No sítio da Rádio Renascença a 07/07/2008: "O Ministério da Educação apresentou esta segunda-feira as linhas gerais para a revisão da legislação sobre quadros e concursos de professores. A FENPROF manifesta reservas.
Apesar de não existirem alterações significativas em termos de mecanismos administrativos, o período de negociações poderá ser complicado, tendo em conta que os sindicatos já identificaram pontos de desacordo.
Anabela Delgado, da Federação Nacional de Professores (FENPROF), que ouviu os planos da Ministério, diz que há dois pontos que irão representar mais instabilidade para os professores.
O primeiro é a “a transformação dos actuais quadros de escola em quadros de agrupamento, em que só manterão a mesma situação os professores que estão em escolas não agrupadas”.
Anabela Delgado adverte que “tendo em conta que há agrupamentos que são da dimensão de um concelho, significa mais instabilidade para esses professores”.
O segundo ponto que merece reservas por parte da FENPROF são as “alterações à forma de graduar os professores em concurso, com a introdução do factor avaliação-desempenho”.
Os sindicatos continuam à espera da proposta oficial do Ministério da Educação e a FENPROF já afirmou que não aceita que o período de negociação seja em Julho, e que só discutirá esta proposta em Setembro, no final das férias dos professores."
Ver Artigo Completo (Rádio Renascença)
Link alternativo: Ver Declaração (FENPROF)
Apesar de não existirem alterações significativas em termos de mecanismos administrativos, o período de negociações poderá ser complicado, tendo em conta que os sindicatos já identificaram pontos de desacordo.
Anabela Delgado, da Federação Nacional de Professores (FENPROF), que ouviu os planos da Ministério, diz que há dois pontos que irão representar mais instabilidade para os professores.
O primeiro é a “a transformação dos actuais quadros de escola em quadros de agrupamento, em que só manterão a mesma situação os professores que estão em escolas não agrupadas”.
Anabela Delgado adverte que “tendo em conta que há agrupamentos que são da dimensão de um concelho, significa mais instabilidade para esses professores”.
O segundo ponto que merece reservas por parte da FENPROF são as “alterações à forma de graduar os professores em concurso, com a introdução do factor avaliação-desempenho”.
Os sindicatos continuam à espera da proposta oficial do Ministério da Educação e a FENPROF já afirmou que não aceita que o período de negociação seja em Julho, e que só discutirá esta proposta em Setembro, no final das férias dos professores."
Ver Artigo Completo (Rádio Renascença)
Link alternativo: Ver Declaração (FENPROF)
Comentário: Já não considerava positivo a extinção dos QZP´s nos moldes apresentados pelo Ministério da Educação. Ao contrário daquilo que é referido por elementos do ME, a criação de Quadros de Agrupamento, só irá provocar um acréscimo de instabilidade e precariedade (principalmente para os nossos colegas contratados). Se querem conhecer os motivos desta afirmação, cliquem aqui e aqui.
Agora torna-se conhecida uma nova proposta que passa pela graduação para concurso com a introdução do factor "avaliação de desempenho". Esta proposta é para mim completamente irreal e deixa-me profundamente preocupado. Preocupado porque todos sabemos que as avaliações diferem de escola para escola (ou de agrupamento para agrupamento), não são imparciais e estão sujeitas a inúmeras variáveis. As consequências serão gravíssimas! Espero que os sindicatos consigam eliminar esta proposta, caso contrário, aquilo que se pretendia nacional (e a salvo da maioria das influências externas), ou seja, o concurso nacional, passará a ser dominado pela introdução de "acréscimos" (com fortes probabilidades de inflação) de avaliação do desempenho.
Se alguns colegas já tinham começado a "competir" de forma incorrecta e usando técnicas de contra-informação junto dos elementos avaliadores da escola, caso esta proposta seja implementada, nem quero imaginar os níveis de "conflito" e "competição" que irão surgir. Esta medida (se concretizada) só servirá para aumentar a desunião entre colegas... Sinceramente, desisto de escrever que "pior do que já está, é impossível", pois quando julgo que o pior já foi feito, surgem novas "bombas".
Agora torna-se conhecida uma nova proposta que passa pela graduação para concurso com a introdução do factor "avaliação de desempenho". Esta proposta é para mim completamente irreal e deixa-me profundamente preocupado. Preocupado porque todos sabemos que as avaliações diferem de escola para escola (ou de agrupamento para agrupamento), não são imparciais e estão sujeitas a inúmeras variáveis. As consequências serão gravíssimas! Espero que os sindicatos consigam eliminar esta proposta, caso contrário, aquilo que se pretendia nacional (e a salvo da maioria das influências externas), ou seja, o concurso nacional, passará a ser dominado pela introdução de "acréscimos" (com fortes probabilidades de inflação) de avaliação do desempenho.
Se alguns colegas já tinham começado a "competir" de forma incorrecta e usando técnicas de contra-informação junto dos elementos avaliadores da escola, caso esta proposta seja implementada, nem quero imaginar os níveis de "conflito" e "competição" que irão surgir. Esta medida (se concretizada) só servirá para aumentar a desunião entre colegas... Sinceramente, desisto de escrever que "pior do que já está, é impossível", pois quando julgo que o pior já foi feito, surgem novas "bombas".
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Mas já pensaram que um bom professor corre o sério risco de ser mal avaliado para não poder mudar de escola? Parece-me natural e só revela uma boa gestão de recursos humanos: gosto deste professor, avalio mal para baixar a hipótese de sair; não gosto deste, dou nota excelente para o ver pelas costas :).
ResponderEliminarÉ maquiavélico mas pode acontecer em certa medida. Aliás acho que já acontece com os funcionários: um bom funcionário tem muito maior dificuldade de transferência por ser "indispensável" ao serviço. Um mau funcionário é logo dispensado...