) mais baixo, exactamente pelo prejuízo do vencimento e pelo facto de os professores contratados estarem fora da carreira.
Acho que aquilo que nos separa não são as categorias. Do ponto de vista profissional, um professor de facto, qualquer um, é um professor de direito, sendo que aquilo que distingue os professores contratados dos professores do quadro não é um conjunto de critérios profissionais, mas uma diferença imposta externamente por critérios economicistas.
Fico sempre muito irritada quando os professores contratados se viram contra os professores do quadro como se estes fossem culpados do que quer que seja. Grande parte da minha vida profissional foi-o como contratada e respeito muito todos os professores contratados, independentemente das razões que os levam a estar ainda nessa condição. Os amigos que tenho no ensino (eis uma grande vantagem que vejo no meu tempo de contratação, os amigos que fiz, alguns desde os primeiros mini-concursos a que fui e outros das escolas por onde fui pasasndo) passaram também muito tempo nessa condição, principalmente os das humanidades.
Acho que tendemos todos, na nossa frustração, a escolher os alvos errados. Eu às vezes também uso os sindicatos um pouco como saco de boxe, por exemplo,... Se os colegas contratados pensarem, os professores do quadro têm todo o interesse, mesmo considerando apenas a sua própria situação, em que se abram vagas já que isso vai possibilitar a mobilidade. Portanto...
Perspectiva optimista? Talvez! Mas porque é que a nossa ambição tem que turvar a clareza do momento que estamos a viver? Eu diria antes uma visão pragmática! Não há pontos positivos em ser contratado? Há! Então para que é que vamos valorizar os não positivos? E se nunca entrarmos para o quadro? Vamos passar uma vida numa profissão com um augúrio inatingível?
No contexto de professor do quadro, sentia que, estavam implícitos determinados desafios, assim como no contexto de professor contratado, sinto que, estão implícitos outros desafios. Melhores ou piores? Diferentes! Diferentes, mas ambos com o sentido da essência de ser professor. E isso é que eu acho optimista! Assim como nunca me senti “especial” enquanto professor do quadro, agora também, lamento, mas não consigo sentir-me pessimista!
O optimismo é uma virtude ;), dá-nos ganas de seguir em frente. Não tens o que lamentar. Eu também acho que há vantagens comparativas em ser-se contratado e desvantagens em pertencer-se ao quadro e vice-versa. E a prova disso é que face ao logro que foi o último concurso diversos professores por aqui resolveram abdicar do vínculo na RAM e fazer as malas para o Continente. Repito que respeito e admiro a tua perspectiva optimista. Vou procurar guardar a lição para quando a hipótese de para sempre amarrada ao rochedo do Atlãntico me parecer tempo demais ;).
Olha, há outras vantagens bastante interessantes que guardo dos tempos de contratada. As colocações cada ano numa escola diferente pelo país fora ajudaram-me a conhecer e a explorar sítios fantásticos. Por exemplo, uma coisa é ter um ano inteiro para conhecer o Minho como eu tive, outra bem menos plena é passar por lá meia dúzia de dias de férias. Claro que isto tem os seus preços na vida privada, mas creio que esta diversidade de lugares por onde passei me enriqueceu como professora e como ser humano.
Não sei até que ponto os colegas contratados têm noção do vazio que deixam nas escolas por onde passam, das saudades que deixam nos alunos e colegas e do quanto muitos deles são recordados posteriormente, por uns e por outros...
Não sei se terão noção da frustração que é, para quem está no quadro, ter colegas com um desempenho profissional excelente, com os quais dá gosto trabalhar, mas que não ficam mais do que um ano lectivo...
Ver que muitos desses colegas gostariam de ser pais e mães e não o fazem porque andam de terra em terra;
Ver o seu esforço contínuo e o seu recomeçar constante...
Ai, se estivesse nas minhas mãos integrar uma série de contratados no Quadro do meu Agrupamento!...
Também andei por Santo André nos meus tempos de nómada ;). Foi outro ano fantástico. Ainda mantenho contacto com vários alunos e colegas dessa altura. O que mais guardo da vila de Santo André? Teatro, bom teatro graças ao Mário, e uma praia fantástica. Tudo de bom para vocês.
Olá. Sou professora contratada, como muitos que passam por aqui. Concordo numa coisa: os professores do quadro não têm culpa de nada e, muito embora algumas lutas não serem directamente dirigidas a eles, sinto que nos apoiam e orientam nas nossas lutas. Acho que não ganhamos nada em criticar os colegas, sejam eles contratados ou do quadro. A questão: "onde andam os contratados" é de todo bem colocada. Há colegas que dizem que estão a trabalhar que nem escravos, que estão cansados e desmoralizados... aparece todo o tipo de justificações! Mas na realidade, e falo também por mim, estamos todos à espera que alguém faça alguma coisa por nós. É mentalidade do povo português responsabilizar os outros e esperar que eles façam as coisas por nós. E porquê? Porque se correr mal, caimos todos em cima com criticas e manifestações de desagrado; se por outro lado, correr bem, saimos beneficiados e até nos esquecemos de agradecer a quem deu a cara por nós. Sejamos sinceros, enquanto contratados, pouco ou nada temos feito para alterar a nossa condição. Esta é a minha opinião e, por isso, não é suposto agradar a ninguém. Aceitem e manifestem-se sobre ela, mas não a critiquem com o único objectivo de mostrar que são melhores que "este" ou "aquele". Andreia M.
Os professores contratados estão fartos deste ministério, e dos anteriores. Estão fartos desta trapalhada que é o dia a dia, ano a ano na Educação. Estão fartos destes concursos de oferta de escola que são uma palhaçada, estão fartos porque não são compreendidos por aqueles que estão muito comodamente nos seus lugares de quadro, estão fartos da insegurança que têm todos os anos de não saber onde ficarão colocados, estão fartos de olhar para o lado e ver alguns que nada fazem que ganham mais, estão fartos de ver pessoal que pouco se importa com os alunos e com os seus resultados, estão fartos de sindicalistas imcompetentes...é a desilusão total.
ResponderEliminar"Onde Estão os Professores Contratados?"
ResponderEliminarPresumo que estão a tratar da sua "vidinha". E não é assim que tem de ser?
peço desculpa,incompetentes
ResponderEliminarOs professores contratados estão a fazer matrículas, turmas, inventários, relatórios disto e daquilo, correcção de exames, vigilâncias, etc. Agora pergunto: onde andam os professores do quadro? Algus não lhes ponho os olhos desde que acabaram as aulas. Estarão de férias? Nahhhhh
ResponderEliminarEu estou aqui... Sinto-me minimamente informada e não sabia destas iniciativas, portanto não saberia como participar nelas.
ResponderEliminarE gostava de poder colocar a questão, mesmo sabendo será que podia participar? É que há uma semana atrás liguei para o sindicato e disseram-me que não respondem a perguntas de não sócios, ora eu como uma não sócia também teria que ser uma não participante?
Se alguém me souber responder...
Eu quando quero usufruir de determinados serviços tenho que pagar: sócio do ginásio- se for sócio posso ir ao ginásio quando quiser , se não for sócio não, ou melhor , não posso ir ao ginásio só quando necessito de fazer uns exercícios físicos!
ResponderEliminarO professor contratado encontra-se precisamente no mesmo local onde se encontram os demais professores (QA, QZP, QEna, ex-Titulares e os “asteriscados”, ou não!).
ResponderEliminarO professor contratado, enquanto tal, faz ou já fez o mesmo trabalho dos restantes!
O professor contratado só o é porque neste "submundo da educação", paga-se ao "cabelo branco", nem que esse não tivesse formação inicial para a docência (quando não se tem cão caça-se com gato)!
E é assim uma carreira, em que todos fazem o mesmo e que a capacidade de ser um bom professor é “genética”, tal como outras maleitas, aparece com a idade, sendo desta forma (€) valorizada a sua qualidade!
Cá para mim o método de progressão na carreira docente foi plagiado à L´Oréal!
Um abraço.
Anónimo da 1:31,
ResponderEliminarE que tal pensar em ter o "ginásio" em casa e a custo zero, quer na aquisição, quer na manutenção!? Não?
Um abraço.
Bom dia, os professores contratados, se calhar ainda estão a trabalhar nas escolas, como eu por exemplo. Ainda não tivemos descanso.
ResponderEliminarRicardo, porque ainda não colocaste um post sobre a normativa que indicou às escolas que os contratados que se encontravam a substituir colegas acabavam os seus contratos agora, e não a 31 de Agosto, ficando 2 meses sem receber?
ResponderEliminarAs escolas estão a aplicar esta norma de diferentes formas. Nalgumas casos, à letra. Noutros casos, alegando que os docentes ainda estão a desempenhar trabalho na escola, logo não poderão cessar o contrato.
Além de corte de 2 meses de ordenado, a contagem de tempo de serviço e o posicionamento para concurso também vão ser afectados :-(((
Alguns Contratados têm toda a razão do mundo, enquanto que outros nunca estiveram com vontade de concorrerem para longe do local de residência e agora talvez seja tarde demais (estes concursos até 2011 tenderão a ser os últimos...)
ResponderEliminarOr outro lado, a Tutela está a impor às Direcções que os Contratados em regime de substituição (até 31 de Agosto)venham mais cedo para a rua, através da chamada antecipada do docente doente (nem que seja apenas por um dia), o contratado cessa funções imediatamente e a Tutela concede, a partir de after day, ao professor doente substituir a doença por férias!!!
Na Escola onde estou, existem cerca de 60 Professores Contratados que exercem funções em igualdade de condições aos dos restantes e só um foi à dita reunião (alguns residem na área do Porto) apesar de a maior parte não ter serviço na Escola nesse dia.
Não sendo Delegado Sindical, coloquei, a pedido dos dirigentes sindicais de Braga, na sala de professores 2 cartazes sobre as reuniões do SPN com os contratados (a realizar no Porto) e outros 2 sobre uma outra reunião do SPN com os restantes (no IPJ de Braga estiveram presentes cerca de 38 professores e cerca de 12 eram Contratados, mas nenhum da minha escola).
Se calhar os professores contratados estão no mesmo comprimento de onda que...
ResponderEliminarhttp://fjsantos.wordpress.com/2010/07/08/pensei-que-fosse-hoje-afinal-so-em-setembro/
E onde estão os contratados? Que resposta óbvia....a contar os trocos para sobrevivermos dois ou três meses ao desemprego!
ResponderEliminarSou contratado, não sindicalizado e por acaso tenho contrato até 31 de Agosto (muita sorte-1ªvez)!
E sinceramente não estou muito preocupado em ir a manifestações. Quando há 2 anos, nas mega manifestações me fui inscrever para participar na 1ª, tive como resposta que era muito injusto estar a ocupar um lugar no autocarro de quem pagava cotas...na altura estava desempregado e era injusto....agora não quero e não quererei saber...
Caros colegas acham que os sindicatos querem saber de nós? Balelas!....
Querem é cotas que devido ao grande número de reformas e poucas inscrições nos sindicatos vêm a sua vida a andar para trás!
Colega: Faz como eu, não te sindicalizes!...
Rui
Já cá volto com umas letras à séria!!
ResponderEliminar“Onde estão os professores contratados?”
ResponderEliminarÓ professores da minha terra (titulares, não titulares, quadros e molduras) já se inquiriram sobre onde estão os colegas contratados?
Sim…aqueles que passam um ano lectivo inteiro a trabalhar ao vosso lado (com sorte), aqueles que aparecem para substituir os vossos colegas na escola…sim, esses.
Já se perguntaram: onde estão?
Contratado: depois dos famosos *** na lista de graduação (ou, como gosto de chamar, “********asteriscamente encornados************”), agora… são os despedimentos em Junho.
E em Setembro, Outubro, Novembro, quiçá em Janeiro do próximo ano, a colocação… depois vê-se. Se não, deixa lá que o director escolhe a dedo. Uns para o desemprego e outros, aqueles que não têm direito ao mesmo, para casa. E bem calados, porque a temerosa avaliação do director traz o silêncio às escolas, nas DRE´s um silêncio ensurdecedor.
O colapso chegou. Ganhou o Zé com as suas Mega-vinganças e perderam os pais e alunos deste país, os professores e aqueles que estão para ser professores (se existem).
Viva a mediocridade.
Viva a Educação que ensina dentro das escolas a calar, comer e obedecer à bela maneira salazarista.
Aqui assina: “Um reles contratado”
“Um placebo de professor”
“Uma mera necessidade residual”
Um abraço aos profs contratados
ResponderEliminarEu não sou contrada e tenho ido todos os dias para escola preencher papeladas. fazer relatórios disto e daquilo. actas etc etc.Só a partir do dia 19 é que fico livre. Com vê colega anónimo, os não contratados também dão no duro, também já foram contratados, calcorrearam muito e andaram com a casa às costa muitas vezes.Não vale a pena atirar pedras às cegas.
Desejo-lhe a maior sorte do mundo.
Para Stora Carla Nunes: Se me enviares a "tal" normativa, poderei colocar um post. Para além deste comentário, já me chegaram 2 emails nesse sentido, no entanto, necessitava da referência normativa para poder procurar o documento e colocá-lo aqui.
ResponderEliminarRS: revejo-me nas suas palavras...Tem inteiramente razão!Votos de muita sorte para o próximo ano lectivo
ResponderEliminarPedras atiradas com telhados de vidro podem dar mau resultado...
ResponderEliminarPor acaso na minha escola eu, enquanto professor do quadro, já não vejo há vários dias muitos dos mais de 70 contratados da escola!!!
É que também há casos destes...
Aplica-se aqui o ditado de que "o traje não faz o monge", digo eu!
Caros colegas contratados,
ResponderEliminarSe se fizer um pequeno exercício usando a velha regra de "três-simples" provavelmente chegarão à conclusão que na maioria das escolas não há nenhuma persiguição aos contratados para definição das equipas de trabalhos necessárias nesta altura do ano. Na minha escola, que tem um número de contratados praticamente inexistente, as equipas (secretariado e agrupamento de exames, matrículas, turmas,...) são maioritariamente constituídas por professores do quadro.
Para além disso, uma boa parte dos actuais professores do quadro tem muitos anos e quilómetros de estrada nas pernas, dez anos no que me diz respeito, em que passei pelos distritos do Porto, Santarém, Beja, Viana do Castelo, Lisboa, RA da Madeira,...
Quanto ao facto de os professores contratados não serem compreendidos pelos prfessores do quadro "que estão comodamente nos seus lugares" (cómodo no meu caso significa a mil quilómetros de "casa"), lembro que, já por várias vezes, foi solicitado aos colegas contratados que elencassem aqui, objectivamente, as suas preocupações e as soluções que pretendem, bem como aquilo em que a nossa colaboração possa ser profíqua. Raramente acontece porque parece ser mais fácil agredir os pares. Trata-se de erro de mira terrível: OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela situação precária em que se encontram os colegas contratados; OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela desmobilização dos professores contratados. Parafraseando o autor do blogue: culpem o ME, culpem-se a si mesmos, procurem soluções, solicitem o apoio, definam estratégias de luta,..., mas não errem o alvo. Para quem não sabe, este blogue nasceu há uns exactamente da necessidade que o seu autor sentiu de, enquanto professor contratado, ser activo. A maioria de nós, professores do quadro que por aqui anda, "conhece-se" desde a altura em que não o éramos, daqui, do educare,... Portanto...
Caros colegas contratados,
ResponderEliminarSe se fizer um pequeno exercício usando a velha regra de "três-simples" provavelmente chegarão à conclusão que na maioria das escolas não há nenhuma persiguição aos contratados para definição das equipas de trabalhos necessárias nesta altura do ano. Na minha escola, que tem um número de contratados praticamente inexistente, as equipas (secretariado e agrupamento de exames, matrículas, turmas,...) são maioritariamente constituídas por professores do quadro.
Para além disso, uma boa parte dos actuais professores do quadro tem muitos anos e quilómetros de estrada nas pernas, dez anos no que me diz respeito, em que passei pelos distritos do Porto, Santarém, Beja, Viana do Castelo, Lisboa, RA da Madeira,...
Quanto ao facto de os professores contratados não serem compreendidos pelos prfessores do quadro "que estão comodamente nos seus lugares" (cómodo no meu caso significa a mil quilómetros de "casa"), lembro que, já por várias vezes, foi solicitado aos colegas contratados que elencassem aqui, objectivamente, as suas preocupações e as soluções que pretendem, bem como aquilo em que a nossa colaboração possa ser profíqua. Raramente acontece porque parece ser mais fácil agredir os pares. Trata-se de erro de mira terrível: OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela situação precária em que se encontram os colegas contratados; OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela desmobilização dos professores contratados. Parafraseando o autor do blogue: culpem o ME, culpem-se a si mesmos, procurem soluções, solicitem o apoio, definam estratégias de luta,..., mas não errem o alvo. Para quem não sabe, este blogue nasceu há uns exactamente da necessidade que o seu autor sentiu de, enquanto professor contratado, ser activo. A maioria de nós, professores do quadro que por aqui anda, "conhece-se" desde a altura em que não o éramos, daqui, do educare,... Portanto...
Caros colegas contratados,
ResponderEliminarSe se fizer um pequeno exercício usando a velha regra de "três-simples" provavelmente chegarão à conclusão que na maioria das escolas não há nenhuma persiguição aos contratados para definição das equipas de trabalhos necessárias nesta altura do ano. Na minha escola, que tem um número de contratados praticamente inexistente, as equipas (secretariado e agrupamento de exames, matrículas, turmas,...) são maioritariamente constituídas por professores do quadro.
Para além disso, uma boa parte dos actuais professores do quadro tem muitos anos e quilómetros de estrada nas pernas, dez anos no que me diz respeito, em que passei pelos distritos do Porto, Santarém, Beja, Viana do Castelo, Lisboa, RA da Madeira,...
Quanto ao facto de os professores contratados não serem compreendidos pelos prfessores do quadro "que estão comodamente nos seus lugares" (cómodo no meu caso significa a mil quilómetros de "casa"), lembro que, já por várias vezes, foi solicitado aos colegas contratados que elencassem aqui, objectivamente, as suas preocupações e as soluções que pretendem, bem como aquilo em que a nossa colaboração possa ser profíqua. Raramente acontece porque parece ser mais fácil agredir os pares. Trata-se de erro de mira terrível: OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela situação precária em que se encontram os colegas contratados; OS PROFESSORES DO QUADRO NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pela desmobilização dos professores contratados. Parafraseando o autor do blogue: culpem o ME, culpem-se a si mesmos, procurem soluções, solicitem o apoio, definam estratégias de luta,..., mas não errem o alvo. Para quem não sabe, este blogue nasceu há uns exactamente da necessidade que o seu autor sentiu de, enquanto professor contratado, ser activo. A maioria de nós, professores do quadro que por aqui anda, "conhece-se" desde a altura em que não o éramos, daqui, do educare,... Portanto...
Ao ler estes comentários, chego à conclusão que essa pergunta está muto bem feita. Porque apenas vi 3 comentários sobre a questão e um que pode ou não ser, dependendo do sentido em que foi feito.
ResponderEliminarOs outros comentários fogem à questão, mas a maneira como escolheram para fugir à questão ainda torna a questão mais relevante.
Assim, também eu faço a mesma pergunta, mas com um acrescento. Onde estão os professores, em especial os professores contratados.
Advogado,
ResponderEliminarOs comentários, não respondendo directamente à questão, dão respostas bastante claras sobre as características da classe docente enquanto não classe. Não sei sequer se se pode falar em professores ou professores contratados como se fossem uma massa uniforme, corporativa. Não somos corporativos. Ñunca o fomos e os fracassos dos últimos anos, os ataques do ME de dividir para reinar, a crise, têm sucessivamente cntribuído para fomentar o individualismo e o salve-se quem puder. Onde estão os professores? Estão cansados, desmobilizados, ocupados, estão a tentar chegar ao excelente ou a agredir quem tenta, estão passivamente à distância à espera que as soluções apareçam sem grande investimento pessoal ou a gritar sozinhos para os que esperam mirando de longe, estão à procura de um alvo que possam culpar pelo seu próprio insucesso e desmobilização, seja esse alvo os outros professores, os sindicatos, a crise de valores, o ME, mas raramente si próprios pela sua inércia ou pela falta de capacidade de se fazerem ouvir.
Se calhar a questão terá de ser reformulada: e agora professores?
C.Pires: Não olhe apenas para o seu umbigo e dos seus colegas do quadro. Dantes os professores sofriam é certo e passavam sacrificios por alguns anos porque sabiam que mais cedo ou mais tarde iriam entrar no quadro, ou seja, com sacrificios sabiam que viria a luz ao fundo do túnel (entrada no quadro). Neste momento os contratados fazem sacrificios, andam longe, e por vezes pagam para trabalhar, mas a grande diferença é que fazem isso tudo sem ver luz ao fundo do túnel. Aí reside a diferença. Dantes o sacrificio era compensado com um lugar no quadro, agora os sacrificio são eternos, ou seja, anos após ano sacrificam-se os colegas contratados mas nunca terão lugar no quadro.
ResponderEliminarC.Pires: Não olhe apenas para o seu umbigo e dos seus colegas do quadro. Dantes os professores sofriam é certo e passavam sacrificios por alguns anos porque sabiam que mais cedo ou mais tarde iriam entrar no quadro, ou seja, com sacrificios sabiam que viria a luz ao fundo do túnel (entrada no quadro). Neste momento os contratados fazem sacrificios, andam longe, e por vezes pagam para trabalhar, mas a grande diferença é que fazem isso tudo sem ver luz ao fundo do túnel. Aí reside a diferença. Dantes o sacrificio era compensado com um lugar no quadro, agora os sacrificio são eternos, ou seja, anos após ano sacrificam-se os colegas contratados mas nunca terão lugar no quadro.
ResponderEliminarÚltimo Anónimo,
ResponderEliminarNão sabe do que fala. Não sabe mesmo, mas eu não estou com paciência para lhe dizer como eram as coisas no grupo de filosofia antes do aumento de horas da última reforma curricular e no tempo dos mini-concursos (perdi 2 anos de serviço em 10, estando disposta a ir para qualquer escola do país); também não estou com paciência para lhe explicar como estaria caso não tivesse não tivesse decidido vir trabalhar para a RAM e o tamanho do sacrifício que representa estar a mil quilómetros dos nossos ao fim de 14 anos de ensino. A situação actual dos contratados não é pêra doce, mas não faça juízos de valor sobre realidades que não conheceu e que não conhece. E ao menos identifique-se que gosto pouco de responder a internautas cobardes.
Sabe, Anónimo, houve um tempo em que a maioria dos professores contratados tinha de passar por uma forma injusta de concurso que se chamava mini-concurso; houve um tempo em que os professores contratados quando ficavam desempregados não tinham subsídio de desemprego nem qualquer ajuda social; houve um tempo em que os professores contratados entravam ao serviço, na melhor das hipóteses, em Outubro e nenhum de nós recebia Setembro... Pois, mas isso foi no outro milénio... Eu sei bem o que é ser professor contratado. Faça alguma coisa por si mesmo e encontre o alvo certo que não sou eu nem os professores do quadro.
ResponderEliminarC.Pires: Podes nao ser o alvo certo mas será o alvo de muitos professores do quadro que continuam a achar que os professores contratados são de segunda categoria... Quanto a sua situação , lamento mas sei perfeitamento o que é estar longe (RAM). Cobardia?!? Não vejo onde. Serei eu o unico a usar o anonimato?
ResponderEliminarC.Pires: Podes nao ser o alvo certo mas será o alvo de muitos professores do quadro que continuam a achar que os professores contratados são de segunda categoria... Quanto a sua situação , lamento mas sei perfeitamento o que é estar longe (RAM). Cobardia?!? Não vejo onde. Serei eu o unico a usar o anonimato?
ResponderEliminarAnónimo,
ResponderEliminarFaça alguma coisa por si mesmo e pelos seus pares. É tempo de quem se vitimiza ser, no mínimo, autocrítico.
Quanto à cobardia do anonimato, o argumento dos outros também fazem (que lembra aquele outro que a idade já não desculpa: sou eu o único que estou a falar?) não iliba ninguém; ainda que todos matem continua a ser homicida aquele que mata, sabe?
Colegas como o Anónimo respondem claramente à questão colocada no post e mostram ad exaustão por que razão não havemos de chegar a lado nenhum enquanto classe e por que razão há tanta gente fora do ensino que nos acha uma corja de imbecis.
Ponto final para conversas com gente cobarde que atira granadas de cara escondida.
Para descontrair…
ResponderEliminarJá pertenci ao quadro de uma escola privada e ao fim de uns anos saí, a meio do 1º período, para o desemprego, por minha iniciativa!
Por experiência própria posso afirmar que o professor do quadro é exactamente igual ao professor contratado! Lamento é o facto de ser muitas vezes confundido com um professor do quadro! Vá se lá saber o porquê! Estereótipos sociais!? Só pode! Não gosto! Não gosto, nem de ser confundido nem dos estereótipos sociais!
Se um professor contratado ingressar na carreira, será que tem uma metamorfose “profissiono-social” na noite de 31 de Agosto?
Deixem-me ser o que sou!
Já agora, não percam tempo à procura do contexto ideal para a felicidade, ou para o profissionalismo, porque para o primeiro, alguém há-de dar fé que já morreram e para o segundo, vocês “mesmo” vão dar fé que já estão reformados!
Portanto, sejam felizes e profissionais, e se não for pedir muito, juntem ambos e sejam uns profissionais felizes!
Um abraço.
É engraçado... Sou QE há 4 anos... Toda a gente continua a achar que eu sou contratado... :D
ResponderEliminarPorque será?!
Bom dia!
ResponderEliminarParece-me que se anda a perder algum tempo com agressões que estão a ser disparadas para o lado errado, em vez de estarem a ir para cima estão a ir para o lado.
Sou contratada, e dou aulas no ensino oficial desde há 5 anos. Pela minha experiência, contratados, QZP's, QE's.... sempre trabalharam de igual forma, independentemente da categoria. Nunca notei que houvesse discriminação sequer na distribuição de serviço. Não encontro justificação nos colegas dos quadros para a situação actual dos contratados. O único grupo responsável é o Ministério da Educação. Quem está nos quadros também já foi contratado, e com bem piores condições, pelo que colegas me contam.
Portanto vamos lá ser mais unidos e simpáticos, e atingir os alvos certos.
Ah, e o que ando a fazer? Basicamente vou à escola passear a roupa, pq estive como prof de apoio e nesta altura não tenho muito que fazer. Se vou todos os dias? Não, nem eu, nem ninguém...
O resto de um bom fim-de-semana.
Sónia B.
Sónia B.,
ResponderEliminarEnsino oficial! Público ou particular?
Um abraço.
Mais valias (actuais) de um professor contratado (com horário completo):
ResponderEliminar- Maior facilidade em trocar de estabelecimento de ensino;
- Pode acumular funções no ensino público;
- Escalão de IRS (generalidade de descontos inferior);
Menos valias de um professor contratado:
- Vencimento;
- Perspectiva de uma reforma mais baixa;
- Em cargos da Direcção não pode passar de Assessor.
"Pau de dois bicos":
- Estabilidade no lugar (a longo prazo);
- O “anonimato”.
Agora, nem todas as balanças tendem para o mesmo lado, daí haver uma grande heterogeneidade quer de professores contratados, quer de professores do quadro, isto sem falar de profissionalismo e do critério distância!
Um abraço.
P.S. Há com certeza outras valias, das quais, de momento, não me lembro e diferentes pontos de vista entre o que é mais e menos valia.
F.D
ResponderEliminar"Se um professor contratado ingressar na carreira, será que tem uma metamorfose “profissiono-social” na noite de 31 de Agosto?"
Alguns tem uma metamorfose "profissional-psicológica". O "choradinho" inverte-se e quem critica passa a criticar.
Oh FD, admiro a tua perspectiva optimista, a sério que a admiro e respeito bastante. Já agora, o escalão de IRS é (infelizmente) mais baixo, exactamente pelo prejuízo do vencimento e pelo facto de os professores contratados estarem fora da carreira.
ResponderEliminarAcho que aquilo que nos separa não são as categorias. Do ponto de vista profissional, um professor de facto, qualquer um, é um professor de direito, sendo que aquilo que distingue os professores contratados dos professores do quadro não é um conjunto de critérios profissionais, mas uma diferença imposta externamente por critérios economicistas.
Fico sempre muito irritada quando os professores contratados se viram contra os professores do quadro como se estes fossem culpados do que quer que seja. Grande parte da minha vida profissional foi-o como contratada e respeito muito todos os professores contratados, independentemente das razões que os levam a estar ainda nessa condição. Os amigos que tenho no ensino (eis uma grande vantagem que vejo no meu tempo de contratação, os amigos que fiz, alguns desde os primeiros mini-concursos a que fui e outros das escolas por onde fui pasasndo) passaram também muito tempo nessa condição, principalmente os das humanidades.
Acho que tendemos todos, na nossa frustração, a escolher os alvos errados. Eu às vezes também uso os sindicatos um pouco como saco de boxe, por exemplo,... Se os colegas contratados pensarem, os professores do quadro têm todo o interesse, mesmo considerando apenas a sua própria situação, em que se abram vagas já que isso vai possibilitar a mobilidade. Portanto...
C. Pires,
ResponderEliminarPerspectiva optimista? Talvez!
Mas porque é que a nossa ambição tem que turvar a clareza do momento que estamos a viver?
Eu diria antes uma visão pragmática!
Não há pontos positivos em ser contratado? Há! Então para que é que vamos valorizar os não positivos? E se nunca entrarmos para o quadro? Vamos passar uma vida numa profissão com um augúrio inatingível?
No contexto de professor do quadro, sentia que, estavam implícitos determinados desafios, assim como no contexto de professor contratado, sinto que, estão implícitos outros desafios. Melhores ou piores? Diferentes! Diferentes, mas ambos com o sentido da essência de ser professor. E isso é que eu acho optimista!
Assim como nunca me senti “especial” enquanto professor do quadro, agora também, lamento, mas não consigo sentir-me pessimista!
Um abraço.
FFD
ResponderEliminarO optimismo é uma virtude ;), dá-nos ganas de seguir em frente. Não tens o que lamentar. Eu também acho que há vantagens comparativas em ser-se contratado e desvantagens em pertencer-se ao quadro e vice-versa. E a prova disso é que face ao logro que foi o último concurso diversos professores por aqui resolveram abdicar do vínculo na RAM e fazer as malas para o Continente. Repito que respeito e admiro a tua perspectiva optimista. Vou procurar guardar a lição para quando a hipótese de para sempre amarrada ao rochedo do Atlãntico me parecer tempo demais ;).
Olha, há outras vantagens bastante interessantes que guardo dos tempos de contratada. As colocações cada ano numa escola diferente pelo país fora ajudaram-me a conhecer e a explorar sítios fantásticos. Por exemplo, uma coisa é ter um ano inteiro para conhecer o Minho como eu tive, outra bem menos plena é passar por lá meia dúzia de dias de férias. Claro que isto tem os seus preços na vida privada, mas creio que esta diversidade de lugares por onde passei me enriqueceu como professora e como ser humano.
Tudo de bom.
Não sei até que ponto os colegas contratados têm noção do vazio que deixam nas escolas por onde passam, das saudades que deixam nos alunos e colegas e do quanto muitos deles são recordados posteriormente, por uns e por outros...
ResponderEliminarNão sei se terão noção da frustração que é, para quem está no quadro, ter colegas com um desempenho profissional excelente, com os quais dá gosto trabalhar, mas que não ficam mais do que um ano lectivo...
Ver que muitos desses colegas gostariam de ser pais e mães e não o fazem porque andam de terra em terra;
Ver o seu esforço contínuo e o seu recomeçar constante...
Ai, se estivesse nas minhas mãos integrar uma série de contratados no Quadro do meu Agrupamento!...
Carla,
ResponderEliminarTambém andei por Santo André nos meus tempos de nómada ;). Foi outro ano fantástico. Ainda mantenho contacto com vários alunos e colegas dessa altura. O que mais guardo da vila de Santo André? Teatro, bom teatro graças ao Mário, e uma praia fantástica. Tudo de bom para vocês.
Carla,
ResponderEliminarSanto André, mas padre António Macedo. Quanto ao teatro refiro-me ao Gato e aos festivais anuais.
... a correr o país... e a preencher o Registo Biográfico linha por linha!
ResponderEliminar:)
Olá. Sou professora contratada, como muitos que passam por aqui. Concordo numa coisa: os professores do quadro não têm culpa de nada e, muito embora algumas lutas não serem directamente dirigidas a eles, sinto que nos apoiam e orientam nas nossas lutas. Acho que não ganhamos nada em criticar os colegas, sejam eles contratados ou do quadro. A questão: "onde andam os contratados" é de todo bem colocada. Há colegas que dizem que estão a trabalhar que nem escravos, que estão cansados e desmoralizados... aparece todo o tipo de justificações! Mas na realidade, e falo também por mim, estamos todos à espera que alguém faça alguma coisa por nós. É mentalidade do povo português responsabilizar os outros e esperar que eles façam as coisas por nós. E porquê? Porque se correr mal, caimos todos em cima com criticas e manifestações de desagrado; se por outro lado, correr bem, saimos beneficiados e até nos esquecemos de agradecer a quem deu a cara por nós. Sejamos sinceros, enquanto contratados, pouco ou nada temos feito para alterar a nossa condição. Esta é a minha opinião e, por isso, não é suposto agradar a ninguém. Aceitem e manifestem-se sobre ela, mas não a critiquem com o único objectivo de mostrar que são melhores que "este" ou "aquele".
ResponderEliminarAndreia M.