terça-feira, 11 de agosto de 2009

Burocracias (des)necessárias?!

Comentário: O cerne de parte deste embróglio reside no artigo 45.º, do D.L. 51/2009. Apenas vou colocar aqui uma parte deste artigo para vocês compreenderem melhor, um dos principais motivos pelo qual, muita gente foi exluída: Era necessária, uma "declaração passada por estabelecimento hospitalar, público ou privado, modelo da Direcção -Geral dos Recursos Humanos da Educação, da qual deve obrigatoriamente constar menção à impossibilidade de o tratamento a prestar ser efectuado no concelho de colocação e uma declaração com menção da possibilidade de o tratamento ser prestado no concelho para onde o docente pretende concorrer". Aparentemente os hospitais, recusam-se a emitir estas declarações, alegando que qualquer hospital tem condições para tratar qualquer doença.

Mas atenção, não foi só por este motivo que muita gente foi exluída. Estive a dar uma vista de olhos nas listas de exclusão de DCE, e parece-me que o outro grande motivo de exclusão foi o A06, ou seja, "por o relatório médico estar incompleto ou rasurado". Estranho, não é? Mas o que é realmente injusto, é «pagar o justo pelo pecador"... O que quero dizer com isto?! Que os «abusos» que alguns cometeram no passado, recorrendo a este tipo de destacamento (sem realmente necessitarem dele) de forma repetitiva e indescriminada, acabaram por levar a mecanismos de «filtragem» que provocam problemas a quem necessita deste tipo de destacamento para ter melhor qualidade de vida.

5 comentários:

  1. Tens toda a razão Ricardo. O uso e abuso do DCE levou a que, injustamente, alguns colegas tenham sido excluídos.

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  2. Ricardo, como sempre, concordo em absoluto contigo, contudo quero deixar o meu apoio aos colegas que realmente têm doenças graves e que irão ficar atrás de centenas de pessoas saudáveis. Será isto constitucional? É assim que se vive em democracia?...
    E tudo porquê? Por atitudes economicistas por parte deste governo, que reuniu uma equipa que inteligentemente descobriu os "pontos fracos" da nossa profissão, começando pelo principal, que é o facto de não nos comportarmos como uma "classe".
    E quanto às maiorias, espero que não hajam novamente... O meu receio agora dirige-se para as possíveis coligações.

    Eu

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  3. começo por dizer que considero sócrates uma criatura da pior espécie. o mesmo dos principais governantes da pasta da educação.

    a justificação de exclusão referida no 1º parágrafo já existia no governo anterior. eu fui excluída exactamente por esse motivo no antepenúltimo concurso.

    por outro lado sei de uma professora que não põe o pé numa escola há mais de 10 anos. é efectiva, não liberta a vaga e continua em casa, a ganhar o seu dinheirinho e a descontar para a reforma. reconheço que terá alguma problema psicológico, mas não o suficiente para estar em casa a ganhar o dinheirinho. outra colega, pessoa correctíssima e séria, está com atestado médico por justíssima causa. já se ofereceu para ocupar outras funções e o ministério não quer saber.

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  4. Infelizmente é o que temos eu fui excluida pk faltava a vinheta do médico, nunca foi preciso, mas nós temos que adivinhar
    Tb com as vagas que vão sobrar para DCE não vale a pena as vezes o trabalho de arranjar papeis, infelizmente quem realmente precisa deveria ter alguns beneficos, mas enfim, vamos ver no que dá
    Boa sorte a todos

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  5. Eu tenho destacamento há muitos anos e sempre pela mesma razão. Este ano fui excluída precisamente pela mesma razão da colega Roma. O médico não colocou a vinheta. Já reclamei mas a verdade é que o relatório não tem sitio para a colocar.
    O que considero realmente injusto e mesmo pura burrice é o facto de toda a gente não colocada passar a ser horário zero. Ou seja, este Ministério socretino não abre vagas e o mexilhão é que se lixa.
    Obrigada por me deixarem desabafar.

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