No Jornal de Notícias a 23/01/2009: "O secretário de Estado da Educação desvalorizou, esta quinta-feira, o facto de mais de cinco mil professores terem entrado na reforma nos últimos dez meses. Segundo Valter Lemos, é uma situação que se repete todos os anos. Os professores reafirmam, contudo, que as aposentações devem-se ao clima de descontentamento.
Valter Lemos recusa-se a fazer qualquer ligação à constestação da classe ao modelo de avaliação. E garante que a Educação não é o sector com mais pedidos de reforma. "Cinco mil é um número aceitável quando comparado com anos anteriores, em que eram quase quatro mil, em regime normal, sem antecipação". Para o secretário de Estado, os números adiantados ontem pelo JN devem-se apenas "à alteração da lei das reformas". "A idade da reforma aumentou e, naturalmente, aconteceu em todas as profissões um aumento de pedidos de reformas antecipadas".
Os professores insistem, porém, que não é isso que se passa. "O cerne da questão está no desgaste que o Ministério da Educação está a provocar nos professores. São reformas de puro desespero e desilusão", lê-se no blogue "profslusos.blogspot.com". Já em "A Educação do meu umbigo" acusa-se a ministra de "levar grande parte dos profissionais mais qualificados a abandonarem o ensino, com elevadas perdas materiais, de maneira a baixar os encargos orçamentais e abrir espaço para futuros generalistas formatados à bolonhesa"."
Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)
Valter Lemos recusa-se a fazer qualquer ligação à constestação da classe ao modelo de avaliação. E garante que a Educação não é o sector com mais pedidos de reforma. "Cinco mil é um número aceitável quando comparado com anos anteriores, em que eram quase quatro mil, em regime normal, sem antecipação". Para o secretário de Estado, os números adiantados ontem pelo JN devem-se apenas "à alteração da lei das reformas". "A idade da reforma aumentou e, naturalmente, aconteceu em todas as profissões um aumento de pedidos de reformas antecipadas".
Os professores insistem, porém, que não é isso que se passa. "O cerne da questão está no desgaste que o Ministério da Educação está a provocar nos professores. São reformas de puro desespero e desilusão", lê-se no blogue "profslusos.blogspot.com". Já em "A Educação do meu umbigo" acusa-se a ministra de "levar grande parte dos profissionais mais qualificados a abandonarem o ensino, com elevadas perdas materiais, de maneira a baixar os encargos orçamentais e abrir espaço para futuros generalistas formatados à bolonhesa"."
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Comentário: Este artigo contém parte de um post que redigi ontem, relativo ao tema "aposentações". Não sei até quando o estado de graça, aqui do autor do blogue vai continuar. Em menos de uma semana já é a terceira vez. E sempre pelos piores motivos (más condições climatéricas, avaliação do desempenho docente e reformas). Mas também não poderia esperar outra coisa... Ultimamente são só más notícias na educação! Bem, quem é que eu quero enganar?! Más notícias na educação, já nós as lemos desde 2005!
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Deixem mas é de chantagear o país e comecem a trabalhar como as pessoas....!Para, como as pessoas poderem, também, ser avaliados!
ResponderEliminarEstamos fartos de pagar tão altos rendimentos para tão mediocres prestações!
É que a V. insensibilidade social é gritante...!
Será que é preciso dizer-vos que o que fazeis em manifs e em outros teatros se está a transformar num insulto de proporções gigantescas ao Zé Povinho? Que cada vez mais vos mostra o celebrado gesto proposto por Bordalo?
Regressem mas é às escolas e agendem uma aula para ensinar os meninos que os ovos constituem alimento precioso. Não são material de arremesso!
É hora,pois,Senhores professores, de pegardes o batente!
O recreio terminou. A sineta já tocou. Para dentro pois.
Alguns esclarecimentos:
ResponderEliminar1 – Os professores também são pessoas;
2 – Se está farto(a) de contribuir com os seus impostos, sugiro-lhe que deixe de trabalhar;
3 – As prestações de alguns poderão ser medíocres, no entanto, será errado fazer generalizações;
4 – A insensibilidade social reflecte-se no desprezo pelos interesses e pelo bem estar da população ou por qualquer uma das suas classes (algo que é notório no seu comentário);
5 – Relativamente a sua interessante analogia: “O Zé Povinho que Bordalo elege como actor das cenas da vida nacional oscilará permanentemente entre a frontalidade e a insubmissão, por um lado, e o calculismo e maleabilidade, por outro.” Encontro-me no primeiro extremo, e você?
6 – Relativamente aos ovos, deixo-lhe aqui umas informações adicionais: O ovo seria um alimento perfeito se não lhe faltasse na sua constituição a vitamina C e o cálcio. Os principais nutriente encontram-se especialmente na gema, que é também um excelente meio de cultura para as bactérias, como a salmonela, extremamente prejudiciais ao nosso organismo.
Algumas correcções:
ResponderEliminar1- Os professores públicos portugueses,também, são pessoas, sim. Querem é ser mais do que os outros...!
2- Se me for garantido que deixando de trabalhar deixarei de pagar para quem,sem responsabilidade,recebe mais do que a maioria dos portugueses, alinho já!
3- As prestações dos professores portugueses não são medíocres. Para além de constituem uma sombra no panorama educativo nacional, são também uma nódoa indelével no historial escolar de cada aluno. E com o seu número a crescer a generalização apontada só peca por tardia.Pois que, de facto, é preciso pôr-lhe cobro.Por forma a evitar que os bons se deixem apanhar pela rede da indigência profissional.
4- A insensibilidade social reflecte-se no desprezo pelos interesses e pelo bem-estar da população.Que é o que se detecta na V.mobilização a favor de continuados e únicos privilégios pecuniários e assistenciais contra um país que está de " tanga" e com dezenas de milhares de concidadãos a passarem fome. Pois que só têm de seu uma reforma de pouco mais de 200 €. Tal não é só insensibilidade. É sim desprezo. É sim uma das maiores manifestações egocêntricas de uma classe que vê no seu umbigo o centro do mundo.
5- ...entre a frontalidade e a insubmissão; entre o calculismo e a maleabilidade. Não, não é com tiradas de conteúdo romântico que se argumenta contra factos que se palpam todos os dias. Reclamar-se de saudável frontalidade e, " por Endovélico", de insubmissão jacobina, não o protege do calculismo nem da maleabilidade. Que, como sabe, se inscreve em todas as jogadas de que o V. sindicato tem sido, nestes tempos, o expoente máximo. Digno de figurar como bom aluno das lições de Maquiavel.E para responder a tão ousada pergunta direi apenas que não acredito que o Ricardo, ( seja-me permitido tratá-lo assim),esteja no primeiro extremo. Não só porque o calculismo e a maleabilidade são armas das mais importantes para a sobrevivência, mas também porque a frontalidade e a insubmissão - ao contrário da intransigência e da cegueira social e política -, não têm sido as bandeiras que tem hasteado, ao ser levado pela forças sindicais respectivas.Por entre a frontalidade,às vezes com a insubmissão,algures ao lado da maleabilidade e até do calculismo eu ando por aí,cumprindo a adaptabilidade que me coube, que me vai cabendo.Na convicção da solidariedade como valor supremo da humana espécie.
6- Deliciosa a ironia.Devo dizer-lhe, contudo, que labora em erro quando diz que o ovo seria um alimento perfeito se não lhe faltasse vitamina C e cálcio. É que de facto, o ovo é uma excelente fonte de cálcio, ferro e fósforo.É bem suportado por todos os que sofrem de úlcera ou de gastrite e é um alimento dietético perfeito( ai as generalizações e estes absolutos..., digo, quase perfeito.
Curioso como os anónimos do nosso país parecem não ter mais que fazer senão lançar pedras e opiniões tão nobres como a deste nosso cidadão.. Entristece-me porém verificar que de facto alguns de nós, vulgo professores, não andemos de facto a cumprir o nosso papel e andemos a educar, ensinar e cultivar bossais mentalidades... O pânico que me provoca tudo isto é que de certeza que os anónimos vestem uma carapuça de pai/encarregado de educação e imagino o tema de conversa à mesa... isto se comerem à mesa...Começo a compreender muito melhor agora a causa de tanta violencia e desrespeito escolar... Já dizia a minha avó.. "quem não sabe é como quem não vê"... sábio provérbio.. porque quem nao sabe, ou se cala ou procura saber, informa-se, cultiva-se, instrói-se e depois.. identifica-se! Ou será mandatado????
ResponderEliminarÉ triste, mas está aí!A substância do comentário e o seu "pretuguês é concludente.
ResponderEliminarMas entristece-se a senhora professora por, confessa, não andarem alguns colegas a cumprir o seu papel.Andando antes a educar, ensinar e cultivar " bossais mentalidades".
Que não andam a cumprir o papel que lhes foi cometido, já todos sabemos que é verdade.Agora que desdedenhassem educar, ensinar e cultivar " bossais mentalidades" (sic) é que não sabíamos.
Bom!Também não se exige que os professores portugueses pratiquem com zelo as virtudes cristãs. As boçais mentalidades que se desunhem. Tenham ou não bossas na cabeça ou nas costas. Pormenor que a senhora professora terá de nos esclarecer.
E olhe que a Língua Portuguesa, deixe-me informar é servida de bons dicionários.Instrumentos que recomendo.
" No, don´t panic", como diz o tio Sam. De facto cá em casa não comemos à mesa. Não temos.
Porque os nossos já magros ordenados são impiedosamente dilacerados para pagar os vossos que são gordinhos. E ou bem que comprámos dicionários para não confundirmos bossal com boçal ou bem que comprámos mesas.Por aqui preferimos os dicionários
E descobriu então a causa da violência nas escolas...! E para conforto próprio, certamente, encontrou nos encarregados de educação que não passam de " bossais mentalidades"...!
Ora, ora. Apesar " de nada mais ter que fazer" não vou discorrer sobre a matéria, mas faço a justiça de considerar que a causa da violência na escola, não se deve procurar lá, mas sim lá, em casa e no meio.Crendo, contudo que é de atribuir à escola e aos pais a preocupação de construção de quadros de referência positivamente inibidores de conflitos sociais.
Só mais uma advertência. Não se diz, instrói-se, ( erro grosseiro e imperdoável num professor))mas instrui-se.
E entretanto se comprasse ums liçõezinhas de português,seria uma prenda que dava a si mesma. E aos seus alunos que, coitados, não sabem que a professora não sabe.
Sobre o anonimato discorrerei uma próxima vez. E como comemos no chão o gato está a filar-se ao carapau...Tenho que ir.