terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Mobilização de docentes com ausência de componente letiva para a saúde pública

No dia 27 de novembro tivemos a publicação do Despacho Despacho n.º 11790-A/2020, de 27 de novembro (aqui) que “determina a operacionalização do reforço da capacidade de rastreio das autoridades e serviços de saúde pública para a realização de inquéritos epidemiológicos, rastreio de contactos de doentes com COVID-19 e seguimento de pessoas em vigilância ativa, através da mobilização de docentes com ausência de componente letiva”.

Recomendo a leitura do dito normativo legal (em especial se forem professores na condição de ausência de componente letiva), no entanto, ficam alguns pontos que considerei essenciais:

- cada Agrupamento de Escolas ou Escola não agrupada irá identificar os docentes com ausência de componente letiva, sendo posteriormente contactados aqueles docentes que se considere melhor habilitados ao reforço da capacidade de rastreamento das autoridades e serviços de saúde pública, que promovem a sua formação;

- as Autoridades de Saúde Nacional e Regional fornecem a cada trabalhador mobilizado a formação e os formulários, orientações e guias de inquéritos epidemiológicos, bem como os equipamentos necessários ao desenvolvimento das atividades, para rastreio de contactos de doentes com COVID-19 e seguimento de pessoas em vigilância ativa;

- a Autoridade de Saúde Regional afeta primacialmente os docentes com ausência de componente letiva com formação na área da saúde aos inquéritos epidemiológicos, para rastreio de contactos de doentes com COVID-19, e os restantes docentes ao seguimento de pessoas em vigilância ativa. 

Em resumo, os colegas sem componente letiva terão formação (se for a "típica" formação, o melhor mesmo será pesquisar e aprender de forma autónoma) para esta nova tarefa, assim como acesso a equipamentos necessários para o desenvolvimento da mesma. No que concerne especificamente à parte dos equipamentos, se forem como as 3 máscaras de “pano” que nos entregaram no início do ano letivo (e que deverão durar até julho de 2021), receio que rapidamente deixarão de poder concretizar esta tarefa, pois entretanto lá ficarão infetados.... Mas atenção, fazendo o exercício governamental de que somos uma classe de baixo risco, a existir infeções nesta nova tarefa será sempre em casa, com a família ou no passeio higiénico (eventualmente com o canídeo).

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