quinta-feira, 15 de março de 2012

Contestação pelas "ruas da amargura"...

Muitos questionam o porquê da contestação docente estar pelas "ruas da amargura"... A pergunta é bem feita, pode permitir alguma reflexão, no entanto, permitam-me alargá-la:

Porque é que a contestação docente sempre esteve pelas "ruas da amargura"?

Esta é a questão que todos se deveriam colocar. Eu próprio coloco-a diversas vezes, mas nunca consigo chegar ao cerne da mesma. Assim, e para ver se alguém por aí me ajuda, começo por colocar os argumentos relativos a diversas formas de contestação e que são utilizados de forma recorrente por um "colega junto de si":

a) Greves de um dia dificilmente têm a adesão pretendida (depende se sou diretamente afetado pela medida contestada... como fiz da última vez, já não faço desta);
b) Greves de mais de um dia são tarefa impossível (ninguém vai aderir... não me vou meter nisso. É muito dinheiro);
c) Greves de zelo são de difícil implementação (não é necessária convocatória, não se traduz em prejuízo salarial mas o impacto é bastante reduzido. Para além disso ainda vão dizer que sou preguiçoso agora que sabem que pertenço a uma classe bem paga);
d) Greves aos exames ou às avaliações virtualmente impensáveis (ui... da outra vez, convocaram serviços mínimos. Nem quero pensar nisso);
e) Manifestações e vigílias já cansam (mais uma? Só adiro se for perto ou o transporte for pago. Para além disso não posso lá ficar muito tempo porque tenho outras coisas para fazer);
f) Acréscimo na quota sindical, para suportar os dias de greve é demasiado "pesado" (nem pensar, pois a quota já é suficientemente grande);
g) Mobilização dos professores contratados fraca a inexistente (somos muitos... a organização é complexa... depois não me renovam o contrato... xii... e a avaliação... dou aulas em muitas escolas, é complicado);
h) Petições são às centenas (já assinei várias... é pá, acho que até já assinei duas vezes a mesma... e isso é para quê? Para aumentar a componente letiva de que grupo? Quem é que vai imprimir e entregar? O normal é que depois quem criou a petição não saiba o que fazer a seguir, por isso mais vale estar quieto).

Não sei se esgotei todos os argumentos normalmente utilizados por quem está insatisfeito... O problema é que no meio de tanta insatisfação, de tanta reclamação, quando chega o dia D ou a hora H, lá surge uma qualquer desculpa. E não são dois, nem três colegas que procedem desta forma... São imensos!

Surge então, de novo, a questão: Porque é que a contestação docente sempre esteve pelas "ruas da amargura"?

40 comentários:

  1. Tal e qual, Ricardo! É pena, mas sabemos que é assim....

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  2. A maioria das iniciativas que menciona são absolutamente inócuas, não causam verdadeiro prejuízo ou conflito.

    A greve às avaliações, sobretudo às do terceiro período, é uma iniciativa brutal, extrema e de grande impacto. Só deve ser usada, mesmo, quando a situação é de tal modo gritante que a justifique claramente.

    Os contratados, que sempre foram moeda de troca por parte dos sindicatos, todos, estão agora numa situação limite, depois de remetidos à condição de infra-humanos com este diploma de concurso. Poucos, muito poucos, terão colocação no próximo ano, quer seja devido à reorganização curricular, quer porque as poucas vagas serão ocupadas pelos profs séniores chutados do privado.

    Uma altura destas, com jogadas sujas do ME/FNE, é de facto limite e urge medidas limite.

    Bastaria que apenas os contratados fizessem greve às avaliações, para complicar a vida de todos e fazer perceber a dimensão das injustiças que este governo cometeu com os mais fracos. É esse o objectivo de uma greve bem conseguida!
    Não seria preciso incomodar os professores de carreira, normalmente entretidos com os seus enormes problemas, num desprezo total para com os contratados.

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  3. Uma das razões que sustenta a paz podre que se vive, deve-se ao facto dos professores terem percebido que foram burlados com aquela manifestação gigantesca (alguns, como é o meu caso, foram do Algarve a Lisboa)promovida pelos sindicatos. Os professores perceberam que essa força foi canalizada para privilegiar sindicalistas e bachareis, precisamente aqueles que nunca se esforçaram minimamente. Isso foi um golpe profundo no espírito crítico, na capacidade de mobilização e na vontade de lutar.

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  4. subscrevo inteiramente tudo o que li, Ricardo. Cada um olha para o seu umbigo, parece-me; é a perceção que tenho. Há que arranjar algo forte, de modo a provocar-se impacto e assumirmos a luta como algo que deve preencher a alma de qualquer docente. Falta-nos uma cultura de intervenção, garra, muita convicção e espirito de uma verdadeira classe que em poucos momentos esteve movida por uma causa comum.Que linhas estratégicas de intervenção? Continuar a levar tareia?!

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  5. À atenção dos contratados.

    Ainda faltava isto, para completar o ramalhete:

    http://www.ionline.pt/portugal/fne-teve-garantia-professores-das-regioes-autonomas-poderao-concorrer-ao-continente

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  6. Nas últimas eleições os professores mostraram que acreditavam no PSD! E vamos lutar para defender uma classe estúpida a esse ponto?!

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  7. Na parte que me toca, acreditei no CDS. Logo eu, que por natureza acredito pouco em muito poucos!

    Enganei-me.
    Tentarei reparar o erro.

    Mas calma... Não havendo direita em quem votar, há naturalmente abstenção.

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  8. falta a razão dos CEFs... eu sou contratada e faço SEMPRE gereve. Tiram-me o $ do salário e reponho a aula noutro dia:) de graça:)
    Cláudia

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  9. MUITO URGENTE:

    http://peroladecultura.blogspot.com/2012/03/carta-aos-professores-da-filha-de-uma.html

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  10. www.ionline.pt/portugal/fne-teve-garantia-professores-das-regioes-autonomas-poderao-concorrer-ao-continente

    Para quem disse q para ajudar à festa (ramalhete), ainda têm q lidar c os colegas q podem concorrer das ilhas para o continente.... fique sabendo q as ilhas tb são território português. Trabalho numa ilha há 10 anos e tinha-me sabido bem melhor estar perto de casa, sem pagar os custos da insularidade e ter adiado a minha vida toda!(como eu há centenas de colegas na mesma situação) Por isso se acha q aqueles q poderão conseguir vaga no continente...é uma injustiça...acredite q já sofreram e passaram bem mais do q o senhor/a q simplesmente em tempo das vacas gordas preferiu estar perto de casa (entenda-se perto para mim é tudo o q sgnifique poder ir a casa ao fim de semana) percebe a questão n percebe....vá-se catar e sacrifique-se um pc tb...n fique à espera de conseguir uma vaga à custa do mal dos outros...veja se n tem uma mente tão pequena... pois se é professor tem educação para mais.
    Saudações

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  11. Concordo. Que outras razões haverá para fazer greve?

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  12. Concordo com o colega TT...acho que passa por sermos unidos e cirurgicamente eficazes...greve às avaliações de 3º período!Bem basta vermos as notícias para ver as injustiças, enquanto alguns tem que apertar o cinto outros abotoam-se mensalmente com salários milionários!Quando é que isto vai parar!Quem o vai fazer por nós?Os nossos pais tiveram que o fazer no passado...

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  13. Tudo o que aconteceu até agora ainda não é suficiente para se avançar para a criação da Ordem? Fechar os portões de acesso à profissão, implementar provas por parte da ordem são as únicas maneiras de voltar a dar algum valor à profissão!
    Porque é que os professores, em especial os contratados, não podem Protestar? Porque há mais 30000 que podem fazer o trabalho por ele! Porque durante muitos anos qualquer um se pôde tornar professor! Foi uma das razões que denegriu a profissão! Claro que depois temos de ouvir que os professores não prestam ou que ganham muito. De facto houve gente que não prestava para ser professor e esteve "ligado à máquina" estatal porque ninguém os podia tirar de lá, e porque a educação é "gratuita" e os alunos que aguentassem ser formados por algumas nulidades.
    A única coisa que valoriza uma profissão é haver pouca gente que possa prestar esse serviço. Veja-se o exemplo da medicina. Tem de haver um travão na entrada da profissão... E não pode ser o ministério a decidir, mas nós! Esse é o primeiro passo! O segundo é boicotar o trabalho gratuito, isto é, fazer apenas as horas de contrato.

    Cumprimentos a todos os colegas (contratados ou de carreira, pois fazemos todos o mesmo trabalho),

    M. Silva

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  14. ó Senhores professores, usem a cabecinha pah!!!

    Querem reclamar ? simples! Parar o sistema! uma reclamação no Livro Amarelo de todas as escolas do País e o Ministério parava! e a Escola parava! porque os transmites são imensos ... e são coisas simples!

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  15. É uma coisa impressionante.
    Em tempo de guerra, não se limpam armas.
    E estamos a viver uma guerra social.
    As medidas impostas têm alguma coisa a ver com a dívida e o pagamento da dívida? Não.
    E nós discutimos sobre as razões pelas quais a "contestação anda[rá] pelas 'ruas' da amargura".
    Andará mesmo?
    Os professores estão a perder o nível de vida que tinham adquirido. Lembram-se do tempo do mapa de boleias? do tempo em que se tinha de ir de táxi porque não se tinha carro? do tempo da boleia com o padeiro? do tempo em que a pasta revelava a duração dos sacrifícios, a extensão da viagens, mas durava, durava, durava. Do tempo em que os miudos diziam: "porque é que me hei de chatear, se o meu pai tem a 4.ª classe e tem um carro melhor do que o seu? E o parque automóvel estacionado junto à escola comprovava-o.
    Continuem a discutir onde anda a contestação em vez de a fazerem na rua. Os outros povos europeus segundo vejo, estão a fazê-la na rua. Se a estão também a fazer de zelo, em gabinetes, dentro de casa, eu não tenho visto. Vocês aperceberam-se de alguma coisa?

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  16. É uma coisa impressionante.
    Em tempo de guerra, não se limpam armas.
    E estamos a viver uma guerra social.
    As medidas impostas têm alguma coisa a ver com a dívida e o pagamento da dívida? Não.
    E nós discutimos sobre as razões pelas quais a "contestação anda[rá] pelas 'ruas' da amargura".
    Andará mesmo?
    Os professores estão a perder o nível de vida que tinham adquirido. Lembram-se do tempo do mapa de boleias? do tempo em que se tinha de ir de táxi porque não se tinha carro? do tempo da boleia com o padeiro? do tempo em que a pasta revelava a duração dos sacrifícios, a extensão da viagens, mas durava, durava, durava. Do tempo em que os miudos diziam: "porque é que me hei de chatear, se o meu pai tem a 4.ª classe e tem um carro melhor do que o seu? E o parque automóvel estacionado junto à escola comprovava-o.
    Continuem a discutir onde anda a contestação em vez de a fazerem na rua. Os outros povos europeus segundo vejo, estão a fazê-la na rua. Se a estão também a fazer de zelo, em gabinetes, dentro de casa, eu não tenho visto. Vocês aperceberam-se de alguma coisa?

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  17. o Marasmo e a falta de atitude é que não levam a nada!

    Ricardo, qual é a tua solução para a situação?

    Não é só criticar, pois criticar é fácil...
    O que não é fácikl é arranjar soluções.
    Qual é a tua sugestão?

    sou comentadora leitora assidua do teu blog e comentadora.
    Gostava que sugerisses uma solução.

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  18. Este post é realmente um espetáculo! Bem a verdadeira razão para ninguém aderir as greves, tendo em conta que a esmagadora maioria dos professores estão integrados na carreira é muito simples. Estando integrado na carreira, com medo de cortes de regalias como as reduções da componente letiva e como normalmente as medidas mais gravosas vão afetando os diversos grupos mas de forma sequencial e nunca na totalidade, estes mesmo colegas raramente fazem greve, para que? Não têm problema de colocação, o ordenado está garantido, tendo em conta a situação geral do país e da educação estão muito bem, ainda não lhes tocaram…. Digam que os vão avaliar como deve ser vão ver se eles não se mexem... Muitos deles entraram na educação sem serem professores... A lei dos concursos afecta principalmente os contratados portanto não interessa... E com horários reduzidos, por perdas por motivo de greve acima dos 50€, sem serem afectados diretamente pelas últimas medidas, com lugar garantido na educação e manutenção de direitos adquiridos, claro que não fazem greve... São poucos os que tem espírito de classe e como tal, são individualistas e só olham para o próprio umbigo.

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  19. Pois...nos CEF e nos Cursos Profissionais se um professor falta tem que dar a aula, mas desconta no salário...no subsídio de alimentação, enfim
    Reclamar no Livro Amarelo, nomeadamente quando mudam o horário do professor na véspera e por e-mail, por exemplo..sim ou não?

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  20. Ricardo,
    eu também me questiono, muitas vezes, porque é que os professores são tão acomodados???
    Possíveis respostas:
    Os professores do quadro - não protestam, porque, de facto, não têm razões para isso: usufruem de estabilidade profissional e económica e sabem que ainda têm direitos (na saúde; nas licenças que necessitem auferir; na assunção de cargos, e até na escolha de níveis...)
    Os professores contratados - não protestam, porque de facto, não têm poder para isso. Para o contratado o futuro é hoje. Se está a trabalhar é porque tem sorte e saúde. Alguém consegue lutar contra o factor sorte???? O contratado sabe que, se deixar de trabalhar por algum motivo, há milhares interessados no seu azar... Está "tudo feito" em termos legais para calar o contratado.
    Considero que a crescente precariedade foi por TODOS CONSENTIDA. Agora resta-lhes o quê???? NADA. A maior parte estará no desemprego no próximo ano.
    Eu considero que só a união de todos os contratados podia mudar alguma coisa, mas essa união é impossível, já que, dela só alguns beneficiariam... Só uma "força" autónoma e imparcial podia restituir a estes precário alguma dignidade, mas donde sairá ela????dos sindicatos? não me parece.

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  21. Nos CEFs, não sei, mas nos profissionais, descontam sim, mas têm de pagar horas extraordinárias quando as comepnsa no final do ano. Tem de as reclamar. Já as recebi. Obtive uma minuta para fazer o seu pedido no meu sindicato (daqueles que até serve para pedir horas extraordinárias).

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  22. a união dos contratados é impossível, porque só alguns beneficiariam. então mais vale ficarem desunidos para conseguirem prejudicar-se todos.
    bem visto. a desunião faz o caos. o caos é do que precisamos.

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  23. Anónimo anterior.
    Sempre defendi a união dos contratados. Aliás, penso que só os próprios contratados podem, com propriedade, defender os seus interesses. No entanto, considero que toda a sua energia foi cercada pelas sucessivas medidas (volto a dizer: por todos consentidas) que os empurraram para a mais profunda precariedade. Há 30000 professores desempregados. Acha possível a união quando essa união nada pode fazer por eles??? Lamentavelmente, a desunião e o critério da sorte/azar é-lhes muito mais favorável.
    Acha que concordo com isto???? estou apenas a expor uma triste constatação.

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  24. Para o ano, serão colocados menos de um terço dos contratados que este ano estiveram nas escolas e que têm estado há vários anos ininterruptamente.
    Não haverá praticamente nenhum horário completo anual.

    É altura de se mostrar ao país e à troica que os contratados fazem falta. Só é possível fazê-lo com acções duras, que causem prejuízo.
    A greve às avaliações do 3º período é a única forma de o fazer.
    É evidente que deve contar-se com a oposição da fne, digo, do braço sindical do ME e da fenprof, que hão-de querer proteger a clientela de umas férias estragadas. Pois...
    Temos pena!

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  25. O a) não tem impacto na Educação e a eficácia está no prejuízo que provoca.
    As outra alíneas correspondem ao pensamento vigente (embora d) esteja impedida juridicamente de ser utilizada, pelos acordãos do tribunais emitidos na época em que isso aconteceu.)
    Por isso faço a c) desde 2007, porque me é indiferente o que dizem, bem como se tem efeitos na porcaria da ADD; sinto-me moralmente convicto para a fazer. E tem impacto a médio e longo prazo).

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  26. "Palavras para quê?São "artistas" portugueses e usam pasta medicinal Couto"
    Dulce

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  27. Deveria existir uma Ordem para professores tal como existe para advogados, enfermeiros...

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  28. Temos na classe docente o reflexo da sociedade portuguesa. A luta pelos interesses pessoais acima do colectivo é o resultado de uma sociedade individualista e cada vez mais anglo-saxónica. Depois do climax da contestação em Lisboa era de esperar que quem governa pudesse arquitectar pela parte mais fraca a quebra de união pelos mais fracos (contratados). A total precariedade dos contratados é um aviso sério aos restantes do sistema. Quem votou em PSD E CDS deve estar super contente...lamento é que tenham contribuído com o seu voto para o caos silencioso em que vivemos.
    Aires

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  29. Ó Ricardo, abre aqui o tema da Revisão Curricular.
    Gostava de saber como estão a pensar as nossas cabeças sobre este assunto!

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  30. Boa ideia, o tema da Revisão Curricular.
    Já agora, houve alguém que comentou em cima sobre o porquê de não termos uma Associação, ou outra coisa qualquer que ajudasse a defender a nossa classe.
    Era bom, mas é impossível. É impossível porquê?
    Para já somos muitos e o Ministério joga com isso, porque isso ajuda à desunião e isso interessa ao Ministério.
    A nossa classe engloba profissionais desde o berçário até ao Secundário.
    Por mais que doa, devia haver uma separação de interesses, os colegas Educadores de Infância até ao 1º Ciclo deviam ter a sua Associação, os do 2º Ciclo até ao Secundário deviam ter outra.
    Era mais fácil defender os interesses de cada um e se calhar ficavam todos a ganhar.
    Assim, todos no mesmo molho, a desunião é maior, tanto para criar documentos, como para participar em greves, etc, e o Ministério aproveita-se disso.
    Vejam lá se os Médicos se juntam aos Enfermeiros?
    É tudo Saúde, mas cada um seu lugar.
    E acabam tanto uns como outros por se defender melhor. Porquê? Porque são menos, e acabam por criar um maior espírito corporativo, que os leva a defenderem-se melhor, a criarem maiores laços de união, e dessa forma provocam maiores dificuldades ao Ministério e vêem assim ser atingidos com maior facilidade os objetivos que lhes interessam.

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  31. Agora sim, damos a volta a isto!
    Agora sim, há pernas para andar!
    Agora sim, eu sinto o optimismo!
    Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

    -Agora não, que é hora do almoço...
    -Agora não, que é hora do jantar...
    -Agora não, que eu acho que não posso...
    -Amanhã vou trabalhar...

    Agora sim, temos a força toda!
    Agora sim, há fé neste querer!
    Agora sim, só vejo gente boa!
    Vamos em frente e havemos de vencer!

    -Agora não, que me dói a barriga...
    -Agora não, dizem que vai chover...
    -Agora não, que joga o Benfica...
    e eu tenho mais que fazer...

    Agora sim, cantamos com vontade!
    Agora sim, eu sinto a união!
    Agora sim, já ouço a liberdade!
    Vamos em frente, e é esta a direcção!

    -Agora não, que falta um impresso...
    -Agora não, que o meu pai não quer...
    -Agora não, que há engarrafamentos...
    -Vão sem mim, que eu vou lá ter...

    É isto pessoal, mais coisa menos coisa...

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  32. Sr. "Último Anónimo",

    Um educador de infância não é "enferneiro", enquanto que um professor de secundário é um "médico de especialidade"! Cuidado com essas comparações... Aliás, esses pseudoestatutos é que têm criado desunião na profissão. Somos todos educadores, em última instância, e quer queiramos quer não, com mais ou menos qualificação, mais ou menos "estatuto", o que nos resta é termos de unir esforços.

    Ordem dos Professores é a única solução. E não venham cá com conversas sobre a impossibilidade da união de todos. É possível.

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  33. Ordens??Para criarmos pequenos grupos de interesse e "lobistas", não obrigado. Ordem de Professores com que objectivo? Devia era haver menos sindicatos (parecemos a PSP com os seus vários sindicatos) para uma maior união. A técnica é dividir para reinar.

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  34. A existência de uma Ordem é muito importante na dignificação e valorização da profissão. O que assistimos nas outras Ordens, médicos, enfermeiros, economistas, técnicos oficias de contas, é que não existe a disparidade de vozes que só contribuem para a dispersão e desunião na defesa dos interesses legítimos dos Professores.
    Alguém sabe o número total de sindicatos ligados à Educação? Provavelmente poderá ser essa uma das causas do problema.

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  35. arrisco um número... uma quinzena.
    o ME é que autoriza a sua criação: dividir para reinar.
    corre a informação que no último levantamento do núemro de sócios, havia 1 sindicato com 1 só sócio, com funções de dirigente sindical, mas que também era sócio de outro (não fosse o diabo tecê-las e ele precisar decum sindicato a sério...)

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  36. Pois é sr(a) anónimo das 3.32, somos todos educadores, mas vejam lá se os educadores do ensino superior se juntam a nós?
    É o juntas... !

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  37. Pois é sr(a) anónimo das 3.32.
    somos todos educadores, ...pois somos!
    Mas vejam lá se os educadores do ensino superior se juntam a nós?
    É o juntas!
    Tentar lutar pelos seus objetivos integrado em mais 100 000 não dá jeito nenhum... pensam eles de quê!

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  38. O colega M. Silva disse em comentário anterior que é necessário limitar o acesso à profissão. Nenhum governo o fará, porque lhes convém ter quantos mais melhor, deste modo haverá sempre alguém disposto a pagar para trabalhar, haverá sempre quem "tape os buracos" e permita que a vida das escolas possa prosseguir com normalidade. Quando o desemprego atinge milhares,os que conseguem um contrato, ainda que paguem para trabalhar, agradecem a sorte que tiveram e trabalham como escravos nas escolas por onde passam. Esta têm sido a pretensão dos sucessivos governos e já a conseguiram.

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  39. Colega Cristina,

    Sou uma colega, não um! :)
    Não tem de ser o governo, temos de ser NÓS a garantir esse "fecho" do acesso à profissão, para nosso próprio bem. São os profissionais que têm de se autorregular. E é por não o fazermos que ganhamos menos do que trabalhadores não qualificados: a contínua "disponibilidade" de profissionais comanda o jogo, mas percebo o que diz!
    Uma classe de profissionais tem de estar um passo à frente de mecanismos governamentais. Nós estamos exatamente na mesma situação de médicos e enfermeiros, mas por alguma razão (que creio saber qual é) estamos a anos-luz de conseguir o que eles conseguem.
    Porque é que os médicos, e tb os enfermeiros, não se prestam a estes papeis dos professores? Autorregularam-se e mantiveram minimamente o seu prestígio! Não precisaram de se reunir aos milhares em manifs...
    A nossa situação atual como profissionais dá-me dó! Ao que nós chegámos...
    Cumprimentos!


    M. Silva

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