segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Vinculação Extra – Ordinária


Esta vinculação extraordinária não seria necessária se os concursos ordinários anteriores tivessem integrado os docentes de forma gradual, com a abertura de vagas correspondentes às necessidades reais do sistema educativo. Os concursos quadrienais, a extinção dos quadros de zona pedagógica serviram como as grandes portas blindadas à entrada no sistema, apesar dos 25000 docentes que se aposentaram desde o ano de 2006. Entretanto, muitos professores foram acumulando tempo de serviço nas escolas públicas e continuaram a ser necessários e utilizados pelo sistema de educação através de contratações sucessivas. Estamos aqui a falar de muitos anos a contrato, demasiados anos de serviço sem acesso aos quadros, numa clara imoralidade e ilegalidade que vai contra as directivas Europeias e o que está vertido em lei para os trabalhadores privados e que prejudica também a estabilidade e qualidade do próprio sistema educativo
  Portanto é preciso salientar esta questão, a VED tem como justificação o repor da justiça e da legalidade e existe um ponto que será determinante para atingir aquilo que é a lógica e razão desta vinculação - o número de vagas a disponibilizar.Sem a existência de um número de vagas suficiente que permita diminuir consideravelmente a precariedade docente a VED corre o risco de se esvaziar do seu sentido e de continuamos com professores com muitos anos de serviço a contrato sem acesso aos quadros.
  Analisando a proposta do MEC e confluindo com o que acima escrevi, parece-me que, a existirem condições necessárias de acesso ao concurso este deverá garantir uma vaga para cada candidato que reúna essas condições. Pois só assim esta vinculação extra – ordinária responderá devidamente ao problema que lhe deu origem.
  A questão do número exacto de anos de serviço é sempre questionável e difícil. A mim parece-me que quem tem mais de 6 anos serviço já está há demasiados anos a contrato e então que dizer dos docentes que têm mais de 7, 8 ou 9 ou os tais 3600 dias? Como já escrevi, o tempo acumulado por um professor ao serviço da escola pública é o exemplo vivo da necessidade de abertura de uma vaga para a sua integração nos quadros. Visto desta perspectiva  de quem lida com a precariedade e leva com décadas de sucessivos contratos esta ideia é de uma clareza irrefutável.
  Por isso a única forma de garantir alguma equidade na definição de um número exacto necessário de tempo de serviço, seja ele qual for, é que quem agora e futuramente possuir esses x anos de serviço contabilizados ao serviço da escola pública lhe possa ser garantido o acesso aos quadros.e a uma vaga que como contratado ocupou durante alguns anos.

17 comentários:

  1. Então os colegas que tem mais de 10 anos, no publico e privado são professores de 2ª ? Deve contar todo tempo de serviço. Temos colegas que no mesmo ano tem tempo no publico, privado e na formação. Só conta o do público. Isso é ilegal e só pode terminar no tribunal.

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  2. De facto n parece muito justo que quem trabalhou no privado em simultâneo com o público de forma a somar tempo de serviço que de outra forma n conseguiria no ensino público, seja penalizado. No fundo, investiu na profissão, desgastou-se com reuniões em duplicado, alguns em triplicado…, em deslocações, se a tudo isto somarmos o investimento que em simultâneo alguns fizeram em formação são muitos anos de experiencia acumulada que serão “deitados ao lixo” pelo facto de se contabilizar apenas o tempo de serviço do ensino público.

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  3. O único concurso que devia existir era o nacional, com abertura de vagas e lista garduada. Os colegas concorriam para os lugares. Foi sempre assim. Eu quando efetivei fiquei a mais de 200 Km de casa.Agora colegas que nunca concorreram para longe, pretendem um brinde de ficar em casa e afastar os mais graduados, só porque tem tempo de serviço do privado.

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  4. Já varias vezes escrevi o que se segue e até já me ouviu expressa-lo oralmente, mas repito:
    Esta vec nao ocorre porque mec e sindicoides tenham algum respeito pelos contratados. Os pressupostos desta vec são apenas fazer o 132 parecer aceitavel. Na verdade, sem aquela "inovação" da igualdade de prioridade entre publico e privado, ao haveria necessidade de nenhuma vec.
    Nao se trata de nenhum tipo de animosidade contra quem vem do privado, trata-se, sim de aplicar a lei. Não passa na cabeca de ninguém que num momento em que um professor cumpriu 3 nos de trabalho no gps e se prepare para efectivar ao quarto ano, apareça um colega vindo de outda escola pubica ou privada e, pelo simples facto de ter mais tempo de serviço, lhe ocupe o lugar.
    Ora, é exactamente isto que o 132 vai passar a permitir que aconteça aos contratados da escola estatal.
    É para que esta enormidade vá em frente, que o mecanuiu a proceder a uma vec. Uma veczinha, porque o numero de vagas sera absolutamente ridículo.
    Percebe agora? Nao se trata aqui de resolver a situação dos contratados, trata-se de algobem mais perverso.
    E mais, de agora em diante, é melhor o pessoal ir fazer primeiro uns anitos ao privado para depois ter alguma tenue hipótese.
    Mesmo envenenada, estavec, ao menos que alguns o consigam sem ue os "eus" atrapalhem.

    Ah! Não aprecio chá. Ainda bebo algum, com gosto, mas não em qualquer tasca. ;)

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  5. Concordo plenamente com os comentários anteriores. Até parece que quem tempo deserviço no privado, formação, etc não têm os mesmos direitos!O tempo de serviço no privado é reconhecido pelo MEC, não é ilegal!!
    Com dez ou mais anos de serviço fica-se de fora porque fazem "separatismo", como se não fossem todos professores.

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  6. Os colegas que se queixam que os contratados que venham a vincular passam à frente sem ter que ir para longe, são os mesmos que vicularam há mt tempo e não fizeram esse sacrifício...e ainda falam de quem está dos privados.
    Todos contra a VED e mais nada. que haja o concurso previsto para 2013 e se siga a lista graduada.HAJA JUSTIÇA!

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  7. Para Álvaro Vasconcelos: O último parágrafo do teu post revela uma proposta interessante, mas que não obterá qualquer interesse por parte deste ou de outro governo.

    Esta vinculação só ocorre porque alguém levou um "puxãozito" de orelhas... Mais nada.

    Abraço.

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  8. Penso que é uma ideia que traz justiça para todos o contratados.
    Quanto à aceitação não será fácil, sabemos que sim, mas teremos que tentar explicar as razões da sua justeza.
    Se não fizemos nada é que de certeza que não conseguimos.
    Abraço Ricardo

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  9. O concurso para VE deveria ser feito pela lista de graduação. Esta já não inclui o TS? Então ficariam os melhores graduados! Por que inventam???

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  10. Para o tt.

    O 132 não distingue tempo de serviço. Tal como os anteriores diplomas ( o 20 ou o 51 ). O tempo sempre foi todo considerado. Nunca houve discriminação com o tempo de serviço. Só havia na prioridade. Mas logo que nos 2 ultimos anos escolares, 1 dia fosse no publico, os docentes passavam para a 1ª prioridade.

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  11. Sabem porque é que muitos colegas são hoje contratados, de longa data, e nunca acederam aos quadros? Porque por opção, nunca concorreram para efectivar fora da sua área de residência, e dessa forma poderem ficar colocados perto da sua área de residência, nas vagas que abriam, depois dos concursos de vinculaçã. Enquanto outros, sujeitaram-se a efectivar no Algarve, mesmo sendo residentes no Minho!!! Eu não os censuro, pois todos deviam ter direito a estar perto das suas familias....

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  12. como justificação o repor da justiça e da legalidade

    ACHO BEM QUE REPONHAM A LEGALIDAE.

    A LEI É PARA CUMPRIR E NOA É CUMPRIR A MEIA DUZIA SO PARA MANDAR AREIA PARA OS OLHOS DO POVO,

    REPITO

    A LEI É PARA CUMPRIR.

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  13. Sabem porque é que muitos colegas são hoje contratados, de longa data, e nunca acederam aos quadros?

    A RESPOSTA É SIMPLES, NO MEU GRUPO SIMPLESMENTE NAO ABREM VAGAS,ENQUANTO PARA INFORMATICA ABRIAM 200 VAGAS, PARA O MEU GRUPO ABRIA ZERO PARA TODO O PAIS, ISTO JA DESDE HA MUITOS anos ATRÁS, TENHO CONTROLADO ISSO e não é único num só grupo.

    Deixe de ser imbecil e fazer comentarios do acho que, COMO É QUE VoÇÊ ensina, É PELO ACHO QUE?
    VÁ-SE TRATAR.


    E MAIS, ANDEI 15 ANOS CASA ÀS COSTAS E AGORA ACABOU, A PARTIR DE ACORA É VOÇÊ QUE ME VAI SUSTENTAR, VÁ TRABALHAR BURRO.


    Tu não és um profesor/, deves ser algum daqueles docentes atrasados que se arrastam pela escola e vão dando cabo do país.

    Faz as contas, vê os que entrataram, e Os que faltam entrar, se não fosses atrasado vias que os professores nAO entram porque, NÃO HA VAGAS EM LADO NEHUM? PECEBESTE IMBECIL?

    e SE TENS DUVIDAS VÁ VER AS LISTAS, E VER AS IDADES DELES.

    Temos que estar a aturar gente anormal, dassss..porque é que não vai outra vez fazer a 4º classe atrasada?

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  14. Há uma coisa que me az alguma confusão.
    Entao os colegas que efetivaram com tanto sacrificio longe de casa não passaram à frente dos contratados "comodistas" que decidiram ficar na sua zona de conforto? Se esses colegas "comodistas" tivessem con corrido não seriam os tais "sacrificados" que estariam agora a lutar para aceder a um lugar do quadro? E estes "sacrificados" não beneficiaram desse "sacrificio" em detrimento dos "comodistas" na progressão na carreira, no vencimento mensal? Dos "sacrificados" que conheço a maioria conseguiu sempre o destacamento ao abrigo de desculpas o mais falaciosas possiveis, outros gostaram dos locais para onde foram, casaram e por lá ficaram d e livre vontade.

    E que dizer dos argumentos de que a lista graduada é a unica base justa, que os colegas do privado em iguais direitos, etc...
    Será que os colegas, que são professores, não tem conheciemnto da forma como as classificações de licenciatura tem sido conseguidas ao longo dos anos( e repare-se que nos ultimos dez anos a inflaçao das classificações tem sido exponencial.Que dizer do facto dos colegas do ensino privado poderem fazer a profissionalização sem necessidade de aceder a um quadro, tendo-o feito em condiçoes muito mais favoraveis que os colegas do ensino publico que não tem formação academica(porque existem grupos onde esta formaçao não tem via do ensino), tendo por esse facto um ponto por cada ano de serviço e os do publico apenas meio ponto.
    ESTAS LISTAS DE GRADUAÇÃO, OBRIDAS DESTA MANEIRA SÃO JUSTAS?

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  15. Caros Colegas, a todos um bem haja e um feliz Natal, se isso for possível.

    Sou professora do privado, profissionalizei numa universidade e disseram-me logo que a nota máxima seria 15 val. Com uma filha bebé e a dormir muito poucas horas durante dois anos, profissionalizei perto dos 40 e depois de ter estado bastante longe de casa durante largos anos. Penso que ninguém sabe se os colegas tiveram ou não uma melhor qualidade de vida para dar palpites gratuitos

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  16. Parece-me bem vincular os professores contratados, mas o concurso devia ser apenas o que existe, a nível nacional, com abertura de vagas e todos em igualdade de oportunidades.
    O antigo modelo concursal era bem mais justo..., quem está à frente na lista graduada nunca devia ser ultrapassado em circunstância alguma... e, já agora, pensar nos que já são do quadro e não têm horário...

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