quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Nova divisão da classe docente (DOI e Não DOI).

Por mais absurdo que isto vos possa parecer, o certo é que tem vindo a surgir com enorme força, uma nova divisão no seio do corpo docente de algumas escolas. Sinto essa divisão na “pele” e também sei que outros a sentem. O segredo está em aprendermos a lidar com as diferenças uns dos outros, e as aceitarmos… Por mais que isso nos prejudique (mesmo que de forma indirecta). Se não agirmos desta forma, receio que o já de si, “clima tenso”, irá agravar-se… e de que maneira.

Dificilmente me encontram a questionar colegas, quanto à sua decisão de entrega dos Objectivos Individuais. Não porque não tenha curiosidade (estaria a mentir), mas pura e simplesmente porque este tipo de questões, a esta altura, será interpretado por alguns como “pressão”! E já temos demasiado trabalho na escola, para ainda nos sujeitarmos a aturar situações de conflito entre pares… Para influências e “pressões” já temos por aí, muita gente mal (in)formada.

Cada um sabe o que é melhor para si… Mesmo que alguns pensem apenas no curto prazo e outros vislumbrem um pouco melhor a big picture, é assim que eu funciono.

E tudo isto para escrever exactamente o quê? Para escrever que cada vez mais me apercebo da nova divisão entre docentes. Uma divisão desnecessária, que nos irá prejudicar imenso em futuras “lutas”.

Antes de avançar, e para mim, que gosto de inventar “siglas”, para tudo e mais alguma coisa, proponho a seguinte terminologia (bem sei que as designações das classes são um bocado parvas – para não dizer pior - mas a minha imaginação, às vezes, não “flui” muito bem):

- Professores “DOI” - professores que Definiram os Objectivos Individuais;

- Professores “Não DOI” – professores que Não Definiram os Objectivos Individuais.

E a divisão tem por base alguns professores “DOI” que criticam os “Não DOI”, afirmando que os mesmos não querem ser avaliados, que já se encontram no topo da carreira… Patati… Patata… E alguns “Não DOI” que viram a cara aos colegas “DOI”, deixando mesmo de falar e cumprimentar, afirmando que são uns cobardes, que destruíram a luta… Patati… Patata… Tudo errado! Tudo tão errado, que às vezes me pergunto como é possível que este tipo de situações aconteça entre adultos. Volto a afirmar que cada um decide por si, e os restantes apenas têm de respeitar. Se concordam com a decisão dos outros? Isso já é outra coisa. No entanto, tem de prevalecer a “cabeça fria” e o respeito.

4 comentários:

  1. Pois. Mas até aqui nada de novo. Na minha modesta opinião, apenas estão a começar a vir ao de cima velhas querelas da escola que todos nós conhecemos.

    Não me querendo alargar muito, eu defini e entreguei objectivos individuais e não, não sou inocente, muito menos cobarde.

    Se assim fosse, não teria pedido um esclarecimento por escrito ao Conselho Pedagógico e Comissão de avaliação da escola, d qual ainda espero resposta e, na ausência da mesma, não teria reencaminhado todo o processo para a DGRHE, que já respondeu.

    A explicação para tudo isto é simples. Sendo um professor 'PIEF', senti-me injustiçado por ser avaliado em apenas 3 tempos lectivos!!! É que esta é a componente relativa ao meu grupo de recrutamento...

    Então e as restantes horas?! Não servem para nada em termos de avaliação?! E como eu, encontram-se muitos outros professores, dos quais o legislador se esqueceu quando criou o monstro que é a ADD.

    Ensinou-me a experiência que, se não tivermos documentação de suporte na nossa mão, nunca conseguiremos combater devidamente certas situações menso claras.

    Para além do referido, existem mais algumas razões, mas para as desenvovler, passariamos aqui a noite, eu a escrever e vocês a ler!!!

    A ver vamos no que vai dar...

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  2. Caro anónimo, é a sua opinião que, levando em consideração o estado democrático ond evivemos, deve ser respeitada.

    Mas lanço-lhe o desafio de dizer o que faria se tivesse a oportunidade de ter na sua mão documentação, sobre 'algo' que este modelo de ADD não leva em consideração, que contribui ainda mais para a sua descredibilização, você não aproveitava essa oportunidade?!

    É que posso-lhe dizer que a rsposta da DGRHE é do mais hilariante que há. A sensação que eles transmitem é que nem sabem bem do que é que estavamos a falar...

    Assim sendo, e uma vez que o circo está montado, andemos com o espectáculo para a frente!!!

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  3. A ideia das siglas é gira mas funciona ao contrário. A coisa dói para mais para quem não entregou os objectivos (Não DOI), acho eu, do que para quem DOI (os entregou)!

    Além disso parece-me que quando o pessoal perceber que os próxios concursos estão condicionados ou inacessíveis, digo mesmo inacessíveis, a quem não os entregou, passa tudo a DOI!... Miséria de povo!

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