No jornal "Sol" de 06/03/2007: "Mais de seis anos após ter sido agredida pela mãe de uma aluna, e mesmo depois de um tribunal lhe ter dado razão, ainda hoje a professora Maria da Graça Peres diz ter na cabeça «aquele filme horrível».
O caso passou-se em Setembro de 2000, na escola do primeiro ciclo do ensino básico de Repeses, distrito de Viseu. Na altura, a mãe de uma das alunas de Maria da Graça Peres agarrou a professora pelos cabelos, atirou-a ao chão e espezinhou-a em plena sala de aulas, só não tendo prosseguido a agressão porque foi impedida por uma funcionária da escola.
Em Abril último, o Tribunal de Viseu deu como provado estes factos e condenou a mãe ao pagamento de 1.875 euros de multa e de 1.500 euros de indemnização por danos não patrimoniais. Mas a condenação não apagou as sequelas.
«Andei quase três anos com medicação contínua para a depressão, à qual ainda tenho que recorrer de vez em quando. Só vou esquecer este filme quando morrer», afirmou à Agência Lusa a professora, que se reformou em Novembro do ano passado.
Maria da Graça Peres contou que estava convencida que, após o julgamento e a condenação da mãe, «sararia por completo», mas as recordações daquele dia levam a que, quando se sente «mais em baixo», tenha dificuldades em dormir e pavor de ir para a cama.
Ainda assim, garante que «se fosse hoje, voltava a fazer o mesmo» e aconselha todos os professores a «não terem vergonha de denunciar» quando são agredidos pelos pais dos alunos.
«Decidi avançar para julgamento mais pela classe [dos professores] do que por mim. Queria que isto servisse de exemplo aos pais, que o facto de um [encarregado de educação] ser julgado levasse os outros a pensarem duas vezes antes de cometer uma agressão a um professor. Pelos vistos não valeu a pena», lamentou.
(...)
«As minhas faltas contam-se pelos dedos das mãos», frisou a professora, que, mesmo depois das agressões, continuou a trabalhar sob medicação."
Ver Artigo Completo (SOL)
O caso passou-se em Setembro de 2000, na escola do primeiro ciclo do ensino básico de Repeses, distrito de Viseu. Na altura, a mãe de uma das alunas de Maria da Graça Peres agarrou a professora pelos cabelos, atirou-a ao chão e espezinhou-a em plena sala de aulas, só não tendo prosseguido a agressão porque foi impedida por uma funcionária da escola.
Em Abril último, o Tribunal de Viseu deu como provado estes factos e condenou a mãe ao pagamento de 1.875 euros de multa e de 1.500 euros de indemnização por danos não patrimoniais. Mas a condenação não apagou as sequelas.
«Andei quase três anos com medicação contínua para a depressão, à qual ainda tenho que recorrer de vez em quando. Só vou esquecer este filme quando morrer», afirmou à Agência Lusa a professora, que se reformou em Novembro do ano passado.
Maria da Graça Peres contou que estava convencida que, após o julgamento e a condenação da mãe, «sararia por completo», mas as recordações daquele dia levam a que, quando se sente «mais em baixo», tenha dificuldades em dormir e pavor de ir para a cama.
Ainda assim, garante que «se fosse hoje, voltava a fazer o mesmo» e aconselha todos os professores a «não terem vergonha de denunciar» quando são agredidos pelos pais dos alunos.
«Decidi avançar para julgamento mais pela classe [dos professores] do que por mim. Queria que isto servisse de exemplo aos pais, que o facto de um [encarregado de educação] ser julgado levasse os outros a pensarem duas vezes antes de cometer uma agressão a um professor. Pelos vistos não valeu a pena», lamentou.
(...)
«As minhas faltas contam-se pelos dedos das mãos», frisou a professora, que, mesmo depois das agressões, continuou a trabalhar sob medicação."
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