No sítio da RTP a 17/04/2008: "A Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino demarcou-se hoje do acordo entre a plataforma sindical e o Governo sobre a avaliação de desempenho, acusando os sindicatos de desmobilizar docentes na luta pelos seus direitos.
(...)
Segundo José Pombeiro Filipe, da Comissão Instaladora da APEDE, a postura da plataforma deverá afastar os educadores da "reflexão" que estava a ser feita nas escolas e da luta por uma avaliação que não os padronize, até porque permite ao Ministério passar "de uma avaliação que era uma farsa burocrática para uma farsa de aplicação de um decreto regulamentar" cuja vigência deveria ser anulada e não prolongada.
"O sindicato arrisca-se a estar esvaziado na mobilização de professores. Não sabemos como vai conseguir mobilizá-los, por duas razões - primeiro, porque o facto de haver reversão na classificação torna a experimentação uma brincadeira perigosa; depois, porque o sindicato disse que ia apresentar uma proposta alternativa e isso também desmobilizou professores", explicou o responsável, durante uma conferência de imprensa realizada em Carnaxide. (...)"
Ver Artigo Completo (RTP)
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Segundo José Pombeiro Filipe, da Comissão Instaladora da APEDE, a postura da plataforma deverá afastar os educadores da "reflexão" que estava a ser feita nas escolas e da luta por uma avaliação que não os padronize, até porque permite ao Ministério passar "de uma avaliação que era uma farsa burocrática para uma farsa de aplicação de um decreto regulamentar" cuja vigência deveria ser anulada e não prolongada.
"O sindicato arrisca-se a estar esvaziado na mobilização de professores. Não sabemos como vai conseguir mobilizá-los, por duas razões - primeiro, porque o facto de haver reversão na classificação torna a experimentação uma brincadeira perigosa; depois, porque o sindicato disse que ia apresentar uma proposta alternativa e isso também desmobilizou professores", explicou o responsável, durante uma conferência de imprensa realizada em Carnaxide. (...)"
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Comentário: Já não é a primeira notícia que coloco aqui no blog, relativa à desilusão de alguns colegas, resultado da assinatura do memorando de entendimento. Embora alguns colegas não queiram admitir, este entendimento provocou fortes clivagens entre os docentes. É uma realidade indesmentível! E por mais que se tente reflectir nas vantagens de tal acordo, o que é certo é que a próxima fase de "luta" dos sindicatos, não será para com o ME, mas sim com muitos professores. O que quero dizer com isto, é que a Plataforma Sindical terá de "trabalhar" afincadamente para conseguir voltar a unir os professores. Se não o fizerem, verão as suas iniciativas esvaziadas...
Espero que os sindicatos não se esqueçam que se existem muitos que concordaram com o entendimento, também existem bastantes que discordaram (independentemente dos resultados do Dia D).
Em conversa com alguns colegas (de diferentes escolas), é fácil concluir que existe um forte sentimento de desmobilização, e pior do que isso, são apresentados sempre os mesmos motivos, dos quais passo a enumerar os três mais citados:
(a) Os dirigentes sindicais cederam facilmente, pois foram movidos pelo interesse da criação de mais um escalão (dos quais serão maioritariamente beneficiários);
(b) Não era necessário este entendimento, pois já tinha sido apresentado às escolas (por elementos do ME), o modelo simplex da avaliação, que no seu essencial coincide com o memorando;
(c) Os sindicatos apenas estão a proteger os professores titulares, pois para além de lhes assegurarem um novo concurso, também concordaram com a criação de um novo escalão.
Quanto ao primeiro (a), não posso fazer grandes considerações, pois desconheço a actual posição (em termos de escalão e de carreira) dos dirigentes sindicais. Para além disso, não gosto de interiorizar a ideia de que quem está num sindicato, apenas defende os seus interesses. Quanto ao segundo (b), concordo em parte, no entanto, não nos podemos esquecer que havia a questão da não uniformização de critérios nas várias escolas. Também existe a questão da salvaguarda dos colegas contratados por menos de 4 meses. Relativamente ao terceiro (c), pode ser considerado como uma questão de justiça e de equiparação à carreira técnica superior.
Mas isto sou eu, a tentar ver o lado menos negativo de toda esta problemática... E custa-me um pouco ver alguns colegas bloggers e elementos dos sindicatos, a menosprezar esta realidade. Ela existe. Já todos conhecemos os pontos positivos deste entendimento, e agora que ele já está assinado, o próximo passo será reflectir nas futuras fases da nossa luta. Mas para isso, será necessário mobilizar todos os docentes. Esse trabalho tem de ser feito (principalmente pelos sindicatos), não com base na esperança de que os colegas compreendam os motivos de tal entendimento (ou mesmo criticando quem discordou), mas sim colocando em "cima da mesa", iniciativas que permitam ultrapassar esta desconfiança.
Espero que os sindicatos não se esqueçam que se existem muitos que concordaram com o entendimento, também existem bastantes que discordaram (independentemente dos resultados do Dia D).
Em conversa com alguns colegas (de diferentes escolas), é fácil concluir que existe um forte sentimento de desmobilização, e pior do que isso, são apresentados sempre os mesmos motivos, dos quais passo a enumerar os três mais citados:
(a) Os dirigentes sindicais cederam facilmente, pois foram movidos pelo interesse da criação de mais um escalão (dos quais serão maioritariamente beneficiários);
(b) Não era necessário este entendimento, pois já tinha sido apresentado às escolas (por elementos do ME), o modelo simplex da avaliação, que no seu essencial coincide com o memorando;
(c) Os sindicatos apenas estão a proteger os professores titulares, pois para além de lhes assegurarem um novo concurso, também concordaram com a criação de um novo escalão.
Quanto ao primeiro (a), não posso fazer grandes considerações, pois desconheço a actual posição (em termos de escalão e de carreira) dos dirigentes sindicais. Para além disso, não gosto de interiorizar a ideia de que quem está num sindicato, apenas defende os seus interesses. Quanto ao segundo (b), concordo em parte, no entanto, não nos podemos esquecer que havia a questão da não uniformização de critérios nas várias escolas. Também existe a questão da salvaguarda dos colegas contratados por menos de 4 meses. Relativamente ao terceiro (c), pode ser considerado como uma questão de justiça e de equiparação à carreira técnica superior.
Mas isto sou eu, a tentar ver o lado menos negativo de toda esta problemática... E custa-me um pouco ver alguns colegas bloggers e elementos dos sindicatos, a menosprezar esta realidade. Ela existe. Já todos conhecemos os pontos positivos deste entendimento, e agora que ele já está assinado, o próximo passo será reflectir nas futuras fases da nossa luta. Mas para isso, será necessário mobilizar todos os docentes. Esse trabalho tem de ser feito (principalmente pelos sindicatos), não com base na esperança de que os colegas compreendam os motivos de tal entendimento (ou mesmo criticando quem discordou), mas sim colocando em "cima da mesa", iniciativas que permitam ultrapassar esta desconfiança.
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