No SOL a 02/02/2009: "Maria de Lurdes Rodrigues quer pôr docentes reformados nas escolas, em salas de estudo e bibliotecas ou em projectos de integração com a comunidade. Mas, para a Federação Nacional de Professores (Fenprof) esta é uma «medida economicista» que pode atirar jovens professores para o desemprego.
O projecto de despacho enviado pelo secretário de Estado, Jorge Pedreira, ao Conselho das Escolas prevê que os estabelecimentos de ensino possam recrutar professores reformados para prestarem serviços de voluntariado.
A ideia passa por envolver docentes «de livre vontade, sem remuneração, numa prática privilegiada de realização pessoal e social», em trabalhos como o acompanhamento dos alunos das bibliotecas e salas de estudo, assim como na realização de projectos de aproximação da escola ao meio e na dinamização de actividades extra-curriculares.
Mas, para a Federação Nacional de Professores (Fenprof) trata-se de uma forma de pôr reformados a desempenhar tarefas que «deveriam ser da responsabilidade de professores no activo».
(...)
«Não é de crer que este voluntariado consiga muitos adeptos» , comenta a Fenprof em comunicado, acrescentando que é precisamente «a natureza e o rumo da política educativa» de Maria de Lurdes Rodrigues que tem estado na origem «do afastamento de muitos professores das escolas», através da aposentação antecipada."
Ver Artigo Completo (SOL)
O projecto de despacho enviado pelo secretário de Estado, Jorge Pedreira, ao Conselho das Escolas prevê que os estabelecimentos de ensino possam recrutar professores reformados para prestarem serviços de voluntariado.
A ideia passa por envolver docentes «de livre vontade, sem remuneração, numa prática privilegiada de realização pessoal e social», em trabalhos como o acompanhamento dos alunos das bibliotecas e salas de estudo, assim como na realização de projectos de aproximação da escola ao meio e na dinamização de actividades extra-curriculares.
Mas, para a Federação Nacional de Professores (Fenprof) trata-se de uma forma de pôr reformados a desempenhar tarefas que «deveriam ser da responsabilidade de professores no activo».
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«Não é de crer que este voluntariado consiga muitos adeptos» , comenta a Fenprof em comunicado, acrescentando que é precisamente «a natureza e o rumo da política educativa» de Maria de Lurdes Rodrigues que tem estado na origem «do afastamento de muitos professores das escolas», através da aposentação antecipada."
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Comentário: Perdoem-me os mais sensíveis, mas não consigo deixar de me rir com esta proposta do ME. Integrar docentes reformados, sem qualquer tipo de remuneração "extra" a realizar trabalhos de acompanhamento e a dinamizar actividades extra-curriculares, é no mínimo irónico. A esmagadora maioria das recentes aposentações deve-se ao desespero e desilusão dos colegas com as políticas educativas. Agora querem que estes mesmos docentes, que foram "empurrados" para a reforma, retornem à escola para realizar "trabalho escravo"? E de forma voluntária?
Só mesmo alguém completamente incoerente (para não escrever pior) faria tal coisa... Para além disso, os colegas aposentados, sabem perfeitamente que estariam a retirar lugares a outros colegas (ainda no activo). Proposta oca e de consequências previsivelmente nulas.
O que não falta no ME são pessoas "cheias de ideias", e esta sem dúvida é das propostas mais idiotas que já tive o desprazer de ler.
Só mesmo alguém completamente incoerente (para não escrever pior) faria tal coisa... Para além disso, os colegas aposentados, sabem perfeitamente que estariam a retirar lugares a outros colegas (ainda no activo). Proposta oca e de consequências previsivelmente nulas.
O que não falta no ME são pessoas "cheias de ideias", e esta sem dúvida é das propostas mais idiotas que já tive o desprazer de ler.
Podem não acreditar mas na minha escola neste momento há duas colegas nessa situação a fazer trabalho de voluntariado e em breve serão três... como podem ver há gente para tudo....E se eu vos contasse o que mais por aqui se passa.... ehehe
ResponderEliminarRealmente há gente para tudo! As pessoas perderam a sua dignidade e fazem coro com estas ideias que até podiam ser bem interpretadas noutro contexto. Os professores devem manter-se firmes e saber dizer não a esta cambada de incompetentes, que vivem à custa do sacrifício de tantos, exibindo falta de seriedade, de coerência e medidas que só nos enxovalham. Basta! Vão eles e as suas famílias corrigir os efeitos nefastas das leis que foram produzindo. Basta: Os profs não são imbecis ou mentecaptos.
ResponderEliminarConsidero que esta proposta não é mais do que uma tentativa de lavagem ministerial supostamente altruísta. E também tenho de reconhecer que não estranharei se surgirem voluntários.
ResponderEliminarPenso é que não resistirão muito neste voluntariado.
As escolas, no contexto educativo actual, transformou-se num espaço de desencanto para os professores, que saíram em conflito e ruptura com o sistema. Não vejo como será possível este voluntariado que não é mais que hipocrisia! Os professores não perderam a cabeça e devem manter a sua personalidade não pactuando com quem tanto os humilhou na sua dignidade.
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