Comentário: Já foi entregue o pré-aviso de greve às horas extraordinárias, que terá efeitos "entre as zero horas de 1 de Março e as vinte e quatro horas de 30 de Junho de 2011". Para poderem saber um pouco mais acerca deste pré-aviso, cliquem aqui (link FENPROF).
Poderá ser interessante conhecer os fundamentos da mesma. Assim: "(...)os representantes dos professores e educadores dizem que em causa está o artigo 83.º do Estatuto da Carreira Docente, mais concretamente o ponto seis, que diz que “o cálculo do valor da hora extraordinária tem por base a duração da componente lectiva do docente, nos termos do artigo 77.º do mesmo estatuto”. Este artigo estabelece que a componente lectiva é de 22 ou 25 horas, de acordo com o sector de ensino ou educação a que o docente pertence. E, segundo os sindicatos, o Ministério da Educação “veio impor que o valor da hora extraordinária de serviço docente passasse a ter por base as 35 horas, o que é manifestamente ilegal”. “Acresce o facto de a remuneração devida pelo serviço extraordinário desenvolvido ser relevante para efeitos de acréscimo da designada taxa de redução remuneratória, reduzindo ainda mais o seu valor, bem como o valor líquido do próprio vencimento base”, lê-se no comunicado".
Não acho que esta greve vá ter grande impacto (ou mesmo adesão), no entanto, compete a cada um decidir o rumo da sua luta. Estamos a necessitar de algo com mais impacto. Mas para isso necessitariamos de uma maior coordenação sindicatos-professores, e posso estar muito errado, mas nesse momento isso não está a acontecer (e não irá acontecer).
Demorei quase um ano a racionalizar a minha desilusão com os sindicatos, no entanto, continuo a considerar que seria essencial uma reconciliação com os professores. Não basta contar com a racionalidade ou cansaço (causado pelo governo PS) dos professores para avançar na luta contra este modelo de Avaliação do Desempenho ou contra os cortes remuneratórios. Não me perguntem o quê pois não tenho de fazer o trabalho de casa de outros (embora me ocorra sempre a mesma proposta de resolução do atrito entre docentes e sindicatos) mas parece-me que os sindicatos não estão com vontade de traçar esse caminho. E essa falta de vontade, essa preguiça, irá ditar a falhanço de muitas estratégias. Mas como já começo a ficar farto de bater na mesma tecla, só voltarei a este tema no próximo mês.
Poderá ser interessante conhecer os fundamentos da mesma. Assim: "(...)os representantes dos professores e educadores dizem que em causa está o artigo 83.º do Estatuto da Carreira Docente, mais concretamente o ponto seis, que diz que “o cálculo do valor da hora extraordinária tem por base a duração da componente lectiva do docente, nos termos do artigo 77.º do mesmo estatuto”. Este artigo estabelece que a componente lectiva é de 22 ou 25 horas, de acordo com o sector de ensino ou educação a que o docente pertence. E, segundo os sindicatos, o Ministério da Educação “veio impor que o valor da hora extraordinária de serviço docente passasse a ter por base as 35 horas, o que é manifestamente ilegal”. “Acresce o facto de a remuneração devida pelo serviço extraordinário desenvolvido ser relevante para efeitos de acréscimo da designada taxa de redução remuneratória, reduzindo ainda mais o seu valor, bem como o valor líquido do próprio vencimento base”, lê-se no comunicado".
Não acho que esta greve vá ter grande impacto (ou mesmo adesão), no entanto, compete a cada um decidir o rumo da sua luta. Estamos a necessitar de algo com mais impacto. Mas para isso necessitariamos de uma maior coordenação sindicatos-professores, e posso estar muito errado, mas nesse momento isso não está a acontecer (e não irá acontecer).
Demorei quase um ano a racionalizar a minha desilusão com os sindicatos, no entanto, continuo a considerar que seria essencial uma reconciliação com os professores. Não basta contar com a racionalidade ou cansaço (causado pelo governo PS) dos professores para avançar na luta contra este modelo de Avaliação do Desempenho ou contra os cortes remuneratórios. Não me perguntem o quê pois não tenho de fazer o trabalho de casa de outros (embora me ocorra sempre a mesma proposta de resolução do atrito entre docentes e sindicatos) mas parece-me que os sindicatos não estão com vontade de traçar esse caminho. E essa falta de vontade, essa preguiça, irá ditar a falhanço de muitas estratégias. Mas como já começo a ficar farto de bater na mesma tecla, só voltarei a este tema no próximo mês.
Eu comecei hoje a não dar a minha aula extraordinária. A partir do momento que vi o meu vencimento base a ser reduzido de 1500 € para 1471 €, o corte remuneratório a ser superior a 3%, quando antes foi de 1 e tal %, conclui logo que estava a trabalhar para aquecer. Sou professor do quadro e só recebo mais 40 € que um professor contratado... Já avisei a direcção da minha decisão, também já informei os alunos da mesma. Só não percebo porque razão se marcou uma greve, pois sendo hora extraordinária, não é preciso justificar a sua falta, afecta apenas o pagamento da mesma.
ResponderEliminarQuanto aos motivos que o levou a não leccionar a sua hora extraordinária, nada a dizer, muito pelo contrário, é justo e legítimo que o faça.
ResponderEliminarAgora:
1.
O artigo 83.º do Estatuto da Carreira Docente, mais concretamente o ponto seis, que diz que “o cálculo do valor da hora extraordinária tem por base a duração da componente lectiva do docente, nos termos do artigo 77.º do mesmo estatuto”.
2.
No seu comentário referiu: "Sou professor do quadro e só recebo mais 40 € que um professor contratado..."
3.
Embora os professores contratados pelos MOTIVOS SOBEJAMENTE CONHECIDOS POR TODOS NÃO FAÇAM PARTE DA CARREIRA (caso não esteja devidamente informado, relembro-lhe que, na maior parte dos casos, não é por questões de "não-antiguidade", porque se queixa de "SÓ receber mais 40 euros que um professor contratado"? Quantas horas lecciona a mais que ele? (se calhar até lecciona a menos, NÃO? E essa hora extraordinária, lecciona- a melhor que um professor contratado?
4.
Se reflectir bem, se calhar amanhã vai alertar a Direcção da Escola que esteve muitos meses a receber 40 euros a mais!!!
Sempre "atentamente",
Ana
Alexandre,
ResponderEliminar"Sou professor do quadro e só recebo mais 40 € que um professor contratado..."
Ao escrever isto foi no mínimo infeliz!
Um abraço.
Ana,
ResponderEliminarObrigada pelo seu comentário. Pode ser que os "confortavelmente instalados" (aproveitando a expressão do Ricardo) comecessem a perceber A SORTE QUE TÊM em terem ordenado e trabalho "vitalício".
O seu comentário devia ser afixado nas salas de professores deste país para que muitos dos que se queixam se apercebam do ridículo das suas queixas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAlexandre,
ResponderEliminarDeve ter bom futuro como político, esquece-se facilmente por onde passou!
Espero que o mesmo não se aplique à sua profissão de professor, é que também já foi aluno!
Cuidado com as contas mal feitas e com as generalizações. Informo-o que o valor mais elevado do vencimento base de um professor contratado é de 1373,13€, será necessário fazer-lhe a conta?
Mais informo que em termos líquidos há contratados a receber mais que o Alexandre, só não lhos apresento para não o por pior da sua contratadofobia!
Se a doença for degenerativa, lamento!
Um abraço.
FD.
Muito bem, Ana!!! É isso mesmo! Há pessoas que se julgam instaladas e referem-se aos contratados nesses termos! Mas se fosse só o referir... Quando há trabalho a fazer que o façam os contratados!
ResponderEliminarComo alguém disse em cima: foi, no mínimo infeliz essa expressão.
Que classe desunida esta!
Apenas não entendo o porquê de colocar o contratado num patamar inferior! Se recebe menos 40 euros do que ele a culpa não é de certeza dos contratados mas sim de quem emanou essa lei de cortes!
ResponderEliminarE porque um professor do quadro deveria ganhar mais k um contratado!?!? Apenas porque teve a sorte de conseguir em bons tempos entrar no quadro e poder fazer carreira...Coisas que neste momento nenhum contratado poderá algum dia alcançar! Pensem..em vez de atirar pedras aos contratados que ja têm costas largas para muita coisa!
Lurdes Morais
Impressionante!!! Fui julgado, condenado,fuzilado e sem direito a defesa.
ResponderEliminarNunca quis menosprezar ninguém com o que disse, NUNCA!!! Que fique bem claro!!! Fui professor contratado durante 5 anos e sei perfeitamente pelo que passei, estive desempregado e também estive a fazer substituições. Por isso caros colegas, lamento, mas a carapuça não me serviu. E ao contrário de muitos colegas, estou neste momento a 400 km de casa e não por opção, ao contrário de colegas contratados que tiveram a sorte de ficar ao pé de casa como e ganhar uns extras bem interessantes noutros "tachos" que arranjaram. Por isso não me venham com falsos moralismos. Ando de cabeça bem levantada. Sou QE porque fui obrigado a sê-lo pelo ME pois tive de concorrer ao meu distrito para afectação, enquanto dezenas de colegas meus atrás de mim na lista de graduação estão em casa na condição de DACL.
Sei bem que muitos colegas estão a passar por dificuldades, e exactamente por isso na minha escola abrimos + 4 núcleos de Desporto Escolar, e passámos de 4 professores para 6 professores de E.F. E não fizemos isto apenas pelos alunos...
O que quis dizer, foi que ao dar a minha hora extraordinária ao longo do mês de Janeiro, recebi 0€. Trabalhei de borla, fui explorado, a minha dignidade profissional não foi respeitada.
Estou no índice 167 e por dar uma hora extraordinária, em vez de ganhar mais baixaram-me o vencimento ficando a ganhar pouco mais que um colega do índice 151. Andei para trás quase 5 anos... Nunca me referi à competência de ninguém, se fosse por aí então também podia falar dos colegas do 10º escalão que ganham o dobro de mim e fazem o mesmo trabalho que eu. Mas a isto se chama carreira, e que mal tem isso???
Por fim quero dizer que lamento se melindrei alguém, as minhas desculpas sinceras pois não foi essa a intenção. Compreendam também a minha posição de revolta. É que não é por acaso que existe um pré-aviso de greve às horas extraordinárias.
Bem haja a todos.
Alexandre
Ainda bem que dá notícias, porque, sinceramente, depois de escrever o que escreveu, de ler o que leu e, se teve o bom senso de "meter a mão à consciência", ..., a sua situação era preocupante!
ResponderEliminarO que escreveu agora, não apaga o que fez antes, e foi, nada mais, nada menos que... "tapar o Sol com a peneira"!
Com certeza que não desejará ouvir/ler os testemunhos do que os professores contratados estão a passar, daqueles que pagam para trabalhar e, pior ainda, daqueles que não vislumbram a hipótese remota de um dia poderem fazer greve a uma hora extraordinária!
Sempre "atentamente",
Ana
Quero acrescentar ainda que, caso tenha alguma dúvida que entendo a sua posição em relação à greve, releia o primeiro parágrafo do meu primeiro comentário.
ResponderEliminarSempre "atentamente",
Ana
Ana disse: O que escreveu agora, não apaga o que fez antes, e foi, nada mais, nada menos que... "tapar o Sol com a peneira"!
ResponderEliminarLamento que continue enganada a meu respeito.
Sei bem o que estava a pensar quando escrevi o que escrevi, por isso estou de consciência bem tranquila.
Não tenho mais nada a acrescentar, fui bem claro no meu segundo comentário. Só não percebe quem não quer perceber...
Cumprimentos
Alexandre