segunda-feira, 13 de abril de 2009

Com tranquilidade...


Comentário: Em parte, tenho de concordar com a Ministra da Educação. Muitos professores já se encontram na fase posterior à da desmobilização. Se dúvidas restassem, os mais de 75% de colegas que entregaram os Objectivos Individuais (OI) servem para esclarecer. A esmagadora maioria destes 75%, entregou os OI, não por concordar com este modelo de avaliação do desempenho, mas por concluir que a luta não cumpriu objectivos. A resignação é a «palavra-chave» nas escolas e a Ministra sabe-o perfeitamente. A resistência é esporádica e não organizada. Estratégia errada que os sindicatos insistem em seguir e que os professores estão fartos de acompanhar. Os intervalos entre iniciativas são excessivamente grandes, e as divisões entre os docentes que entregaram os OI e os que não entregaram são cada vez maiores. Posso estar errado, mas não me parece que as próximas iniciativas sindicais tenham grande sucesso.

9 comentários:

  1. Apesar de o raciocínio estar certo esperemos que esteja equivocado quanto ao desenlace final. Confio nas primaveras para renovar os ânimos e trazer novas energias. Positivas, é claro.

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  2. O facto dos docentes entregarem os OI não significa uma desistência real.

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  3. Exactamente!
    E entre os 25% que resistiram à entrega os OI grassa a ideia de que manifestações, lutas e greves, a aprtir de agora, só mesmo com os tais 75% de lutadores denodados pelo direito na escola portuguesa, que forama correr entregar os OI.
    Não falta quem pense que está ferida de morte a unidade na luta. E que, aqueles 75% de professores acabaram por dar ao ministério aquilo de que ele carecia: força.
    Assim sendo, agora, desunhem-se. Por mim, considero já ter dado o suficiente para o peditório da luta. Lutar é fundamental, mas reconhecer a derrota é uma acto de inteligência.
    Saudações
    Cross

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  4. Caro Ricardo, relativamente ao seu post anterior, a respeito das expectativas dos contratados, não posso estar mais de acordo...serão apenas alguns casos pontuais, os que entrarão em quadro. Mas, já agora pode dizer o que pensa em relação ao colegas dos quadros das Regiões Autónomas que concorreram a este concurso? Acha que terão alumas hipóteses? Obrigada e se puder responda.

    Maria

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  5. A entrega dos OI poderá significar muita coisa. Até aqui referiam que significava «medo» por parte dos colegas contratados... Mas 75% dos docentes não são colegas contratados. Apenas referi que a entrega dos OI poderá significar uma resignação, mas como sabemos perfeitamente a qualquer momento essa resignação poderá ser convertida em luta. Basta para tal, existir uma estratégia continua e concertada por parte dos sindicatos... Bem, será necessário bem mais que isso, mas já era uma boa ajuda.

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  6. Para Maria: A colocação em QA por parte dos colegas dos quadros das ilhas depende somente da sua graduação. Não varia em nada dos colegas dos quadros do continente... As hipóteses são as mesmas.

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  7. obrigada por responder Ricardo.

    Maria

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  8. Sou QZP e não consegui deixar de entregar os objectivos, pois se há algo que não posso pôr em causa é a minha colocação (sou de Inglês) e isto não está fácil! No entanto há uma questão que me intriga - não compreendo por que motivo essa pessoas que quase deixaram de me falar só porque entreguei os objectivos - pois tive medo das consequências disso na minha colocação, não renunciam elas ao estatuto de "titular" - afinal a divisão da carreira é ou não um ponto central dessa luta? Porque não renunciam esses professores ao cargo de titular? Isso sim seria reacender a luta, com os que têm mais armas!
    Mas não, nunca vi isso tratado em lado nenhum - pedem ao "pobres" que façam o trabalho por eles! Não me parece correcto. Demitam-se de titulares - não têm assim tanto a perder - estão já todos nas escolas que querem e no topo da carreira! Porque não o fazem?

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  9. Pelo mesmo motivo que levou o(a) anónimo(a) a entregar os objectivos e a não os pedir de volta.

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