sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

E a propósito dos tais 40 anos no máximo...

Recebi este email hoje à tarde e pela sua pertinência, optei por publicá-lo aqui (obviamente com a autorização do colega que o redigiu). Ou somos nós que estamos a fazer mal as contas ou ontem o cansaço levou a que os senhores sindicalistas se enganassem nas teclas da calculadora (ou então era das solares e como já era noite e tal...). Leiam e vejam lá se algo não bate certo no discurso sindical.

Nota: Os negritos são de minha autoria.

"Olá Ricardo!

Envio-te este email onde apresento a minha opinião sobre o acordo estabelecido ente ME e sindicatos. Deixo também uma questão, que penso eu que seja pertinente. Sobre o assunto existe ainda muito a explicar e ainda não li qualquer comentário na blogosfera sobre este ponto.

Devido a uma sexta-feira bastante ocupada, só agora tive algum tempo para analisar (superficialmente) o acordo estabelecido hoje de madrugada entre o ME e os Sindicatos.

Esperei ontem até esse anúncio, ouvi a Sr. Ministra e os Sindicatos com bastante atenção, mas não pude tirar qualquer conclusão.

Após uma breve análise penso que há ganhos e perdas neste acordo (como em qualquer tipo de negociação). Quem ganha mais e quem perde mais? Só o tempo o dirá…

No entanto existe algo que eu ainda não entendi. A Sr. Ministra e os sindicatos afirmaram que todos os professores com Bom chegariam ao topo da carreira. Podem é demorar mais ou menos tempo, mas ao fim de 40 anos todos atingiriam o topo. Esta situação a mim parece-me impossível de acontecer uma vez que na transição entre modelos todos os professores serão integrados no escalão com o índice respectivo e não no escalão referente ao tempo de serviço total prestado. Neste ponto, penso que os professores ficam claramente a perder, a não ser que seja apresentada alguma proposta de transição especial em futuras negociações.

Para explicar este raciocínio apresento a minha situação, que será semelhante à de muito boa gente:

Estou no 11ºano de serviço 10 dos quais como vinculado. O meu índice é o 167, como o de toda a gente com o mesmo tempo de serviço. Vou integrar o 1º escalão, faltando-me pouco tempo para a transição para o 2º. Assim faltam-me 30 anos, contando o tempo necessário em cada escalão e partindo do principio que não estarei sujeito a cotas nem a progressões mais rápidas, para atingir o topo da carreira (10º escalão/índice 370). Logo 30 anos que me faltam, mais 11 que tenho preciso de 41 anos de serviço para o topo. Se durante a carreira estiver sujeito a dois ou três anos de espera, lá vai para os 44 ou 45. Assim como é possível o topo para todos os bons ao fim de no máximo 40 anos de serviço? Será que estou enganado nos meus cálculos?

Um abraço

A. Mendes"

11 comentários:

  1. Também estou no mesmo caso,quase 9 anos de serviço e no 167 tb...
    Não é justo,temos que ser reposicionados relativamente ao nosso tempo total de serviço!!!
    Sandra-V

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  2. Não é necessário ser um rocket cientist para compreender que os sindicatos fizeram burrada. Deviam era ter adiado a assinatura do acordo e com a cabeça fresquinha fazerem as contas e as consequências.

    VOLTARAM A LIXAR-NOS PELA 2.ª VEZ. É um segundo memorando da treta!!!!!!!

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  3. Os sindicalistas garantiram que atingirão o topo sem darem aulas. O resto pouco importa. Até os bachareis lá chegarão.

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  4. Esta coisa que chamam de acordo diz o seguinte:

    d) Que os professores que se aposentem até 2015 serão reposicionados num novo índice salarial de topo (índice 370), mesmo que não se encontrem nesse índice no momento da aposentação.

    E eu???
    Faltam-me 2 anos para completar os 65 anos e aposentar-me. Tenho 20 anos de tempo de serviço, incluindo a bonificação de 4 anos do mestrado. Estava no antigo escalão 7, actual 4. Há alguém aí com tanto azar como eu???
    DUVIDO!!!

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  5. Também tenho 11 anos de tempo de serviço, estou no 167 e sendo muito injusto, todos nós que estamos nesta situação e todos os que no futuro ingressem na carreira, serão sempre os mais prejudicados.

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  6. Resposta dada no artigo.

    ...a não ser que seja apresentada alguma proposta de transição especial em futuras negociações...

    Ficou em acta.
    cumps

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  7. Peço ajuda à Sandra-V e/ou Ricardo:
    Sou contratada há 16 anos. Se eventualmente conseguir um lugar de quadro, os meus 16 anos menos os 2,5 anos de congelação não vão ser contabilizados para reposicionamento da carreira??? Vou começar pelo 167??? Esta minha ignorância reside no facto de eu achar que a Sandra com 9 anos de tempo de serviço deveria estar pelo menos mais um escalão à frente....Tenho 2 colegas que sairam do privado com +/-15 anos de tempo de serviço e passado um ano de terem efectivado passaram LOGO para um escalão muito atractivo. Porquê que a Sandra não passou??? o QUE ESTARÁ A FALHAR NO MEU RACIOCÍNIO??? OBRIGADA E ATÉ JÁ

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  8. porque na entrada do novo vigor as pessoas foram para o mescalao correspondente ao indice de vencimento e nao o escalão correspondnete ao tempo de serviço. e parece que isso vai acontecer novamente. eu tb deveria estar a emio do 3º escalao e estou a meio do 2º

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  9. porque na entrada do novo vigor as pessoas foram para o mescalao correspondente ao indice de vencimento e nao o escalão correspondnete ao tempo de serviço. e parece que isso vai acontecer novamente. eu tb deveria estar a emio do 3º escalao e estou a meio do 2º

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  10. Convém que no articulado final se defenda o tempo de serviço dos contratados antes de entrar na carreira. Senão para uns milhares esta estrutura não tem valor nenhum... Andar 10/15 anos como contratado para depois começar do zero esta carreira significa que nunca se chegará ao topo ou sequer a metade.

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  11. Embora não me pareça que o acordo firmado entre sindicatos e ministério seja o mais favorável aos professoeres, numa leitura mais desapaixonada e objectiva da contagem do tempo de seviço, verificarão que, até atingir o topo da carreira, (que significará o primeiro ano do 10º Escalão ,correcto?) comletar-se-ão 34 anos e não os propalados 40.
    Vejamos: atá atingir o décimo - topo da carreira - temos oito escalãos a quatro anos e um a dois anos. Logo contabilizo 34 anos para se atingir o topo...
    Iluminem-me se estiver errado...

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