No Correio da Manhã a 24/01/2009: "(...)Como avalia a manifestação com dois mil professores?
– Dissemos aos colegas dos movimentos que não concordávamos mas eles avançaram à mesma. Mas acho que não altera nada: não reforça mas também não fragiliza.
– Os movimentos exigem acções mais duras, como greve por tempo indeterminado...
– Os sindicatos não vão marcar greves por tempo indeterminado. Não vamos passar de greves de 90 por cento para dez por cento de adesão. Os professores vivem dos seus salários.
– Alguns docentes vão iniciar uma luta jurídica. Os sindicatos ponderaram essa hipótese?
– Não andamos a dormir. Temos quase cinco dezenas de advogados e centenas de processos em tribunal. Quando acharmos que os problemas se resolvem nos tribunais bem podemos desistir, até porque demora muitos anos. E nós não estamos a lutar contra ilegalidades.
– Como comenta as declarações de Jorge Pedreira sobre a prova de ingresso?
– É grave que o Governo acuse duas instituições privadas de facilitismo, mas continue a certificar os cursos e venha depois actuar sobre os jovens que saem de lá formados.
Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)
– Dissemos aos colegas dos movimentos que não concordávamos mas eles avançaram à mesma. Mas acho que não altera nada: não reforça mas também não fragiliza.
– Os movimentos exigem acções mais duras, como greve por tempo indeterminado...
– Os sindicatos não vão marcar greves por tempo indeterminado. Não vamos passar de greves de 90 por cento para dez por cento de adesão. Os professores vivem dos seus salários.
– Alguns docentes vão iniciar uma luta jurídica. Os sindicatos ponderaram essa hipótese?
– Não andamos a dormir. Temos quase cinco dezenas de advogados e centenas de processos em tribunal. Quando acharmos que os problemas se resolvem nos tribunais bem podemos desistir, até porque demora muitos anos. E nós não estamos a lutar contra ilegalidades.
– Como comenta as declarações de Jorge Pedreira sobre a prova de ingresso?
– É grave que o Governo acuse duas instituições privadas de facilitismo, mas continue a certificar os cursos e venha depois actuar sobre os jovens que saem de lá formados.
Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)
Comentário: E por mais anos que passem, não consigo compreender a agenda própria da FENPROF. A manifestação até poderia "reforçar" a posição dos professores, no entanto, e mais uma vez os sindicatos não apoiaram.
Relativamente à questão das "greves por tempo indeterminado", os camionistas também vivem dos seus salários (que são inferiores aos nossos) e não é por isso que colocam essa hipótese de lado. Até compreendo e aceito outro tipo de argumentos, mas este provoca-me algumas dificuldades de assimilação.
No que concerne à luta jurídica: Não estamos a lutar contra ilegalidades? Não me parece que seja esse o entendimento de alguns juristas, em algumas das últimas polémicas relacionadas com a avaliação do desempenho (nomeadamente as relativas à entrega dos Objectivos Individuais). Não deixa de ser estranho que com "tantos" advogados ao serviço da FENPROF, tenham de ser professores (ler este post - blogue A Educação do meu Umbigo) a tomar a iniciativa de contratar um advogado para elaborar um parecer relativo a toda a legislação produzida pela actual equipa do Ministério da Educação desde que foi publicado o estatuto da carreira docente.
Relativamente à questão das "greves por tempo indeterminado", os camionistas também vivem dos seus salários (que são inferiores aos nossos) e não é por isso que colocam essa hipótese de lado. Até compreendo e aceito outro tipo de argumentos, mas este provoca-me algumas dificuldades de assimilação.
No que concerne à luta jurídica: Não estamos a lutar contra ilegalidades? Não me parece que seja esse o entendimento de alguns juristas, em algumas das últimas polémicas relacionadas com a avaliação do desempenho (nomeadamente as relativas à entrega dos Objectivos Individuais). Não deixa de ser estranho que com "tantos" advogados ao serviço da FENPROF, tenham de ser professores (ler este post - blogue A Educação do meu Umbigo) a tomar a iniciativa de contratar um advogado para elaborar um parecer relativo a toda a legislação produzida pela actual equipa do Ministério da Educação desde que foi publicado o estatuto da carreira docente.
-------------------------
Será que após de falarmos diariamente com os nossos colegas não teremos já chegado a uma conclusão do impacto que teria uma greve de tempo indeterminado? Passar da percentagem de 90% para uma de 10% ajudaria na nossa luta? Parece-me que a conclusão seria a de que afinal os professores não andariam assim tão descontentes...
ResponderEliminarÉ exactamente por isso, que os sindicatos não ponderam greves por tempo indeterminado...
ResponderEliminarA malta não é ingénua...Independentemente das razões pelas quais os sindicatos se regem para delinearem estratégias de luta, muitos de nós vão pensando com o seu próprio cérebro e vêem que a greve de tempo indeterminado iria ter poucos "adeptos" por diversas razões. Eu seria o primeiro a aderir, no entanto tenho consciência que sairiamos prejudicados...Basta conversar com vários colegas! Se TODOS alinhassemos, ai aí não teria duvidas nenhumas que tinhamos o problema resolvido.
ResponderEliminar