No Jornal de Notícias (Artigo de Opinião - Nuno Crato) de 21/05/2008: "(...)É bom que os alunos se preparem e é bom que sejam testados. Mas estas provas são muito limitadas. Têm algumas das desvantagens dos exames, mas não as suas vantagens. Estas provas são "a feijões". Apenas são usadas se os professores o quiserem. Há mesmo casos de alunos que brincam com a prova em vez de a encararem seriamente. Antigamente, ainda mais brincavam com estes testes, pois os resultados individuais não eram conhecidos, apenas os agregados. Mas, mesmo que as escolas queiram usar estas provas para perceber a evolução dos seus alunos, reparam que elas não servem para isso. As provas não são fiáveis, ou seja, não foram construídas de forma a serem usadas como instrumento de comparação de ano para ano. Quem se dê ao trabalho de analisar provas de anos diferentes verá que os tópicos, o estilo de perguntas e a sua dificuldade variam freneticamente. Mais grave do que isso, mesmo que os enunciados fossem perfeitos - e estão muito longe disso, não são exigentes no domínio dos conceitos e algoritmos -, não poderíamos usar estas provas para perceber o estado do ensino. É que o seu sistema de graduação é desconhecido. De facto, os correctores têm seguido uma grelha fornecida pelo Ministério, mas quem tem transformado as pontuações em classificações finais é o mesmo Ministério, usando critérios que mantém para si. Que valem os resultados, afinal?"
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