quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Mutações Vinculativas

  A última proposta do MEC sobre a vinculação, ou melhor concurso extraordinário para professores contratados trouxe algumas novidades, umas positivas, outras muito negativas.
Se por um lado existe agora a possibilidade de concorrer à vinculação por Zonas Pedagógicas (embora se saiba que existe uma intenção de aumentar o âmbito geográfico destes quadros, mas parece-me pouco provável que se vá avançar com esta ideia) por outro, e numa medida bastante discriminatória em relação aos professores contratados, abre-se  a possibilidade de que quem vincule, só poderá concorrer no concurso interno numa 4ª prioridade.
A ANVPC, já demonstrou o seu desagrado (aqui) quanto a esta intenção que poderá, em último caso prorrogar a precariedade dos actuais contratados, que entretanto possam vir a ser integrados neste concurso extraordinário.

Penso que esta nova ideia é bastante gravosa, mas que de facto o ponto fulcral desta vinculação extraordinária é sem dúvida o número de vagas a abrir. Estas deverão ser em número suficiente, de maneira a reduzir significativamente a precariedade docente e a vergonha que é para Portugal, ter os seus professores a contrato durante 10, 15 ou mais anos.

Sem um número significativo de vagas a vinculação, ou concurso extraordinário, perde toda a sua lógica, e também é por aqui, com uma abertura expressiva de vagas, que muitas das questões levantadas e dissonâncias entre professores dos quadros e contratados também deixariam de fazer sentido.

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