No Público a 29/06/2010: "Quando se iniciar o ano lectivo de 2011-2012, as escolas já irão dispor de manuais redigidos segundo as normas do novo acordo ortográfico, assegura o Ministério da Educação (ME).
A garantia foi dada ao PÚBLICO por uma das assessoras de imprensa do ministério, que admitiu, no entanto, que a adaptação dos livros escolares possa vir a ser feita faseadamente, não incidindo de imediato sobre os manuais relativos a todos os níveis de escolaridade.
A concretização deste plano pressupõe, no entanto, que o Ministério da Cultura (MC), que tem vindo a coordenar a aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal, anuncie a data em que este entrará em vigor e aprove o vocabulário que irá ser reconhecido como norma para o português europeu. Uma escolha que se reflectirá, também, no programa informático de conversão de texto que virá a ser utilizado, já que os vários conversores actualmente disponíveis no mercado estão indexados a diferentes versões do novo vocabulário ortográfico.(...)"
Ver Artigo Completo (Público)
A garantia foi dada ao PÚBLICO por uma das assessoras de imprensa do ministério, que admitiu, no entanto, que a adaptação dos livros escolares possa vir a ser feita faseadamente, não incidindo de imediato sobre os manuais relativos a todos os níveis de escolaridade.
A concretização deste plano pressupõe, no entanto, que o Ministério da Cultura (MC), que tem vindo a coordenar a aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal, anuncie a data em que este entrará em vigor e aprove o vocabulário que irá ser reconhecido como norma para o português europeu. Uma escolha que se reflectirá, também, no programa informático de conversão de texto que virá a ser utilizado, já que os vários conversores actualmente disponíveis no mercado estão indexados a diferentes versões do novo vocabulário ortográfico.(...)"
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Comentário: Estas previsões a médio prazo não me dão grande confiança... Ainda por cima quando me falam em faseamento da aplicação do novo acordo ortográfico. Já estou a prever a confusão que isto vai dar.
O sucesso e a tranquilidade com que se vem implementando o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no Brasil deve animar os portugueses menos otimistas a perceberem o quanto isto facilitará o ensino e a aprendizagem da língua escrita no ensino fundamental e médio.
ResponderEliminarA adesão da imprensa, como já se começou também aí em Portugal, seguramente facilitará os trabalhos dos professores e dos estudantes em geral.
Nenhum professor duvida das vantagens pedagógicas que a implementação do Acordo Ortográfico trará para a alfabetização, apesar de ser um trabalho heroico para os docentes, já acostumados com as regras ainda vigentes.
Todos sabemos que uma reforma ortográfica não se faz para a geração que a implanta e faz vigorar, mas para os que estão nas primeiras fases da escolarização.
Nossos filhos e netos nos agradecerão.
A ortografia não é uma norma que estabeleça punições para quem não a adotar, principalmente porque os adultos já escolarizados que não têm a língua escrita oficial como ferramenta de trabalho não precisarão se preocupar com isso.
Assim como ainda temos alguns idosos que utilizam a ortografia da época em que se escolarizaram, muitos dos atuais continuarão a usar a ortografia que aprenderam e não serão discriminados.
A língua evolui, assim como toda a sociedade. Por isto, não podemos deixar que a sua escrita permaneça como era no século passado.
A língua portuguesa é a terceira ou quarta língua mais falada como primeira língua (ou língua materna) e uma das mais importantes línguas de cultura do mundo. Não seria inteligente torná-la uma língua menos importante por causa de um conservadorismo desnecessário e improdutivo.
José Pereira da Silva
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Academia Brasileira de Filologia