No Público (Edição Impressa) a 02/02/2009: "(...)A maioria dos professores contratados está a entregar os objectivos individuais para serem classificados no âmbito do modelo de avaliação do desempenho docente. São os "mais frágeis" do sistema e não querem ser prejudicados no próximo ano lectivo, explicam vários presidentes de conselhos executivos de escolas de todo o país.
O PÚBLICO fez uma ronda por duas dezenas de estabelecimentos para saber como está a decorrer o processo de entrega dos objectivos individuais (OI), o primeiro passo para a avaliação dos professores que o Ministério da Educação quer ver aplicada este ano em todas as escolas. Em 12 ainda não terminou o prazo para a entrega dos objectivos e em apenas três a larga maioria dos professores apresentou o documento. Nas restantes, os que cumpriram a lei foram sobretudo os contratados. Se não o fizerem, o tempo de serviço deste ano não conta para efeitos de concurso.
(...)
No Agrupamento de Escolas de Alcains só hoje termina o prazo mas apenas um "pequeno grupo" não entregou. De resto, a larga maioria dos professores já cumpriu. Alzira da Cruz Barata, presidente do executivo do agrupamento, com 140 docentes, critica os que "andam nas suas lutas, mas que depois entregam os documentos no prazo". "É muito fácil falar, reunir, fazer moções e depois vêm entregar os objectivos individuais", condena.
Para David Sousa, presidente da Frei Gonçalo de Azevedo, em S. Domingos de Rana, é importante distinguir entre a "luta de fundo e as consequências individuais". "Quem entregar não quer dizer que baixou os braços", avalia. Na sua escola, 65 por cento entregou os OI até à data limite. Agora, depois de notificados, muitos outros vão entregar, acredita David Sousa. "A tensão nas escolas permanece. As pessoas andam como o tolo em cima da ponte, não querem ser incongruentes com aquilo que pensam, mas também não querem prejudicar-se", analisa uma professora que não quis ser identificada e que é membro do executivo da EB 2,3 da Sé, em Lamego, onde os 120 professores têm até à próxima segunda-feira para entregar os OI.
Alguns responsáveis queixam-se do excesso de trabalho que este modelo acarreta. "É um processo de difícil aplicação", reclama Artur Oliveira, presidente da EB 2, 3 de Fornos de Algodres, que pergunta: "No caso dos colegas do grupo de Informática, como não há um professor titular, quem é que os vai avaliar? Quem pagará a deslocação de um professor avaliador à escola?". No agrupamento de Ourém, a presidente Isabel Batista deu até dia 15 para os cerca de 200 profissionais entregarem os OI. Mas vai dizendo que "ninguém aceita este modelo, o seu rigor, os impressos".(...)"
Ver Artigo Completo (procurar na edição impressa)
O PÚBLICO fez uma ronda por duas dezenas de estabelecimentos para saber como está a decorrer o processo de entrega dos objectivos individuais (OI), o primeiro passo para a avaliação dos professores que o Ministério da Educação quer ver aplicada este ano em todas as escolas. Em 12 ainda não terminou o prazo para a entrega dos objectivos e em apenas três a larga maioria dos professores apresentou o documento. Nas restantes, os que cumpriram a lei foram sobretudo os contratados. Se não o fizerem, o tempo de serviço deste ano não conta para efeitos de concurso.
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No Agrupamento de Escolas de Alcains só hoje termina o prazo mas apenas um "pequeno grupo" não entregou. De resto, a larga maioria dos professores já cumpriu. Alzira da Cruz Barata, presidente do executivo do agrupamento, com 140 docentes, critica os que "andam nas suas lutas, mas que depois entregam os documentos no prazo". "É muito fácil falar, reunir, fazer moções e depois vêm entregar os objectivos individuais", condena.
Para David Sousa, presidente da Frei Gonçalo de Azevedo, em S. Domingos de Rana, é importante distinguir entre a "luta de fundo e as consequências individuais". "Quem entregar não quer dizer que baixou os braços", avalia. Na sua escola, 65 por cento entregou os OI até à data limite. Agora, depois de notificados, muitos outros vão entregar, acredita David Sousa. "A tensão nas escolas permanece. As pessoas andam como o tolo em cima da ponte, não querem ser incongruentes com aquilo que pensam, mas também não querem prejudicar-se", analisa uma professora que não quis ser identificada e que é membro do executivo da EB 2,3 da Sé, em Lamego, onde os 120 professores têm até à próxima segunda-feira para entregar os OI.
Alguns responsáveis queixam-se do excesso de trabalho que este modelo acarreta. "É um processo de difícil aplicação", reclama Artur Oliveira, presidente da EB 2, 3 de Fornos de Algodres, que pergunta: "No caso dos colegas do grupo de Informática, como não há um professor titular, quem é que os vai avaliar? Quem pagará a deslocação de um professor avaliador à escola?". No agrupamento de Ourém, a presidente Isabel Batista deu até dia 15 para os cerca de 200 profissionais entregarem os OI. Mas vai dizendo que "ninguém aceita este modelo, o seu rigor, os impressos".(...)"
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Comentário: Apenas coloquei aqui, uma pequena fracção do artigo do Público. Aconselho vivamente a leitura integral da notícia. Para os colegas interessados, terão de aceder à edição impressa e procurar na secção "Portugal". Depois é só clicar na 1.ª página. Quando a notícia possuir um link permanente actualizo este post.
Relativamente à notícia, de facto serão os contratados os mais susceptíveis de cederem a pressões, e ninguém os deverá criticar por isso. Aliás, acredito que a maioria dos docentes, a nível nacional, terá entregue os Objectivos Individuais (OI), mesmo não concordando com este modelo de avaliação do desempenho. Não creio que a entrega dos mesmos esteja relacionado com o receio de procedimentos disciplinares, mas sim com o tempo de serviço, essencial para os concursos. E quanto ao desabafo da PCE do Agrupamento do Escolas de Alcains, tenho de dizer que concordo em absoluto. Para mim, esta será uma das duas atitudes, relativas à entrega dos OI, que censuro e repudio por completo: Fazer campanha por um "candidato" e depois votar no "outro". Conheço muita gente dessa "estirpe". Tal como conheço muitos colegas que por terem tomado uma decisão, pura e simplesmente deixaram de falar com que tomou a opção contrária.
Relativamente à notícia, de facto serão os contratados os mais susceptíveis de cederem a pressões, e ninguém os deverá criticar por isso. Aliás, acredito que a maioria dos docentes, a nível nacional, terá entregue os Objectivos Individuais (OI), mesmo não concordando com este modelo de avaliação do desempenho. Não creio que a entrega dos mesmos esteja relacionado com o receio de procedimentos disciplinares, mas sim com o tempo de serviço, essencial para os concursos. E quanto ao desabafo da PCE do Agrupamento do Escolas de Alcains, tenho de dizer que concordo em absoluto. Para mim, esta será uma das duas atitudes, relativas à entrega dos OI, que censuro e repudio por completo: Fazer campanha por um "candidato" e depois votar no "outro". Conheço muita gente dessa "estirpe". Tal como conheço muitos colegas que por terem tomado uma decisão, pura e simplesmente deixaram de falar com que tomou a opção contrária.
Sinto-me desiludida com alguns colegas, desanimada com outros e estou-me nas tintas para o que muitos fizeram; não porque o eles term falhado seja menos importante, mas porque o oportunismo e a cobardia, ou se preferirem , seguir o caminho mais fácil, já era de mim esperado. Tinha algumas esperanças que permanecessemos unidos, mas não demasiadas.
ResponderEliminarSou um das duas dezenas de nomes.Uma das arruaceiras.E ainda bem.A dignidade é importante, penso eu. não tenciono ser pseudo mártir, mas eu ainda não quebrei. Nem o resto do pequeno grupo.Temos dignidade mas não somos parvos. A ver vamos.
Hasta la victoria final!
Ah!, é verdade, sou professora do Agrupamento José Sanches, na Escola secundária.
ResponderEliminarE sabem o que me apetece? Dizer aos colegas que lutem eles, que assinem eles as moções, que façam eles as greves! Assim como assim, estou no décimo escalão e não tenho tanto a perder como eles decerto terão. Por isso é que entregaram os o.i.? Pois, mas eu já estive em início de carreira, já fui provisória e eventual,e fiz tudo o que achei correcto e lutei pelo que hoje tenho. Não fiz como a nêspera..." e veio uma velha e zás! comeu-a." Era bem feito.
EU SABIA QUE OS PROFESSORES HAVIAM DE TER UM RASGO DE INTELIGÊNCIA
ResponderEliminarUm dia virá em que o arrependimento desta carneirada que se deixou comandar por um comunista de seu nome mário nogueira, virá ao de cima.
ResponderEliminarTenham vergonha das tristes cenas que têm feito e que levou a que a maioria dos portugueses tenho hoje uma ideia negativa do professorado.
Para miranda: A desilusão só surge quando as expectativas são grandes. E mesmo eu, com bem menos anos de serviço nunca esperei que a união fosse real. Real, quando passamos da teoria... da reinvindicação... para os actos. É neste momento que os nossos temores se concretizam e que concluímos que de «classe» temos pouco.
ResponderEliminarEnfim... Não há muito mais a dizer.
fico aqui pensado um tempo trabalho e outro vou fazer o que....
ResponderEliminarJOSE SERRA O SENHOR JA PAROU PARA PENSAR NISSO....
PRECISO TRABALHAR, COMO VOU FAZER NESSE PERIODO QUE NAO VOU PODER ENTRAR EM SALA DE AULA?
TEM MUITAS PESSOAS JÁ NO RAMO DE VENDA DE REVISTA E ISSO QUE O SENHOR QUE PARA TODOS OS PROFESSORES....
GALERA TEMOS QUE COMEÇAR A COLOCAR A BOCA NO MUNDO PQ O TEMPO TA PASSANDO E COMO VAMOS FICAR SO COM AS 12 AULAS?????????????