quinta-feira, 24 de junho de 2010

Conspiração ou padrões, anomalias e coincidências? - Parte II.

Outro elemento do giga plano são os mega-agrupamentos.

Mais uma vez, não me parece que tal plano tenha existido. Parece-me que são uma consequência da mudança que ocorreu no dia 9 de Maio, quando Teixeira dos Santos passou a ser o Ministro da Finanças da Chanceler Angela Merkel e do acordo entre o Sócrates e Passos Coelho. O que estamos a assistir é parte da nossa cota parte na redução das despesas. Neste sector a forma mais rápida de reduzir custos é cortar no pessoal. E estes mega-agrupamentos são óptima forma de reduzir custos, quer a curto, quer a médio prazo.

A curto prazo, o corte será feito, essencialmente, no que diz respeito aos professores, nos suplementos dos directores e subdirectores e adjuntos que desaparecem, e nos contratados que, directa ou indirectamente, ocupavam as horas dos elementos das Direcções desaparecidas. E chamo a atenção para o indirectamente. Porque com os horários zero que podem surgir, e consequentes DACL, os efeitos num agrupamento podem fazer-se sentir noutros argumentos, devido ao efeito de bola de neve.

Pelos vistos muitos colegas não pensaram nisto. Estão tão satisfeitos com a vingançazinha que podem, eventualmente, ter com o que pode, eventualmente, acontecer com os directores, que não pensaram que podem ser os mais prejudicados com estas medidas. Porque ninguém sabe o que vai acontecer, o que significa que pode não acontecer nada aos vossos directores.

E no final vão aparecer com o choradinho do costume, a culpabilizar os suspeitos do costume.

Advogado do Diabo

5 comentários:

  1. Se nada disto foi planificado, se não existe nenhum plano, nenhuma linha de rumo, então porque acontece?
    Será que acontece sem ser planificado, de modo avulso e imponderado?
    Pior do que existir um plano, é não existir plano nenhum!
    Lá está, é assim, que associado à Selecção surge o conceito de "políticos navegadores"!
    Um abraço.

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  2. FD
    Neste caso dos mega-agrupamentos, como explico, é de modo avulso e imponderado, tal como o encerramento das escolas com menos de 21 alunos. Objectivo é cortar despesas. O máximo e mais rapidamente possível.
    E não é só na educação. Não viu as noticias, há uns dias, dos cortes no INEM?

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  3. Advogado,
    Isso e muito mais já eu tinha entendido, porque realmente não dá para entender de outra forma, sobretudo quando não há uma linha de rumo e os seres humanos que ocupam lugares de governação ou são, ou ficam medíocres com o "poderzinho". Mas para falarmos de pessoas que ficam medíocres com o "poderzinho" não será necessário subir nada na hierarquia!
    Por exemplo na nossa classe: alguns professores (para não dizer muitos) esquecem que já foram alunos e usam o "poderzinho" em modos que não são comentáveis!
    Mais simples ainda: quem está por detrás de qualquer serviço (público por exemplo) imagina-se com um poder desmedido só por ser intermediário de um qualquer “papel”! Papel? Qual papel? O papel!!!
    Mas então porque é que são este tipo de pessoas que estão nesses lugares? Pergunta de muito simples resposta! Na hora de votar, escolher, ou nomear é mais fácil decidir por alguém que sabem que se precisarem podem “pedir uma ajudinha”, do que optar por alguém que sabem que os tratará de forma “neutral”!
    Um abraço.

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  4. A pergunta que eu coloco e, creio, assola muitos dos colegas neste momento, é a disparidade que se assiste nos diferentes concelhos, distritos e DREs do país, é:
    - é possível que megaagrupamentos sejam criados já este ano, enquanto outros concelhos, por lobbies vários ou municípios que não se revejam nesta política, vejam esta decisão adiada um ano, num claro exemplo de disparidade ou dois pesos, duas medidas?

    El Greco

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  5. Se não fosse planificado não constava em legislação de 2008.

    cumps

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