No Jornal de Notícias a 23/03/2010: "A Fenprof vai convocar uma manifestação pela vinculação de professores contratados. O próximo concurso nacional de afectação será em 2011 e a Federação pretende que, no mínimo, o Governo cumpra a regra de que por cada dois docentes reformados entre um nos quadros.
“Na pior das hipóteses queremos que o Governo aplique o que diz e não faz porque mente. É uma vergonha”, defende ao JN o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof).
Em Abril, a Federação vai lançar uma campanha, através de folhetos, que defende a vinculação dos docentes contratados; e no Congresso, marcado para 23 e 24 desse mês, em Montemor-o-Novo, aprovará a data do protesto, que Mário Nogueira deseja que seja “grande, com muitos milhares de professores”.
A Fenprof fez as contas e entre 2007 e 2009 reformaram-se 13.053 docentes; e no último concurso nacional, em 2009, entraram nos quadros 396 docentes – ou seja, ingressou um nos quadros por cada 36 reformados. Até Abril de 2010 serão mais 1.106 professores a retirarem-se do activo. “Se a média se mantiver”, no final do ano, o número de docentes aposentados ultrapassará os 17 mil, o que poderia representar, se o Ministério da Educação (ME) cumprir a regra de Teixeira dos Santos, mais de 8.500 vagas nos quadros.
De acordo com dados do ME há nas escolas 23 mil docentes contratados (mais de 15 mil de Setembro a Agosto) e quase outros tantos nas Actividades de Enriquecimento Curricular, perfazendo um total que pode ultrapassar os 40 mil."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
“Na pior das hipóteses queremos que o Governo aplique o que diz e não faz porque mente. É uma vergonha”, defende ao JN o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof).
Em Abril, a Federação vai lançar uma campanha, através de folhetos, que defende a vinculação dos docentes contratados; e no Congresso, marcado para 23 e 24 desse mês, em Montemor-o-Novo, aprovará a data do protesto, que Mário Nogueira deseja que seja “grande, com muitos milhares de professores”.
A Fenprof fez as contas e entre 2007 e 2009 reformaram-se 13.053 docentes; e no último concurso nacional, em 2009, entraram nos quadros 396 docentes – ou seja, ingressou um nos quadros por cada 36 reformados. Até Abril de 2010 serão mais 1.106 professores a retirarem-se do activo. “Se a média se mantiver”, no final do ano, o número de docentes aposentados ultrapassará os 17 mil, o que poderia representar, se o Ministério da Educação (ME) cumprir a regra de Teixeira dos Santos, mais de 8.500 vagas nos quadros.
De acordo com dados do ME há nas escolas 23 mil docentes contratados (mais de 15 mil de Setembro a Agosto) e quase outros tantos nas Actividades de Enriquecimento Curricular, perfazendo um total que pode ultrapassar os 40 mil."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
Comentário: Este artigo vale mais pelos números que apresenta que propriamente pelo anúncio de uma eventual manifestação pelos colegas contratados. Não posso afirmar que a FENPROF nunca fez nada pelos colegas contratados, mas considero que o que tem vindo a ser feito é notoriamente pouco (basta ler as últimas propostas de ECD e o acordo assinado em Janeiro deste ano). Mas o problema da precariedade dos colegas contratados não pode ser exclusivamente imputada aos sindicatos e ao governo. Existe uma certa falta de união e mobilização por parte dos colegas contratados que não permite qualquer tipo de pressão realmente eficaz sobre quem nos representa ou sobre quem nos paga. E até certo ponto, eu compreendo os motivos...
Já nos meus tempos de contratado achava essencial a criação de um qualquer movimento ou associação que realmente defendesse os interesses dos colegas contratados. Nunca consegui fazer com que a minha ideia singrasse (os males da interioridade transmontana) e ao fim de alguns anos desisti de discutir isso com outros colegas. Era realmente ingénuo... Adiante. Os sindicatos por mais bem intencionados que sejam, trabalham maioritariamente para assegurar outros interesses (sejamos verdadeiros), que não passam frequentemente pela consideração pelos "precários" da classe. Querem fazer uma manifestação?! Força... Mas receio que a adesão será diminuta.
Já nos meus tempos de contratado achava essencial a criação de um qualquer movimento ou associação que realmente defendesse os interesses dos colegas contratados. Nunca consegui fazer com que a minha ideia singrasse (os males da interioridade transmontana) e ao fim de alguns anos desisti de discutir isso com outros colegas. Era realmente ingénuo... Adiante. Os sindicatos por mais bem intencionados que sejam, trabalham maioritariamente para assegurar outros interesses (sejamos verdadeiros), que não passam frequentemente pela consideração pelos "precários" da classe. Querem fazer uma manifestação?! Força... Mas receio que a adesão será diminuta.
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Marquem e eu estarei lá.
ResponderEliminaristo é uma vergonha...nunca foi assim...
ResponderEliminarum professor quando começa a tra balhar devia incluir-se na carreira,chamem-lhe contratado ou agregado ,como antigamente...
os direitos dos professores defendem-se em conjunto.
não querem divisões entre titulares e professores...mas,não lhe dá mossa a divisão entre contratados e professores.
aí reside a maldade contra os jovens professores;
ganham bem ,fazem greve e depois comem o quê?
se o número de contratados é assim tão grande,não se compreende porque não lhe possibilitam efectivação ou vinculação...
ResponderEliminargostam muito de mudar de termos...para baralhar...
falta de dinheiro...vejo-os bem montados e cargos bem remunerados nunca existiram tantos...
anda muita gente a olhar para o seu umbigo e depois esquecem as colocações por 4 anos os concursos vinculação...mudam,mudam...e aguentam o tacho.
Com tantas designações de sindicatos, em que algumas delas, já não fazem sentido e outras que convergem, quase, na totalidade, não será por os contratados não puderem ser destacados de coisa nenhuma, que não existe qualquer sindicato específico ou um que os defenda verdadeiramente, sem qualquer jogada inerente?
ResponderEliminarUm abraço.
P.S. Eu sei que a pergunta é extensa mas as dos referendos também o foram!
Para uma melhor compreensão pensem nos seguintes sinónimos “sociais”: Interesses e Tachos!
sim ,esta é sociedade...
ResponderEliminarvivemos de jogadas...
muda coisa é urgente mudar no M.E....enquanto dura ,aguenta e chora...aquele que escolheu ser PROFESSOR.
A realidade é que os sindicatos nunca se preocuparam realmente com os sindicatos... é verdade que de vez em quando dizem algumas frases feitas mas sem verdadeira convicção.
ResponderEliminarO ME preocupa-se menos ainda connosco... basta para isso ver o número de vezes que aparecemos na legislação.
Acredito que os sindicatos vão passar a tomar mais alguma atenção aos contratados, pela simples razão que com a corrida às aposentações os sindicatos precisam de mais associados... o que vai começar a ser escasso, caso mantenham a postura que tiveram até agora!
Sou contratado há DEZANOVE anos. Assinei DEZANOVE contartos com o ME. Os últimos SETE na mesma escola. Isto é uma vergonha. Só não vê isto quem não quer e o maior cego é o que não quer ver.
ResponderEliminarOs sindicatos não estão interessados em ver este problema resolvido. A petição que vai ser discutida na Assembleia da República no dia 8 de Abril tem o apoio dos Sindicatos? Porque é que não tem?
Dez anos de contrato não são excessivos? O governo quer a EXPLORAÇÃO dos professores? Quanto poupa comigo todos os meses? É facil fazer as contas, basta subtrair o valor do indice 151 com aquele onde está um professor com 19 anos de serviço.
Quem afirmar o contrário do que dizes não está consciente da triste realidade, infelizmente.
ResponderEliminarÉ efectivamente uma vergonha que, no último concurso, tenham entrado para o quadro apenas cerca de 4 centenas de docentes, sendo que metade destes entraram para o mesmo grupo.
ResponderEliminarSerá de facto uma vergonha se, no concurso do próximo ano, não forem a concurso números reais de vagas.
Porém, colocar o assunto nos termos em que a Fenprof aqui o coloca é, do meu ponto de vista, no mínimo, demagógico e desonesto.
Primeiro, todos sabemos (ou deveríamos saber) que não existe uma relação directamente proporcional entre reformas e vagas, até porque muitos dos colegas que se reformaram estavam há bastante tempo com reduções substanciais da componente lectiva ou, inclusivamente, sem qualquer componente lectiva.
Segundo, a regra "saem 2, entra 1" não se aplica, felizmente, à carreira dos professores e seria muito bom que os sindicatos não dessem ideias, até porque acabar com a carreira especial dos professores, pelos vistos, está nos horizontes deste Governo e a regra, aplicável ao regime geral da Função Pública, de acordo com o PEC, terá uma formulação diferente: "saem 3, entra 1".
Que tal os sindicatos começarem a questionar o fim dos QZPs e a obrigatoriedade destes concorrerem a todas as vagas dos seus quadros? Que tal os sindicatos apresentarem estudos credíveis de necessidades permanentes?
Há professores contratados há 10 e 15 anos que não entraram em 2006 porque não quiserasm sair de ao pé de casa. É legítimo. Mas não é legítimo ouvi-los dizer: os sindicatos não fazem nada por mim porque não lutam por vagas ao pé de minha casa.
ResponderEliminarConcordo que muita gente limita-se a concorrer para perto de casa e depois vem chorar que nao consegui ficar nos quadros.
ResponderEliminarQuanto à união dos professores contratados eu nao acho que nao sejam solidários, antes pelo contrario. Apenas acho que quando se trata de fazer grandes manifestações e greves, eles até aderem para muitas vezes defender interesses que dizem mais directamente respeito aos colegas que estão nos quadros. Ora o mesmo nao sucede quando se trata de assuntos relacionados com os professores contratados em que os colegas vinculados nao lutam nem estão do lado dos contrados para os defender em certas matérias como esta.
ResponderEliminarBoa Tarde,
ResponderEliminarAtenção que, tal como disse um colega, para a classe docente não se pode aplicar a regra de 2 para 1
Para abrir um quadro de agrupamento têm de, na mesma escola, reformar-se, pelo menos quatro professores e do mesmo grupo disciplinar devido à carga horária lectiva reduzida que tem um professor em final de carreira.
Pois é, colegas, há quem tenha razão, há quem não tenha. Eu sou professora contratada há 15 anos e no último conurso(o ano passado)concorri a nível nacional para me vincular, acontece que o governo não abriu um única vaga para o meu curso, como tal, não entrei para os quadros, enquanto não entrar o meu vencimento não passa do índice 151 e todos os anos é um sofrimento porque nunca sei se fico colocada.Vamos ver se para o próximo ano o ministério abre vagas.
ResponderEliminarSim, eu também concorri a nível nacional para vincular, mas o governo troco-nos as voltas. Mas há aqui muitos colegas que se limitam a fazer um concurso muito limitado, junto da sua área de residência mas que depois são aqueles que mais se revoltam por nao terem entrado. Sejamos realistas...
ResponderEliminarViram a notícia (penso que no DN) sobre a falta de professores?
ResponderEliminarQuando esta situação se agravar, vamos passar a ter contratados pagos a peso de ouro...
não seja ingénuo, porque quando não tiverem professores,tudo serve...
ResponderEliminaros concursos existem para cada um escolher o que se ajusta á vida de cada um...sempre foi assim ;
a vida não é igual para todos...
A notícia referida pelo Anónimo das 8:11 está aqui: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1526535
ResponderEliminarEntretanto encontrei também na RTP o mesmo tema. Aqui: http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Reformas-estao-a-provocar-falta-de-professores-nas-escolas.rtp&article=330387&visual=3&layout=10&tm=8
Mais uma vez o Mário Nogueira a dar um tiro nos pés e dar ideias ao Ministério (desculpem, mas chega a irritar; onde é que se pretende chegar com isto???): "A Fenprof exige apenas que aos professores se aplique a regra da entrada de um professor nos quadros pela saída de dois"
*e a dar
ResponderEliminarInfelizmente no dia em que faltarem professores, tudo servirá para leccionar.
ResponderEliminarDeixo apenas o exemplo de dois grupos: matemática e informática.
Eu, (in)felizmente sou profissionalizado nos dois, com duas licenciaturas e dois estágios pedagógicos e sei perfeitamente do que falo!
Em matemática chegava-se ao cúmulo de um professor de capoeira ou um cavaleiro do exército poder leccionar a disciplina. Depois de pessoal devidamente formado e a sair das Universidades já não existiam vagas pois tinham sido ocupadas por todos os outros. Hoje ninguém quer esse curso e daqui a uns 10 anos estamos com o mesmo problema pois quem se formou na área e não conseguiu um emprego mesmo que precário começou a procurar um outro rumo e não voltará.
Em informática qualquer engenharia serve (se falarmos em eng informática tudo bem, mas se falarmos em eng do ambiente ou de madeiras....)!
Depois o ensino está mal e os professores não prestam!
Infelizmente é o ensino que temos e que muitas vezes merecemos.
Concordo plenamente consigo colega João. Disse uma grande verdade!
ResponderEliminarJoão:
ResponderEliminarPara não falar das "especializações", "reconversões" miraculosas para o grupo dessa coisa estranha que se chama "TIC" onde deambulam toda a espécie de pseudo doutos no Processador de Texto e no PowerPoint e afins. Como se as competências de informática se resumissem a tais ferramentas!
Informática vai muito além da disciplina de TIC. O facto de ser mal leccionada quando existia no 10º ano fez com que se abandonasse essa ideia e depois como rebuçado colocaram-na no 8º. Quem estava à frente do CRIE na altura sabia muito bem como funcionava TIC no 10º ano e não fazia sentido uma disciplina com os objectivos muito práticos ter professores que leccionavam a introdução ao computador e afins durante um período o que significava um período sem os miúdos mexerem nos computadores (e mesmo sendo mau para mim em termos de horários concordo plenamente com a justificação).
ResponderEliminarUm dos grandes problemas é que muitos contratados são pessoas com outros trabalhos ou então servem de pau para toda a colher não querendo muitas vezes piorar a sua situação já precária numa escola. E 100% de acordo com a Elisabeth quando refere "que os colegas vinculados nao lutam nem estão do lado dos contrados para os defender em certas matérias como esta".
E esperem para ver como serão estes concursos e já agora se existem mais alguns. Infelizmente já escrevi que os concursos como os conhecemos estão para acabar. Julgo que não vamos esperar muito mais tempo para que isso seja uma realidade até porque PS e PSD, assim como CNE, Consselho de escolas e os gurus do eduquês e afins são favoráveis à contratação pelas escolas e autarquias. Até era bom, caso a nossa cultura fosse nórdica. Como não é....
Mas vejam com atenção isto http://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=95&doc=4620 e isto http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=95&doc=4621&mid=115#vid1 e retirem as vossas conclusões. Eu já tirei as minhas infelizmente.
Como o entendo @joão e concordo.
ResponderEliminarApenas uma correcção, a disciplina de TIC não foi para o 8º ano. Houve sim orientações para que a disciplina de Área Projecto do 8º ano fosse, preferencialmente, leccionada por professores do grupo de Informática.
João, obrigada pelos links.
ResponderEliminarIsto do Mário Nogueira a dar-lhe com o «saem dois entra um» começa mesmo a enervar-me...
Primeiro, a regra «saem dois entra um» não é aplicável, FELIZMENTE, ao regime especial da carreira docente.
Segundo, a regra «saem dois entra um» vai passar a ser «saem três entra um».
Terceiro, a regra do regime geral «saem dois entra um» é extensível às contratações, refere-se às contratações, não havendo qualquer vantagem em poder ser estendida aos professores.
Quarto, os professores NÃO TERÃO QUALQUER VANTAGEM em ver esta regra estendida ao seu regime especial, nem ela é exequível no contexto da determinação de vagas, sequer como orientação.
Abraços para todos. Boa recta final.
João, obrigada pelos links.
ResponderEliminarIsto do Mário Nogueira a dar-lhe com a regra «saem dois entra um» começa mesmo a enervar-ve..., até porque a regra, tal como existe, é extensível às contratações do regime geral e não vejo qualquer vantagem em vê-la alargada aos professores (para além de não ser nem desejável, nem exequível se aplicada à determinação de vagas para concurso de docentes). Com sindicatos destes não precisamos de governos a querer acabar com a carreira especial dos professores...
Abraços para todos.
P.S.: Ricardo, estou com dificuldades em publicar os comentários (inicialmente não aparecem e eu fico sem saber se seguiram ou não), daí a "quase" repetição no conteúdo dos mesmos. Peço desculpa.
ResponderEliminar*enervar-me
ResponderEliminarEu lá estarei!
ResponderEliminarRicardo,concordo em absoluto consigo.
ResponderEliminarParece-me que este súbito interesse do sindicato pelos contratados, precisamente neste momento, não é inocente. É do conhecimento geral que, no dia 8 de Abril se vai discutir uma petição sobre a vinculação dos professores contratados.
Mais uma vez surge o receio de posições serem tomadas sem serem ouvidos os sindicatos. Tal como aconteceu com a manifestação de professores marcada por organizações não sindicais para 15 de Novembro de 2008 e que os sindicatos anteciparam para desmobilizar tal iniciativa. Estão lembrados?
Sou sindicalizada há anos, mas tenho dúvidas se vou continuar por muito mais tempo. Estou farta.
não deixo aqui nada de novo. sou contratado do grupo 300 desde 94/95. falta sensibilidade social e até política a esta gente: sindicatos e ministério. aos primeiros porque olham, primeiramente, para os professores do quadro, numa lógica corporativa compreensível mas, como disse, insensível para os colegas de menor peso ("você é colega ou contratado", perguntava muito boa gente...); o segundo porque bastava iniciar um qualquer processo de negociação com os sindicatos exigindo que, em primeiro lugar, se resolvesse a situação dos professores com vários anos de serviço e que ainda não estão nos quadros. como ficariam os sindicatos perante a opinião pública? continuariam depois a exigir não sei o quê para o escalão último ou penúltimo?
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